quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Frases para sua semana!!!!!

"Seja humilde, pois, até o sol com toda sua grandeza se põe e deixa a lua brilhar." (Robert Nesta Marley)

... ‎"Todas as vezes que você perdoa, o universo muda. Cada vez que você estende a mão e toca um coração, o mundo se transforma."(Livro - A Cabana)
... "Um momento de paciência pode evitar um grande desastre; um momento de impaciência pode arruinar toda uma vida." (Provérbio chinês)
... "Ser pedra é fácil, o difícil é ser vidraça." (Provérbio Chinês)
... "Jamais se desespere em meio as sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda." (Provérbio Chinês)
... "Defeitos não fazem mal, quando há vontade e poder de os corrigir." (Machado de Assis)
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Unifesp: 58% das famílias com dependentes bancam tratamento

Unifesp: 58% das famílias com dependentes bancam tratamento                                                                                              

O Estado de S. Paulo
Segundo levantamento, divulgado nesta terça-feira, 28 milhões de pessoas vivem com um viciado em drogas no Brasil

Pesquisa inédita feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que o tratamento de dependentes químicos é, na maioria das vezes, financiado pelos próprios familiares. O trabalho entrevistou 3.142 famílias de todo o País que tinham entre seus integrantes usuários em tratamento. Desse grupo, 58% pagavam do próprio bolso a internação dos pacientes.

O trabalho revelou ainda que o impacto da terapia afetou de forma drástica ou fortemente quase metade dos entrevistados (45% deles). "Com o estudo, quisemos dar voz a essas famílias, que também sofrem com essa doença crônica, mas estão esquecidas, sobretudo pelos serviços públicos", afirmou o coordenador do trabalho, o psiquiatra da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas, Ronaldo Laranjeira.

Atualmente, 28 milhões de pessoas vivem no Brasil com um dependente químico. "É um problema muito próximo de todos nós. Mas, ao mesmo tempo, poucos dão a importância devida", completa.

O fato de a maior parte das famílias arcar com o pagamento é uma prova do abandono, avalia Laranjeira. "A informação é deficiente, os serviços, escassos", observou.

A lacuna, completa, está estampada na pesquisa. Dos familiares entrevistados, 50% não sabem o que são os Centros de Atendimento Psicossocial de Álcool e Drogas, unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento de dependentes químicos. E dos que conhecem, 46% nunca haviam procurado um CAPS.

"Os relatos impressionam: `as vezes familiares recorrem aos serviços, dizendo que o dependente está em casa descontrolado, ameaçando todos. A resposta que ouvem é que não há nada a ser feito, enquanto o usuário não comparecer, por conta própria, ao serviço de atendimento", relata Laranjeira. Ele avalia que o mínimo que poderia ser feito é um serviço de aconselhamento para familiares, mesmo que por telefone. "Atualmente, o serviço se limita a dar endereços sobre postos de atendimento. Isso não resolve", assegura.

A tensão se reflete na própria qualidade de vida dos familiares. De acordo com a pesquisa, esse grupo tem um risco maior para desenvolver problemas de saúde. "Eles apresentam significativamente mais sintomas físicos e psicológicos que a média da população", conta Laranjeira.

Dos entrevistados, 58% disseram que os problemas enfrentados com familiares usuários de drogas afetaram o trabalho ou estudos. Dos ouvidos, 47% relataram ainda que a vida social havia sido prejudicada em decorrência dos problemas enfrentados com o familiar usuário de drogas.

A maioria (80%) dos entrevistados era do sexo feminino. A maior parte das pessoas ouvidas (46,5%) eram mães dos usuários de drogas. "Geralmente são elas as grandes envolvidas. Elas que ficam à frente no tratamento", disse Laranjeira.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Projeto leva esperança de recomeço a 100 dependentes

Projeto leva esperança de recomeço a 100 dependentes                                                                                                 

Uniad
O ano de 2014 começa para o barman F.C. com a esperança de uma vida melhor e longe do crack. Dependente químico desde os 16, o jovem conseguiu nesta segunda-feira (30) a centésima e última vaga para participar do programa do governo estadual que dá a comunidades terapêuticas R$ 1.350 mensais para tratamento de dependentes de crack.

Apelidado pela população de "bolsa crack" , o convênio se chama "Cartão Recomeço", pois oferece as entidades um cartão por usuário, com a quantia a ser gasta no tratamento do vício. O objetivo é conseguir outras 400 vagas para continuidade do programa em Campinas em 2014. O rapaz conta que começou a consumir maconha aos 16 anos, influenciado pelos amigos. "Ia para barzinho, via as pessoas e os meus amigos fumando e bebendo e quis experimentar também".

Ele diz que usava a droga em poucas quantidades no início, mas com o tempo o consumo passou a ser diário e maior. Aos 18 anos, F.C. passou a utilizar cocaína e três anos depois partiu para o crack.

"Com 18 anos, eu tinha emprego, tinha um carro, tinha uma namorada, mas logo fui perdendo tudo para o crack. Teve momentos que eu parecia um mendigo", relata. Ele conta que já passou por uma internação, mas alguns meses depois de sair da clínica teve uma recaída.

Família

As perdas não foram apenas para ele, como para toda a família. A mãe, M.A.D, de 51 anos, que driblou as dificuldades do final do ano para realizar os exames necessários para a aquisição do Cartão Recomeço e internação do filho, conta que a família adoeceu com ele.

"É uma batalha muito difícil porque a droga tira o caráter da pessoa. Ela perde a consciência do que faz. Hoje não temos nada em casa, moramos em uma casa simples e com poucos objetos, porque ele vendeu para sustentar o vício ou eu tive que vender para pagar dívidas dele com traficante" . Duas casas estão entre os bens que ela precisou se desfazer para pagar as dívidas.

Mas nem a mãe nem o filho pretendem desistir da batalha contra as drogas. F.C diz que deseja se livrar do vício definitivamente. "Quero parar de usar porque isso não é vida. Você sobrevive à base da droga. Esse tratamento vai ser um recomeço para mim. Quero começar o quanto antes", afirma. Em busca da recuperação do filho, M.A.D enfrentou muitos obstáculos e vê o cartão como um prêmio.

"Fui à Defensoria Pública, a todos os lugares onde havia possibilidade de tratamento para ele, mas sempre tinha um empecilho. O cartão é como um prêmio. Vou precisar estar sempre do lado dele e tenho fé que ele vai conseguir se recuperar", afirma.

O primeiro acesso ao programa foi no dia 9 de dezembro. Antes de conseguir a vaga, F.C passou por uma bateria de exames e avaliação médica. A internação será na instituição Padre Haroldo, única em Campinas que está apta a receber os pacientes pelo sistema até o momento, e está marcada para a primeira semana de janeiro. O tratamento deve durar seis meses.

"Estamos em um período onde alguns serviços não funcionam, mas essa mãe fez de tudo para conseguir a vaga do filho e a rede de saúde está começando a entender que o dependente não pode esperar", afirmou o coordenador do programa em Campinas, Nelson Hossri Neto.

Pioneira

Campinas foi a primeira cidade a participar do programa Cartão Recomeço, antes mesmo da Capital. Segundo Nelson Hossri Neto, coordenador de Prevenção às Drogas e responsável pelo programa em Campinas, o projeto piloto previa apenas 12 vagas, mas foi ampliado para 50 e depois para 100 vagas. Todas elas foram oferecidas entre 23 de setembro e 30 de dezembro. O último cartão foi entregue ontem para F.C. O objetivo e conseguir 400 vagas para o ano de 2014. "Fechamos o ano com 100 vagas garantidas para dependentes de álcool, cocaína crack e outras drogas" , afirma.

Entre as pessoas que já foram beneficiadas com o Cartão Recomeço, 14 delas tiveram alta terapêutica e não precisaram completar os seis meses de tratamento. "O cartão está vinculado a entidade. Se a pessoa recebe alta e tiver uma recaída, ela pode voltar dentro desse prazo de seis meses para continuar o tratamento", explica Hossri. Ele afirma ainda que outras 203 pessoas estão realizando exames. "Estamos aguardando a Secretaria de Desenvolvimento do Estado entregar os novos cartões, de 101 a 200", afirma.

Não necessariamente as pessoas que estão passando por exames receberão o cartão, algumas serão encaminhadas para grupos de amparo, onde receberão aconselhamento, apoio psicológico e de assistência social. "E a nossa expectativa é chegar a um total de 500 atendimentos com o Cartão Recomeço em Campinas até o final de 2014, que é um número considerável para atender a demanda da cidade, especialmente dos moradores de rua". Estima-se que Campinas têm 700 moradores de rua e cerca de 80% deles são dependentes de álcool ou crack, que são as duas drogas mais baratas.

O programa em Campinas também tem como objetivo ampliar o número de entidades cofinanciadas. "Mais uma entidade já foi aceita e está credenciada. A partir do ano que vem ela vai atender os dependentes por meio do programa. Vai disponibilizar 20 vagas" , completa.

SERVIÇO

A Coordenadoria de Prevenção às Drogas atende, das 9h às 12h e das 13h às 16h, na Rua Barreto Leme, 1.550, Centro. Entre os serviços oferecidos estão palestras preventivas, atendimento individual e em grupo, encaminhamento para outros serviços, orientação e aconselhamento, além de encaminhamento para o programa Cartão Recomeço. O telefone para contato é (19) 3282-9209.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Reflexão do dia 15 de Janeiro

Reflexão do dia 15 de Janeiro
 
um recurso interior desconhecido
Com poucas exceções, nossos membros descobrem que tinham tocado num recurso interior desconhecido, o qual eles em breve identificam com sua própria concepção de um Poder Superior a eles mesmos.
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 194
 
 
Desde os meus primeiros dias em A.A. enquanto lutava pela sobriedade, encontrei esperança nessas palavras de nossos cofundadores. Muitas vezes ponderei sobre a frase: "Eles tocaram num recurso interior desconhecido". Como? Perguntava a mim mesmo, posso encontrar o Poder dentro de mim, quando sou tão impotente? No tempo certo, como os co-fundadores prometeram. despertou em mim; sempre tive a escolha entre a bondade e o mal, entre o altruísmo e o egoísmo, entre a serenidade e o medo. Esse Poder Superior a mim mesmo é uma dádiva original que eu não reconhecia até conseguir uma sobriedade diária vivendo através dos Doze Passos de A.A.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 15-01...

Meditação do Dia

Quarta, 15 de Janeiro de 2014


Medo
"Começamos a sentir-nos confortáveis com o nosso Poder Superior como fonte de força. À medida que aprendemos a confiar neste Poder; começamos a ultrapassar o nosso medo de viver. " Texto Básico, p. 29

Dado que somos impotentes, viver em vontade própria constitui uma experiência assustadora e desconcertante. Em recuperação, entregámos em segurança a nossa vontade e as nossas vidas aos cuidados do Deus da nossa concepção. Quando erramos no nosso programa, quando perdemos o contacto consciente com o nosso Poder Superior, começamos a assumir de novo o controlo das nossas vidas, recusando os cuidados do Deus da nossa concepção. Se não tomarmos uma decisão diária de entregar as nossas vidas aos cuidados do nosso Poder Superior, podemos sentir-nos esmagados pelo nosso medo da vida. Ao trabalharmos os Doze Passos, descobrimos que a fé num Poder superior a nós mesmos ajuda a aliviar-nos dos nossos medos. À medida que nos aproximamos de um Deus amantíssimo, tornamo-nos mais conscientes do nosso Poder Superior. E quanto mais conscientes estivermos dos cuidados de Deus para nós, menores serão os nossos medos. Quando nos sentimos assustados perguntamos a nós mesmos, "Este medo será um sinal o de falta de fé na minha vida? Terei tomado de novo o controlo, para descobrir apenas que a minha vida continua desgovernada?" Se respondermos afirmativamente a estas perguntas, poderemos vencer o nosso medo ao entregarmos a nossa vontade e as nossas vidas de volta aos cuidados do Deus da nossa concepção.

Só por hoje: Vou confiar nos cuidados do meu Poder Superior para aliviar o meu medo da vida.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Vamos salvar vidas!!!!

 
Entre em contato conosco e nos ajude a salvar quem sofre no uso abusivo de ÁLCOOL e DROGAS, nós da Clínica Santa Edwiges estamos de portas abertas para receber seu ente querido e ajuda-lo a ter uma nova visão de vida através de nossas terapias, reuniões de grupo, atendimento médico e psicológico, terapia ocupacional, educação física entre outras atividades que dará uma outra perspectiva de viver por meio da mudança de comportamento.
 
 
 
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton  Bernardes (0xx34)9791-6095
Coordenador Terapêutico

O silêncio

O silêncio                                                      

Aprende com o silêncio a ouvir os sons interiores da sua alma, a calar-se nas discussões e assim evitar tragédias e desafetos,
aprende com o silêncio a respeitar a opinião dos outros, por mais contrária que seja da sua, aprende com o silêncio a aceitar alguns fatos que você provocou, a ser humilde deixando o orgulho gritar lá fora, aprende com o silêncio a reparar nas coisas mais simples, valorizar o que é belo, ouvir o que faz algum sentido, evitar reclamações vazias e sem sentido, aprende com o silêncio que a solidão não é o pior castigo, existem companhias bem piores....

Aprende com o silêncio que a vida é boa, que nós só precisamos olhar para o lado certo, ouvir a música certa, ler o livro certo, que pode ser qualquer livro, desde que você o leia até o fim.

Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo, como as marés que insistem em ir e voltar, os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar, como a Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo,, complete a sua tarefa.

Aprende com o silêncio a respeitar a sua vida, valorizar o seu dia, enxergar em você as qualidades que você possui, equilibrar os defeitos que você tem e sabe que precisa corrigir e enxergar aqueles que você ainda não descobriu .
Aprende com o silêncio a relaxar, mesmo no pior trânsito, na maior das cobranças, na briga mais acalorada, na discussão entre familiares, aprende com o silêncio a respeitar o seu "eu", a valorizar o ser humano que você é, a respeitar o Templo que é o seu corpo, e o santuário que é a sua vida.

Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito, que ouvir ainda é melhor que muito falar, e em respeito a você, eu me calo, me silencio, para que você possa ouvir o seu interior que quer lhe falar, desejar-lhe um dia vitorioso e confirmar que você é especial.

Paulo Roberto Gaefke
Fonte:(Autorizado por www.netmarkt.com.br) 

Diálogo e orientação na luta contra o álcool

Diálogo e orientação na luta contra o álcool                                                                                              

Diário do Nordeste
Os riscos do consumo de bebidas alcoólicas devem ser abordados dentro de casa e em ambiente escolar

Para um número substancial de brasileiros, o contato inicial com a bebida alcoólica ocorre em casa, aos 13 anos. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense 2012).

O papo em família é vital para que o consumo de bebidas alcoólicas deixe de ser um tema tabu. A ilustração está na cartilha "Papo em família - Como falar sobre bebidas alcoólicas com menores de 18 anos" (Ambev e Maurício de Sousa Produções)

O estudo realizado pelo instituto americano Internacional Center for Alcohol Policies (ICAP) confirma que 46% dos jovens provaram álcool pela primeira vez no conforto familiar. No entanto, o consumo de álcool por adolescentes ainda é considerado um tabu para muitos pais. Apesar de 98% encararem o tema como relevante, um terço deles ainda não conversaram com os filhos por não saber como abordar o assunto.

Papo sério

Diante dessa realidade, a Ambev, em parceria com a Maurício de Sousa Produções, criou o projeto "Papo em família". Por meio de cartilha, tirinhas, webséries e gibis com personagens da Turma da Mônica, o objetivo é fornecer uma ferramenta para que as famílias levem o tema para dentro de casa, assim como os professores para as salas de aula.

Com base em estudos de instituições internacionais e em pesquisas do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), o projeto teve conteúdo desenvolvido e adaptado à realidade brasileira, com o auxílio de especialistas. São eles a psicóloga e educadora Rosely Sayão; o psiquiatra e coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas da USP, Arthur Guerra de Andrade; o professor da Unifesp e fundador da Associação Brasileira de Estudos sobre Álcool e Outras Drogas, Dartiu Xavier da Silveira; o cientista social e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, Edemilson Antunes de Campos; e a médica especialista em prevenção e saúde coletiva, Bettina Grajcer.

A cartilha "Papo em família - Como falar sobre bebidas alcoólicas com menores de 18 anos" oferece dicas, ilustrações e exemplos que facilitam a abordagem do tema. De acordo com a faixa etária a qual se destina, as histórias são estreladas por personagens de Maurício de Sousa: Turma da Mônica, Turma da Mônica Jovem e Turma da Tina.

Até o fim de 2014, a iniciativa pretende chegar a 21 ONGs e alcançar cerca de cinco milhões de pessoas. O material está à disposição das secretarias de educação, órgãos e instituições interessados.

No entanto, os pais costumam se preocupar mais com as drogas ilícitas, diz a médica Bettina Grajcer. "As pessoas não veem que a bebida está mais próxima do cotidiano dos jovens. Existe uma cultura do ´tudo bem consumir´. A dificuldade é perceber que a bebida faz parte da nossa cultura, mas que há o momento certo para ela", defende.

Segundo a médica, os pais esquecem de dar o exemplo. "Eles não sabem como abordar, confiam nos filhos achando que eles saberão tomar as decisões corretas, no entanto não reconhecem a hora certa de falar sobre o tema. A dica é começar o quanto antes, usando qualquer oportunidade. Não dá pra perder o vínculo com o filho durante um tempo e querer retomar depois. Os pais têm que estar próximos, estabelecendo limites", diz.

Limite responsável

O consumo consciente também começa pelas ações praticadas pelos pais, ressalta o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade. "O exemplo não é a melhor forma de ensinar para alguém, é a única. Se nós não conseguirmos dar um exemplo, dificilmente as outras ações vão ter algum sucesso".

A opinião é defendida pela jornalista Bárbara Gancia, que também colaborou no desenvolvimento da cartilha e luta contra o alcoolismo desde a infância. "Muitos pais não querem ter o trabalho de ensinar, de apontar limites. Querem apenas ser amigos dos filhos".

Bárbara tem 56 anos e comemora seis longe do álcool. Lembra que teve seu primeiro porre aos três, justamente por conta de descuidos que os pais podem evitar. Curiosa em provar restos de bebida em copinhos, durante uma festa em família, acabou ficando embriagada. Gancia diz que o segundo e terceiro porre vieram aos seis e nove anos e que seus pais não perceberam. "Achavam que eu era louca, problemática. Não olhavam para mim como uma pessoa que tinha uma doença definida pela OMS como incurável, progressiva e mortal. Naquela época o perfil do alcoólatra era de quem passava o dia na rua bebendo e não de alguém que bebia em casa".

Por conta de sua história de vida, Gancia é a favor de uma conscientização, desde a infância, contra o consumo de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos. "A questão reside na tolerância da combinação criança/adolescente com poder bebericar uma caipirinha, achando que ´um gole de bebida não faz mal´. Faz sim. O corpo da criança e do jovem está em desenvolvimento e não combina com ingestão de álcool. Criança e menores de 18 anos não podem beber álcool e não se discute mais".

Lançamento

Cartilha "Papo em Família ". Disponível para download pelo site: www.ambev.com.br/papoemfamilia

Histórias de vida e superação passam pelo AA

São 39 anos e três meses sem beber. Uma vitória e tanto para José C, 69 anos. "Meu primeiro contato com a bebida foi com 14, 15 anos. Tomei Martini com refrigerante, por influência da turma. Achei muito doce e preferi partir para o álcool puro. Saí da festa carregado pelos amigos. No outro dia amanheci com o vômito sobre o meu corpo e, a partir daí, começou a minha decadência", relembra.

Na época, José morava com um tio, em Teresina (PI). A bebida, que no início era companheira dos fins de semana, passou a fazer parte do seu dia a dia. Preocupado, o tio conseguiu que um amigo arranjasse um emprego para o sobrinho em Fortaleza. José se mudou para a capital com a promessa pessoal de fazer dar certo a chance numa empresa de transportes. O novo chefe pagou hospedagem e alimentação e o rapaz se viu crescer rápido para o cargo de gerente.

Só que o bom dinheiro, as roupas novas, as boates e as más amizades o levaram para a bebida. "Comecei a faltar ao trabalho e a gastar tudo na noite. Perdi tudo e fiquei três anos morando na rua. Pedia esmola para beber. Catava comida no camburão do lixo. Eu vegetava no mundo".

José se envolveu com muitas mulheres no baixo meretrício no Arraial Moura Brasil. "Ali, peguei doenças venéreas, tive contato com drogas e roubei para sobreviver". Foi quando uma mulher, "um anjo", apareceu na sua vida e ficou grávida dele. "Passei quase um mês sem beber porque ia ser pai, mas o vício voltou muito pior".

AA: quando tudo mudou

Em 1974, José foi levado por um amigo para uma reunião dos Alcoólicos Anônimos (AA). "Fui uma vez, mas achava que aquilo não era para mim. Porém, quando cheguei em casa e vi meu filho e minha mulher sem ter o que comer e eu liso, resolvi entrar de vez nas reuniões".

"Quando aceitei que era doente, a vida ganhou outra perspectiva. Consegui terminar o Ensino Médio, trabalhei em vários lugares e hoje sou servidor público aposentado, vitorioso, com dois filhos, netos e bisnetos".

Sobre a importância da família na formação do caráter e destino dos filhos, inclusive no tema alcoolismo, José é enfático: "os pais precisam acompanhar os filhos de perto. Se estiverem juntos, a história de dependência pode seguir um curso diferente".
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Reflexão do dia 14 de Janeiro

Reflexão do dia 14 de Janeiro
 
      
PRINCÍPIOS, NÃO PERSONALIDADES
A maneira como nossos "valorosos" alcoólicos, algumas vezes, tentam julgar o "menos valorosos", é bastante cômica se refletirmos sobre o fato,. Imagine se você puser, um alcoólico julgando o outro.
* ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 37
 
 
      Quem sou eu para julgar alguém? Quando entrei na Irmandade pela primeira vez, descobri que todos gostavam de mim. Afinal A.A.> estava me ajudando a ter uma melhor maneira de vida sem o álcool. A realidade era que eu não poderia gostar de todos nem eles de mim. A medida que fui crescendo na Irmandade, aprendi a amar todos, apenas ouvindo o que eles tinham a dizer. Essa pessoa lá ou esta aqui pode ser aquela que Deus escolheu para me dar a mensagem de que eu preciso para o dia de hoje. Devo sempre lembrar-me de colocar os princípios acima das personalidades.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 14-01...

Meditação do Dia

Terça, 14 de Janeiro de 2014


Um Deus amantíssimo
“A nossa concepção de um Poder Superior só a nós diz respeito... A única orientação sugerida é a de que este Poder seja amantíssimo, carinhoso e superior a nós mesmos. " Texto Básico, p. 28

Foi-nos dito que podemos acreditar em qualquer tipo de Poder Superior desde que seja amantíssimo e, claro está, maior do que nós mesmos. Alguns de nós, contudo, tiveram problemas com estes requisitos. Ou não acreditamos em nada para além de nós mesmos, ou acreditamos que qualquer coisa a que possa chamar-se "Deus" só poderá ser frio e insensato, enviando-nos má-sorte por capricho. Acreditar num Poder amantíssimo é um grande salto para alguns de nós, por muitas razões. A ideia de entregar a nossa vontade e as nossas vidas aos cuidados de qualquer coisa que julguemos capazes de nos magoar irá certamente encher-nos de relutância. Se chegamos ao programa a acreditar que Deus é julgador e que não perdoa, temos de ultrapassar essa crença antes de nos sentirmos verdadeiramente confortáveis com o Terceiro Passo. As nossas experiências positivas em recuperação podem ajudar-nos avir a acreditar num Deus amantíssimo da nossa concepção. Fomos aliviados de uma doença que nos atingiu durante muito tempo. Encontrámos a orientação e o apoio de que precisávamos para desenvolver uma nova forma de vida. Começamos a experimentar uma plenitude do espírito onde antes só havia vazio. Estes aspectos da nossa recuperação têm a sua fonte num Deus amantíssimo, não num Deus duro e odioso. E quanto mais experimentarmos recuperação, mais confiaremos nesse Poder Superior amantíssimo.

Só por hoje: Vou abrir a minha mente e o meu coração para acreditar que Deus é amantíssimo, e vou confiar em que o meu Poder Superior amantíssimo faz por mim aquilo que eu não consigo fazer por mim mesmo.
 
Força, fé  esperança,
Clayton Bernardes

domingo, 12 de janeiro de 2014

Para jovem, risco de dependência do álcool é maior; proteja seu filho

Para jovem, risco de dependência do álcool é maior; proteja seu filho                                                                                              

Dourados News
Uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012, envolvendo mais de 100 mil adolescentes, em 2.842 escolas de todo o país, mostrou que o consumo de bebidas é comum e tolerado pelos jovens. Entre os entrevistados, com idades de 13 a 15 anos, 50,3% afirmaram ter provado, pelo menos, um drinque alcoólico. Além disso, um em cada quatro jovens assumiu ter bebido nos últimos 30 dias anteriores à realização do levantamento. A maioria teve acesso ao álcool em festas (39,7%), mas muitos informaram que conseguiram comprar bebidas em lojas, bares ou supermercados (15,6%).

Sem ter muita ideia dos efeitos nocivos que a bebida pode ter sobre seu desenvolvimento, os jovens afirmam beber para se soltarem mais ou para se divertirem. O ponto é que inúmeras pesquisas já provaram que os danos do álcool sobre o organismo são muito maiores quanto mais precoce é o seu uso.

Um levantamento feito por um órgão governamental americano, o Substance Abuse and Mental Health Services Administration, publicado em 2008, mostrou que indivíduos que começam a beber antes dos 15 anos têm sete vezes mais chance de desenvolver problemas relacionados ao uso de álcool do que aqueles que o fazem após os 21.

As complicações relacionadas ao uso começam pelos efeitos físicos, pois o álcool agride o sistema nervoso de diversas formas. "Há um efeito tóxico direto tanto para o cérebro quanto para os nervos periféricos. O uso frequente reduz a quantidade de neurônios e suas conexões, chamadas de sinapses. Isso evidentemente leva a um comprometimento da performance intelectual e motora", declara o neurologista Leandro Teles, graduado pela Faculdade de Medicina da USP.

Esses malefícios aparecem com mais intensidade nos jovens, já que eles ainda estão em processo de amadurecimento do sistema neurológico.

"O sistema nervoso central segue aprimorando seus recursos até, pelo menos, 21 anos. Coerente com essa questão fisiológica, a legislação proíbe o álcool para menores de 18 anos. Isso explica também porque, em alguns países, a restrição se dá até os 21", afirma o psiquiatra especialista em dependência química Carlos Salgado, membro do conselho consultivo da Abead (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas).

E isso sem falar nos riscos para outros órgãos e sistemas –como o fígado– e nos prejuízos para a vida social. "Não há dúvida de que os adolescentes ficam mais propensos a comportamentos de risco sob os efeitos do álcool, incluindo brigas, sexo desprotegido e acidentes de carro", diz a psiquiatra Camila Magalhães Silveira, coordenadora do Cisa (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool).

Dependência

É claro que todos esses efeitos passam a preocupar mais à medida que aumenta a frequência do consumo de bebida. No entanto, segundo os especialistas, não há uma quantidade ou regularidade mínima que possa ser considerada segura, quando falamos em consumo de álcool entre os mais jovens.

"Não sabemos de antemão quem será aquele que partirá para um uso abusivo e danoso e aquele que saberá a hora de parar, porque isso depende de características individuais e contextuais com muitas variáveis. Há pessoas que passam a vida toda tomando apenas uma dose de bebida por dia, enquanto outras vão beber de forma progressiva quantidades muito maiores. O problema é que ambas começam do mesmo jeito, com o primeiro copo", fala Teles.

Na juventude, o risco de viciar também é maior. "A ativação do sistema de recompensa cerebral é mais intensa, tornando-os mais predispostos ao abuso e à dependência. Além disso, os jovens ainda estão buscando a aceitação do grupo, são vulneráveis e têm uma certa sensação de indestrutibilidade que os mais velhos já aprenderam a relativizar", afirma o neurologista.

Por isso, a recomendação aos pais é evitar que o jovem beba mesmo dentro de casa. Até nas festinhas de família, o ideal é que os adolescentes brindem com coquetéis sem adição de álcool.

Orientá-los para as escolhas feitas quando em companhia dos amigos também é fundamental. "O álcool permeia o mundo dos jovens. A oportunidade para beber surgirá e a decisão será deles, que terão de fazer escolhas sobre quando, onde, com quem e o quanto consumirão. O que os pais podem fazer é contribuir para que o filho tenha subsídios fortes para fazer uma escolha responsável", diz a psiquiatra Camila.

Segundo a especialista, o ideal é que as conversas sobre os riscos associados ao uso abusivo de bebidas alcoólicas ocorram de maneira ocasional e frequente, sem um tom de sermão. "Quando falar sobre o álcool, deixe seu ponto de vista claro, discutindo suas crenças e opiniões com honestidade. Também vale lembrar que o diálogo deve ser uma via de mão dupla, por isso dê ao seu filho a oportunidade para perguntar livremente sobre o assunto e ouça o que ele tem a dizer", fala Camila.

Nessa conversa, é interessante que os pais exponham de maneira clara que não tolerarão o consumo de bebida alcoólica e o que acontecerá caso o filho não cumpra o que foi combinado previamente. "Cabe aos pais decidir o que consideram melhor para os seus filhos quando esses ainda não têm maturidade suficiente para tomar decisões. Também é importante que os adultos transmitam de forma objetiva as regras que valem naquela família", declara a psiquiatra.

Por fim, é preciso considerar que o exemplo dos pais fará toda a diferença, por isso não adiantar ter um discurso contra a bebida alcoólica e beber abusivamente na frente do jovem. "Muitos pais julgam que seus filhos não terão complicações em decorrência da embriaguez, porque eles não tiveram em sua juventude. O problema é que podem estar enganados e correm o risco de ver seus adolescentes enfrentando desfechos muito diferentes e até bastante dramáticos", afirma Salgado.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Ronaldo Laranjeira: O papa e as drogas

Ronaldo Laranjeira: O papa e as drogas                                                                                              

Folha de S. Paulo
O mundo vem se surpreendendo com o papa Francisco, suas demonstrações de humildade e também, talvez principalmente, com sua firme disposição em promover reformas na Igreja, punindo severamente práticas de pedofilia e desvios de dinheiro do banco do Vaticano.

Entre os temas controversos e considerados tabus, Francisco já disse que os gays não deveriam ser julgados por sua opção.

Sobre as drogas, o papa deixou clara sua crítica aos que discutem a liberalização dos entorpecentes, afirmando que não é por este caminho, como se discute em países da América Latina, que será possível diminuir a difusão da dependência.

Quando visitou o Brasil, Francisco visitou um centro de recuperação e reconheceu o "santuário do sofrimento humano" que ocorre nesses locais.

A mensagem do papa ponderou, entretanto, que os dependentes são os principais protagonistas de sua recuperação, e que, apesar de a Igreja e muitas pessoas estarem do lado dos usuários de drogas, ninguém pode fazer a "subida" no lugar deles.

É consenso, tanto do ponto de vista da Igreja como dos líderes políticos da América Latina, e mesmo de integrantes da OEA, que a criminalização do uso de drogas, com severa punição dos usuários, é um modelo que fracassou na região.

Vejo, no entanto, com muita preocupação as tentativas de se liberar o comércio de crack, cocaína, maconha, ecstasy e outros entorpecentes. Tal medida, sob o argumento de neutralizar o tráfico, combater os traficantes e a influência que exercem sobre os dependentes, abre um caminho sem volta para que mais pessoas tornem-se reféns das drogas.

No Estado de São Paulo, o programa Recomeço, de combate à dependência química, em especial à epidemia do crack que reina nas principais capitais e regiões metropolitanas brasileiras, segue diretriz bem similar à nova visão mundial sobre o enfrentamento desta problemática, tratando o tema menos como uma questão de polícia e mais de saúde pública e resgate da cidadania.

O governo paulista vem promovendo uma verdadeira revolução na assistência aos dependentes de crack, com expressiva ampliação dos leitos de enfermaria para internação dos casos mais graves, articulação e integração com outros serviços de saúde e assistência social de perfis complementares, como os Caps Ad (Centros de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas), comunidades terapêuticas e moradias assistidas.

Na capital paulista, o Plantão Judiciário e a Unidade Social implantados no Cratod (Centro de Referência em Álcool Tabaco e outras Drogas) vem proporcionando agilidade a processos de encaminhamento dos dependentes tanto para assistência ambulatorial quanto para internações voluntárias, involuntárias e compulsórias, todas previstas em lei. E a oferta de leitos de enfermaria para tratamento dos dependentes no Estado mais do que duplicou desde 2011.

Já o Cartão Recomeço soma esforços ao financiar uma fase importante do tratamento de alguns pacientes em comunidades terapêuticas, período em que, após a desintoxicação, é necessário um tempo para que o dependente reaprenda como é o mundo sem a droga.

A estruturação e a expansão da rede Recomeço são essenciais para oferecer todas as alternativas terapêuticas possíveis visando à recuperação e reinserção social dos dependentes químicos. Mas o esforço próprio de cada paciente é que determinará se o final da caminhada será ou não bem sucedida.

RONALDO LARANJEIRA, 58, psiquiatra e professor titular de psiquiatria da Unifesp, é coordenador do Programa Recomeço, do governo do Estado de São Paulo
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Reflexão do dia 12 de Janeiro

Reflexão do dia 12 de Janeiro
      
PRINCÍPIOS, NÃO PERSONALIDADES
A maneira como nossos "valorosos" alcoólicos, algumas vezes, tentam julgar o "menos valorosos", é bastante cômica se refletirmos sobre o fato,. Imagine se você puser, um alcoólico julgando o outro.
* ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 37
 
 
 
      Quem sou eu para julgar alguém? Quando entrei na Irmandade pela primeira vez, descobri que todos gostavam de mim. Afinal A.A.> estava me ajudando a ter uma melhor maneira de vida sem o álcool. A realidade era que eu não poderia gostar de todos nem eles de mim. A medida que fui crescendo na Irmandade, aprendi a amar todos, apenas ouvindo o que eles tinham a dizer. Essa pessoa lá ou esta aqui pode ser aquela que Deus escolheu para me dar a mensagem de que eu preciso para o dia de hoje. Devo sempre lembrar-me de colocar os princípios acima das personalidades.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 12-01...

Meditação do Dia

Domingo, 12 de Janeiro de 2014


Despertares espirituais
"Tendo experimentado um despertar espiritual graças a estes Passos..." Décimo-Segundo Passo

"Como é que eu vou saber que tive um despertar espiritual?" Para muitos de nós, um despertar espiritual vem gradualmente. Talvez a nossa primeira consciência espiritual seja tão simples como uma nova apreciação da vida. Talvez descubramos de repente, um dia, o som dos pássaros a cantar de manhã cedo. A beleza simples de uma flor pode lembrar-nos de que há um Poder superior a nós mesmos a trabalhar à nossa volta. Muitas vezes, o nosso despertar espiritual é algo que se fortalece com o tempo. Podemos esforçar-nos por ter uma maior consciência espiritual simplesmente vivendo as nossas vidas. Podemos persistir num esforço para melhorar o nosso contacto consciente através da prática diária da oração e da meditação. Podemos escutar a voz interior para obtermos a orientação de que necessitamos. Podemos perguntar a outros adictos sobre as suas experiências com a espiritualidade. Podemos apreciar, sem pressas, o mundo à nossa volta.

Só por hoje: Vou reflectir sobre os despertares espirituais que já experimentei. Vou esforçar-me por ter uma consciência de Deus. Vou guardar alguns momentos do dia para apreciar o trabalho do meu Poder Superior.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Maconha e seus males!!

Maconha

É a droga de entrada para consumo das outras drogas. Barata e de fácil acesso, o seu uso continuado interfere na aprendizagem, memorização e na fertilidade. É uma combinação de flores e folhas da planta conhecida como Cannabis sativa, e pode ser verde, marrom ou cinza.
Causa vermelhidão nos olhos, boca seca, taquicardia; angústia e medo para uns, calma e relaxamento para outros.
Vício mundial, a maconha é usada comendo-a, mascando-a, fumando-a; aspirando-a sob a forma de rapé, ou engolindo-a. 

No Brasil, ela é mais usada e, seu emprego é mais comum sob a forma de "cigarros", que apresentam vários nomes, como: fininho, baseado, dólar, beck e pacau.
Há cachimbos especiais para fumantes, e são conhecidos, em alguns países como "josie" e, outros, "narguilé".
Existe um cachimbo que filtra a fumaça com água que é conhecido em inglês como "bong". Algumas pessoas misturam a maconha com a comida e também é usada em forma de chá.
A maconha é considerada um alucinógeno, isto é, faz o cérebro funcionar de forma desconcertante e fora do normal e seu princípio ativo é o delta nove
tetrahidrocanabinol (THC). O THC produz vários efeitos: avermelhamento da conjuntiva dos olhos (olhos injetados), redução da imunidade pela queda dos glóbulos brancos, sinusite crônica, faringite , constrição das vias aéreas, atua sobre o equilíbrio, movimentos e memória.
A potência da droga é medida de acordo com a quantidade média de THC encontrada nas amostras de maconha confiscadas pelas agências policiais.
· A maconha comum contem uma média de 3% de THC.
· A variedade “sinsemilla” (sem semente, que só contem botões e as flores da planta fêmea) tem uma média de 7.5% de THC, mas pode chegar a ter até 24%.
· O haxixe (a resina gomosa das flores das plantas fêmeas) tem uma média de 3.6%,mas pode chegar a ter até 28%.
· A maconha cultivada por hidroponia, conhecida popularmente como SKANK pode ter até 35% de THC.
· O óleo de haxixe, um líquido resinoso e espesso que se destila do haxixe, tem em média de 16% de THC, mas pode chegar a ter até 43%.
Não cria a dependência física, mas a psicológica. Dependendo da personalidade do usuário, pode ser brutal; logo se retirada imediatamente, a saúde não correrá nenhum risco, porém, a força de vontade do paciente tem de ser grande, exatamente para vencer sua necessidade psíquica de buscar a maconha.
(Fonte: Como agem as drogas, Gesina L. Longenecker,PH.D. Quark books. Ilustrações de Nelson W.Hee)

Como posso saber se meu filho está usando a maconha?
Existem certos sintomas que podem ser percebidos. Aqueles que estão drogados com maconha podem:
· Parecer estar meio tonto e com alguma dificuldade para caminhar;
· Parecer estar rindo exageradamente ou sem nenhuma razão ;
· Olhos vermelhos e irritados; e
· Dificuldade para lembrar como as coisas aconteceram.
Quando desaparecem os primeiros efeitos, depois de algumas horas, a pessoa pode sentir muito sono.
Ainda que seja difícil distinguir nos adolescentes, os pais têm atentos para mudanças no comportamento deles.
Devem tentar perceber se seu filho se afasta de todos, se está deprimido, se tem fadiga, se não cuida de sua aparência pessoal, se é hostil, ou se suas relações com familiares e amigos se deterioraram.
Também pode haver mudanças no desempenho acadêmico, ausência escolar, menor interesse pelo esporte e por outras atividades favoritas, ou modificação nos hábitos alimentícios ou no sono. Tudo isto pode indicar o uso de drogas, ainda que não em todos os casos.

Os pais também devem estar pendentes de:
· Coisas que possam indicar o uso de drogas, como cachimbos, ou papéis para enrolar cigarros;
· O cheiro da roupa;
· O uso de incenso e desodorante de ambiente;
· O uso de colírios para os olhos;
· Que haja roupa, posters, jóias, etc., que promovam o uso das drogas;
· Aumento do apetite (doces);
· Distúrbios na percepção do tempo e do espaço;
· Anhedonia - perda de prazer nas atividades comuns;

Como abordar um usuário de maconha?
Não é com uma bronca ou com agressão que se aborda um dependente. Realismo e objetividade são fundamentais. Neste momento, o usuário necessita encarar os seus limites, conhecer as regras, os horários, as tarefas e seus deveres para com sua família, que tem um papel importantíssimo. O aconselhamento familiar esclarece e auxilia na melhor maneira de lidar com o usuário, que precisa querer receber ajuda. Caso isso não ocorra, não force uma situação. Mas, lembre-se: uma boa conversa e uma atitude amiga, certamente, poderão salvar uma vida.

O que acontece depois que a pessoa fuma maconha?Quase imediatamente depois de inalar a maconha, a pessoa pode sentir, intoxicação,boca seca, batidas aceleradas do coração, dificuldades na coordenação do movimento e do equilíbrio, e reações ou reflexos lentos. Os vasos sangüíneos dos olhos se expandem,por isso ficam avermelhados.
Em algumas pessoas, a maconha aumenta a pressão sangüínea e pode até duplicar o ritmo cardíaco. Este efeito pode acentuar-se quando se mistura outras drogas com a maconha; algo sobre o qual nem sempre o fumante pode ter certeza do que é. Depois de 2 ou 3 horas, a pessoa pode sentir muito sono.

O que acontece no organismoA substância ativa da planta, o THC, age no cérebro em 20 minutos
1.
Após ser tragada, a droga leva aos pulmões toxinas como o alcatrão, que prejudicam o aparelho respiratório, e o THC, que segue para a circulação sanguínea
2. Parte do THC chega ao estômago, fígado e depois aos rins e é eliminada pela urina
2a. Outra parte chega ao baço; acredita-se que nele o THC reduza a produção de linfócitos e enfraqueça o sistema de defesa do organismo
2b. Há pesquisas que apontam redução pelo THC dos níveis do hormônio sexual masculino testosterona, podendo provocar infertilidade temporária
3. No cérebro, entre as várias substâncias conhecidas como receptores, existe uma que é ativada pelo THC
3a. No cerebelo, que regula o equilíbrio, postura e coordenação motora, o THC provoca letargia, redução no controle dos movimentos e desorientação espacial e temporal
3b. No hipocampo, o THC reduz a atividade de neurônios relacionados à memória de curto prazo
3c. No córtex cerebral, que regula a percepção pelos sentidos, o THC pode promover alterações transitórias nas sensações pelo tato, visão e audição
4. O THC estimula também o aumento da produção de serotonina, substância que promove sensação de prazer

Por quanto tempo a maconha permanece no corpo?
A substância THC na maconha é absorvida pelos tecidos gordurosos de vários órgãos do corpo, onde são armazenados. Geralmente podemos encontrar restos de THC nos exames regulares de urina até vários dias depois da pessoas ter fumado maconha. Contudo, no caso das pessoas que fumam muita maconha (fumantes crônicos), podemos encontrar restos da substância, inclusive várias semanas depois de ter  parado de usar a droga.



Skank :
A Supermaconha


Cannabis sativa é a espécie da maconha mais difundida no mundo, embora outras espécies do mesmo gênero - a Cannabis indica ou a ruderalis, por exemplo - também sejam utilizadas na fabricação da droga. O skank é uma variação genética, produzida em laboratório, da planta da maconha, que cresce mais rapidamente e pode, portanto, ser cultivada em estufas (mais escondida da fiscalização). Sua principal característica é o fato de conter uma quantidade até sete vezes maior de THC (a substância ativa) do que a maconha comum. 


FONTE: SITE WWW.ANTIDROGAS.COM.BR                                               

Quase

Quase                                                      


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance; para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."
Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br)

Reflexão do dia 8 de Janeiro

Reflexão do dia 8 de Janeiro
      
PRINCÍPIOS, NÃO PERSONALIDADES
A maneira como nossos "valorosos" alcoólicos, algumas vezes, tentam julgar o "menos valorosos", é bastante cômica se refletirmos sobre o fato,. Imagine se você puser, um alcoólico julgando o outro.
* ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 37
 
 
      Quem sou eu para julgar alguém? Quando entrei na Irmandade pela primeira vez, descobri que todos gostavam de mim. Afinal A.A.> estava me ajudando a ter uma melhor maneira de vida sem o álcool. A realidade era que eu não poderia gostar de todos nem eles de mim. A medida que fui crescendo na Irmandade, aprendi a amar todos, apenas ouvindo o que eles tinham a dizer. Essa pessoa lá ou esta aqui pode ser aquela que Deus escolheu para me dar a mensagem de que eu preciso para o dia de hoje. Devo sempre lembrar-me de colocar os princípios acima das personalidades.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 08-01...

Meditação do Dia

Quarta, 08 de Janeiro de 2014


Crescer
"O nosso estado espiritual constitui o alicerce de uma recuperação forte que permite um crescimento sem limites. " Texto Básico, p. 51

Quando os nossos membros celebram os seus aniversários de recuperação, muitas vezes dizem que "cresceram" em NA. Bom, pensamos nós, mas afinal o que é que isso significa? Começamos a questionar se já estaremos crescidos. Examinamos as nossas vidas e, é verdade, todas as armadilhas da vida adulta estão lá: o livro de cheques, a criança, o emprego, as responsabilidades. Mas por dentro sentimo-nos, muitas vezes, como crianças. Grande parte do tempo ainda estamos confusos com a vida. Nem sempre sabemos como agir. Às vezes questionamos se somos realmente adultos ou se somos crianças que, de alguma forma, foram metidas em corpos adultos e às quais foram dadas responsabilidades de adultos. A melhor maneira de medir o crescimento não é pela idade física ou por níveis de responsabilidade. É, sim, através da nossa condição espiritual, a base da nossa recuperação. Se continuarmos a depender de pessoas, de lugares, e de coisas que nos dêem satisfação interior, como uma criança que depende dos pais para tudo, então temos realmente que crescer um bocado. Mas se nos mantivermos seguros nos alicerces da nossa condição espiritual, e considerarmos a sua manutenção como a nossa responsabilidade mais importante, então podemos considerar-nos maduros. Fundadas sobre esses alicerces, as nossas oportunidades de crescimento são ilimitadas.

Só por hoje: A minha maturidade mede-se através da responsabilidade que tenho para com a manutenção da minha condição espiritual. Hoje, essa vai ser a minha maior prioridade.
 
Força, fé e esperança,
 Clayton Bernardes

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Você tem medo de quê?

Você tem medo de quê?                                                      


Você tem medo de quê?
De dizer não para aquela pessoa querida mesmo sabendo que o sim significa problemas no futuro?

Você tem medo de quê?
De admitir que se enganou com uma pessoa, que errou na dose do sentimentalismo e fechou os olhos para a realidade que todos viam?

Aceitar que o fim de um relacionamento já chegou há muito tempo e você, só você insiste em manter as aparências?

Você tem medo de quê?
De alar para a família e os verdadeiros amigos o quanto os ama e, por isso, fica calado imaginando que todo mundo sabe disso?

De perder o emprego medíocre e, por isso, se submete a tirania de um local que você não se sente bem?

Você tem medo de quê?
De aceitar que seu atual estado é reflexo apenas dos seus atos, das suas atitudes, algumas vezes impensadas e feitas de pura ansiedade...

Você tem medo de quê?
De sair da capa de vítima e encarar de frente seus sonhos, suas necessidades e descobrir que pode realizá-los?

De questionar velhos conceitos e mudar tudo para viver melhor?

Você tem medo de quê?
De aceitar que Deus existe e que nos pede ação sempre, trabalho sempre, boa vontade sempre, perdão sempre, amor sempre.

Não tenha medo de ser feliz, arrisque-se, aventure-se.
Caiu? Levante-se.
Errou? Comece de novo.
Perdoe sempre.
Esqueça o que passou, construa o hoje, viva o hoje.
Ame-se sempre!

Autoria de Paulo Roberto Gaefke

Exame obrigatório vai detectar uso de drogas por motoristas profissionais

Exame obrigatório vai detectar uso de drogas por motoristas profissionais                                                                                                 

G1
Condutores de caminhões, carretas e ônibus terão que fazer o exame na hora de tirar ou renovar a carteira. Abuso de drogas é comum nas estradas.

Os motoristas profissionais de caminhões, carretas e ônibus vão passar por um exame que detecta o uso de drogas em um período de 90 dias antes do teste.

A resolução é do Conselho Nacional de Trânsito e determina que esse exame seja feito na hora de tirar ou renovar a carteira. O repórter Wilson Kirsche mostra como funciona o mercado de substâncias ilegais nas estradas.

Na cabine, um abuso declarado, bem conhecido por motoristas que não usam, mas são testemunhas do consumo entre os colegas. “Não estão tomando rebite, estão cheirando pó mesmo”, diz um caminhoneiro.

“Cocaína, crack, maconha”, afirma outro caminheiro.

Eles contam que o mercado clandestino transforma pátios e estacionamentos em pontos de tráfico. “Qualquer lugar que você chegar, acha. É como comprar doce no mercado”, diz um caminhoneiro.

Um caminhoneiro que não quer mostrar o rosto só dirige tomando comprimidos estimulantes, conhecidos como rebites.

Ele diz que já passou cinco dias sem dormir para dar conta das entregas e aumentar a renda. “Na primeira noite dois, na segunda noite quatro, na terceira noite seis. E aí vai. Te deixa ligado a noite toda, que é o que cara precisa para poder rodar”, conta.

É esse perigo que está na mira da lei. A resolução do Contran vai tornar obrigatório o exame toxicológico ,que detecta consumo de drogas, para emissão e renovação da carteira de motorista, nas categorias C,D e E. As análises terá que ser feita em laboratório credenciado, e o laudo apresentado junto com os exames exigidos pelo Detran.

Para os testes serão coletadas amostras de cabelos, pelos ou unhas. O exame vai mostrar se houve uso de maconha, cocaína, crack ou anfetamina até 90 dias antes da coleta. “A queratina presente nos pelos e cabelos aprisiona pequenas moléculas das drogas, tornando possível que nós as detectemos por um período maior. O resultado sai em aproximadamente 15 dias”, explica o diretor de laboratório Vicente Milani.

Se o resultado der positivo para o uso de drogas, a resolução também permite que seja feita uma contraprova, até 90 dias depois do exame. O motorista só vai poder retirar ou renovar a habilitação se esse novo teste der negativo.

O sindicato dos caminhoneiros reconhece que o rigor do exame vai barrar muita gente, e que será preciso fazer campanhas de conscientização entre os profissionais. “Tem que investir muito nessas campanhas, nessas orientações, para que a gente possa ter uma equipe boa”, ressalta Carlos Dellarosa.

Transportadoras ouvidas pelo Bom Dia Brasil apoiam a medida, mas afirmam que não têm como arcar com o custo do exame, de R$ 350 a R$ 400. O teste teria que ser bancado pelos motoristas. “Para ele ser contratado pela empresa ele vai estar com os documentos todos em ordem, vai ter que estar.

Então esse custo vai ser repassado para ele, infelizmente”, diz a supervisora de transportadora Débora Quaglio.

Mesmo assim, dentro da boleia, a aprovação é quase geral. Os caminhoneiros sabem que esse vai ser o preço da segurança.

“Quanto menos louco na estrada, melhor”, diz um caminhoneiro.

A resolução já foi publicada, mas o Contran deu prazo até julho do ano que vem para começar a exigir o exame.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Overdose por cocaína

Overdose por cocaína                                                                                               

As altas taxas de mortalidade entre usuários de droga estão relacionadas a inúmeros fatores, tais como complicações devido ao uso da droga (por exemplo, Aids entre usuários de droga injetável), overdose, suicídio, acidentes e homicídio.
As dificuldades em atribuir causas de morte a uma reação de overdose especifica são complicadas. Por exemplo, diferenciar overdose acidental de suicídio pode ser muito difícil.
No Brasil quase não existem dados sobre overdose e fica difícil colocar mortes relacionadas à cocaína no contexto de mortes relacionadas a outras drogas. Num estudo de 294 usuários de cocaína freqüentando serviços de atendimento em São Paulo, 43% (n=126) relataram que já tiveram uma overdose não fatal por cocaína no Brasil. A última overdose aconteceu com crack em 58% dos casos, cocaína endovenosa em 23% e cocaína inalada em 18%. Além disso, 56% já presenciaram outra pessoa ter overdose por cocaína.
Antes de partir para uma discussão sobre os fatores que poderiam estar relacionados à overdose por cocaína, é importante definir o termo overdose. Uma definição usada é: "overdose é o uso de qualquer droga em tais quantidades que efeitos adversos agudos físicos e mentais ocorrem. Ela pode ser deliberada ou acidental, fatal ou não fatal". Apesar desta definição parecer precisa, existe ambigüidade, por exemplo, a respeito dos efeitos que de fato constituem uma overdose não fatal. Os efeitos também variam consideravelmente de um indivíduo para outro, em relação à droga e às circunstâncias em que a overdose ocorre.
O objetivo desta revisão é apresentar a prevalência, as características clínicas, o tratamento e os fatores associados a overdose por cocaína.

PSICOFARMACOLOGIA - TOXICIDADE
A cocaína é um alcalóide extraído das folha da planta Erythroxylon coca. As folhas de coca são processadas com diferentes substâncias químicas (solventes orgânicos, ácido hidroclorídrico a amônia), resultando no produto intermediário, pasta de coca. Um último processo de refinamento da pasta de coca produz o hidrocloridrato de cocaína. Esta forma de cocaína é solúvel em água e é tipicamente usada por via intranasal ou endovenosa, apesar de poder também ser esfregada (friccionada) sobre a gengiva. O crack pode ser aquecido com o uso de um isqueiro e fumado, o que ocorre usualmente num cachimbo improvisado.
Os usuários descrevem que o efeito psicológico prazeroso da droga começa a diminuir depois de 10 a 15 minutos que a droga foi fumada ou injetada. A benzoilecgonina constitui o principal metabólito da cocaína na urina, e pode ser encontrada por períodos superiores a 36 horas após a última administração da droga.

Os primeiros sinais clínicos de toxicidade por cocaína são usualmente palpitações, sudorese, cefaléia, ansiedade, tremores, hiperventilação a espasmo muscular, especialmente da língua e da mandíbula. O exame físico revela evidência de superestimulação adrenérgica com midríase, taquicardia, hipertensão, arritmias cardíacas a hipertermia. Em casos mais graves, pode haver convulsões, taquicardia supraventricular a outras arritmias, isquemia do miocárdio levando a infarto, isquemia de outros órgãos como intestino a cérebro, assim como hemorragia intracraniana e rabdomiólise. A morte freqüentemente ocorre devido à insuficiência cardíaca ou respiratória.

FATORES RELACIONADOS À DROGA
A concentração sanguínea da cocaína depende da via de administração, da dose, do peso corporal, do tempo decorrido entre o último consumo e da farmacocinética individual.
Uso concomitante de cocaína a outras drogas: uma revisão das mortes devido à overdose por cocaína ocorridas na Flórida em 1991, encontrou que mais da metade de todas as morte por overdose de cocaína envolviam cocaína usada com outra droga.
Cocaína, álcool a cocaetileno: Muitos usuários de cocaína freqüentemente usam álcool com cocaína. Parece haver três razões principais para fazer isso. Primeiro, cocaína e álcool juntos causam uma euforia mais intensa do que qualquer uma das duas drogas usadas sozinhas. Alguns usuários acham que o álcool reduz o desconforto resultante do alto grau de excitação causado pela cocaína. Um terceiro motivo seria o fato da cocaína reverter o prejuízo psicomotor e cognitivo causado pelo álcool.
A mistura de álcool a cocaína pode resultar em taxas mais altas de absorção de cocaína, níveis plásticos mais elevados e a produção de um metabólico ativo, o cocaetileno. Portanto, pode-se esperar que o risco de overdose por cocaína é maior se esta for usada concomitantemente com álcool.
O cocaetileno é similar à cocaína em suas propriedades, mas tem uma meia-vida três vezes mais longa do que a cocaína. É tão potente quanto a cocaína na inibição dos receptores de recaptação da dopamina. Os usuários de cocaína não conseguem distinguir os seus efeitos daqueles causados pela cocaína. O metabólito cocaetileno tem sido associado a convulsões, danos hepáticos e comprometimento do funcionamento do sistema imunológico. O uso de cocaína com álcool está associado a risco para morte imediata é 18 a 25 vezes mais alto do que se a cocaína fosse ingerida sozinha. O cocaetileno é tão tóxico para o miocárdio quanto a cocaína, mas é menos tóxico do que o efeito combinado de álcool a cocaína.

Via de administração: Nem sempre é fácil identificar qual a via de administração utilizada pelos indivíduos vítimas de overdose fatal. O usuário de drogas fumadas pode interromper o uso quando começa a sentir algum efeito desagradável, o que não ocorre quando altas doses de cocaína são injetadas de uma só vez. Entre usuários de drogas ilícitas, em geral, a via endovenosa está mais associada com overdose. Presume-se que isto seja resultado de uma maior eficiência da distribuição da droga no organismo a pelo fato de que altas doses podem ser injetadas de uma só vez.

FATORES RELACIONADOS AOS USUÁRIOS
Condições físicas preexistentes: Muitas mortes relacionadas a droga são atribuídas não apenas ao efeito da droga, mas também a seus efeitos em combinação com condições físicas pré-existentes, como anormalidades cardíacas e estado geral de saúde.
Tolerância: Quando se consegue informação sobre as mortes por cocaína, freqüentemente os usuários parecem ter consumido a mesma quantidade de droga a que eles estavam acostumados. Uma possível explicação para isso, deixando de lado as questões de grau de pureza, é fornecida pela teoria da tolerância reversa (sensibilização) ou "kindling", o que sugere que em usuários crônicos pode ocorrer uma resposta acentuada à dose usual de uma droga. Uma outra possibilidade é a perda de tolerância seguindo um período de abstinência, incluindo abstinência forçada que pode acontecer quando um usuário está encarcerado numa delegacia ou prisão.

TRATAMENTO
A maioria das mortes resultantes diretamente do efeito da cocaína são repentinas e ocorrem poucas horas após a intoxicação. As mortes são, na maioria, resultado de arritmias cardíacas. Convulsões generalizadas são freqüentes antes da morte em pacientes com intoxicação aguda por cocaína. Insuficiência respiratória pode ocorrer com níveis muito altos de cocaína. A morte pode também ocorrer devido a hemorragia intracerebral ou ruptura da aorta, devido a hipertensão severa induzida por cocaína. Conseqüentemente, o tratamento de overdose por cocaína dependerá da severidade dos sintomas a da natureza da complicação mais imediata a ameaçadora à vida do paciente.

Fonte: Site Álcool de Drogas sem Distorção

Reflexão do dia 7 de Janeiro

Reflexão do dia 7 de Janeiro
       
PRINCÍPIOS, NÃO PERSONALIDADES
A maneira como nossos "valorosos" alcoólicos, algumas vezes, tentam julgar o "menos valorosos", é bastante cômica se refletirmos sobre o fato,. Imagine se você puser, um alcoólico julgando o outro.
* ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 37
 
 
      Quem sou eu para julgar alguém? Quando entrei na Irmandade pela primeira vez, descobri que todos gostavam de mim. Afinal A.A.> estava me ajudando a ter uma melhor maneira de vida sem o álcool. A realidade era que eu não poderia gostar de todos nem eles de mim. A medida que fui crescendo na Irmandade, aprendi a amar todos, apenas ouvindo o que eles tinham a dizer. Essa pessoa lá ou esta aqui pode ser aquela que Deus escolheu para me dar a mensagem de que eu preciso para o dia de hoje. Devo sempre lembrar-me de colocar os princípios acima das personalidades.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 07-01...

Terça, 07 de Janeiro de 2014


"Recuperação"
"Narcóticos Anónimos oferece a adictos um programa de recuperação que é mais do que apenas uma vida sem drogas. Não só é este modo de vida melhor do que o inferno em que vivíamos, como é também melhor do que alguma vida que alguma vez conhecemos. " Texto Básico, p. 119

Poucos de nós têm algum interesse em "recuperar" aquilo que tinham antes de começar a usar. Muitos de nós sofreram abusos físicos, sexuais e emocionais. Apanharmos uma "pedra" e mantermo-nos "pedrados" parecia a única forma possível para tapar tais abusos. Outros sofreram de uma forma menos óbvia mas igualmente dolorosa, antes de a adicção os agarrar. Tínhamos falta de direcção e de propósito. Estávamos espiritualmente vazios. Sentíamo-nos isolados, incapazes de sentir empatia pelos outros. Não tínhamos nenhuma das coisas que dão à vida o seu sentido e o seu valor. Usámos drogas numa tentativa inútil de preencher o vazio dentro de nós. A maioria de nós não quererá "recuperar" aquilo que tinha antes. A recuperação que encontramos em NA acaba por ser algo diferente: a oportunidade de uma vida nova. Foram-nos dadas ferramentas para limpar a destruição das nossas vidas. Temos sido apoiados num novo caminho que iniciámos corajosamente. E recebemos a dádiva do contacto consciente com um Poder superior a nós mesmos, que nos dá a força interior e a direcção que tão dolorosamente necessitámos no passado. Recuperar? Sim, em todos os sentidos. Estamos a recuperar toda uma vida nova, melhor do que qualquer coisa que alguma vez imaginámos ser possível. Sentimo-nos gratos.

Só por hoje: Recuperei algo que nunca tive, e que nunca julguei ser possível: a vida de um adicto em recuperação. Estou agradecido ao meu Poder Superior, mais do que as palavras possam dizer.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Os Doze Passos da Recuperação !!!! Entre em contato conosco!!!


Os doze passos

1º. Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

2º. Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.

3º. Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós o compreendíamos.

4º. Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.

5º. Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.

6º. Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

7º. Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.

8º. Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.

9º. Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudica-las ou a outras.

10º. Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

11º. Procuramos, através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.

12º. Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades

 

 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
Coord. Terapêutico
(34) 9791-6095

ONG internacional conhece serviços para dependentes de drogas de SBC

ONG internacional conhece serviços para dependentes de drogas de SBC                                                                                                 

ABCD Maior
Diretores da Open Society Foundation visitaram o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas e uma das Repúblicas Terapêuticas

Diretores da Open Society Foundation, organização não governamental financiadora de políticas e programas sobre drogas que atua em vários países, vieram nesta segunda-feira (02/12) a São Bernardo conhecer os serviços desenvolvidos pelo município voltados aos dependentes de álcool e outras drogas.

A organização pretende expandir sua atuação na América Latina e seus representantes decidiram conhecer a experiência de São Bernardo, considerada referência nacional nesse setor.

O diretor do Programa de Saúde Pública da organização, Daniel Wolfe, estava acompanhado de dois integrantes do programa para a América Latina, Catesby Holmes e David Holiday.

Eles foram recebidos pelo secretário de Saúde, Arthur Chioro, que lembrou que as ações em São Bernardo estão alinhadas com a política nacional conduzida pelo Ministério da Saúde, contrária à internação compulsória e ao isolamento dos pacientes em instituições psiquiátricas, valorizando a liberdade e a autonomia dessas pessoas. Chioro esclareceu que os serviços de saúde mental do município buscam reatar os vínculos sociais e familiares dos pacientes.

Após o encontro com Chioro, os representantes da organização internacional visitaram o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas e uma das Repúblicas Terapêuticas da cidade, que abrigam temporariamente os pacientes que perderam os vínculos familiares ou encontram-se em vulnerabilidade social.

No Brasil, os dirigentes da Open Society Foundation visitarão ainda o Rio de Janeiro e, depois, Brasília, onde se reunirão com técnicos do Ministério da Saúde.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Recaída ao uso de drogas é alvo de pesquisa

Recaída ao uso de drogas é alvo de pesquisa                                                                                              

Em busca de tratamentos mais eficazes contra a dependência, cientistas do National Institute on Drug Abuse (Nida/NIH), dos Estados Unidos, têm se dedicado a criar métodos para identificar e estudar pequenos grupos de neurônios relacionados com a sensação de fissura por drogas.

O grupo coordenado por Bruce Hope conta com o brasileiro Fábio Cardoso Cruz, ex-bolsista de mestrado e de pós-doutorado da FAPESP que acaba de publicar um artigo sobre o tema na revista Nature Reviews Neuroscience.

“Nossa linha de pesquisa se baseia no pressuposto de que a dependência é um comportamento de aprendizado associativo. Quando um indivíduo começa a usar uma determinada substância, seu encéfalo associa o efeito da droga com o local em que ela está sendo consumida, as pessoas em volta e a parafernália envolvida, como seringas, por exemplo. Com o uso repetido, essa associação fica cada vez mais forte, até que a simples exposição ao ambiente, às pessoas ou aos objetos já desperta no dependente a fissura pela droga”, afirmou Cruz.

Evidências da literatura científica sugerem que essa memória associativa relacionada ao uso da droga com os elementos ambientais seria armazenada em pequenos grupos de neurônios localizados em diferentes regiões do encéfalo e interligados entre si – conhecidos em inglês como neuronal ensembles.
“Quando o dependente depara com algo que o faz lembrar da droga, esses pequenos grupos neuronais são ativados simultaneamente e, dessa forma, a memória do efeito da droga no organismo vem à tona, fazendo com que o indivíduo sinta um desejo compulsivo pela droga que é capaz de controlar o comportamento e fazer com que o dependente em abstinência tenha uma recaída mesmo estando ciente de possíveis consequências negativas, como perda do emprego, da família ou problemas de saúde”, disse Cruz.

Por meio de experimentos feitos com animais, os pesquisadores do Nida mostraram que apenas 4% dos neurônios do sistema mesocorticolímbico são ativados nesses casos de recaída induzida pelo ambiente. “São vários pequenos grupos localizados em regiões do cérebro relacionadas com as sensações de prazer, como córtex pré-frontal, núcleo accumbens, hipocampo, amígdala e tálamo”, contou.
Segundo Cruz, a maioria dos trabalhos que buscam entender a neurobiologia da dependência e descobrir possíveis alterações moleculares relacionadas com comportamentos que levam à recaída avalia todo o conjunto de neurônios presente em amostras de tecidos cerebrais em vez de focar apenas nesses pequenos grupos.

“Acreditamos que uma alteração realmente significativa pode ser mascarada por mudanças nesses outros 96% dos neurônios não relacionados com a recaída. Por isso buscamos metodologias para estudar especificamente esses 4%”, explicou.

Uma das estratégias descritas no artigo publicado na Nature Reviews Neuroscience faz uso de uma linhagem de ratos transgênicos conhecida como lacZ. Os animais são modificados para expressar a enzima β-galactosidase apenas nos neurônios ativos.

“Nós colocamos o animal em uma caixa e o ensinamos a bater em uma barra para receber cocaína. Depois de um tempo, movemos o animal para uma caixa diferente, na qual ele não recebe a droga quando bate na barra. Chega uma hora em que o animal para de bater na barra. É como se estivesse em abstinência. Mas quando o colocamos de volta na primeira caixa, ou seja, no ambiente que ele foi treinado a receber a droga, ele imediatamente volta a bater na barra à procura da droga”, contou Cruz.
Nesse momento, os pequenos grupos neuronais são ativados no rato pelos elementos do ambiente. Os pesquisadores administram então uma substância chamada Daun02, que interage com a enzima β-galactosidase e se transforma em um fármaco ativo chamado daunorubicina, que provoca a morte desses neurônios ativos.

“Esperamos cerca de dois dias para o fármaco concluir seu efeito e, quando colocamos novamente o animal no ambiente associado à administração da droga, ele não apresenta mais o mesmo comportamento de busca da substância. É como se a fissura tivesse sido apagada após a morte desse pequeno grupo de neurônios relacionado com esse comportamento de recaída”, contou Cruz.

Outra técnica descrita no artigo também faz uso de animais transgênicos capazes de expressar uma proteína fluorescente apenas nas células ativadas. “Com auxílio da citometria de fluxo, conseguimos isolar apenas essas células que ficam fluorescentes e então procuramos por possíveis alterações moleculares. Podem ser alterações estruturais, como aumento no número de espinhos dendríticos, o que aumenta a interação sináptica e deixa o neurônio mais sensível. Podem ser proteínas intracelulares que também aumentam a atividade desses neurônios”, explicou.

Uma vez identificadas essas alterações, acrescentou Cruz, elas vão se tornar alvos para o desenvolvimento de fármacos capazes de tratar de forma mais eficiente a dependência. “Não existe hoje um medicamento realmente eficaz, tanto que cerca de 70% dos usuários de cocaína sofrem recaída após um período de abstinência. No caso do álcool, o número é maior que 80%”, afirmou.
Autor:
OBID Fonte: Revisa Exame online

Reflexão do dia 6 de Janeiro

Reflexão do dia 6 de Janeiro
      
a vitória da rendição
Percebemos que somente através da derrota total somos capazes de dar os primeiros passos na direção da libertação e da força. Nossa admissão de impotência pessoal finalmente produz o alicerce firme sobre o qual vidas felizes e significativas podem ser construídas.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES PG. 17
 
      Quando o álcool influenciava cada faceta de minha vida, quando as garrafas tornaram-se o símbolo
de toda minha auto-indulgência e permissividade, quando vim a perceber que, por mim mesmo, não podia fazer nada para vencer o poder do álcool, percebi que não tinha outro recurso a não ser a rendição. Na rendição encontrei a vitória - vitória sobre minha egoística auto-indulgência, vitória sobre a minha indulgência, vitória sobre a minha resistência teimosa à vida como ela era dada para mim. Quando parei de lutar contra tudo e contra todos, comecei a caminhada para a sobriedade, serenidade e paz.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 06-01...

Meditação do Dia

Segunda, 06 de Janeiro de 2014


"Como é que isto resulta?"
"Eu costumava achar que tinha todas as respostas, mas hoje estou contente por não as ter. " II Texto Básico Text. p. 272

Quais são as duas palavras favoritas da maioria dos adictos? "Eu sei!" Infelizmente, muitos de nós chegaram a NA convencidos de que tinham todas as respostas. Sabemos muito daquilo que está errado connosco. Mas por si só, a sabedoria nunca nos ajudou a mantermo-nos limpos por qualquer período de tempo. Os membros que já estão aqui há mais tempo serão os primeiros a admitir que, quanto mais avançam em recuperação, mais têm para aprender. Mas há uma coisa que eles sabem: ao seguirem este simples programa de Doze Passos, têm sido capazes de se manter limpos. Eles já não perguntam "porquê"; perguntam "como". O valor de infinitas especulações dilui-se perante a experiência de adictos que encontraram uma forma de ficarem limpos e de viverem limpos. Isto não significa que não perguntemos "porquê" sempre que seja apropriado. Não parámos de pensar, lá porque chegámos a NA! Mas a princípio é uma boa ideia reformularmos as nossas perguntas. Em vez de perguntarmos "porquê", perguntamos "como". "Como é que trabalho este passo?". "Como é que devo partilhar nas reuniões?" "Como é que me mantenho limpo?"

Só por hoje: Eu não tenho todas as respostas, mas sei onde encontrar as que são importantes. Hoje, vou perguntar a outro adicto, "Como é que isto resulta?"
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes