sábado, 26 de novembro de 2016

ANVISA aprova critérios para uso de medicamento à base de maconha


 


Cultivador mostra flor seca da planta
Jornal Folha de S. Paulo
Felix Lima/Folhapress
NATÁLIA CANCIAN DE BRASÍLIA

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta terça-feira (22) critérios para permitir o registro, a venda e o uso de medicamentos à base de compostos da maconha no Brasil.

A medida ocorre diante do pedido feito pela empresa GWPharma para comercializar, no país, um medicamento composto por CBD (canabidiol) e THC (tetrahidrocanabinol), dois princípios ativos da maconha.

A aprovação dos novos critérios abre espaço para que a Anvisa conceda o registro do medicamento, que deve ser o primeiro à base de maconha a chegar às farmácias do país. O produto é indicado para tratamento de esclerose múltipla.

Atualmente, o pedido está em fase final de análise na agência, segundo a Folha apurou. "Fizemos isso de maneira que, quando houver o registro, ele já tenha o regulamento pronto para utilização", explica o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa.

No exterior, o produto é chamado de Sativex. Por aqui, o remédio, composto por 25mg/ml de canabidiol e de 27 mg/ml de THC, deve chegar ao mercado com o nome de Mevatyl.

Com os novos critérios definidos nesta terça, a agência passará a autorizar o registro e comercialização de medicamentos com concentração de até 30 mg/ml de canabidiol e THC.

"Estamos nos antecipando e dizendo as normas em que ele pode ser utilizado. Será somente até essa concentração, que é considerada segura para uso, exclusivo para uso humano e com a prescrição exigida hoje para substâncias psicotrópicas, de controle especial", afirma Barbosa.

TARJA PRETA

A mudança atinge a portaria 344/1998 da Anvisa, que define quais substâncias são proibidas no país e quais liberadas para uso, e em quais casos.

Medicamentos com canabidiol e THC acima de 30 mg/ml continuam na lista de proscritos, ou seja, de utilização proibida no país.

Ainda segundo o diretor, os novos critérios seguem parâmetros semelhantes aos aplicados em países como Reino Unido e Bélgica, "que já tem medicamentos assim registrados".

"Será tratado como os demais de tarja preta, os medicamentos controlados, que precisam de receituário especial e têm um sistema de controle", explica.

Além do Mevatyl, a norma também abre caminho para novos pedidos de registro de outros medicamentos com concentração semelhante desses canabinóides.

OUTRAS MEDIDAS

Em outra decisão, diretores também aprovaram nesta terça uma simplificação nas regras para importação de produtos a base de canabidiol para uso medicinal no país.

Hoje, esses produtos precisam de autorização especial da Anvisa para serem importados e utilizados pelos pacientes. O pedido é feito mediante apresentação de laudo técnico que informa sobre a doença, receita médica e termo de responsabilidade.

A ideia, agora, é diminuir o tempo de análise dos pedidos para alguns produtos cuja autorização é solicitada com maior frequência. Ou seja: enquanto pedidos por produtos menos conhecidos demoram até cinco dias para serem analisados, esses teriam autorização quase imediata, desde que apresentados os demais documentos.

Entram nessa lista óleos e cápsulas à base de canabidiol, mas que também possuem traços ou menor concentração de THC, por exemplo.

"Fizemos uma formalização para simplificar esse processo e não precisar passar um por um com análise excepcional. Se já tem 1.500 [autorizações], já se tem uma certa regra", afirma o diretor-presidente, Jarbas Barbosa.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas


Iniciada no Brasil a coleta de dados do Levantamento Global De Drogas 2017





(Global DrugSurvey - GDS)
O Levantamento Global de Drogas (GDS) é a maior pesquisa online, independente e neutra sobre consumo de substâncias (legais e ilegais) no mundo. Organizado por pesquisadores do Kings College London no Reino Unido, ele conta com a colaboração de pesquisadores experts em dependência química para a sua realização ao redor do mundo.

Sua coleta de dados é feita anualmente desde 2000, explorando, a cada ano, temas relacionados ao uso de drogas que requerem atenção imediata, como por exemplo, a penetração de novas drogas em cada país.

O GDS investiga de forma neutra e sigilosa os padrões de uso de drogas lícitas e ilícitas, seus efeitos, riscos e tendências em cada um dos 20 países participantes. Seus resultados são usados para a formulação de políticas públicas e estratégias de prevenção, redução de danos e tratamento.

Em 2015 o Brasil participou pela primeira vez, entrando na lista de 20 países integrantes do estudo. Nossos resultados surpreenderam a equipe internacional de experts, despontando no consumo acima da média mundial de cocaína, inibidores de apetite, anabolizantes e principalmente álcool. Em 2016 porém, perdemos a oportunidade de ter, gratuitamente, dados valiosos sobre o consumo de drogas no nosso país por falta de participantes.

Colabore para que esse ano o Brasil tenha uma participação representativa.

Todos indivíduos com 16 anos ou mais podem responder o inquérito, independente de ser ou não usuário de qualquer droga.

O questionário (em português) fica disponível no link abaixo até Janeiro.

Levantamento Global De Drogas 2017

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Tempo para os amigos




Hoje, ao atender o telefone, o meu mundo desabou. Entre soluços e lamentos, a voz do outro lado da linha me informava que a minha melhor amiga, minha compaheira de turma na faculdade, havia sofrido um grave acidente e morrido instantaneamente.

Lembro de ter desligado o telefone e caminhado a passos lentos para o meu quarto.

As imagens de minha juventude vieram quase que de imediato à mente. A faculdade, as conversas até altas horas da noite, as confidências ao pé do ouvido, os sorrisos.

Lembrei da formatura, de um novo horizonte surgindo. Das lágrimas e despedidas e, principalmente, das promessas de novos encontros.

Lembro perfeitamente de cada feição da melhor amiga que já tive em toda a vida. Em seus olhos a promessa de que eu nunca seria esquecido.

E, realmente, nunca fui. Perdi a conta das vezes em que ela, carinhosamente, me ligava quando eu estava quase no fundo do poço. E das mensagens, que nunca respondi. As mensagens que ela enviava, cheias de esperanças e promessas de um futuro melhor.

Lembro que foi em seu ombro que chorei a morte de meu pai. Foi em seu ouvido que derramei as lamentações do noivado desfeito.

Apesar do esforço, não consegui me lembrar de uma só vez em que tivesse pego o telefone para ligar e dizer a ela o quanto era importante para mim a sua amizade.

Afinal, eu era um homem muito ocupado. Não tinha tempo.

Não lembro de uma só vez que me preocupei em procurar um texto edificante e enviar para ela. Ou mesmo para qualquer outro amigo, com o objetivo puro e simples de tornar o seu dia melhor. Não tinha tempo.

Não lembro de ter feito qualquer tipo de surpresa para ela, como por exemplo, aparecer disposto a ouvir. Eu não tinha tempo.

Acho que nunca imaginei que ela tivesse problemas. Talvez ela, que sempre encheu o meu mundo com sua iluminada presença, estivesse se sentindo sozinha.

Até mesmo as mensagens engraçadas que deixava em minha secretária eletrônica, poderiam ser seu jeito de pedir ajuda. Aquelas mesmas mensagens que apaguei, jamais se apagarão da minha consciência.

Todas as perguntas que agora me faço, foi a simples falta de tempo que me impediu de responder antes.

Agora, me preparo para o seu enterro. Aviso o meu chefe que não irei trabalhar hoje. Preciso ir ao enterro da minha amiga. Digo a ele que irei tirar o dia para homenagear uma das pessoas que mais amei nesta vida.

Neste instante, com surpresa eu vejo, entre lágrimas, que para isto, para acompanhar um dia inteiro o seu corpo sem vida, eu tive tempo.

* * *

Não permita que o tempo escravize você. Tome as rédeas de sua vida. Trabalhe durante o expediente normal, com muita disposição.

Mas não deixe de responder às mensagens da secretária eletrônica, nem que seja somente com um oi.

Escolha mensagens de amizade e otimismo e envie aos seus amigos e colegas.

Escreva cartas ou bilhetes, dizendo às pessoas como elas são importantes para você.

Abrace seus irmãos, sua família. Distribua sorrisos a todos os que o rodeiam.

Viver é a mais emocionante de todas as chances que nosso Pai nos oferece.

fonte: antidrogas.com.br

Brasil apresenta avanços na redução do tabagismo e defende implementação de medidas na COP7


 


A convergência da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, propostos pela Organização das Nações Unidas até 2030, e a implementação de medidas para garantir que representantes das delegações dos países não tenham conflito de interesses com a indústria do tabaco foram destaque na 7° Sessão da Conferência das Partes sobre a CQCT (COP 7). O encontro aconteceu em Nova Délhi (Índia) entre os dias 7 e 12 de novembro.

“Mostramos na COP 7 o quanto o Brasil avançou na redução do tabagismo com a implementação da CQCT, especialmente devido ao aumento da tributação sobre cigarros e o progresso feito com a política de diversificação produtiva de áreas cultivadas com tabaco", revelou Tânia Cavalcante, secretária-executiva da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq).

Lançado em 2005, o programa brasileiro de diversificação apoia a implantação de projetos que viabilizem alternativas economicamente viáveis à produção de fumo para gerar novas oportunidades de renda e melhorar a qualidade de vida dos agricultores e também protegê-los do impacto econômico da esperada redução global do tabagismo. Ticiana Imbroisi, consultora da Secretaria Especial de Agricultura Familiar da Presidência da República, ressaltou que 32 mil famílias deixaram a cadeia produtiva do tabaco entre 2009 e 2015, com redução de 17% da área plantada no País.

Uma das negociações mais complexas da COP7 foi sobre a regulação de produtos de tabaco, especialmente dos que não produzem fumaça, como narguilé e dispositivos eletrônicos que liberam nicotina (conhecidos como cigarros eletrônicos). Embora as negociações tenham acontecido de forma intensiva até o último dia do evento, alguns dos temas não alcançaram consenso e serão retomados na COP8 que acontecerá em 2018.

O Brasil também teve posição de destaque em outros temas da agenda, como a maximização da transparência com as organizações intergovernamentais e não governamentais e grupos da sociedade civil durante as sessões da COP (em conformidade com o artigo 5.3 da CQCT); debate sobre a distribuição dos recursos orçamentários do secretariado da OMS; e andamento do Protocolo para Eliminação do Comércio Ilícito de Produtos do Tabaco, cujo princípio básico é a cooperação entre os países que assumirem este compromisso. De acordo com a delegação brasileira, o Protocolo foi encaminhado para o Congresso para iniciar o processo de ratificação. O investimento pelos países em um sistema nacional de rastreamento, inclusive com as Partes que já possuem seus próprios sistemas, entre as quais o Brasil, e como esses sistemas poderiam interagir uns com os outros, fica sendo um ponto-chave na implementação do artigo 8 da CQCT.

Em atendimento aos princípios do artigo 4.7 da CQCT (a participação da sociedade civil é essencial para atingir o objetivo da Convenção e de seus protocolos), a delegação do Brasil estabeleceu contato permanente com os observadores cadastrados da sociedade civil que atuam em defesa dos temas de relevância para o País e promoveu seminários abertos aos seus representantes e imprensa sobre a posição brasileira em relação aos temas debatidos ao longo da Conferência.

A delegação brasileira foi composta por representantes do Ministério da Saúde, INCA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Fazenda, Secretaria Especial de Agricultura Familiar, Casa Civil, Advocacia Geral da União, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Ministério das Relações Exteriores.
Fonte:INCA - Instituto Nacional de Câncer, Ministério da Saúde

Estudo revela por que a maconha prejudica a memória




Maconha: ninguém sabia explicar exatamente o que causava esse curto-circuito (OpenRangeStock/Thinkstock)
Revista Exame

A ciência finalmente desvendou por que a maconha atrapalha tanto na hora de lembrar das coisas
Por Ana Carolina Leonardi, da Superinteressante

Um novo estudo publicado na Nature acredita que conseguiu explicar, pela primeira vez, por que é difícil lembrar das coisas para quem fuma maconha.

A cannabis afeta a memória de curto prazo, impedindo que essas lembranças sejam solidificadas no cérebro. O efeito é temporário: parando de usar, o processo de armazenamento de informações volta ao normal rapidamente. O problema é que ninguém sabia explicar exatamente o que causava esse curto-circuito.

A mais nova descoberta mostra que as mitocôndrias são as responsáveis por esse bug cerebral. Para quem precisa de um lembrete das aulas de biologia da escola, mitocôndrias são organelas que ficam dentro de todas as nossas células. Sua função é prover energia através da respiração celular.

Para conseguir causar a “brisa” e os demais efeitos da cannabis, o THC, princípio ativo da maconha, se “prende” aos receptores de canabinoides que temos nos nossos neurônios.

Essa ligação vai acontecendo em todo o sistema nervoso. O que os cientistas não sabiam é que as mitocôndrias também têm receptores de THC nas suas membranas. Ou seja: mitocôndrias também ficam chapadas e isso afeta a energia produzida nos seus neurônios.

O Instituto Neurocentre Magendie, na França, desenvolveu um estudo com ratinhos para analisar esse fenômeno. Os animais foram acostumados com um labirinto até saber percorrê-lo de cor.

Depois, os pesquisadores injetaram THC no hipocampo dos ratos, região responsável pela memória. Quando os ratos chapados voltaram ao labirinto, agiram como se nunca tivessem estado lá antes.

Depois, os cientistas repetiram o experimento com ratos geneticamente modificados para não ter receptores de THC em suas mitocôndrias – e o defeito na memória deles não ocorreu.

Levando essas mitocôndrias para as placas de Petri, eles notaram que o THC interrompia o sistema de transporte de elétrons, que é uma etapa essencial no processo de produção de energia que ocorre dentro das mitocôndrias.

Os neurônios do hipocampo, com as mitocôndrias prejudicadas, começavam a se comunicar menos entre si e, por isso, formavam menos memórias.

A mini-amnésia causada pela maconha é como se fosse, então, um regime de racionamento de energia que os neurônios adotam para conseguir manter sua atividade normal.

Então, se você for do tipo que tem certeza que descobriu o significado da vida, do Universo e tudo o mais, tenha papel e caneta em mãos – ou então nem do número 42 você vai lembrar.
*Esta matéria foi originalmente publicada na Superinteressante.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O Brasil gasta US$ 8 milhões por ano para tratar males provocados pelo alcoolismo


 


Revista Época

Os brasileiros bebem demais. Ao menos, é o que diz a Organização Mundial da Saúde (OMS). Num ranking de consumidores de álcool, divulgado pela OMS em 2014, o Brasil ocupava a 53ª posição em um universo de 195 países. Se todo o álcool consumido no Brasil fosse dividido pelos brasileiros com mais de 15 anos, cada um teria para si cerca de 8 litros para beber em um ano. A quantidade talvez não o assuste, mas está acima da média mundial, de 6,2 litros por pessoa.

Esses números preocupam porque o consumo excessivo de álcool é apontado como causa importante para o desenvolvimento de 200 enfermidades. Males que variam de cirrose a câncer de mama. Um levantamento organizado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde tentou estimar qual o impacto financeiro de tratar essas doenças associadas ao alcoolismo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Algo em torno de US$ 8,2 milhões por ano. O esforço foi coordenado pelo professor Denizar Vianna, da Uerj.

Há anos, Vianna e seus colegas tentam estimar os custos gerados pelo tratamento de doenças crônicas para o SUS. Problemas provocados por obesidade ou diabetes e que, em alguns casos, poderiam ter sido evitados por meio de ações de prevenção e mudança de hábitos. Nos últimos anos, Vianna diz ter começado a dar mais atenção para o alcoolismo: “Nós temos dois grandes problemas de saúde com os quais vamos ter de lidar neste século”, diz o professor. “Um deles é a obesidade, e todas as questões relacionadas a ela. O outro problema é o alcoolismo, cujo peso tende a aumentar.”

Tomado de maneira moderada, o álcool pode ser benéfico: “Ele confere uma coisa chamada proteção cardiovascular”, diz Vianna. Faz bem ao coração. É o argumento que ampara a recomendação de tomar uma taça de vinho por dia, por exemplo (além do álcool, o vinho reúne outras substâncias que, em quantidades modestas, podem fazer bem). O consumo seguro – embora esses limites possam variar de acordo com cada organismo – vai até os 25 gramas diários de álcool. É o que cabe em uma taça, diluído em meio aos outros componentes da bebida. Acima disso, o álcool deixa de ser benéfico para se tornar potencialmente deletério. Quantidades acima de 25 gramas por dia podem aumentar os riscos de a pessoa desenvolver certos tipos de câncer.

Para avaliar o impacto do alcoolismo no sistema de saúde, os pesquisadores primeiro selecionaram quais doenças, dentre as mais comuns na população brasileira, têm maiores chances de ser provocadas pelo consumo de álcool além da conta. Cirrose, por exemplo, foi a doença – dentre os males estudados – com maiores chances de ser provocada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Oito doenças foram selecionadas: câncer de laringe, câncer de orofaringe, câncer de esôfago, câncer de fígado, câncer de mama, hipertensão, cirrose e pancreatite crônica. Tratar essas doenças custa aos cofres públicos brasileiros, anualmente, US$ 344 milhões. Deste total, 2,4% são atribuídos ao tratamento de casos que foram provocados pelo alcoolismo – US$ 8.262.762,00 por ano, na estimativa dos pesquisadores.

É difícil estabelecer se isso é muito ou pouco porque, segundo Vianna, não é possível comparar o gasto brasileiro com o investimento feito por outros países com o mesmo fim. Países diferentes têm estruturas de custo diferentes – os preços dos medicamentos e aparelhos usados em tratamentos variam. Mesmo assim, diz Vianna, é importante prestar atenção a esse valor: “Nós fizemos um recorte – esse é o custo de tratar somente oito doenças”, diz ele. O valor não inclui, ainda, os prejuízos provocados por motoristas alcoolizados nem o tratamento de pessoas que sofrem com dependência alcoólica.

Para Vianna, é importante prestar atenção para a questão porque cresce o número de brasileiros que bebem em excesso. Segundo dados do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, no período entre 2006 e 2012, cresceu em 31% o número de pessoas com mais de 15 anos que consomem mais de 4,5 doses de bebida alcoólica em duas horas – um comportamento que os pesquisadores chamam de “beber em binge”. Justamento o comportamento que pode trazer prejuízos – para a saúde individual e para as contas públicas. “Não se trata de condenar o consumo de álcool”, diz Vianna. “Mas é importante estar atento para os malefícios de beber demais.”
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

Após consumo, a maconha fica no cabelo, nas unhas e até no tártaro do dente


 


UOL Notícias
Maria Júlia Marques Do UOL, em São Paulo
Você sabia que seu cabelo pode contar se você consumiu maconha nos últimos meses? Pois é, se o fio for comprido o suficiente dá para descobrir até se você fumou a droga no ano passado.

Raspou o cabelo? Sem problemas, as unhas, pelos e até o tártaro no seu dente guardam indícios que podem confirmar o uso. A droga sai do organismo com o tempo, mas alguns resquícios ficam no corpo e exames podem encontrá-los.

"Fatores como a quantidade, o grau de pureza e o teor ativo da droga influenciam os exames, tanto quanto o peso, a gordura e as atividades hepática e renal, que aceleram a eliminação. Mas sempre há como saber se houve uso ou não", afirma Fábio Alonso, farmacêutico toxicologista e diretor do laboratório Contraprova, no Rio de Janeiro.

Os testes buscam pelo THC, princípio ativo da maconha, e pelo THC-COOH, que é o composto metabolizado, que prova que a substância foi realmente ingerida, passou pelo fígado e se transformou. Isso evita que alguém que esteve em uma festa onde pessoas fumaram maconha, mas não fez uso, seja erroneamente apontada como usuário.

Abra a boca, por favor

iStock

Com a saliva é possível detectar se houve uso de maconha nas últimas horas e no máximo no dia anterior. "O teste é usado quando precisamos saber se naquele instante a pessoa está influenciada pela droga", explica Maristela Andraus, diretora do ChromaTox laboratórios, em São Paulo.

O exame é confiável e lembra um teste de gravidez: uma fita é molhada na saliva e, dependendo da cor que aparece, é possível saber se houve consumo ou não. "Depois desta triagem, confirmamos o resultado no laboratório com equipamentos mais potentes", diz Andraus.

O teste é aplicado em momentos decisivos, como após um acidente de carro ou antes de um piloto que parece drogado pilotar um avião. E não adianta escovar os dentes ou passar enxaguante bucal, a substância psicoativa continuará na saliva.

Fez exercícios? O suor vira prova

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O suor também contém substâncias que entregam o uso de maconha. "O teste determina o uso em curtíssimo prazo, se for feito em até 12 horas depois", afirma Alonso. Ele explica que o exame tem pouca aplicabilidade, já que o suor é difícil de coletar e que no Brasil ainda não existem laboratórios que analisem essa matriz.

A droga aparece no xixi

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Andraus diz que na urina é possível detectar o consumo até três dias depois do consumo, em média. O exame é bastante eficaz e preciso e é bem avaliado pelos laboratórios por ser um método não invasivo que garante uma grande quantidade de amostrar e que pode ser congelado e conservado.

Obviamente, também está no sangue

Getty Images/iStockphoto/jarun011

O exame de sangue detecta a maconha na janela de até 15 dias, segundo Alonso. O exame é confiável e pode ser requisitado depois de um teste rápido, como o de saliva.

O farmacêutico afirma que o THC, princípio ativo da maconha, tem afinidade pelo tecido adiposo e a gordura vira um "depósito". Com o tempo, o THC se desprende e é liberado na corrente sanguínea. "É muito comum quando testamos pacientes em reabilitação que a pessoa dê positivo por até 20 dias, mesmo sem ter usado recentemente. É o corpo eliminando a substância", diz Alonso.

O cabelo é uma linha do tempo

iStock

Quando a maconha entra no seu corpo ela fica na corrente sanguínea e ao passar pela raiz do cabelo deixa ali depositado o THC. Conforme o fio cresce, ele leva consigo pedacinhos da substância. "Depois de uns cinco dias de ter fumado, a maconha começa a aparecer no cabelo. Avaliamos que cada um centímetro do fio equivale a um mês de vida e conseguimos saber como foi consumo no período", diz Andraus.

O último mês é o mais próximo do couro cabeludo e se o cabelo for longo é possível analisar anos. Quanto maior a concentração de THC, mais constante era o uso. Passar shampoo não muda nada, pois as substâncias estão dentro do cabelo e não na superfície. "O que pode afetar, mas não é certo, é clarear o cabelo, pois o procedimento mexe na estrutura do cabelo".

Se o cabelo tiver menos de um centímetro ou se tiver passado a máquina zero, os laboratórios testam em pelos, que funcionam da mesma forma.

Unhas? Dente? Tártaro?

iStock

Já deu para perceber que ao fumar maconha a substância não deixa o corpo tão fácil assim, mas não paramos por ai. As unhas também armazenam o THC, já que são tecidos queratinizados como os cabelos. Se a pessoa não cortar as unhas, como o Zé do Caixão, todo o histórico de uso de maconha pode ser descoberto na unha.

"Existem muitos métodos novos sendo estudados. Confirmar o uso pelo dente ainda é novidade. Mas fui em um congresso recentemente onde provavam o uso de maconha ao analisar o tártaro, uma vez que ele fica embebido na saliva e fica impregnando pelo THC", diz Andraus.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas 

Cuidado com as garotas!




(imagem reprodução)
Jairo Bouer
Estudos mostram que garotas mais jovens parecem hoje muito mais vulneráveis a transtornos emocionais que podem provocar impactos importantes na saúde e comportamento

Novos trabalhos divulgados na última semana mostram a necessidade de cuidados e atenção redobrados com as garotas mais jovens. Esse grupo parece hoje muito mais vulnerável a transtornos emocionais que podem provocar impactos importantes na saúde e no comportamento.

O primeiro estudo aponta que garotas com déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) apresentam maior risco de desenvolver transtornos mentais. Essa condição elevaria a chance de problemas como gravidez na adolescência, pior desempenho na escola e abuso de drogas. Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos EUA, avaliaram trabalhos anteriores com cerca de 2 mil garotas de 8 a 13 anos: 40% delas tinham diagnóstico de TDAH. Ansiedade, depressão, transtorno desafiador opositivo (raiva, hostilidade, dificuldade de lidar com regras), distúrbios de conduta e violência foram mais comuns entre essas meninas do que naquelas que não tinham sintomas de TDAH. Os dados foram publicados no periódico médico Pediatrics.

Segundo os especialistas, é mais difícil diagnosticar TDAH nas meninas. Em geral, elas apresentam menos sintomas de hiperatividade do que os garotos. Em contrapartida, sinais de falta de atenção são frequentes. Se um acompanhamento cuidadoso for feito desde cedo, é mais fácil monitorar e controlar melhor as eventuais dificuldades emocionais e, portanto, reduzir os riscos para a vida dessas garotas.

Outra pesquisa da última semana, feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), revela que as adolescentes britânicas estão se tornando o grupo com mais problemas com o álcool. Elas apresentam risco duas vezes maior do que os garotos de se embriagar. Um terço delas já ficou “de porre” pelo menos duas vezes antes dos 15 anos. Além delas, apenas as garotas suecas e canadenses bebem mais do que os meninos. Nos demais países, os garotos ainda ingerem mais álcool. Os dados foram divulgados pelo jornal inglês Daily Mail.

Os números contrastam com tendências apontadas por outros trabalhos atuais, que sugerem uma queda do consumo de álcool entre os menores nos países desenvolvidos, já que eles estariam ficando cada vez mais tempo em suas casas, usando redes sociais, do que na rua, bebendo com os amigos. É importante lembrar que, quanto mais cedo se inicia o contato com o álcool, maiores os riscos de padrões complicados de uso, como o abuso (tomar porres, por exemplo) e a dependência.

Juntando os dois trabalhos citados, percebe-se que as garotas com mais questões emocionais, como as que apresentam depressão, ansiedade e dificuldades de adaptação, correm maior risco de abusar da bebida. E, como se sabe, o álcool acaba impactando diversos campos da vida do jovem, como desempenho escolar, exposição à violência, uso de cigarro, experiência com outras drogas e comportamento sexual de risco, entre outros.

Outro estudo, divulgado pelo Sistema Nacional de Saúde (NHS Digital) do Reino Unido, também na última semana, mostra que as mulheres mais jovens, de 16 a 24 anos, são três vezes mais propensas do que os homens da mesma faixa etária a desenvolver transtornos mentais, como depressão e automutilação. Uma em cada quatro delas vai enfrentar essas questões ao longo da vida. Os dados foram publicados pelo jornal Daily Mail.

As mesmas redes sociais, que poderiam em teoria proteger as jovens do abuso de álcool, são também grandes vilãs para a saúde emocional dessas meninas, que passam a se comparar o tempo todo com as colegas e sentem fortes pressões para estar sempre bem. O isolamento, o pessimismo e a dificuldade em lidar com problemas acabam minando a autoestima e o bem-estar dessas garotas. Lógico que as redes sociais não são as únicas responsáveis. Outras questões, como desemprego, crise econômica, problemas familiares, exclusão social e machismo, entre outras, também colocam uma carga extra sobre essas meninas hoje. E quem sofre mais acaba bebendo mais!

Os resultados mostram o quanto é importante que os pais e as escolas possam avaliar com frequência o estado psíquico das garotas e procurar ajuda quando necessário. É uma forma de tentar garantir mais saúde e qualidade de vida para essa jovem população feminina hoje mais vulnerável.
Fonte: Estadão Saúde

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Pesquisa: cerca de 3 entre 10 mortes por câncer nos EUA podem ser atribuídas ao cigarro


 


Jornal Extra - Globo
(imagem reprodução)
RIO - Nos Estados Unidos, 167.133 mortes por câncer — 27,6% do total de óbitos pela doença — em 2014 podem ser atribuídas ao fumo de cigarro. O dado foi revelado, nesta segunda-feira, na versão online do periódico científico “JAMA Internal Medicine” em um estudo na Sociedade Americana de Câncer que relaciona também os indicadores por gênero, estado e etnia.

Os autores alertam que os dados para óbitos relacionados ao fumo são subestimados, não apenas pela subnotificação das informações utilizadas: incluem apenas adultos com mais de 35 anos; consideram apenas 12 tipos de câncer; e, finalmente, não englobam o fumo passivo.

A estimativa é que, hoje, existam 40 milhões de fumantes adultos ativos nos Estados Unidos. Os autores apontam que o uso do cigarro permanece sendo a maior causa evitável para mortes por câncer e outras doenças.

Das mortes consideradas, 103.609 ocorreram entre homens (62%) e 63.524 (38%) entre mulheres. Segundo os pesquisadores, a diferença de gênero acontece pela prevalência do fumo entre homens nas gerações mais velhas — o que pode diminuir com o passar das gerações, refletindo dados recentes que mostram uma paridade no uso.

A proporção dos óbitos por câncer atribuídos ao fumo variou de acordo com o estado, mas aqueles no Sul do país se destacaram, chegando a 40% entre os homens em alguns deles. No gênero masculino, 9 dos 10 estados com mais mortes eram do Sul e, entre as mulheres, 6 entre 10. A pesquisa aponta a prevalência histórica do tabagismo na região, e que hoje se associa a políticas de controle do cigarro mais fracas, além de um perfil socioeconômico mais baixo — que se relaciona ao uso mais frequente.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
Nacionalmente, negros não-hispânicos tiveram a maior incidência de morte por câncer atribuída ao cigarro (27,2%), seguidos de brancos não-hispânicos (26%) e hispânicos (19,8%).

Na conclusão do estudo, a equipe de cientistas recomenda um fortalecimento no controle do tabaco pelo governo como forma de reduzir as mortes por câncer em todos os estados.

A pesquisa, liderada pela doutora Joannie Lortet-Tieulent, usou dados estaduais, além do Distrito de Columbia (onde fica a capital federal, Washington D.C), sobretudo a partir do Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

Condições adversas de trabalho e uso de álcool entre homens e mulheres


 

Os resultados foram controversos: ora a relação entre estresse e consumo de álcool se mostrava positiva, ora se mostrava negativa e, algumas vezes sequer foi notada. Os resultados também são controversos, quando o foco de estudo é o estresse no trabalho e sua relação com consumo de álcool. Contudo, pesquisas mais recentes referm que a relação entre estresse no trabalho e uso de álcool é indireta e intermediada por uma série de fatores.

Pesquisadores holandeses analisaram como as condições de risco corporal no trabalho, os aumentos de demanda funcional, controle sobre o trabalho realizado e apoio de colegas influenciou no uso de álcool por 18.973 trabalhadores entre 15 e 74 anos.

Os resultados mostraram que os trabalhadores submetidos a condições adversas no ambiente de trabalho tenderam a fazer uso abusivo de álcool. Os entrevistados que eram submetidos a condições de elevado risco corporal, consumiram álcool de maneira abusiva (>21 doses de álcool/semana para homens e >14 doses/semana álcool para mulheres). No caso exclusivo dos homens, houve aumento também do uso de álcool no padrão binge (> 6 doses de álcool por ocasião nos últimos 6 meses).

As mulheres que foram submetidas a aumento na demanda funcional de trabalho apresentaram aumento no uso abusivo de álcool. Os homens, contudo, quando submetidos a um aumento na demanda funcional de trabalho acusaram uma diminuição na frequência de uso binge de álcool. Os entrevistados que foram submetidos a condições adversas de trabalho tenderam a consumir álcool de maneira abusiva.

Há diferentes explicações para o aumento no uso de álcool entre os sujeitos submetidos a condições adversas no ambiente de trabalho. Este aumento pode ocorrer pelo aumento nos índices de estresse. É possível também que o aumento do uso de álcool faça parte de uma “cultura ocupacional”, por meio da qual os trabalhadores colegas de uma mesma categoria compartilham vocabulário, comportamento e hábitos de consumo de álcool em comum.

Concluindo, os autores sugerem que os programas de prevenção tenham preocupações com situações que envolvam condições adversas de trabalho.
Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool 

Mulheres já bebem quase tanto quanto os homens, diz estudo




Garota bebe em festival de música nos EUA (Foto: Lucy Nicholson/Reuters)

Após analisar dados entre 1891 e 2001 em todo o mundo, estudo concluiu que os problemas resultantes do abuso da bebida também já afetam as mulheres quase na mesma medida que os homens.
James Gallagher
Da BBC

As mulheres estão consumindo álcool praticamente na mesma quantidade que os homens - e sentindo os seus efeitos na saúde na mesma intensidade -, de acordo com um estudo conduzido pela Universidade de New South Wales, na Austrália.

A análise se baseou em dados sobre pessoas nascidas entre 1891 e 2001 em todo o mundo, mas provenientes, em sua maioria, da Europa e da América do Norte.

A pesquisa identificou uma mudança substancial nos hábitos desde o início do século 20 até os dias de hoje.

Na geração atual, segundo o estudo, os homens consomem apenas 10% mais álcool do que as mulheres, enquanto no começo dos anos 1900 eles consumiam mais que o dobro (2,2 vezes) do álcool consumido por elas.

Como consequência, os impactos na saúde das mulheres também se assemelha ao que ocorre entre os homens.

Os homens do início do século passado costumavam beber em níveis problemáticos três vezes mais frequentemente que as mulheres. Hoje em dia, essa diferença passou para apenas 1,2 vez.

Alám disso, a população masculina costumava ser 3,6 vezes mais suscetível a problemas de saúde decorrentes do consumo de álcool, como cirrose hepática. Agora, os homens são suscetíveis a esses problemas apenas 1,3 vez mais do que as mulheres.

Mudança social

Os pesquisadores consideram que parte da guinada em direção à paridade pode ser explicada pela mudança nos papéis exercidos por homens e mulheres na sociedade.

Segundo o professor Mark Petticrew, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, o aumento da disponibilidade da bebida no mercado e a publicidade de álcool voltada para mulheres - especialmente as mais jovens - também são fatores importantes.

"O consumo de álcool e os problemas relacionados a ele eram historicamente vistos como um fenômeno masculino," alerta Petticrew.

Já não são mais, diz o pesquisador. Por isso, o estudo recomenda que os esforços para moderar o consumo de álcool e reduzir os problemas decorrentes desse abuso sejam também direcionados ao público feminino.

"Os profissionais de saúde precisam ajudar as pessoas – tanto homens quanto mulheres – a compreender os riscos do consumo de álcool e saber como reduzir os seus efeitos maléficos," afirma o professor.
Fonte: Bem Estar G1


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Álcool com energético tem o mesmo efeito que cocaína


 


(iStock | supermimicry/Álcool com energético tem o mesmo efeito que cocaína)
Isso entre adolescentes - mas as consequências podem durar até a vida adulta.
Por Karin Hueck

Vodca com energético já virou um clássico das baladas, mas pode ser uma bomba para os adolescentes. Pesquisadores da Universidade Purdue, em Indiana, EUA, fizeram testes com os cérebros de ratos adolescentes (já que não poderiam fazer o mesmo com humanos) e observaram mudanças químicas em suas massas encefálicas muito parecidas com os efeitos da cocaína.

Uma lata de energético pode ter até 10 vezes mais cafeína do que um refrigerante comum – e costuma ser procurada por adolescentes para curtir uma noitada. Já se sabia que os jovens que consumiam energético (mesmo sem misturá-lo com outras bebidas) têm mais chance de virarem consumidores de álcool quando adultos. Mas, quando o energético é tomado com álcool ainda durante a adolescência, o centro de recompensas do cérebro é alterado – e os jovens sentem mais dificuldade em lidar com substâncias prazerosas. Os efeitos podem durar até a vida adulta.

Os ratos que tomaram álcool com energético se tornaram muito mais ativos (como era de se esperar) e seus cérebros foram inundados pela proteína ΔFosB, típica de quem abusa da cocaína ou da morfina. Quando adultos, os ratinhos se tornaram muito mais resistentes à sensação de prazer da cocaína – o que pode indicar que eles procurariam doses maiores da droga.

“Tudo indica que as duas substâncias misturadas causam mudanças de comportamento e na neuroquímica do cérebro”, disse Richard van Rijn, um dos autores do estudo. “Há claramente efeitos em tomar essa mistura que não existiriam quando se toma o álcool ou o energético separadamente.”
Fonte: Super Interessante

Gasto com cigarro é quase igual ao do arroz com feijão




Fonte: A Tarde / Estadão
Estadão - Conteúdo
Daniela Amorim e Clarissa Thomé
O cigarro leva uma fatia de 1,08% do orçamento mensal das famílias

As campanhas de conscientização sobre os males causados pelo cigarro diminuíram o consumo, mas o peso dos gastos com o produto ainda é alto no bolso das famílias brasileiras. O cigarro leva uma fatia de 1,08% do orçamento mensal das famílias, participação mais de três vezes superior à da batata, por exemplo.

Os dados são da metodologia de cálculo da inflação oficial no País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A fatia do orçamento mensal das famílias destinada ao fumo praticamente equivale à da despendida com o tradicional arroz com feijão carioca (1,12% do IPCA), ou a tudo o que se gasta no mês com manicure, cinema e médico juntos (1,1% do IPCA). O gasto dos consumidores com cigarro é ainda 13,5 vezes superior ao do cafezinho, a bebida predileta do brasileiro.

Por ter um peso relevante, qualquer movimento no preço do cigarro mexe com a inflação no País, mas Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE, lembra que a influência já foi maior. Há vinte anos, o peso do cigarro na cesta de produtos consumidos pelos brasileiros chegava a 1,4%. Como o item ficou 448,17% mais caro desde então, contra uma alta de 252,08% da inflação oficial, o movimento mostra que as famílias cortaram despesas com o item.

"Isso é principalmente aumento de imposto. Não só para aumentar a arrecadação, mas, por ser considerado um item supérfluo e prejudicial à saúde, aumentou muito a tributação como uma política mesmo. Mais de 70% do preço do cigarro são impostos", ressaltou Eulina.

Tributação

Segundo Leonardo Senra, diretor financeiro da fabricante de cigarros Souza Cruz, os impostos variam entre 75% a 88% do preço do produto, dependendo do Estado e das alíquotas locais de tributação. "Ou seja, se um maço de cigarro custa R$ 10, o consumidor está pagando entre R$ 7,50 e R$ 8,80 só de imposto", explicou Senra.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou recentemente que o número de mortes por câncer de pulmão entre homens caiu pela primeira vez, saindo de 18,5 a cada 100 mil, em 2005, para 16,3 por 100 mil em 2014. O resultado seria decorrente de políticas para redução do tabagismo, como proibição de propaganda, aumento de impostos e Lei Antifumo, que proíbe o fumo em locais fechados.

"A literatura mostra que o aumento dos impostos é o maior determinante para a redução do tabagismo. E no Brasil o preço do cigarro é ´zilhões` de vezes mais barato do que em outros lugares do mundo. Na Irlanda, o maço custa € 12. Aqui, R$ 4 ou R$ 5. A indústria está desesperada porque seus lucros estão caindo. Infelizmente, a gente ainda não conseguiu convencer o mundo de que essa é uma indústria que deveria fechar", defendeu a epidemiologista Liz Almeida, gerente da Divisão de Pesquisa Populacional do Inca.

Contrabando

Embora faça parte de uma política para desestimular o consumo, a elevação da tributação acabou também por reduzir a competitividade do produto brasileiro ante os cigarros que entram no País por meio do contrabando. Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, a indústria nacional de fumo acumula uma queda de 48,3% nos últimos 10 anos (até agosto de 2016, último dado disponível).

Na indústria do fumo, o cigarro responde por aproximadamente 60% do volume produzido, enquanto o fumo processado detém os 40% restantes.

A linha de produção do setor está operando atualmente 69,1% abaixo do pico da série histórica da pesquisa, registrado em agosto de 2006. O resultado ainda está apenas 6,3% acima do piso da série histórica, iniciada em janeiro de 2002 pelo IBGE.

O diretor da Souza Cruz lembra que, nos últimos dez anos, o imposto que incide sobre o cigarro aumentou 450%. Em cinco anos, a alta foi de 140%, uma das principais razões para que a fatia do produto ilegal no mercado brasileiro avançasse de 21% em 2011 para 35% em 2016.

Economia é percebida por quem para de fumar

O susto com a elevação de preços e a perspectiva de economizar um bom dinheiro acabaram por incentivar muitos fumantes a abandonar o vício. Só em 2016, os cigarros já estão 12,62% mais caros, segundo o IPCA.

A especialista em finanças pessoais Carolina Ruhman, fundadora do site Finanças Femininas, conta que economizou R$ 40 mil após decidir deixar o vício. Ao completar dez anos sem fumar, ela calculou quanto teria gastado se tivesse mantido o hábito de consumir dois maços por dia.

"No curto prazo não faz muita diferença. Você vai deixar de gastar entre R$ 5 e R$ 10 por dia, não dá para perceber no bolso. Para um fumante parece um dinheiro bem gasto. Mas, quando você coloca esse custo no longo prazo, você consegue ver o tamanho do rombo", diz Carolina.

Ela só lamenta que não tenha se organizado para juntar o dinheiro economizado. "Quando parei de fumar estava com 22 anos, morava com meus pais, infelizmente não pensava em economizar. Continuei gastando tudo", disse.

Já a cozinheira Daniele Borges usa um aplicativo no telefone celular para ajudá-la a contar os dias livre do vício e o montante economizado. Em 491 dias sem fumar, ela evitou 19.654 cigarros e poupou R$ 5.896. Vítima de depressão e síndrome do pânico, ela encontrou forças nos resultados e num grupo de apoio para conseguir se libertar.

"Comprei uma geladeira, um jogo de mesa, uma televisão e paguei a cirurgia da minha gata", conta. "Nunca parei para ver quanto gastava, nenhum fumante quer fazer isso. Fumei por 20 anos", acrescentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas 

Tabaco e o câncer de pulmão


 


(imagem reprodução)
*Por Adriana Moraes
“Cada pacote de cigarro é como uma roleta-russa” Peter Campbell (especialista em genomas do câncer)

O tabagismo é considerado uma pandemia, ou seja, não há lugar no mundo onde não existam fumantes (Diehl & Figlie 2014). Estima-se que cerca de 1,3 bilhões de pessoas (cerca de 01 bilhão de homens e 250 milhões de mulheres) sejam fumantes de cigarro ou consumam outros produtos do tabaco (SENAD, 2011).

É oportuno destacar que o tabagismo tem relação com vários tipos de câncer, entre eles, pulmão, cavidade oral, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo do útero, leucemias (INCA, 2015).

Dias (2011) enfatiza que o tabagismo é considerado uma das principais causas de óbito no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 30% da população adulta mundial são fumantes e cerca de 06 milhões de pessoas morrem anualmente por doenças tabaco-relacionadas. Deste total, 10% ou 600 mil pessoas são fumantes passivos.

Diehl e colaboradores (2011) lembram que cigarro industrializado é a forma de consumo prevalente em nossa sociedade. O tabaco é cultivado em todas as partes do mundo, sendo responsável por uma enorme atividade econômica. Apesar de seus danos é uma das drogas mais consumidas mundialmente (Medeiros, 2010).

Sardinha (2011) relata que a nicotina é um ingrediente psicoativo altamente indutor a dependência. O tabaco usado para produzir cigarros é ácido e, por isso, o fumante precisa tragar para que a nicotina seja absorvida nos pulmões.

A dependência é uma doença crônica caracterizada pela busca e uso compulsivo (inabilidade de resistir ao desejo) de determinada substância psicoativa, na qual um indivíduo despreza qualquer efeito ou evento adverso referente ao uso (SENAD, 2010).

É importante alertar que os danos causados à saúde pelo tabagismo, não são devidos somente à nicotina. Segundo Zanelatto & Laranjeira (2013), o cigarro contém mais de 4.700 substâncias, algumas cancerígenas e outras tóxicas para vários órgãos do corpo.

Rosemberg, (2003) explica que qualquer que seja a forma de consumir o cigarro, inclusive mascando-o, cria dependência, sendo o fumar mais intenso. As pessoas que fumam 20 cigarros (01 maço) por dia, tragando em média 10 vezes por cigarro, realizam 200 impactos de nicotina no cérebro, totalizando 73 mil por ano. Os consumidores que fumam apenas 01 cigarro por dia, pensam que isso nada representa para a saúde, porém recebem 3.650 impactos de nicotina nos centros nervosos em um ano.

Considerado uma doença crônica devido à dependência da nicotina, o tabagismo é reconhecido como uma dependência química que expõe os indivíduos a inúmeras substâncias tóxicas. Desde 1997, a dependência de nicotina está inserida na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), item F 17.2 (Transtornos mentais e comportamentais decorrentes do uso de tabaco) no grupo de transtornos decorrentes do uso de substância psicoativa (Ribeiro & Laranjeira, 2012).

A dependência à nicotina chega a alcançar 70% a 90% dos fumantes, reforçando o tabagismo como uma doença e uma dependência que necessita de tratamento (Oyama, 2011).

Importante apresentar a definição de tabaco e de alguns termos relacionados ao tema:


Síndrome de abstinência

Conjunto de sinais e sintomas que surgem na suspensão do consumo de drogas geradoras de dependência física e psíquica. A cessação do uso da nicotina produz a síndrome de abstinência, a qual ocorre por falta de estimulação do sistema nervoso central causado pelo uso da nicotina (Fujita, 2013).

A síndrome de abstinência da nicotina é mediada pela noradrenalina e começa cerca de 8 horas após fumar o último cigarro, atingindo o auge no terceiro dia (Medeiros, 2010).

Ribeiro & Laranjeira (2012) alertam que embora o tabaco seja uma droga lícita (permitida por lei), não deve ser considerado leve. Medeiros (2010) destaca que a dependência de nicotina conta com 03 componentes, a dependência física; dependência psicológica; condicionamento:

Dependência física, responsável por sintomas da síndrome da abstinência;

Dependência psicológica, responsável pela sensação de ter no cigarro um apoio mecânico para lidar com sentimentos de solidão, frustração, pressões sociais;

Condicionamento, representado por hábitos associados ao fumar, presente na vida diária, muitas vezes durante anos.

O autor acrescenta que o grau de dependência à nicotina influência na maior ou menor dificuldade de abandonar o vício.

Pesquisa II LENAD - Tabaco

Pesquisa realizada sobre o tabaco em 2012 pelo INPAD (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas), o II LENAD (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas São Paulo), informou que existem no Brasil cerca de 20 milhões de fumantes e cerca de 70 milhões de fumantes passivos. O estudo comparou o índice do primeiro levantamento, realizado em 2006 onde a média de cigarros consumidos diariamente era de 12.9 e em 2012 subiu para 14.1.


A nicotina parece ser uma das drogas psicoativas de maior acessibilidade, pois a mesma apresenta um baixo custo e é aceita na sociedade de maneira legal.

Tabagismo e adolescência

O tabagismo, bem como o uso de outras substâncias psicoativas, tende a se estabelecer durante a adolescência. Quanto mais precoce a idade do início, maior a probabilidade do indivíduo tornar-se dependente da nicotina.

Ribeiro & Laranjeira (2012) afirmam que a adolescência é uma fase de desenvolvimento integral na qual ocorrem inúmeras modificações no organismo especialmente, no sistema nervoso central (SNC). Frequentemente é na fase escolar que o adolescente tem o primeiro contato com o mundo das drogas. O problema é que o uso precoce de drogas pode afastar o adolescente de seu desenvolvimento normal, impedindo-o de experimentar outras atividades importantes nesta fase da vida (Diehl et. al., 2011).

A curiosidade dos adolescentes é um dos fatores de maior influência na experimentação de substâncias psicoativas, entre essas, o tabaco, fazendo com que o jovem busque novas sensações e prazeres (Sardinha, 2011).

O adolescente sente-se “livre” das complicações e dos prejuízos ocasionados pelo tabaco, ou seja, não avalia as consequências que esse comportamento pode lhe trazer em longo prazo (Oliveira, 2009).

O levantamento do II LENAD tabaco revelou a facilidade que os adolescentes têm acesso ao cigarro, mesmo com a lei brasileira proibindo a venda para menores de 18 anos, 62% dos menores disseram que a idade nunca os impediu de comprar cigarros.

Lei Nacional Antifumo


(imagem reprodução)
Foi criado um marco legislativo fundamental, com a Lei Nacional Antifumo, válida em território nacional, Lei n° 12.546/2011, sendo regulamentada em 2014, a qual prescreve medidas de prevenção ao uso do cigarro e/ou tabaco.

A Lei Antifumo trouxe mudanças significativas extinguindo os fumódromos (espaço separado permitido especialmente para fumantes) e as propagandas de cigarro, permitidas apenas em ponto de vendas. A publicidade e a propaganda contribuíram para a disseminação do cigarro pelo mundo, demonstrando que o ato de fumar era profundamente prazeroso e relaxante e que funcionaria como um regulador de humor (Lang, 2014).

A sanção da Lei que proíbe os fumódromos representa um avanço, uma vez que deve contribuir para frear o consumo de cigarros em todo o Brasil. Pelas novas regras, fica proibido o consumo de cigarros, cachimbos, charutos, cigarrilhas ou de qualquer outro produto fumígeno em ambientes fechados de uso coletivo, como bares, restaurantes, casas noturnas e ambientes de trabalho.

Efeitos do uso do tabaco

Zanelatto (2013) relata que embora o primeiro cigarro fumado seja preponderantemente marcado por efeitos desagradáveis, por exemplo, dor de cabeça, tonturas, nervosismo, insônia, tosse e náusea, a diminuição desses sintomas é rápida e dessa forma o consumo diário se estabelece.

De acordo com Urbano (2008) a nicotina é utilizada comumente para estimular o sistema nervoso central, obter prazer, aumentar a agilidade e o desempenho nas tarefas, reduzir a ansiedade e o apetite. Em longo prazo, os resultados são terríveis. Os efeitos do uso do tabaco, segundo Diehl & Figlie (2014), são: elevação leve no humor; diminuição do apetite; diminuição do tônus muscular; dificuldade respiratória; tosses e espirros; aumento dos batimentos cardíacos; aumento da pressão arterial; aumento da frequência respiratória; aumento da atividade motora; aumento da concentração; diminuição da necessidade de sono.

Tabagismo e o Sistema Nervoso Central (SNC)

Diehl & Figlie (2014) aponta que nicotina é a principal substância psicoativa do tabaco e apresenta ação estimulante no sistema nervoso central (SNC).

Esse efeito ocorre porque a nicotina pode agir em diversos neurotransmissores, como a dopamina (responsável pelo aumento do prazer), a noradrenalina (influência no humor e no sono), a serotonina (desempenha um papel no organismo é como um neurotransmissor no cérebro) e a acetilcolina (substância liberada pelos nervos parassimpáticos durante seu funcionamento) (Zanelatto & Laranjeira, 2013).

A nicotina é principalmente absorvida pelos pulmões, na forma de cigarros, charutos e cachimbos oferecem absorção tanto pelos pulmões quanto pela mucosa bucal. Depois de estabelecida a dependência ao tabaco, a dificuldade em cessar com o tabagismo é alta, e geralmente proporcional ao número de cigarros fumados por dia e ao tempo de consumo da droga (Oyama, 2011).

Essa dependência significa uma necessidade compulsiva do uso da substância, e o resultado disto, é que o cigarro passa a ser controlador do comportamento do indivíduo (Ismael, 2007).

Nicotina e o pulmão

A nicotina, substância psicoativa que causa dependência, presente no tabaco é rapidamente absorvida pelos pulmões, atingindo o cérebro num período curto de tempo de 9 a 10 segundos (Zanelatto & Laranjeira, 2013). O organismo reage à nova substância, acostumando-se, com o passar do tempo a receber cargas frequentes da droga, cada tragada chama a próxima e em um prazo de um a três meses, a dependência se instala. Nesta fase se instala a tolerância, ou seja, ocorre a necessidade de quantidade maior de nicotina para alcançar os mesmo efeitos no sistema nervoso central (Ismael, 2007).

As autoras Diehl & Figlie (2014) relatam que segundo a OMS, o tabaco mata cerca de 06 milhões de pessoas a cada ano, sendo que mais de 05 milhões dessas mortes são resultados do uso direto do cigarro, enquanto 600 mil, resultado do fumo passivo.

Os custos econômicos do uso do cigarro também são péssimos, além dos gastos para a saúde pública decorrente dos tratamentos das doenças causadas pelo tabaco, outro dado importante, é o fato do tabaco matar pessoas que estão em fases produtivas em suas vidas (Figlie et. al., 2010).

Fumar e o alívio dos problemas

O comportamento do dependente de substâncias, entre eles, o usuário de cigarro, tem como características a busca pelo alívio. De acordo com Ismael (2007), o fumar começa igualmente a ser associado a diversas situações pelas quais o individuo passa: se ele está nervoso, fuma; se está tenso, fuma; se está triste, fuma, se tem que pensar em uma solução, e assim por diante, para cada uma das situações mencionadas, a resposta será o fumo

Passado o desconforto provocado pelas primeiras tragadas do cigarro, entre eles, mal-estar, tontura, náuseas, o fumante passa a experimentar uma sensação de prazer. Dá se a impressão que ao fumar, os problemas ficam menores, diminuindo a angústia, a inquietação, o estresse, muitas vezes o dependente sente-se mais seguro em suas atividades com o uso do cigarro.

É comum o fumante relatar que fumando, ele consegue relaxar, e isso, realmente ocorre por 20 ou 30 minutos, porém, passando o efeito da nicotina, ele vai acender outro cigarro, dando continuidade ao processo. Fujita (2013) enfatiza que os efeitos reforçadores da nicotina, estímulos ambientais, o sabor e o cheiro, o ato de segurar o cigarro na mão, vão se convertendo em elementos agradáveis quando ocorrem conjuntamente por um longo período.

O fumo é responsável por 30% das mortes por câncer; 25% das mortes por infarto do coração; 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica (bronquite e enfisema); e 90% das mortes por câncer de pulmão (Dias, 2011).
Neoplasia Maligna

A neoplasia maligna, denominado tumor maligno (câncer) é uma doença que causa desespero. Bortolon (2010) definiu o câncer como uma doença que se caracteriza pelo crescimento rápido e invasivo de células com alteração em seu material genético. Esse crescimento pode incidir em um órgão específico, formando tumores localizados, ou se espalhar por todo o corpo, constituindo as metástases (Ambrosio, 2010).

Metástase, segundo a definição do Dicionário Online de Português refere-se ao surgimento de um tumor secundário ou menor, proveniente de um tumor maligno. O grau de malignidade de um tumor depende de alguns fatores: em que órgão ou parte do corpo ocorre, se permanece restrito a uma região ou propaga-se na forma de metástases, da rapidez com que cresce e em que medida afeta funções importantes ou vitais do corpo (Weber, 2012).

Nicácio (2009), explica que os tumores são classificados como benignos (o que não invade tecidos em que se não originou e não produz metástase) ou malignos (o que tem capacidade de invadir tecidos em que se não originou e de produzir metástase. O câncer sempre esteve atribuído a questões negativas como dor, sofrimento, morte etc. Essa correlação câncer/morte é angustiante e terrível, tanto para o próprio doente como para os seus familiares. A ocorrência de dor e de metástases aumenta a prevalência de depressão e ansiedade em pacientes acometidos pela doença (Miranda, 2014).

O processo de formação do câncer, em geral, se dá lentamente, podendo levar vários anos para uma célula cancerosa prolifere e dê origem a um tumor visível (Barbosa, 2014). Os principais órgãos acometidos por câncer são: boca, laringe, seios, sangue, pulmão, estômago, pâncreas, rins, cólon, reto, ovário, útero, bexiga, próstata e pele (Nicácio, 2009).

INCA (2015) informa que os cânceres de pulmão e de bexiga estão entre os 10 mais incidentes no Brasil. O principal fator para o desenvolvimento do câncer de pulmão e bexiga é o tabagismo.O câncer sempre esteve atribuído a questões negativas como dor, sofrimento, morte etc. Essa correlação câncer/morte é angustiante e terrível, tanto para o próprio doente como para os seus familiares (Lang, 2014).

Ao longo da trajetória do câncer, pacientes podem normalmente ser acometidos pela angústia psicológica, ansiedade, depressão e problemas de adaptação, os quais se intensificam na presença de dor física, efeitos do tratamento oncológico, dificuldades familiares, preocupações financeiras.

Diagnóstico

O diagnóstico da neoplasia maligna tem o poder de transformar o cotidiano e em geral provoca reflexões e mudanças na vida do paciente. Mesmo com os avanços da medicina em relação à cura do câncer, sabe-se que seu diagnóstico ainda é vivido de forma temida e sendo um momento de crise do indivíduo em situação de adoecimento (Silva, 2008).

Lang (2014) esclarece que a realização do diagnóstico da enfermidade é feita para classificar cada caso, independente da fase em que o câncer é detectado. O nome para essa classificação é estadiamento; ele é responsável por avaliar o grau em que se encontra a disseminação da doença. Através dessa classificação, os médicos podem propor o tratamento mais adequado a cada pessoa.

Os médicos patologistas fazem o diagnóstico histopatológico por biópsia ou ressecção do tumor e acusam se há ou não malignidade, revela o perfil do tumor e o estadiamento (Polato, 2012).

Por ser uma doença grave e debilitante, o diagnóstico de câncer muitas vezes tem um efeito devastador na vida do paciente, uma vez que o diagnóstico é tido como sentença de morte. De acordo com Polato (2012), devido à dificuldade para o diagnóstico precoce, a maioria apresenta estádios avançados no momento do diagnóstico.

A necessidade de se classificar os casos de câncer em estádios baseia-se na constatação de que as taxas de sobrevida são diferentes quando a doença está restrita ao órgão de origem ou quando ela se estende a outros órgãos (Souza, 2012).

Polato (2012) salienta que somente um terço dos pacientes submete-se à retirada total cirúrgica do tumor e, portanto, a maioria não é candidato a tratamento curativo necessitando de tratamentos paliativos: quimioterapia, radioterapia ou ambos. Em decorrência disso, o câncer de pulmão permanece como uma doença altamente fatal.

A partir do diagnóstico a vida do paciente passa por uma reviravolta, os inúmeros exames por se fazer, muitos deles invasivos e dolorosos, rompimento de atividades rotineiras e hospitalização (Silva, 2008).

As formas de tratamento irão depender do diagnóstico realizado, o tipo de câncer, bem como, da maneira em que se encontra a saúde do doente no momento do tratamento (Lang, 2014).

Merece atenção o entendimento de Silva (2008), muitos pacientes antecipam o luto quando se deparam com o diagnóstico da doença, apesar do desenvolvimento de novas modalidades terapêuticas até mesmo da cura do câncer.

Estimativa do número de casos novos de câncer 2016 válidas para 2017

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) é o órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil. As estimativas para o ano de 2016 válidas também para o ano de 2017 apontam a ocorrência de aproximadamente 596 mil casos novos de câncer, incluindo os casos de pele não melanoma. Entre os homens, são esperados 205.960 casos, e entre as mulheres, 214.350 (INCA, 2015).


Fonte: INCA/ Estimativa de câncer no Brasil, extraído do site: http://www.inca.gov.br/estimativa/2016/

No mundo, o número de pacientes oncológicos tem aumentado consideravelmente. Isso se deve a aspectos comportamentais como exposição ocupacional, dietas inadequadas e o tabagismo (Feitosa, 2012).

Tipos de câncer mais incidentes no mundo

Os tipos de câncer mais incidentes no mundo foram pulmão (1,8 milhão), mama (1,7 milhão), intestino (1,4 milhão) e próstata (1,1 milhão). Nos homens, os mais frequentes foram pulmão (16,7%), próstata (15,0%), intestino (10,0%), estômago (8,5%) e fígado (7,5%). Em mulheres, as maiores frequências encontradas foram mama (25,2%), intestino (9,2%), pulmão (8,7%), colo do útero (7,9%) e estômago (4,8%), (INCA, 2015).

É importante destacar que o tabagismo também representa o maior fator evitável de câncer e de outras doenças, como as cardiovasculares e pulmonares (Dias, 2011).

Pulmão o órgão mais atingido pelo tabaco



O câncer de pulmão é um dos tipos mais comuns de câncer, sendo ele responsável pelo maior número de neoplasias no mundo (Bortolon, 2010). Atualmente, o cigarro é visto como o “bode expiatório”, que deve ser combatido por ser considerado o principal causador do câncer de pulmão. Atualmente, de todas as neoplasias malignas, o câncer de pulmão é considerado a segunda causa de mortalidade no Brasil, sendo superado apenas pelas doenças cardiovasculares (Muller, 2011).

Estima-se que 80% a 90% da incidência de câncer de pulmão sejam atribuídas ao fumo (Polato, 2012). Trata-se de um problema de saúde pública global que tem uma elevada taxa de letalidade e poderia ser evitado em grande parte, com a redução do tabagismo (Souza, 2012).

O câncer de pulmão atinge milhões de pessoas, independentemente de classe social, cultural ou religiosa, sendo que o impacto do diagnóstico da enfermidade é na maioria dos casos angustiante tanto para o doente, como para seus familiares. Essa patologia é um dos tipos de câncer mais agressivos, possuindo uma razão mortalidade/incidência (M/I) de, aproximadamente, 90% (INCA, 2015).

Para a área médica, a referida neoplasia maligna apresenta-se como a enfermidade mais mortal em todo mundo, devido ao seu diagnóstico tardio (Lang, 2014). O autor relata ainda que o câncer de pulmão é uma doença que vem crescendo imensamente nas últimas décadas, sendo a principal causa de óbitos em homens e tendo um aumento relevante nos casos de mortalidade na população feminina, transformando-se em uma epidemia mundial.

A detecção do câncer de pulmão em estádios iniciais, por meio de ações de rastreamento, poderia aumentar a taxa de cura dos pacientes e consequentemente diminuírem as taxas de mortalidade, por esta neoplasia (Souza, 2012).

INCA (2015) informa que os cânceres de pulmão e de bexiga estão entre os 10 mais incidentes no Brasil. O principal fator para o desenvolvimento do câncer de pulmão e bexiga é o tabagismo (Lopes, 2015).

É bem documentado em estudos que a enfermidade câncer de pulmão origina-se a partir de uma única célula modificada nas vias aéreas traqueobrônquicas. Essa célula conecta-se ao DNA lesionando-o. Em consequência disso ocorrem alterações nas células, o desenvolvimento celular anormal e, logo em seguida, a transformação em uma célula maligna (Lang, 2014).

Um aspecto a ser destacado é o custo social do câncer de pulmão que pode ser classificado sob dois aspectos: os gastos com prevenção primária, diagnóstico, tratamento e acompanhamento e a diminuição da capacidade de produção causada pela redução do tempo potencial de trabalho, após o aparecimento da doença, devido à incapacidade ou morte (Souza, 2012)

Merece atenção o entendimento de Nicácio (2009), se um tumor for erradicado antes de produzir metástases, as chances de cura do indivíduo são muito grandes, mas existem ainda as metástases microscópicas de difícil diagnóstico que podem já existir no período da erradicação do tumor principal.

Sintomas

Os sintomas mais comuns do câncer de pulmão são a tosse e o sangramento pelas vias respiratórias. Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns para o paciente (INCA, 2010).

Diagnóstico de Câncer de Pulmão

O câncer de pulmão é uma enfermidade altamente letal, haja vista que, quando detectado, já se encontra em estágio avançado, contendo uma alta taxa de incidência e mortalidade, as quais chegam a 86%.

Lang (2014) esclarece que em diversos casos, existe uma impressão de que há um maior e mais rápido desenvolvimento do tumor no câncer de pulmão do que em outras neoplasias, dificultando, dessa forma, um tratamento positivo. Após o diagnóstico desta enfermidade as chances de cura são pequenas e as probabilidades de sobrevida, muito baixas (Souza, 2012).

INCA (2011) independente da fase em que o câncer é detectado há necessidade de se classificar cada caso de acordo com a extensão do tumor. O diagnóstico do câncer de pulmão é realizado por meio de exames de imagem, como raios-X e tomografia computadorizada do tórax.

Uma vez obtida à confirmação da doença, é feito o estadiamento, que avalia o estágio de evolução, ou seja, estadiar um caso de neoplasia maligna significa avaliar o seu grau de disseminação, verificar se a doença está restrita ao pulmão ou disseminada por outros órgãos (INCA, 2011). O estadiamento é feito através de vários exames de sangue e radiológicos, como dosagens enzimáticas e ultrassonografia, respectivamente.

Em 85% dos casos o fumo é a causa da neoplasia, e o risco é associado à duração do hábito de fumar, ao número e tipo de cigarro fumado por dia (Uehara, 1998). Comparados aos não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão (Mattos, 2009).

Em geral, o câncer de pulmão é tratado com cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação destes. Estes tratamentos podem expor o paciente a níveis de toxicidade e a incapacidades relevantes (Souza, 2012).

Dor torácica está presente em 27 a 49% dos casos de neoplasia de pulmão. O tipo de dor é frequentemente intermitente do lado do tumor, tornando-se intensa e persistente devido à extensão para mediastino, pleura ou parede torácica (Uehara e colaboradores, 1998).

Estimativa de Novos Casos de Câncer de Pulmão 

Os números de casos novos de câncer de pulmão estimados para o nosso país em 2016 é de 17.330 para o sexo masculino e 10.890 para o sexo feminino (INCA, 2015).



As taxas elevadas de câncer de pulmão na população masculina como na feminina, refletem exposição anterior ao tabagismo, enfatizando a necessidade de seu contínuo monitoramento e controle (Zamboni, 2002).

Após o diagnóstico desta enfermidade as chances de cura são pequenas e as probabilidades de sobrevida, muito baixas. Lang (2014) informou que o câncer de pulmão é a doença que possui o maior índice de mortalidade no Brasil e no mundo, quando em comparação com outros tipos de cânceres, sendo responsável por 1,3 milhões de mortes em todo o mundo.

Segundo os dados do INCA (2010), mais de 85% dos pacientes com essa neoplasia morrem nos primeiros cinco anos após o diagnóstico. De acordo com a OMS, o tabaco sozinho causa 71% das mortes por câncer de pulmão no mundo (Diehl & Figlie, 2014).

Prevenção

Com relação ao câncer do pulmão, a meta é mostrar à população os males causados pelo tabagismo e assim buscar uma mudança de comportamento dos fumantes, que podem possibilitar a prevenção e o diagnóstico precoce, que são fundamentais no controle da doença. (Lang, 2014)

A melhor forma de evitar que mais pessoas sofram as consequências desta doença é incentivar a cessação do tabagismo entre os fumantes e evitar a iniciação desse comportamento entre os não fumantes (Souza, 2012).

Conclusão

O câncer é uma das doenças mais graves que existem, vimos em especial o câncer de pulmão, a trajetória dessa investigação mostrou que esta neoplasia maligna é uma patologia agressiva e permanece como uma doença altamente fatal. Hoje em dia, o câncer é visto como uma moléstia, em alguns casos tratáveis, podendo vir até mesmo a ser curado, caso seja diagnosticado precocemente (Lang, 2014).

O cigarro é visto como o grande “vilão” por trás do câncer de pulmão, já que é considerado responsável pelo surgimento da doença. Segundo os médicos especialistas, somente com o controle do tabagismo que se pode reprimir o número de casos de câncer de pulmão (INCA, 2012).

O controle do tabaco permanece sendo a principal forma de redução da ocorrência desse tipo de neoplasia.

Neste texto observou-se que o tabagismo tem relação com vários tipos de câncer, entre eles, pulmão, cavidade oral, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo do útero, leucemias (INCA, 2015). Nos casos de câncer de pulmão o tabagismo aumenta o risco de desenvolvimento desta neoplasia de 10 a 30 vezes (Souza, 2012).

Segundo os médicos especialistas, somente com o controle do tabagismo que se pode reprimir o número de casos de câncer de pulmão (INCA, 2015).

Onde procurar ajuda para parar de fumar



O site da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) informou que hoje qualquer cidadão que queira parar de fumar pode se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou a um Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (CAPS-AD), que será acolhido e imediatamente integrado a um grupo de tratamento para cessação de tabagismo.

No CRATOD (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas) http://www.saude.sp.gov.br/cratod-centro-de-referencia-de-alcool-tabaco-e-outras-drogas/tratamento/locais-para-tratamento-de-tabagismo

*Adriana Moraes - Psicóloga da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) - Especialista em Dependência Química – Colaboradora do site da UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas).

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Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas http://www.saude.sp.gov.br/cratod-centro-de-referencia-de-alcool-tabaco-e-outras-drogas/tratamento/locais-para-tratamento-de-tabagismo
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