domingo, 27 de dezembro de 2015

Reflexão...

Fugas   

Uma característica muito comum, notada nos seres humanos é a tentativa de fuga.

Muitos de nós, quando nos sentimos pressionados por circunstâncias adversas temos a tendência natural de fugir.

Às vezes, quando se apresenta uma situação para a qual não vemos saída, gostaríamos que o chão se abrisse sob nossos pés e nos tragasse em definitivo. Mas, como isso não ocorre, tentamos fugir de várias outras formas.

Para alguns a saída é afogar as mágoas num copo de bebida. Afinal, pensamos, o álcool perturba o psiquismo e tira da mente, temporariamente, a preocupação que nos faz sofrer.

Outros fumam um cigarro após outro, numa tentativa frenética de libertar-se das idéias perturbadoras, como querendo cobri-las com a fumaça abundante.

Outros, ainda, buscam as drogas mais pesadas, capazes de anestesiar a mente e desviar o curso dos pensamentos por alguns instantes.

Alguns vão às compras tentando distrair-se. Compram, e compram mais, como se ocupando a mente com outras coisas pudessem livrar-se dos problemas.

Outros viajam, vão para bem longe, buscando na distância física a tentativa de esquecimento de seus problemas.

Muitos, infelizmente, buscam a porta falsa do suicídio, como medida mais drástica, com intuito de apagarem a mente de vez por todas, para que nunca mais possam cogitar das amarguras.

Se buscarmos raciocinar logicamente sobre o assunto, considerando a imortalidade da alma, chegaremos à conclusão de que a fuga dos problemas, é, no mínimo, infantilidade da nossa parte.

Jamais tivemos notícia de alguém que, tendo se utilizado de um desses artifícios, tenha logrado êxito, conseguindo que os problemas se diluíssem.

Nem o álcool, nem o cigarro, nem as viagens, nem as compras, e tampouco o suicídio conseguem nos livrar das circunstâncias desagradáveis que necessitamos enfrentar de cara limpa e consciência lúcida.

O que pode acontecer em tais casos, é o agravamento da situação, com o nosso comportamento inconseqüente.

A melhor e mais acertada atitude, é buscar asserenar a mente para bem raciocinar e melhor agir na busca de soluções efetivas.

Quando nos comportamos como crianças rebeldes só teremos, logo mais, os problemas aguardando a solução, e mais o agravamento provocado pela nossa rebeldia.

Dessa forma, sejamos cristãos também nas horas do testemunho. Busquemos imitar o Mestre que dizemos seguir, pois Ele, mesmo sofrendo açoites e injúrias, manteve o olhar sereno e a mansuetude nos gestos, demonstrando sabedoria e lucidez diante das situações mais graves.

Nos momentos de tormentos, diante de problemas sérios, quando nos venha o impulso para a fuga, detenhamo-nos por alguns instantes.

Elevemos o pensamento, buscando Jesus nas paragens celestiais e aconcheguemo-nos no Seu abraço afetuoso, junto ao Seu coração magnânimo.

Se a nossa confiança é ainda vacilante, peçamos ajuda ao Irmão Maior, que disse para que tomássemos o Seu fardo que é leve e que experimentássemos o Seu jugo que é suave.

Agindo assim, ainda que não logremos a solução imediata dos nossos problemas, teremos uma certeza: não os estaremos agravando ainda mais.

***

"Espera pelo amanhã, quando o teu dia se te apresente sombrio e apavorante.

Aguarda um pouco mais, quando tudo te empurrar ao desespero.

Confia. Pois a Divindade possui soluções que desconheces para todos os enigmas da vida.

Ama a vida e vive com amor, apesar de às vezes te sentires incompreendido, desiludido e martirizado...

Ouve a voz suave do Meigo Nazareno a dizer: "nunca estarás a sós".

Fonte: (www.momento.com.br) 

Liberação da maconha no Uruguai não reduziu tráfico e aumentou os homicídios


 

site do deputado Osmar Terra
Quando o congresso do Uruguai aprovou a lei que liberou a maconha, havia a esperança da redução dos assassinatos e do tráfico de drogas. Pesquisa da Fundación Propuestas (Fundapro) aponta até o dia 17 de dezembro de 2015 houve 272 homicídios no país, um recorde se comparado com outros anos. Montevidéu registrou 170 e o Interior 104. Em 2014 foram 262 crimes de morte.

Segundo o Observatório Nacional Sobre Violência e Criminalidade do Ministério do Interior, no primeiro semestre já tinham sido superados os números de outros no mesmo período: 139 em 2013; 142 em 2014; 154 em 2015. Desde total, o acerto de contas entre traficantes representou 43% das ocorrências com morte.

Fontes do Ministério do Interior uruguaio lembram que o mercado inicial era, predominantemente, da maconha e crack, que logo foi reduzido a locais mais pobres. A cocaína passou à frente, enquanto que os traficantes de pasta base começaram uma guerra por territórios o que gerou o aumento assustador de assassinatos.

O deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), que esteve no Congresso Uruguaio em 5 de outubro de 2013 onde pediu a rejeição do projeto do lei que estava em análise, comentou:

- Confirmam-se as piores previsões. Os assassinatos decorrentes do tráfico não acabaram, pelo contrário aumentaram. Infelizmente, se o Presidente Vasquez não agir rápido, o Uruguai caminha para se transformar num narcoestado, resultado de uma lei inconsequente. Meu temor são as consequências do incremento do tráfico de drogas na fronteira com o Brasil, especialmente com o Rio Grande do Sul.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas 

Filhos de dependentes químicos com fatores de risco bio-psicossociais


 


Filhos de dependentes químicos apresentam maior risco para transtornos psiquiátricos, desenvolvimento de problemas físicos emocionais, dificuldades escolares e tendência crescente para o consumo de substâncias psicoativas. Os filhos de alcoolistas têm um risco aumentado em quatro vezes para o desenvolvimento da doença.

O artigo verificou a importância do acompanhamento de filhos de pais dependentes químicos através de uma abordagem preventiva de caráter terapêutico e reabilitador. Para tal, foi avaliada uma amostra de 63 famílias, 54 crianças e 45 adolescentes do CUIDA (Centro Utilitário de Intervenção e Apoio e Filhos de Dependentes Químicos), um serviço em que o paciente passa por uma avaliação clínica, social e familiar para posteriormente ser encaminhado ao psicodiagnóstico. Para a análise dessas famílias, os grupos foram separados por idade e submetidos a testes psicológicos e questionários, garantindo o anonimato e sigilo dos participantes.

Os dados da amostra demonstraram que, na maioria dos casos, a figura paterna é dependente química, com grau inferior de escolaridade quando comparados às mães, as quais são desempregadas. No caso do álcool, o estudo mostrou que aproximadamente um em cada três dependentes de álcool tem um histórico familiar de alcoolismo e a probabilidade de separação e divórcio entre os casais é aumentada em três vezes quando essa união se dá com um alcoolista.

O artigo conclui enfatizando a importância do contexto onde uma criança se desenvolve, sendo necessária uma abordagem mais específica para os filhos de dependentes químicos.
Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Neste Natal

 

Que neste Natal a alegria da amizade, invada seu coração e o torne mais feliz.

Que as estrelas da esperança te abrace de tal forma, que você venha a se alegrar a cada lembrança.

Que os presentes de amor, sejam lembrados por todos os dias do próximo ano prestes a nascer.

Que neste Natal, fique na memória a expectativa de uma vida melhor e a realização de dias gloriosos.

Neste Natal quero e preciso te dizer que você merece presentes divinos, e riquezas que abençoam seu coração.

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

Decisão sobre drogas não pode ignorar seus efeitos sobre toda a coletividade


 

Consultor Jurídico
DIREITOS FUNDAMENTAIS
Por Ingo Wolfgang Sarlet

O julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal tendo por objeto a discussão em torno da constitucionalidade do artigo 28 da Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas), questionando a criminalização do porte de drogas para consumo pessoal guarda relação direta com direitos fundamentais pessoais do usuário (destaquem-se aqui a liberdade como autodeterminação, a privacidade e intimidade e mesmo a disposição do próprio corpo e da própria saúde), mas também, numa perspectiva ampliada, diz respeito a interesses coletivos, como é o caso da segurança pública (proteção de direitos de terceiros), da saúde pública e da vida familiar.

Por outro lado, mais uma vez o julgamento, já no estado em que se encontra, revela a falta de articulação e sinergia entre os votos dos ministros, seja quanto aos argumentos, seja quanto ao modo de decidir a questão, tudo a indicar que, a exemplo do que já ocorreu tantas vezes, será difícil, senão mesmo impossível, identificar com clareza a opinião da corte no seu conjunto e os motivos determinantes da decisão. Mas essa é apenas uma observação marginal que aqui não será explorada. Com isso, é claro, não se está aqui a adentrar o mérito dos votos em si, quanto à sua qualidade e coerência interna, ainda que também nessa seara um olhar mais atento e crítico da doutrina se faça necessário, até mesmo para estimular o saudável diálogo entre a jurisprudência e a doutrina jurídica, de modo a propiciar o desenvolvimento de uma dogmática comprometida com a coerência e com a adequada compreensão e aplicação da Constituição.

De todo modo, voltando ao caso em apreço, uma breve mirada sobre os votos já lançados, nomeadamente dos ministros Gilmar Mendes (relator), Edson Fachin e Roberto Barroso, por ora aponta no sentido da descriminalização pelo menos do porte e uso da maconha para consumo pessoal, ainda que o ministro Gilmar Mendes tenha votado em favor da descriminalização do porte para consumo de toda e qualquer droga em geral. Aqui já se impõe uma primeira observação, pois tendo em conta que tanto o relator quanto o ministro Roberto Barroso invocaram com ênfase a tese da autonomia privada e da privacidade, pelo fato de que o uso de drogas (de maconha, para Roberto Barroso) para consumo pessoal na esfera privada (doméstica) não afeta direitos de terceiros e, portanto, deveria estar imune à intervenção do Estado, da mesma forma como se dá no caso do consumo de tabaco (cigarros e congêneres liberados) e do álcool. Ainda nesse contexto, o ministro Gilmar Mendes refere que o consumo de drogas equivale a uma autolesão o que igualmente implica a descriminalização.

Ainda que se possa sufragar a tese de que em causa estão a autonomia privada e a privacidade do usuário de drogas (no que convergem os três votos já lançados), também é verdade que tal argumento, inclusive o da autolesão, aplica-se a todo e qualquer tipo de droga ou comportamento que coloque em risco a integridade física e mental e a saúde do indivíduo, no que a linha argumentativa do ministro Gilmar Mendes soa mais convincente. Já o ministro Roberto Barroso parece partir da perspectiva de que no caso da maconha, droga considerada leve quanto ao impacto sobre a saúde física e psíquica do usuário, tal circunstância a tornaria equiparável ao cigarro convencional e ao consumo do álcool. Assim sendo, o argumento da autolesão (ao que consta não explicitamente usado por Roberto Barroso) seria limitado a casos de autolesão de em regra baixo impacto, o que igualmente contraria as estatísticas quanto as doenças causadas pelo consumo de cigarros e as nefastas consequências pessoais e sociais do uso abusivo de bebidas alcoólicas. Além disso, em se ampliando a tese da autolesão e da privacidade, a exigência (ao menos para maiores e capazes) do uso do cinto de segurança, do capacete para motociclistas e ciclistas, apenas para ilustrar, igualmente deveria ser tido como lícito e não punido sequer na esfera administrativa.

Aliás, o próprio argumento de que o consumo de drogas em ambiente privado não afeta a esfera jurídica de terceiros é no mínimo controverso, pois desconsidera (e isso evidentemente vale para o cigarro e em maior medida para o uso abusivo do álcool) o impacto das drogas sobre o sistema de saúde (com reflexos para a coletividade), para a vida familiar, haja vista o comprometimento das relações, a violência física e moral em muitos casos, apenas para citar possivelmente os mais evidentes.

Cuida-se, portanto, de alguma redução da complexidade, ao menos quanto tal linha argumentativa e como foi — pelo menos quanto aos aspectos referidos — manejada até o momento, ainda que não se questione, como já adiantado, a relevância da tese da autodeterminação e da privacidade. Nesse contexto, o que se pleiteia é talvez um melhor sopesamento (ou balanceamento, como preferem os anglo-americanos) dos direitos fundamentais do usuário com os direitos e interesses de terceiros e da coletividade, e não apenas partir do pressuposto (questionável) da ausência de impacto sobre terceiros.

Mais convincente — sem prejuízo da adequada e argumentativamente reconstruída e ajustada invocação da autonomia pessoal (incluindo a privacidade) — é a argumentação focada na política criminal e na evidente falência da via da criminalização, seja pela expressiva ineficácia no que diz com a redução do consumo e do tráfico (pelo contrário, a criminalidade nessa seara só se fez aumentar), ademais do alto custo financeiro gerado pela atual política de combate às drogas ilícitas, das condições do sistema carcerário brasileiro e seu agravamento em virtude do aumento exponencial da população carcerária ao longo dos anos, especialmente em função de crimes vinculados ao tráfico de drogas (o que foi particularmente enfatizado no voto de Roberto Barroso).

Aqui, mais uma vez, embora se possa concordar com a essência do argumento, existem alguns reparos a propor. Em primeira linha, embora também existam muitas condenações pelo tráfico de maconha, boa parte (senão a maioria, o que é irrelevante para o efeito da discussão proposta) dos presos por tráfico o são pela traficância de drogas mais pesadas, especialmente a cocaína e seu tão disseminado subproduto, o crack, que precisamente são as que mais atingem a população — no caso do crack, com predominância das classes menos favorecidas e com efeitos devastadores.

Se tal consideração, por um lado, parece sufragar a tese dos que propugnam pela descriminalização do consumo de drogas “leves” como a maconha, por outro, segue mantendo o status quo precisamente naquilo que o tráfico e consumo apresentam de mais nefasto, incluindo toda a criminalidade, que envolve não apenas todas as mortes ligadas ao conflito entre traficantes e os respectivos grupos, mas também em termos de saúde e vida pessoal dos usuários, ademais da criminalidade motivada pela necessidade de obter recursos para o consumo da droga, incluindo um crescente número de roubos e latrocínios (mas é evidente que o uso pessoal de drogas não afeta direitos de terceiros!).

Além disso, descriminalizar o consumo e não descriminalizar a venda (ao menos em relação simétrica para cada droga excluída da criminalização) poderá fazer com que a emenda saia pior que o soneto, pois o usuário seguirá tendo de adquirir a droga do traficante, seguirá carecendo de recursos para sustentar o vício e toda a criminalidade daí resultante, pelo menos expressiva parte dela, seguirá ceifando vidas, afetando a integridade física e psíquica de tantas pessoas, além dos efeitos econômicos.

Por isso, uma proposta sustentável e que possa balizar um futuro menos nefasto, haverá de passar por uma solução mais completa e integrada, para o que, como bem frisado no voto de Edson Fachin, o STF deverá adotar postura — mesmo que se pronuncie pela inconstitucionalidade (parcial ou não e com modulação de efeitos ou não) — deferente aos órgãos legislativos e administrativos, pois eles é que deverão definir as balizas das políticas públicas nessa seara.

Por evidente, de outra parte, que existem uma série de outras questões a serem apontadas e discutidas, inclusive já ventiladas nos votos proferidos até o presente momento, seja sobre aspectos específicos da argumentação e das propostas dos ministros, seja quanto ao modo de formatar a decisão e os respectivos efeitos. Como, todavia, a matéria segue em discussão no STF e sequer a maioria dos ministros se pronunciou, na presente coluna apenas ousamos apontar e debater alguns pontos, eventualmente retornando ao tema mais adiante. De todo modo, cuida-se de um debate da maior atualidade e relevância, demonstrando o quanto o STF tem sido acionado nas grandes questões da sociedade brasileira.

Ingo Wolfgang Sarlet é professor titular da Faculdade de Direito e dos programas de mestrado e doutorado em Direito e em Ciências Criminais da PUC-RS. Juiz de Direito no RS e professor da Escola Superior da Magistratura do RS (Ajuris).

Internação de grávidas usuárias de drogas cresce 29% em Campinas


 



Nos últimos três meses foram 31 casos contra 24 no trimestre anterior.

´Ficar na rua é difícil, grávida. Minha vida acabou destruída`, diz paciente.
Do G1 Campinas e Região
(imagem reprodução)

Campinas (SP) registrou a internação de 31 gestantes usuárias de drogas nos últimos três meses, segundo a Coordenadoria do Programa de Prevenção às Drogas. O número é superior ao trimestre anterior, quando foram 24 mulheres, o que representa uma alta de 29%.

De acordo com o coordenador do programa Nelson Hossri, Campinas possui um serviço especializado no atendimento e acolhimento de gestantes com dependência química. Ele destaca que a maioria que procura ajuda tem envolvimento com o crack. "São dependentes químicas, normalmente, do crack", afirma.

Ajuda

Aos seis meses de gestação, uma paciente, que não quer ser identificada, conta que decidiu procurar tratamento para se livrar das drogas.

"Ficar na rua é difícil, grávida. Minha vida acabou destruída. A droga acabou comigo", conta a paciente.

Após o nascimento do filho, ela afirma que espera reconstruir a vida. "Renovar a minha vida de novo", planeja.

Aumento na procura

Nessa época do ano, instituições como o Padre Haroldo em Campinas já esperam um aumento na procura devido a chegada de datas especiais como Natal e Ano Novo, o que aumenta a chance de a pessoa aceitar o tratamento. Atualmente, a entidade atende cerca de 130 pessoas.

"Essa época do ano é um período emocionalmente vulnerável, que as pessoas fazem um levantamento da vida", finaliza o supervisor da instituição Rogério Bosso.


Paciente planeja construir a família novamente após tratamento (Foto: Reprodução/ EPTV)
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas 


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Reflexão: Você se sente só ?

Você se sente só ?   


O celular não toca, a solidão na cozinha, na cama! Uma taça de vinho somente, um prato, um talher... A solidão está com você! a danada da solidão... O que ela quer? O que ela quer?

A solidão se aninha de repente, você pode estar só ou rodeado de gente. Sente a sensação de vazio dentro do coração, Isolamento, auto-comiseração! É a falta de um amor, de carinho, ou saudade cruciante da amizade, de um telefonema, ou de um aperto de mão!

No seu correio eletrônico não chegam e-mails, nenhum cartão... A pessoa amada foi embora, vem a solidão! Ela se instala... e vem de mansinho, fazendo morada em seu coração!

Aceite a sábia companheira com alegria... aprenda a se amar mais... e saiba que você é a melhor companhia. Saia do escuro, abra a janela... acenda a vela...! O mundo não é uma ilha... nunca estamos sós...

Você se sente só? assopre a angústia para fora... mude seus pensamentos agora! Com sua fé no amanhã....

Se você aprender a amar... a conviver... será uma pessoa querida... Amando a todos à sua volta... Amando a vida....

Quando a solidão se esparramar... naquele chuvoso final de semana, abençoe a chuva... Acolha a esperança... deixe a chuva levar toda a sua dor... E, quando menos esperar... Sabendo amar... Você um dia também receberá amor!
Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br) 

Efeitos do beber pesado no sistema imunológico


 

O uso de álcool, especificamente quando leva ao estado de embriaguez, foi associado a mais de 30% dos casos de traumas físicos, e entre tais vítimas atendidas nas unidades de emergência, há maior risco para complicações, como doenças infecciosas e resposta inflamatória grave, o que implica maior mortalidade. Estudos em humanos e modelos animais já demonstraram que a intoxicação alcoólica exerce efeitos imunomoduladores com início em algumas horas a dias após a ingestão, quando o álcool no sangue já não é mais detectável. Entretanto, os efeitos imunomoduladores precoces do álcool no sangue ainda não são bem compreendidos.

Com o objetivo de elucidar esta questão, foram recrutados 15 voluntários saudáveis, sem história de problemas por uso de álcool, que mantiveram abstinência de álcool, cafeína e nicotina por ao menos 72 horas antes do teste. No teste, foi consumido álcool em quantidade necessária para atingir concentração alveolar igual ou superior a 0,1% (medido por bafômetro), com repetições dessa medição a cada 30 minutos. Ainda, para verificar a correlação da medida alveolar com a concentração de álcool no sangue, foram coletadas amostras sanguíneas após 20 minutos, 2 e 5 horas a partir do momento em que a concentração alveolar atingiu 0,1%. Todos os participantes atingiram pico de concentração de álcool no sangue entre 20 min e 2 horas, em valor superior a 100 mg/dL (suficiente para haver embriaguez).

A partir do sangue, foram analisadas células do sistema imunológico (monócitos, leucócitos e linfócitos), quantitativa e qualitativamente, e também a responsividade de citocinas (moléculas envolvidas na modulação das respostas imunológicas), isto é, se a produção de citocinas, diante de estímulos previamente estipulados, foi alterada ou não. Os resultados indicaram a ocorrência de estado pró-inflamatório precoce, aos 20 minutos, caracterizado por aumento no número de leucócitos circulantes e resposta inflamátória na produção de citocinas. Já nos tempos de 2 e 5 horas após a ingestão ocorreu estado anti-inflamatório, com diminuição e alteração dos tipos de leucócitos circulantes e resposta anti-inflamatória na produção de citocinas.

Como conclusão, os autores alertam que mesmo um único episódio de intoxicação alcoólica exerce efeitos sobre o sistema imunológico, causando alteração bifásica, isto é, inicialmente estado pró-inflamatório, seguido de estado anti-inflamatório. Os impactos clínicos dessas alterações não são totalmente conhecidos, mas para o caso de vítimas de traumas e acidentes com elevada concentração de álcool no sangue, é importante conhecer que haverá maior exposição aos ativadores de inflamação do próprio organismo e aos agentes infecciosos, o que poderia representar risco adicional à saúde.
Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool

Maus hábitos são responsáveis por 80% dos casos de câncer

   
 


Revista Veja
De acordo com um novo estudo, fumar, beber, expor-se ao sol e à poluição estão entre as principais causas da maioria dos tumores malignos

Câncer: apenas entre 10% e 30% dos tumores seriam causados por mutações celulares inevitáveis. Os cânceres mais comuns são desencadeados por fatores externos e, portanto, poderiam ser evitados com mudanças de comportamento e no ambiente(Thinkstock/VEJA)

Fumar, beber, exposição ao sol e poluição do ar, são responsáveis por até nove em cada dez casos de câncer. É o que diz um estudo publicado nesta quinta-feira, na revista científica Nature.

A descoberta contraria uma pesquisa anterior, segundo a qual 65% dos tumores seriam causados por erros aleatórios na divisão celular, o que estaria fora de nosso controle. De acordo com o novo trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade Stony Brook, em Nova York, nos Estados Unidos, estas mutações seriam responsáveis por, no máximo, 30% dos tumores. Dessa forma, muitos casos seriam evitáveis se "eliminássemos" todos os fatores externos de risco.

Os pesquisadores utilizaram diversas abordagens, incluindo modelos de computação, dados populacionais e genéticos. "Fatores externos desempenham um papel importante e as pessoas não podem mais utilizar a ´má sorte` como desculpa [para o câncer]", disse Yusuf Hannun, um dos autores, à rede britânica BBC.

Outras evidências utilizadas pelos cientistas vieram de estudos anteriores que mostraram que imigrantes provenientes de locais de baixa incidência de câncer, ao se mudarem para países com alta incidência da doença, acabavam desenvolvendo as mesmas taxas de ocorrência de tumores da população local. Isso salienta o fator ambiental, em detrimento do biológico ou genético.

Os pesquisadores ressaltaram que alguns cânceres são de fato desencadeados por mutações genéticas, mas isso é raro. Os mais prevalentes são causadas por fatores ambientais. Por isso, eles ressaltaram a importância de considerá-los na prevenção e diagnóstico.
(Da redação)
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Reflexão do dia 16 de Dezembro


PARCEIROS NA RECUPERAÇÃO
... não há nada melhor, para assegurar nossa imunidade contra a bebida, do que o trabalho intensivo com outros alcoólicos... Ambos, você e o novo homem, devem andar passo a passo no caminho de um Poder Superior e brevemente estará vivendo num novo e maravilhoso mundo, não importa qual seja sua situação atual.
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 118 119


Fazer as coisas certas pelas razões certas - esta é a minha maneira de controlar meu egoísmo e meu auto-centrismo. Percebo que minha dependência de um Poder Superior limpa o caminho para a paz de espírito, a felicidade e a sobriedade.
Rezo todo o dia para evitar minhas antigas ações, a fim de que eu seja de utilidade para os outros.

Pesquisa foi realizada com mais de 8,8 mil alunos e 500 pais de instituições públicas da cidade

  
 


A Notícia - Joinville - Leandro S. Junges

O acesso às drogas nas escolas públicas de Joinville é uma realidade que começa antes dos 12 anos de idade. Essa é uma das conclusões de uma pesquisa sobre o uso de drogas realizada com mais de 8,8 mil alunos e quase 500 pais da rede pública de educação da cidade.

Mais de 36% dos alunos que responderam ao questionário disseram que já viram “ao vivo” drogas ilegais e tiveram esse contato antes dos 12 anos. Mais da metade (53%) deles teve esse contato antes dos 15 anos.

Entre os pais, esses valores se invertem: mais de 32% dos que já viram drogas ao vivo só tiveram acesso depois dos 15 anos. A maioria dos alunos, porém, diz que nunca usou drogas, nem tem vontade (86%).

O estudo é um dos mais abrangentes do País em relação ao percentual de estudantes ouvidos, já que quase 20% de todo o universo de alunos da rede pública foi consultado. Dos 8,8 mil jovens que responderam à pesquisa, a grande maioria (82%) tem entre 10 e 15 anos.

— É o maior estudo sobre uso de drogas já realizado em âmbito municipal no País. Para se ter uma ideia, a maior pesquisa é a nacional, que ouviu 50 mil estudantes num universo de 39 milhões — diz Roberto Freitas, idealizador do estudo dentro do Rotary Club Colon, de Joinville.

O estudo completo foi entregue nesta quarta-feira ao prefeito Udo Döhler. O álcool, o cigarro, a maconha, o LSD e o ecstasy são as drogas mais consumidas pelos estudantes das escolas públicas de Joinville.

Quase 80% dos que já experimentaram algum tipo de droga consumiram álcool. Em segundo lugar, aparece o cigarro, com 31,63%, e, em terceiro, a maconha, com 29,18%.

O levantamento é uma reedição do que foi feito no ano passado em sete dos maiores colégios particulares da cidade: Bom Jesus Ielusc, Elias Moreira, Exathum, Positivo, Santos Anjos, Sociesc e Univille.

Entre os alunos das escolas particulares, o cigarro não aparece entre as drogas mais consumidas, e a maconha aparece em segundo lugar, atrás do álcool. A pesquisa foi realizada pelo Rotary e teve a participação da Secretaria de Proteção Civil da Prefeitura. Alunos e pais de todas as regiões de Joinville participaram do estudo.

Outros números

O levantamento também indica algumas considerações sobre a relação familiar e o papel da escola. Mais de 60% dos alunos raramente ou nunca fala sobre drogas em casa com os pais. Essa conclusão também estava presenta na pesquisa feita com os alunos de escolas particulares.

De uma maneira geral, os pais dos estudantes joinvilenses não estão vendo – ou não querem ver – o quanto as drogas estão próximas de seus filhos. Os estudantes também informaram que, se quisessem, conseguiriam comprar drogas na escola, entre familiares, no bairro, com amigos e até em redes sociais.


Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

Tratamento da dependência de drogas: da coerção à coesão


 

Por Gilberto Gerra, Chefe do Departamento de Prevenção às Drogas e Saúde do UNODC

Pensar políticas públicas relacionadas ao uso problemático de drogas é um dos grandes desafios globais da atualidade. Respostas eficazes e balanceadas também devem focar na necessidades de saúde dos dependentes sem estigma nem discriminação.

Yuri Fedotov, Diretor Executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), afirmou na abertura da 56ª Sessão da Comissão de Narcóticos em março que "considerações a respeito de direitos humanos e saúde pública precisam estar no centro da resposta internacional ao uso de drogas e ao HIV".
Como um dos objetivos das convenções sobre drogas é a proteção da saúde dos indivíduos e da sociedade dos efeitos adversos associados ao consumo, fica evidente a importância de ações que promovam o deslocamento de uma lógica da penalidade para uma do cuidado em saúde.

Recentemente o Brasil recebeu duas importantes missões da ONU: o Relator Especial sobre Tortura, Juan E. Méndez; e o Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária. Ambas evidenciaram o quanto o tratamento do usuário de drogas no país está se confundindo com a penalização no campo da justiça criminal. As duas missões alertaram para o risco de que a internação involuntária de usuários de drogas atravesse o "limiar de maus-tratos, equivalentes à tortura, ou a tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes", como colocou Méndez.

O Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária mostrou preocupação com o confinamento involuntário de usuários de crack, especialmente de crianças e adolescentes em situação de rua, cujos familiares teriam relatado dificuldades no acesso à informação sobre o local de internação. Vladimir Tochilovsky, membro do Grupo, destacou: "Durante a visita nos apresentaram casos de pessoas que moram nas ruas e são dependentes de drogas, e que são apreendidos, detidos e aprisionados pela polícia, não por crimes cometidos, mas por uma questão de saúde."

O tratamento para a dependência química deve ser baseado em evidências, voluntário, confidencial e com consentimento informado, além de ser realizado na comunidade através de intervenções clínicas e sociais no âmbito do sistema de saúde, com uma abordagem que siga os princípios da ética do cuidado em saúde. Ações de apoio social que atendam às necessidades básicas de acolhimento e alimentação também são essenciais, assim como o acesso a programas de educação, geração de renda, micro-crédito e orientação vocacional para promover a reintegração social dos indivíduos.

O confinamento involuntário de usuários de drogas em prisões ou em centros de tratamento deve ser somente uma medida emergencial por alguns dias e com base em laudos de pelo menos dois profissionais de saúde, para proteger o indivíduo e a comunidade em situações de intoxicação aguda, ou caso o indivíduo possa colocar em risco a sua própria segurança ou a de outros. Vários estudos mostram que não há evidências da eficácia dessas medidas, que pelo contrário, fortalecem o estigma, contribuem para o processo de exclusão, fragilizam vínculos sociais e aumentam o risco de infeçcões pelo HIV.

O UNODC e a Organização Mundial de Saúde destacam a disponibilidade e a acessibilidade como princípios necessários para o tratamento efetivo da dependência química. Serviços mais acessíveis, com maior capacidade de acolhimento, qualificados e com menos estigma podem ajudar a reduzir o uso de medidas legais para fazer com que as pessoas que necessitam de tratamento o iniciem.

Engajamento pessoal e envolvimento emocional são essenciais para desenvolver um projeto conjunto de tratamento humanizado que motive pacientes, familiares e comunidades, apresentando assim um caminho para transformar espaços de tratamento involuntário em espaços comunitários de coesão.
Fonte:UNODC - Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Reflexão do dia 9 de Dezembro


AMOR QUE NÃO TEM PREÇO
Quando conseguimos ver o Décimo Segundo Passo no conjunto de todas as suas implicações, estamos na verdade falando de um tipo de amor que não tem preço.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES. PG. 94


Para começar a praticar o Décimo Segundo Passo, precisei trabalhar em minha sinceridade e honestidade e aprender a agir com humildade. Transmitir a mensagem é uma dádiva de mim mesmo, não importa quantos anos de sobriedade tenha acumulado. Meus sonhos podem tornar-se realidade.
Reforço minha sobriedade compartilhando o que recebi de graça. Quando olho para trás naquele tempo em que comecei minha recuperação, já havia uma semente de esperança de que poderia ajudar outro alcoólico a sair de seu lamaçal. Meu desejo de ajudar outro alcoólico é a chave para minha saúde espiritual. Mas nunca esqueço que Deus age através de mim. Sou somente Seu instrumento.
Mesmo quando a outra pessoa não está pronta, existe sucesso, porque meu esforço em seu benefício ajuda-me a ficar sóbrio e a me tornar mais forte. Agir, nunca ficar cansado no trabalho do Décimo Segundo Passo, é a chave. Se sou capaz de rir hoje, não posso esquecer aqueles dias em que chorava. Deus me lembra que posso sentir compaixão?

A surpreendentes formas de se levar drogas para os Estados Unidos

A surpreendentes formas de se levar drogas para os Estados Unidos   


BBC Brasil - Da BBC Mundo

Submersíveis com motores e tripulação de até quatro pessoas são usados por traficantes

Túneis de 600 metros com iluminação e sistema de ventilação, submarinos camuflados para uma navegação mais discreta.

Estas são apenas algumas das formas mais inovadoras que as organizações criminosas encontraram para inundar os Estados Unidos com drogas.

A situação é tão grave que a Administração Para o Controle de Drogas (DEA, na sigla em inglês) confirmou que, por ano, morrem no país mais pessoas devido a overdose - de drogas ou medicamentos com receita - do que por acidentes nas estradas ou por armas de fogo.

Por isso, a BBC consultou quatro especialistas na luta contra a entrada de drogas nos Estados Unidos para conhecer as novas formas de tráfico e como as autoridades combatem este contrabando.

O contra-almirante Christopher Tonmey é o diretor do Comando Conjunto Interinstitucional Sul para a Guarda Costeira dos Estados Unidos e cobre mais de 100 milhões de quilômetros quadrados em sua área de vigilância, entrando "no profundo Atlântico desde o norte até o centro e sul dos Estados Unidos, passando até a zona leste do Pacífico".

"A droga que mais circula por esta zona é a cocaína. No ano passado conseguimos detectar em um tubo 191 toneladas desta substância", disse.

Tonmey afirma que os cartéis inovam muito para contrabandear a droga e, graças aos lucros com o tráfico, conseguem investir em inovação tecnológica.

"Neste monento 95% da droga é transportada por vias aquáticas, através de cargueiros, embarcações particulares, iates, veleiros e barcos pequenos. Também têm lanchas rápidas, projetadas para deixar para trás as embarcações da autoridades", afirmou.

"Recentemente observamos o uso mais frequente de embarcações semissubmersíveis feitas de madeira compensada e fibra de vidro, com motores comerciais. Os contrabandistas gastam até US$ 1 milhão para construir uma destas embarcações que, em geral, usam uma vez", acrescentou.


Image caption
Atualmente 95% da droga é transportada por via aquática

Tonmey afirma que seu departamento está sendo eficaz com os recursos que tem, mas admite que seria melhor ter mais barcos e aeronaves.

"Apenas por não sermos capazes de deter todos os envios de drogas, temos que pensar que estamos perdendo esta batalha. (...) Temos que derrubar estes cartéis. Até que não o façamos, teremos muito trabalho pela frente", acrescentou.

Tons de azul

O tenente comandante Devon Brennan é o supervisor de políticas contra narcóticos para a Guarda Costeira dos Estados Unidos. Em setembro ele monitorou a operação que conseguiu fazer a maior apreensão de drogas em um submersível.


Image caption
Imagem feita pela Guarda Costeira dos Estados Unidos interceptando um semissubmersível de madeira e fibra de vidro

Em um trabalho coordenado com aeronaves, a Guarda Costeira conseguiu detectar uma embarcação perto da costa da Guatemala.

"Assim que você escuta estas palavras, sua pressão sanguínea começa a se elevar", disse.

Eles usaram um helicóptero e pequenos botes que se colocaram atrás da embarcação para surpreendê-la.

"Apreendemos 6,8 mil quilos de cocaína nesta embarcação. Também havia um adicional de 1,2 mil quilos que deixamos dentro da embarcação pois, quando retira toda a carga, estes submersíveis ficam instáveis. Quando estávamos rebocando-o, entrou água e ele afundou."

"Se você analisa a embarcação, ela está apenas com um pé acima da superfície da água e está pintada com várias tonalidades de azul para que se misture com a cor do mar, o que faz com que seja muito difícil detectá-la até a uns 30 metros de distância", afirmou.

Brennan afirmou que a embarcação foi projetada para levar drogas pois a maioria do espaço é para carga e a tripulação é para quatro pessoas, que viajam amontoadas na cabine, uma área do tamanho de uma cama.

O risco de esta embarcação afundar é alto e, de acordo com ele, pilotá-la é uma atividade muito perigosa.


Image caption

De acordo com as autoridades estas embarcações custam em torno de US$ 1 milhão

"Não há falta de criatividade nas organizações criminosas que traficam drogas. Obviamente estão tentando desenvolver uma nave que fique totalmente submersa, o que será um desafio totalmente novo para nós", disse.

Rede de túneis

Eric Feldman é um agente especial do departamento de Investigações de Segurança Nacional e líder da Força Especial de combate aos túneis.

Ele afirma que os cartéis sempre buscam formas novas de entrar com a droga nos Esados Unidos e um túnel sofisticado permite o transporte de grandes quantidades.

"No mês passado foi detectado em San Diego um túnel onde foram apreendidas mais de 10 toneladas de maconha", disse.


Image caption

Este túnel tinha 600 metros de extensão e cruzava a fronteira entre México e EUA

"Este túnel em particular tinha 600 metros e se encontrava a 12 metros da superfície. Estava iluminado, com mecanismos de ventilação e um sistema de transporte de mercadoria que permitia carregar o produto no México e levá-lo através de trilhos até o ponto de saída nos Estados Unidos, onde havia um sistema de roldanas para levar a droga até um armazém."

E as formas que Feldman descobriu que eram usadas para disfarçar entradas de túneis também são criativas: mesas de sinuca, painel elétrico, banheiras, elevadores.

"Descobrimos uma saída de túneis nos Estados Unidos onde, depois da saída de cada carregamento, vinha uma equipe que fechava o acesso com cimento, fazia a pintura e colocava um tapete."

A equipe de Feldman obteve um sucesso relativo encontrando estes túneis. Mas ele lembra que, desde 2006, els só encontraram 11 destes.

Sofisticação

Para Rodrigo Canales, professor associado da Escola de Administração da Universidade de Yale, é preciso mudar a forma como pensamos nos traficantes.

"Nossas referências tradicionais é que os narcotraficantes são loucos, criminosos cruéis. Mas acredito que eles estão praticando um esporte muito mais sofisticado", afirmou.

Canales afirma que os traficantes querem controlar o território por onde transportam a droga, para garantir que ela seja entregue.

"A forma de neutralizar seus competidores é por meio da violência. Para controlar as autoridades se utiliza o que no México chamam de ´lei do dinheiro e do chumbo`: se você é uma autoridade local você quer ganhar muito dinheiro ou quer ser morto?"

Além disso, eles também querem a confiança dos moradores do território que operam e do que querem controlar.

"Ajudam a controlar outro tipo de crime. Investem na comunidade e desenvolvem estratégias elaboradas de comunicação para explicar às pessoas a razão de fazerem o que fazem."


Image caption

Os cartéis estão cada vez mais sofisticados com organização que copia estruturas militares e de empresas

"As organizações que são eficientes têm uma estrutura bem definida, uma cultura organizacional e valores. Têm canais no YouTube. Usam as redes sociais para recrutar e para se comunicar", afirmou o professor.

Ele afirma que a Federação de Sinaloa, geralmente citada como a organização criminosa mexicana mais poderosa, tem muita disciplina quanto ao envolvimento em outras atividade que não seja o tráfico, o que permite boas relações com moradores locais.

"Querem se posicionar como uma organização multinacional dedicada à droga."

Os membros dos Los Zetas estão em outro extremo e mantém uma estrutura militar.

"Desenvolveram sua própria marca para serem percebidos como os mais cruéis e violentos. Se criou no México um ambiente onde apenas a organização mais sanguinária, violenta e sofisticada sobrevive."

Canales afirma que o problema tem que ser abordado com um "enfoque estrutural e integral" senão esta organizações sempre estarão um passo à frente das autoridades.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

Contribuir para clima social favorável ao uso de maconha pode ser tão danoso quanto vender a droga

   

Todos sabemos que a percepção das massas sobre determinado produto influencia muito no seu consumo. Este é o princípio do marketing: criar um produto com um diferencial a partir do qual se construa uma fama que sustente a marca. Parece lógico: quanto mais se reforça a fama, melhor é a percepção das pessoas sobre o produto, maior a procura e maior o consumo.

Com a maconha não é diferente. Alguns estudos demonstram que a onde de legalização se assenta num caldo social de aceitação ao uso que antecede a lei. É um processo de convencimento que vai se construindo lentamente e por meio de vários mecanismos, apresentando-se a cada um de nós por recortes de estudos, casos e evidências de que o risco do uso é baixo, de que o uso é comum, de que o efeito colateral da proibição é maior do que o de usar, de que a regulação do uso é fácil, e por aí vai.

Não são estratégias necessariamente premeditadas e conspiradas por um único grupo organizado favorável ao uso da maconha, mas uma sequência de fatos que naturalmente se seguem uma vez que o processo se iniciou, com alguns oportunistas entrando aqui, outros ali, como andar de bicicleta – depois das primeiras pedaladas, inevitavelmente consegue-se ir longe. E, assim como com a bicicleta – quando você menos percebe, já está andando –, com a maconha acontece o mesmo: quando você menos percebe, sua atitude sobre o uso mudou e você está mais condescendente, menos assustado, achando normal e que nem é tão arriscado assim. Essa mudança faz parte do processo social e de convencimento que antecede a legalização.

Isso é o que mostram alguns estudos. Um deles, chamado “Monitorando o futuro” e conduzido pela Universidade de Michigan (Estados Unidos) desde 1975, entrevista jovens estudantes do 8º, do 10º e do 12º ano Anualmente, são entrevistadas amostras dos cerca de 41.600 estudantes secundaristas. Eles são avaliados sobre o seu consumo de drogas, entre elas a maconha, e sobre a percepção de risco que têm em relação ao uso daquela droga, bem como sobre quanto eles aprovam ou desaprovam o consumo. O resultado levou a uma série histórica de 40 anos de pesquisa. Durante esse período, principalmente na década de 1980, houve uma diminuição acentuada da percepção de risco e aumento da aprovação do consumo. Nessa década, o consumo aumentou bastante. Depois, houve um aumento da percepção de risco e da desaprovação do consumo, resultando na diminuição do uso da droga.

No âmbito individual, parece bastante óbvio: se você acha que alguma coisa vai lhe causar dano, sua tendência é evitá-la. No social, por analogia, a atitude permissiva leva à diminuição da percepção de risco e ao aumento do consumo.

As questões que se impõem são as seguintes: com base em quais dados e evidências estamos construindo a percepção social atual sobre o risco do uso da maconha? Estamos informados sobre todos os aspectos de saúde? E sobre os riscos que a nossa própria atitude social exercerá sobre os adolescentes, por exemplo? Não estamos trabalhando em cima de dados de recortes que interessam a grupos de usuários eventuais, mas não a adolescentes predispostos à esquizofrenia, por exemplo? Não deveríamos proteger os mais vulneráveis? Não é esse o papel das políticas públicas de saúde?

São inúmeras as outras questões, mas que fogem ao escopo desta discussão. O que interessa aqui é que a atitude social que se constrói é de tamanha seriedade que no debate não se pode omitir nenhum detalhe. Não é um assunto banal. Não se trata de resolver um único problema, como o tráfico, ou de um único grupo, como o de usuários eventuais. Trata-se de administrar todos os fatores envolvidos na questão, incluindo o de saúde pública. Todos sabemos os riscos potenciais para a saúde, exatamente? Não só para a sua saúde, mas para a saúde de todos – dos mais vulneráveis, inclusive. É preciso pensar em uma política para o bem comum.

Por isso devemos ter cuidado: contribuir para um clima social favorável a uma atitude positiva sobre a maconha aumenta o uso e pode ser tão danoso quanto vender a droga.
Referência: Lloyd D. Johnston; Patrick M. O´Malley; Jerald G. Bachman; John E. Schulenberg. MONITORING THE FUTURE – NATIONAL SURVEY RESULTS ON DRUG USE, 1975-2014. The National Institute on Drug Abuse at National Institutes of Health.

Conad divulga resultado de contribuições da sociedade para UNGASS 2016



  

Brasília, 4/12/15 – Após consulta e audiência pública conselho avalia as contribuições da sociedade para compor a posição do Conselho a respeito da Sessão Especial das Nações Unidas sobre o Problema Mundial das Drogas - UNGASS 2016. Clique e confira o material na íntegra.

Entre as principais contribuições feitas pela sociedade por meio de uma consulta e uma audiência públicas, temos o aprimoramento das políticas de prevenção em matéria de drogas, por meio do desenvolvimento de programas transversais, multidisciplinares e integrados; ampliação e fortalecimento de redes públicas de saúde e de assistência social; promoção de diretrizes internacionais para prevenção do consumo de drogas entre crianças, adolescentes e adultos jovens; estímulo à realização de pesquisas científicas; fortalecimento da formação de profissionais para prevenção ao uso prejudicial e cuidado; aumento do controle e da regulamentação da produção, da comercialização e da propaganda de bebidas alcoólicas, com destaque às medidas de restrição de acesso. O documento tem ainda sugestões na área criminal, direitos humanos, desenvolvimento alternativo e novos enfoques para a questão das drogas.

O secretário nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Luiz Guilherme Mendes de Paiva, acredita que a UNGASS 2016 será "um importante evento para o debate dos atuais desafios que se apresentam ao sistema internacional de controle de drogas".

UNGASS 2016

Realizada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a UNGASS 2016 vai possibilitar a discussão das principais diretrizes globais sobre a questão das drogas a serem seguidas pelos Estados membros da ONU.

Quem participou da Consulta Pública teve a oportunidade de preencher este Guia e enviá-lo ao Conad. Para saber mais sobre a sessão, prazos e procedimentos, visite o sítio oficial do evento.

A UNGASS 2016 será um importante evento para discutir os atuais desafios que se apresentam ao sistema internacional de controle de drogas. Para saber mais sobre a sessão, prazos e procedimentos, visite o sítio oficial do evento.
Ministério da Justiça

domingo, 6 de dezembro de 2015

Liberação da maconha no Uruguai não acabou com o tráfico

   

site deputado Osmar Terra
Quando o Parlamento do Uruguai aprovou, no dia 10 de dezembro de 2013, a lei 19.172 - que deu ao governo o controle sobre produção, consumo e distribuição de maconha, o objetivo era derrubar tráfico de drogas, por intermédio de uma política de mercado. A ideia da liberação foi do então presidente Pepe Mujica. O texto entrou em vigor em 6 de maio de de 2014 e lá para cá o resultado não foi exatamente o programado.

Dados oficiais do Instituto Técnico Forense (ITF), onde chegam as drogas apreendidas por ordem judicial, apontam que a policia duplicou o recolhimento de plantas de maconha em cultivos ilegais. Ao mesmo tempo em que continuou a entrada livre de maconha vinda do Paraguai, aumentou o consumo de pasta base de cocaína – que o mesmo Mujica acreditava que cairia com a liberação da maconha.

No Brasil, o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS) que acompanhou o processo de legalização da droga no Uruguai, comentou:

- O mesmo ITF constatou um crescimento no consumo de cocaína e extasis. É a prova que a liberação da maconha fracassou, não deu o resultado esperado. É bom lembrar que durante a campanha eleitoral, seu sucessor, Tabaré Vazquez, da mesma Frente Ampla, disse ser contra a liberação, mas que seria obrigado a cumprir a lei aprovada no Parlamento.

Vazquez tenta segurar a venda livre de maconha nas farmácias – a associação dos químicos-farmacêuticos já se manifestou contra o negócio - e controla de perto os clubes de plantação e consumo da erva. Autoridades ainda debatem a regulamentação da lei, como controlar o tráfico – que não parou e cresceu -, como evitar seu uso no ambiente de trabalho.

Osmar Terra apontou dados preocupantes:

- Em 2013, a polícia uruguaia apreendeu 261pés de maconha, em 2014, foram 621; e nos primeiros dez meses de 2015, 1.058. Isto prova que, mesmo com a legalização do plantio, a plantação ilegal cresceu muito.

Na esteira da liberação da maconha, o êxtasis ganha espaço. Se em 2014, a polícia recolheu 140 comprimidos (40 gramas), de janeiro a outubro de 2015 foram 17 quilos – uma verdadeira invasão da droga.

A questão da maconha liberada não está resolvida no Uruguai. Há grandes resistências, até mesmo no governo eleito pela Frente Ampla:

- Já se sabia que o presidente eleito Tabaré Vázquez é contra a lei. A novidade é que seu irmão Jorge, subsecretario do Ministério do Interior que lidera a luta contra o crime organizado também desaprova a lei. Durante entrevista à TV Ciudad, de Montevidéu, revelou ter ido contra a regulação, mas teve que aceitar o resultado.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

Lição de felicidade

 

Foi num dia desses. Eram dois irmãos vindos da favela. Um deles deveria ter cinco anos e o outro dez. Pés descalços, braços nus. Batiam de porta em porta, pedindo comida. Estavam famintos.

Mas as portas não se abriam. A indiferença lhes atirava ao rosto expressões rudes, em que palavras como moleque, trabalho e filhos de ninguém se misturavam.

Finalmente, em uma casa singela, uma senhora atenta lhes disse: Vou ver se tenho alguma coisa para lhes dar. Coitadinhos.

E voltou com uma caixinha de leite. Que alegria!

Os garotos se sentaram na calçada. O menor disse para o irmão: Você é mais velho, tome primeiro...

Estendeu a caixa e ficou olhando-o, com a boca semiaberta, mexendo a ponta da língua, parecendo sentir o gosto do líquido entre seus dentes brancos.

O menino de dez anos levou a caixa à boca, no gesto de beber. Mas, apertou fortemente os lábios para que nenhuma gota do leite penetrasse. Depois, devolveu a caixinha ao irmãozinho: Agora é a sua vez. Só um pouco, recomendou.

O pequeno deu um grande gole e exclamou: Como está gostoso.

Agora eu, disse o mais velho. Tornou a levar a caixinha, já meio vazia, à boca e repetiu o gesto de beber, sem beber nada.

Agora você. Agora eu. Agora você.

Depois de quatro ou cinco goles, talvez seis, o menorzinho, de cabelo encaracolado, barrigudinho, esgotou o leite todo. Sozinho.

Foi nesse momento que o extraordinário aconteceu. O menino maior começou a cantar e a jogar futebol com a caixinha. Estava radiante, todo felicidade. De estômago vazio. De coração transbordando de alegria.

Pulava com a naturalidade de quem está habituado a fazer coisas grandiosas sem dar importância.

Observando aqueles dois irmãos e o Agora você, Agora eu, nossos olhos se encheram de lágrimas.

Que lição de felicidade! Que demonstração de altruísmo! O maior, em verdade, demonstrou, pelo seu gesto, que é sempre mais feliz aquele que dá do que aquele que recebe.

Este é o segredo do amor. Sacrificar-se a criatura com tal naturalidade, de forma tão discreta, que o amado nem possa agradecer pelo que está recebendo.

Enquanto os dois irmãos desciam a rua, cantarolando, abraçados, em nossa mente vários ensinos de Jesus foram sendo recordados.

Fazer ao outro o que gostaria que lhe fosse feito.

O óbolo da viúva.

Amai-vos uns aos outros...

* * *

Coloca, nas janelas da tua alma, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura para que alcances a felicidade.

Amando, ampliarás o círculo dos teus afetos e serás, para os teus amigos, uma bênção.

Faze o bem, sempre que possas. E, se a ocasião não aparecer, cria a oportunidade de servir. Deste modo, a felicidade estará esperando por ti.
Fonte: (www.momento.com.br)