quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Oncologistas pedem diminuição do consumo de álcool para evitar câncer


 


O consumo de álcool está associado diretamente e indiretamente ao aumento do risco de vários tipos de câncer (Foto: Marcelo Ikeda Tchelão/Pixabay)

Uma das sociedades de oncologia mais influentes do mundo, a ASCO, exorta médicos a orientarem sobre os efeitos negativos que o consumo tem sobre a doença.

O uso de álcool, seja leve, moderado ou pesado, está associado ao aumento do risco de vários tipos de câncer, incluindo os da mama, do cólon, do esôfago, e da cabeça e do pescoço. É assim que começa um informe de evidências sobre o uso de álcool e câncer de uma das sociedades de oncologia mais influentes no mundo, a American Society of Clinical Oncology (ASCO).

A orientação, divulgada essa semana, é importante porque coloca o álcool como um fator de risco definitivo para o câncer, de forma indireta ou indireta. Diretamente, a ASCO cita que cerca de 6% das mortes no mundo estão associadas diretamente ao consumo de álcool. Ainda, segundo a entidade, não só o consumo pode levar ao câncer, mas também ele afeta negativamente o tratamento.

"As pessoas geralmente não associam beber cerveja, vinho e licor com o aumento do risco de desenvolver câncer em suas vidas", disse Bruce Johnson, presidente da ASCO, em nota. "No entanto, a ligação entre o aumento do consumo de álcool e o câncer está muito bem estabelecida", diz.

O estudo aponta que o etanol danifica o DNA de células saudáveis, o que pode fazer com que elas cresçam desordenadamente, provocando tumores. Também o acetaldeído -- produto da digestão do álcool -- contribui para essa influência negativa do álcool no genoma.

No caso de mulheres, o álcool também contribui para o aumento da quantidade de estrógeno no corpo -- o que é um fator de risco para câncer de útero, ovário e mama. "Isso é particularmente importante para mulheres adeptas de tratamento hormonal na menopausa", diz a ASCO.

O consumo de álcool também prejudica a absorção de vitaminas no corpo e leva ao aumento de peso, fatores também associados a uma maior chance de desenvolver câncer.

Em pesquisa sobre a percepção do americano sobre o câncer, a entidade mostrou que apenas 38% deles estavam limitando sua ingestão de álcool como forma de reduzir seu risco de câncer. No Brasil, pesquisa da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica mostrou que o brasileiro desconhece fatores de risco comuns: como a obesidade, o uso do cigarro e doenças sexualmente transmissíveis.

O relatório da ASCO também publicou diretrizes para contribuir para a diminuição do consumo de álcool:

* Limitar a venda em alguns horários e dias;
* Aumentar os impostos e o preço;
* Fiscalizar a aplicação da lei que proíbe a venda a menores de 18 anos;
* Restringir a exposição dos jovens à publicidade de bebidas alcoólicas;
* Incluir estratégias de controle de álcool em planos abrangentes de controle de câncer.

Por fim, a entidade também pediu o desencorajamento de que indústrias de bebidas se engajem em campanhas de prevenção contra o câncer -- como, por exemplo, o outubro rosa -- "já que o consumo de bebida está associado a um risco aumentado do câncer, principalmente o de mama", disse a entidade.
Fonte: Bem Estar, G1.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Por que beber na frente dos filhos é um péssimo hábito


 


Na pesquisa, cerca de uma em cada cinco crianças disse sentir vergonha dos pais quando eles estão alcoolizados. (//iStock)

Ingerir bebidas alcoólicas perto das crianças pode torná-las mais tristes, ansiosas e preocupadas, mesmo se o consumo for moderado

Um em cada dez pais afirma ter ingerido álcool na frente de seus filhos e metade deles já ficou embriagada, de acordo com uma nova pesquisa do Institute of Alcohol Studies, do Reino Unido. Esse comportamento, independentemente da quantidade consumida, pode impactar a saúde mental das crianças, tornando-as mais retraídas e preocupadas.

Dessa forma, mesmo os pais que não possuem dependência alcoólica podem causar problemas aos filhos – menos de catorze unidades de álcool por semana (140 mililitros ou 112 gramas) – o consumo moderado, equivalente a sete pints de cerveja, por exemplo – é suficiente para desencadear efeitos negativos nos pequenos.

Efeitos negativos

Segundo os especialistas, ao notar os pais alterados pela bebida as crianças ficam preocupadas com o comportamento imprevisível dos adultos e se sentem menos confortáveis do que o habitual, o que pode atrapalhar a rotina e o sono delas.

Além disso, o estudo mostrou que os filhos perdem a confiança e tendem a não considerar os pais como modelos a ser seguidos. Para os cientistas, as novas descobertas surgem como um alerta para os pais que podem estar, inconscientemente, banalizando as consequências físicas e psicológicas do consumo do álcool.

A pesquisa

Esse é o primeiro estudo do gênero a examinar os efeitos que o consumo de bebidas alcoólicas pelos pais pode ter nas crianças. Os pesquisadores utilizaram dados de cerca de 1.000 pais e seus filhos a partir de questionários on-line, grupos de foco e consultas públicas com profissionais da área.

Pais e filhos

Os resultados mostraram que 29% dos pais acreditam que não há problema em beber perto dos filhos, desde que não seja algo recorrente. Por outro lado, 51% afirmaram já ter se embriagado na frente das crianças.

Já pelo ponto de vista das crianças entrevistadas, de 11 e 12 anos, o álcool é como se fosse um “açúcar para adultos“. Cerca de uma em cada cinco crianças disse sentir vergonha dos pais quando eles estão alcoolizados, 15% das crianças disseram ter dormido muito mais cedo ou muito mais tarde que o normal, 12% disseram que os pais prestam menos atenção neles, 11% se sentiam preocupadas e 7% disseram brigar mais com os pais nesses momentos.

“Vivemos em uma cultura que celebra o álcool”, disse Viv Evans, da instituição britânica Alcohol and Families Alliance. “Esperamos que este estudo seja um meio de alertar os pais e a todos sobre a importância de prevenir problemas com o álcool antes que eles surjam.”
Fonte: Veja

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Efeitos do álcool no corpo: excesso causa demência, pancreatite, infertilidade e mais


 


Por Ligia Lotério
Engana-se quem acha que os efeitos do álcool no organismo se resumem ao enjoo e sociabilidade que ele confere. O consumo frequente dessa substância afeta todo o corpo e aumenta o risco de desenvolver doenças graves. Entenda:

Como o álcool é processado pelo corpo?

O cardiologista Laercio Natal Fonseca Júnior, da Clínica Megamed, explica que, após a bebida alcoólica ser ingerida, ela passa pelo estômago de maneira muito rápida e é encaminhada para o intestino delgado. Lá, entra na corrente sanguínea e é distribuída para todas as partes do corpo.

Uma parcela da substância passa pelo fígado, em que é metabolizada e eliminada pela urina, suor e respiração. Já outra demora mais para ser processada, sendo necessárias diversas passagens por este órgão até que seja totalmente eliminada.

Efeitos do excesso de álcool no organismo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, não há níveis seguros de consumo de álcool. No entanto, o risco de problemas de saúde é ainda maior quando a ingestão ultrapassa duas doses por dia ou nos casos em que o indivíduo não para de beber ao menos dois dias na semana.

A seguir, veja efeitos prejudiciais do álcool:

No cérebro



Resistência à substância

Segundo o cardiologista Laercio, o álcool interfere no neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA), que controla a ansiedade, o que explica a sensação calmante que ele confere.

Apesar do benefício momentâneo, o consumo excessivo e/ou constante faz com que os neurônios se tornem resistentes à influência dessa substância, criando a necessidade de beber cada vez mais para conseguir a esperada sensação de relaxamento.

"Isso explica por que muitas pessoas bebem volumosas quantias de álcool e ainda parecerem sóbrias", exemplifica o médico.

Demência e problemas de memória

A cognição também é afetada pelo álcool, gerando problemas que vão desde a perda de memória até demência.

Além disso, a pessoa pode perder a sensibilidade dos nervos espalhados pelo corpo, sentindo dormência e formigamento.

No estômago

O tecido do estômago sofre com o etanol, pois ele aumenta a produção de ácido gástrico e predispõe o desenvolvimento de úlceras e doenças como a síndrome de Mallory-Weiss, que causa ferida e sangramento nas paredes que unem o estômago ao esôfago.

No fígado



Esteatose hepática

Os efeitos do álcool no corpo geram acúmulo de gordura no fígado. A condição é chamada de esteatose hepática e tem risco de evoluir para cirrose.

Hepatite

Como modifica diversas estruturas celulares, o álcool ainda leva à inflamação celular crônica do fígado que resulta em hepatite, doença causadora de dor ou desconforto abdominal, inchaço e falta de apetite.

Cirrose hepática

Em alguns casos, as células não resistem à ação do etanol e morrem, sendo substituídas por um tecido fibroso que reprime a função do fígado. Esse quadro é grave e a falta de cuidado pode levar à morte.

Nos olhos

O alcoolismo gera deficiência de vitamina B1 e zinco. A carência dessas substâncias causa inflamação do nervo óptico, quadro que provoca dor e problemas de visão, como cegueira parcial ou total e vista embaçada.

Pâncreas



Ainda pode haver pancreatite, que é a inflamação crônica do pâncreas. Em casos graves, a doença gera tecido necrosado que compromete as atividades do órgão.

No aparelho reprodutor

O etanol ainda aumenta a acidez e eleva a velocidade pela qual as células se reproduzem, o que afeta a fertilidade.

Nos rins



A função renal também sofre interferência: o fluxo de urina e a concentração de eletrólitos no sangue são aumentados. Com isso, pode haver doença renal crônica.
Fonte: Vix.com

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Como pais estão contribuindo para o consumo de álcool dos filhos


 


Prevenção do alcoolismo começa em casa (Foto: Dercílio//Como pais estão contribuindo para o consumo de álcool dos filhos/SAÚDE é Vital)

Revisão brasileira desvenda os principais fatores familiares por trás do abuso de cerveja e afins entre jovens
Por Vand Vieira

Pouco mais da metade dos alunos que estão no primeiro ano do ensino médio no Brasil já experimentaram algum tipo de bebida alcoólica, segundo o levantamento mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São, para sermos exatos, 55% dos jovens entrevistados, o que representa 1,44 milhão de adolescentes e um aumento de quase 5% em comparação a 2012.

Motivados por pesquisas internacionais como essa, um grupo de cientistas australianos e holandeses se debruçou sobre 131 estudos relacionados ao assunto para descobrir o papel que pais e mães desempenham nessas estatísticas. Pois dois pontos se sobressaíram: a quantidade de álcool disponível em casa e a relação que os adultos têm com cerveja, uísque e companhia influenciam bastante na idade dos primeiros goles.

De acordo com os responsáveis pela análise, se os pais costumam compartilhar experiências engraçadas ou agradáveis regadas a drinques, os filhos criam expectativas positivas sobre o hábito. E, claro, isso favorece a experimentação precoce.

“É fundamental orientar os mais novos sobre as consequências do consumo de bebidas alcoólicas para que eles façam escolhas saudáveis no presente e no futuro”, avalia Arthur Guerra, presidente executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), em São Paulo.

A questão é especialmente importante quando essa ingestão se torna abusiva ou se incita, anos pra frente, condutas perigosas, como dirigir bêbado. O que se pede, em resumo, é sinceridade sobre os efeitos do álcool.

Para facilitar essa tarefa, Guerra e seus colegas desenvolveram o livreto “Como Falar Sobre Uso de Álcool com Seus Filhos”, disponível no site http://www.cisa.org.br. O principal recado é evitar sermões, sendo claro, didático e imparcial na medida do possível.
Fonte: Saude Abril

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Quais os riscos de consumir álcool na gravidez?


 


Pesquisadores britânicos buscaram evidências sobre possíveis danos causados pelo consumo de álcool por gestantes (Foto: Pixabay)

Estudo aponta escassez de evidências sobre possíveis danos fetais causados pelo baixo consumo de álcool por mulheres grávidas. Especialistas chamam a atenção para falta de pesquisas sobre o assunto.
Por Deutsche Welle

Ao mesmo tempo que há uma grande conscientização sobre a chamada síndrome do alcoolismo fetal – danos fetais em caso de ingestão de bebidas alcoólicas pela mãe durante a gravidez –, não se sabe ao certo se o álcool deveria ser completamente vetado ou se há um limite seguro para o consumo durante a gestação.

Em artigo publicando nesta terça-feira (12) pelo periódico científico britânico BMJ Journal, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Bristol afirma ter encontrado um número "surpreendentemente limitado" de estudos sobre o baixo consumo de álcool durante a gravidez e "escassez de evidências" sobre possíveis danos fetais.

A equipe realizou uma ampla pesquisa sobre dados de mulheres grávidas que consumiram quatro unidades de bebidas alcoólicas por semana – um total de 40 mililitros de álcool puro – o que, no Reino Unido, é considerado um consumo leve. Uma unidade corresponde a um copo de cerveja, meia taça de vinho, ou meia dose de bebidas destiladas mais fortes.

Para os britânicos, o limite recomendado a adultos é de 14 unidades semanais, mas para as grávidas, aconselha-se a abstinência total. As recomendações variam de país para país. Segundo os autores, até 80% das mulheres no Reino Unido, Nova Zelândia e Austrália consomem alguma bebida alcoólica durante a gravidez.

Neste ano, o Serviço Britânico de Aconselhamento sobre a Gravidez pediu que as autoridades não "exagerem sobre os risco de consumir pequenas quantidades de álcool" durante a gestação.

Na França, vinicultores se queixaram dos planos do governo de ampliar avisos nas garrafas sobre o consumo de álcool durante a gravidez. Alguns ativistas nas redes sociais acusaram as autoridades de "aterrorizarem" mulheres grávidas.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou em maio deste ano uma campanha para alertar mulheres para a síndrome alcoólica fetal. O Ministério da Saúde, no entanto, reconhece a dificuldade de diagnóstico e o consumo significativo de bebidas alcoólicas pelas gestantes no país.

Melhor prevenir que remediar

O estudo divulgado nesta terça, baseado em 26 pesquisas sobre o assunto, afirma que foram encontradas evidências de que consumir até quatro unidades de álcool por semana pode estar associado a um risco mais alto de que o bebê venha a nascer em tamanho menor ou prematuramente. No entanto, os pesquisadores afirmam que os dados não são conclusivos.

"Ficamos surpresos com o fato de esse tema tão importante não ter sido pesquisado tão amplamente quanto esperávamos", afirmou Loubaba Mamluk, da Faculdade de Medicina Social e Comunitária da Universidade de Bristol.

"Na falta de provas mais contundentes, a recomendação às mulheres de se manterem longe do álcool durante a gravidez deve ser mantida como medida de precaução, sendo a opção mais segura", afirmou.

No entanto, mulheres que beberam pequenas quantidades de álcool durante a gravidez, talvez inadvertidamente, "devem ser asseguradas de que é muito pouco provável que tenham causado danos consideráveis a seus bebês", afirmam os pesquisadores.

Ainda que não esclareça a questão, a pesquisa chama a atenção para a falta de evidências dos danos causados pelo álcool em fetos.
Fonte: Bem Estar G1

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Álcool, remédios e cigarro interferem na fertilidade, diz especialista


 


© iStock
Drogas, obesidade e cigarro podem interferir nas taxas de gestação.

Apesar de a infertilidade ser, muitas vezes, de causa indeterminada, pesquisadores sugerem que certos fatores ligados ao estilo de vida podem fazer a diferença na hora de engravidar. De acordo com Renato de Oliveira, ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis, estatisticamente, a infertilidade decorre em 30% dos casos de fatores masculinos, 30% de fatores femininos, 30% em ambos e 10% sem causa aparente. “A principal causa de infertilidade masculina é desconhecida (chamada de idiopática). Porém, destaca-se a varicocele, doença que provoca um defeito valvular nos vasos sanguíneos que envolvem os testículos. A mulher tem como principais causas de infertilidade a endometriose, alterações tubárias, distúrbios da ovulação, destacando a síndrome dos ovários policísticos e alterações uterinas”.

Sabe-se que fatores genéticos também possuem relação com a infertilidade. Porém, segundo o especialista, há um conceito denominado epigenética, que representa a interferência do meio ambiente na expressão dos genes. Assim, o estilo de vida poderia impactar seriamente nas chances de conceber. Abaixo, o especialista lista os fatores ambientais que estão diretamente ligados à infertilidade.

Obesidade - O peso acima do ideal interfere no ciclo hormonal da mulher e é um fator prejudicial à fertilidade, pois a gordura corporal em excesso, principalmente à abdominal, produz uma maior quantidade de estrógeno que interfere no ciclo reprodutivo. Nos homens, o excesso de peso reduz o nível de testosterona, o que compromete a produção seminal.

Tabagismo - Fumar é um perigo à fertilidade feminina, pois associa-se ao envelhecimento prematuro do sistema reprodutivo, o que interfere no desenvolvimento embrionário e, consequentemente, reduz a taxa de gravidez. Já o tabagismo masculino está associado à redução na qualidade do sêmen, incluindo concentração de espermatozoides, morfologia e efeito potencial na função espermática, além das alterações nos níveis hormonais.

Álcool - Nos homens, o álcool reduz os níveis de testosterona, bem como a qualidade e a quantidade do espermatozoide. Isso acontece porque as células produtoras de testosterona atrofiam e há uma diminuição dos hormônios masculinos. Além disso, pode afetar o desejo sexual e levar o indivíduo à impotência por prejudicar à ereção. Já nas mulheres, o álcool pode dificultar a produção hormonal feminina, alterar a libido e interferir na ovulação ou na qualidade dos gametas.

Drogas e anabolizantes - Se usadas por tempo prolongado, as drogas podem resultar em disfunção ovulatória e, consequentemente, irregularidade menstrual. Nos homens, reduz a libido e aumenta o número de espermatozoides defeituosos. Além da disfunção erétil e da atrofia dos testículos, pode ocorrer a diminuição da produção de sêmen. Nas mulheres, além de ganhar traços masculinos, pode interferir na ovulação.
Fonte: Portal Nova+

Narguilé é 100 vezes mais prejudicial que cigarro


 


Homem fumando narguile (//iStock)
Fonte: Revista Veja

Apesar de ter a mesma quantidade de substâncias tóxicas que o cigarro, as sessões são mais longas – e estimulam o compartilhamento com amigos
Por Da Redação

Popular entre os jovens, o narguilé é uma espécie de cachimbo de água perfumada. Apesar de parecer inofensivo, as essências geralmente são compostas por uma mistura de tabaco com frutas ou aromatizantes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma hora de sessão de narguilé equivale a fumar cem cigarros comuns.

Embora tenha a mesma quantidade de substâncias tóxicas – 4.700, segundo o Instituto Nacional do Câncer – uma sessão com o instrumento dura mais do que tragar um cigarro inteiro. O narguilé pode ter uma ou mais tubulações por onde o fumo chega até a boca do usuário – o que o torna compartilhável.

Riscos

Além dos riscos para a saúde relacionados ao tabaco e ao fumo passivo, os especialistas ressaltam a possibilidade da transmissão de doenças infecciosas devido ao compartilhamento da piteira, como hepatite, herpes e tuberculose.

Tabacarias

O que tem preocupado os especialistas e as autoridades, segundo informações da BBC Brasil, é o aumento do número de tabacarias voltadas para o uso de narguilés. “A Lei Antifumo está em vigor desde 2009, mas as tabacarias entraram no nosso cronograma de fiscalização recentemente porque percebemos um grande crescimento desse nicho”, disse Elaine D’Amico, coordenadora de fiscalização relacionado ao tabagismo da Vigilância Sanitária.

Pela lei, as tabacarias podem existir desde que não ofereçam alimentos e bebidas alcoólicas e possuam sistema de ventilação e exaustão para a saída da fumaça, caso o ambiente seja fechado. Além disso, esses locais precisam ter placas na entrada que alertem os visitantes dos riscos do consumo de produtos derivados do tabaco. Caso essas normas não sejam seguidas, o estabelecimento é multado. Em caso de reincidência, o local pode vir a ser interditado

No estado de São Paulo, desde 2009, ano da implantação da Lei Antifumo, foram inspecionados 1,7 milhão de bares, restaurantes e tabacarias a respeito do fumo passivo. Ao todo, 3.854 multas foram aplicadas. Segundo Elaine, parte das irregularidades estavam relacionadas ao uso do narguilé nos estabelecimentos.

Porta de entrada

Para Jaqueline Scholz, cardiologista e coordenadora do Programa de Tratamento ao Tabagismo do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, o uso do narguilé é torna-se atrativo aos jovens devido ao uso de aromatizantes e ao estímulo de compartilhar com amigos, mas ainda assim tem um alto teor de nicotina. “É uma forma antiga de fumar a que a indústria do tabaco recorreu para que não tivesse essa imagem tão danosa”, disse a médica. “Você é atraído pelo cheiro, pela cor. Hoje é vendido hoje com o mesmo glamour que o cigarro no passado, mas é preciso acabar com esse mito de que o narguilé é seguro.”
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas 


domingo, 24 de setembro de 2017

Pessoas que precisam ser ouvidas e cuidadas


 


Voluntária faz atendimento no telefone pelo SOS Preces, no qual frequentemente há pessoas que precisam de orientação e conforto contra pensamentos de autoextermínio (Foto: Marcelo Ribeiro)

http://tribunademinas.com.br
Campanha durante todo o mês chama atenção para o problema de suicídios e a necessidade de falar sobre as formas de se combatê-lo. Somente este ano na cidade, foram 11 registros
Por Marcos Araújo

O telefone toca. Respiração ofegante. De um lado, um coração solitário. Do outro, um coração solidário. No primeiro, a busca por uma palavra de conforto. No segundo, a vontade de confortar por meio da palavra. Uma conversa amiga pode ser a tábua de salvação para quem está às voltas com pensamentos suicidas. Uma estilista juiz-forana, de 38 anos, já passou cerca de 90 horas ao telefone, ao longo de um ano e meio, atendendo ligações como plantonista voluntária e anônima no SOS Preces, trabalho de valorização da vida desenvolvido pela Fundação Espírita Allan Kardec (Feak). O serviço atende aproximadamente 200 pessoas por dia, e 10% delas têm tendência ao autoextermínio. Em Juiz de Fora, 31 pessoas cometeram suicídio em 2016, conforme dados da Polícia Militar. Este ano, até maio, 11 ocorrências já haviam sido registradas. Os números se assemelham aos divulgados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, que aponta, em 2014, a morte de 33 pessoas por autoextermínio na cidade, contra 32 em 2013. De acordo com o Mapa da Violência, o município ocupava em 2012 a 707ª posição no país. O tema ganha destaque este mês diante da criação da campanha Setembro Amarelo. Em Juiz de Fora, haverá programação para debater o assunto (ver quadro).

Em todo o planeta, os registros surpreendem, pois estima-se que, a cada 40 segundos, uma pessoa tire a sua própria vida, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). São 800 mil suicídios registrados por ano em todo o mundo. No Brasil, são 12 mil anualmente, o que coloca o país em quarto lugar em termos percentuais e primeiro em números absolutos na América Latina. Dados tão alarmantes dão ao suicídio o status para ser tratado como problema de saúde pública. Para a OMS, o comportamento suicida é um fenômeno complexo, que tem vários motivadores inter-relacionados. As razões podem ser pessoais, sociais, psicológicas, culturais, biológicas e ambientais. Justificativas suficientes para que essa tragédia que leva prematuramente uma vida seja tratada com cautela, a fim de evitar simplificações ou conclusões precipitadas acerca do tema.

90% poderiam ser evitados

Para a voluntária da Feak, o suicídio significa que há alguém com depressão, com pensamentos negativos e que precisa ser ouvida e cuidada. “Temos que tentar contornar isso numa boa conversa, com uma palavra amiga, um conforto. Essas situações são delicadas, e nos sentimos na obrigação de reverter esse quadro”, afirma a estilista, ressaltando que o suicídio pode e deve ser prevenido.

Sim, ao contrário do que muitos pensam, 90% dos casos de suicídio consumados, como apontam estudos, são preveníveis, porque a pessoa tem algum tipo de transtorno mental, principalmente, quadros de depressão e problemas relacionados ao consumo de bebida alcoólica e outras drogas, que são possíveis de tratamento. De acordo com o professor de psiquiatria da Faculdade de Medicina da UFJF Alexander Moreira-Almeida, em um episódio agudo de depressão, o indivíduo fica com uma visão de mundo distorcida. “Ele se enxerga de forma pessimista e não tem boas expectativas sobre o futuro. Se considera um peso para outras pessoas e se vê em um grande sofrimento”, explica.

Quando o sujeito com tendência suicida tem um tratamento adequado, medicamentoso e psiquiátrico, consegue superar o transtorno e, no futuro, quando reavalia os pensamentos de autoextermínio, impressiona-se ao perceber o quanto sua mente estava limitada em relação à realidade à sua volta. “Hoje já se sabe que uma grande barreira ao tratamento é a autoestigmatização, na qual o paciente acha que se ele buscar o tratamento é um sinal de fraqueza e não percebe que é um problema que qualquer ser humano pode passar e superar”, ressalta o professor.

Isolamento social é sinal de alerta

Quando alguém passa a evitar, cada vez mais, contato social, mantendo-se isolado, derrotista, verbalizando pensamentos de morte, é preciso acender o sinal de alerta e apoiá-lo a buscar ajuda. Neste sentido, familiares e amigos têm papel primordial. Todavia, conforme aponta o psiquiatra e pesquisador Alexander Moreira-Almeida, não é adequado adotar a conduta de passar a mão na cabeça, o que pode gerar um tipo de manipulação emocional, mas é preciso contribuir para que a pessoa transtornada encontre meios de superar o sofrimento, oferecendo um ombro amigo e informações.

Entre 70% e 90% dos casos, os suicidas, de alguma forma, manifestam o desejo de acabar com a própria vida por meio de verbalização de ameaças, tentativas frustradas ou cartas de despedidas. A história de que quem ameaça não tem coragem de seguir em frente em busca pela morte é balela e, na visão do professor da UFJF, esses sinais não podem ser negligenciados. “Isso pode ser considerado como um pedido inadequado de socorro, pois a pessoa precisa de ajuda e não consegue se fazer ouvir e, muitos vezes, a fala e o comportamento de tentativa de suicídio podem ser um pedido de ajuda. Não significa que ela simplesmente quer chamar a atenção, embora isso também possa existir, mas não é o habitual”, pontua Alexander.

Efeito dominó

Poesia, romances, música, filmes, reportagens, transmissões na rede social. Farto é o material que aborda o suicídio, alguns até com orientações sobre como praticá-lo. Ao longo dos tempos, o ato de tirar a vida com as próprias mãos vem sendo tratado de forma ficcional e não-ficcional, e há a percepção de que isso pode influenciar as pessoas. Essa ideia faz referência ao escritor alemão Goethe que, em 1774, lançou o romance “Os sofrimentos do jovem Werther”. Ao morrer por amor, no final do livro, o personagem teria levado diversos jovens ao suicídio depois de lerem a obra. O fenômeno originou o chamado “Efeito Werther”, usado para descrever a imitação de suicídios. Segundo o professor de psiquiatria da Faculdade de Medicina da UFJF, Alexander Moreira-Almeida, o ato de se autoexterminar contagia, porque mostra que a pessoa não encontra uma solução e acaba morrendo, inspirando indivíduos que estão em situação de fragilidade.

O psiquiatra lembra que, na literatura médica, há um estudo que aponta que, quando se divulga o suicídio de modo muito sensacional, pode-se colaborar para o aumento de suas taxas. “Um exemplo clássico é o estudo a respeito do metrô de Viena, na Áustria, onde as pessoas pulavam para se matar. Isso começou a ser noticiado, e houve uma epidemia de óbitos. Esse círculo de mortes só terminou após uma articulação entre a Sociedade Austríaca de Psiquiatria e a mídia local, resultando na queda dos casos em 75%. Ele chama a atenção para a maneira como a imprensa juiz-forana noticia as mortes acontecidas ao longo da linha férrea que corta o município, pois, segundo ele, algo muito parecido pode estar acontecendo, como em Viena.

“O suicídio pode ser divulgado, mas é preciso evitar o sensacionalismo. O mais importante para prevenir é mostrar que muitas pessoas pensam em situação de suicídio, mas a imensa maioria encontra meios mais adequados e saudáveis para lidar com seus problemas. É preciso mostrar o inverso, no qual muitos passaram pelo problema e, no final, conseguiram encontrar um outro caminho. É muito comum na vida passarmos por situações e imaginarmos que não daremos conta e, depois, vemos que é possível. A mídia deve mostrar a importância do assunto, que a maioria dos casos é prevenível, que é possível buscar ajuda médica, religiosa, familiar, psicológica e que a maioria das pessoas consegue superar”, destaca o professor.

Qual a maneira de falar sobre o suicídio

No ano de 2009, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) lançou o manual para a imprensa sobre como as notícias a respeito de suicídio devem ser tratadas, alertando a mídia para o fato de o comportamento suicida ser um ato de ambivalência entre o querer morrer e o querer viver de forma diferente. O jornalista André Trigueiro, autor do livro “Viver é a melhor opção”, que estuda o fenômeno do suicídio e as diferentes estratégias de prevenção desde 1999, ressalta que o tema é complexo e exige cuidado na sua abordagem, pois a prevenção se faz com informação. “No caso do suicídio, a informação vai ao encontro de uma estatística produzida para Organização Mundial de Saúde, dando conta de que, em pelo menos 90% dos casos, os suicídios estão relacionados a psicopatologias diagnosticáveis e tratáveis. Então, se as pessoas têm informação sobre essas patologias de ordem mental, elas podem, sim, se livrar da tendência ao suicídio. Tudo depende de como se fala, que cuidados e protocolos devem ser obedecidos para que, sim, isso seja visto como importante, para que se quebre o tabu sem, entretanto, afrontar os protocolos de segurança estabelecidos pela OMS na abordagem desse assunto”, considera Trigueiro.

Para ele, a cobertura da mídia sobre o tema, priorizando a prevenção, deveria, em resumo, evitar abrir espaços generosos com manchetes, fotos e imagens de casos de suicídio, evitando descrever em detalhes o método empregado. “Só falar de caso de suicídio quando isso for de interesse público. Neste sentido, seguindo esta e outras recomendações, a gente conseguiria diminuir o risco de pessoas fragilizadas psicoemocionalmente perceberem nesse conteúdo um fator de desequilíbrio.”

Necessidade de debate sobre políticas públicas

Prevenção ao suicídio também se faz com políticas públicas. No Brasil, em 2006, o Ministério da Saúde lançou a Estratégia Nacional para Prevenção ao Suicídio, numa tentativa de articular universidades, instituições de pesquisa, ONGs etc e apoiar as iniciativas que pudessem reduzir os óbitos e tentativas de suicídio no país, os danos associados aos comportamentos suicidas, assim como o impacto traumático do suicídio na família, entre amigos e companheiros, nos locais de trabalho, nas escolas e em outras instituições, como assinala o jornalista André Trigueiro em seu livro “Viver é a melhor opção”. Entretanto, há ainda muito o que se fazer para que essas estratégias resultem em um trabalho efetivo de prevenção.

Para André Trigueiro, o suicídio não faz parte das prioridades de saúde. Mas ele avalia que, de lá para cá, houve avanços. Um deles é o anúncio do Ministério da Saúde, tornando gratuitas, em todo o território nacional até 2020, as ligações feitas ao Centro de Valorização da Vida (CVV). “Quem liga para o CVV hoje, exceto no Estado do Rio Grande do Sul, onde a ligação é gratuita pelo 188, nos demais estado do Brasil onde o CVV está presente, existe o custo da tarifa local. Quando o Ministério da Saúde anuncia a gratuidade, está apoiando a mais antiga e eficiente organização que realiza um trabalho voluntário de apoio emocional e de prevenção do suicídio”, avalia.



fonte:antidrogas.com.br

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Uso de álcool por adolescentes aumenta risco de suicídio


 


A experimentação de bebidas alcoólicas por adolescentes com idade entre 13 a 15 anos subiu de 50,3% em 2012 para 55,5% em 2015, revela pesquisa

No mês de conscientização sobre a prevenção do suicídio, o alerta vai para o consumo do álcool entre adolescentes que tem aumentado e que pode estar associado aos registros de suicídio. Um problema de saúde pública que pode ser evitado em 90% dos casos, mas que, pelo contrário, é responsável por uma morte a cada 40 segundos. O suicídio, que ganhou repercussão mundial com a série “13 reasons why” e com o jogo Baleia Azul, tem crescido entre a população jovem. No Brasil, o Mapa da Violência de 2014 mostra que, entre 2000 e 2012, a taxa de suicídio de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos aumentou em 40%, enquanto que entre jovens de 15 a 19 anos o índice cresceu 33%.

Especialmente para esta parte da população, o uso de álcool torna-se um fator de risco ainda mais significativo. O alerta é do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), uma das principais fontes de informação sobre o tema.Segundo o estudo “Uso Adolescente de Substância e Comportamento Suicida: Uma Revisão com Implicações para Pesquisa em Tratamento”, o uso de substâncias amplia o risco de comportamentos suicidas, sendo que adolescentes suicidas apresentavam elevadas taxas de uso de álcool e drogas ilícitas.“Entre os adolescentes a partir de 16 anos, o consumo de álcool e o abuso de substâncias aumentam consideravelmente o risco de suicídio em tempos de sofrimento”, afirma Dr. Arthur Guerra, presidente executivo do CISA.

Ele explica que o consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes compromete o sistema nervoso central (SNC), que ainda se encontra em desenvolvimento. Desta maneira, suas vias neuronais podem se tornar mais suscetíveis aos danos causados pelo álcool, podendo levar ao comprometimento de várias funções. Sob os efeitos do álcool, os jovens ficam mais propensos a comportamento de risco – incluindo brigas, sexo desprotegido ou não consensual, acidentes automobilísticos e suicídio. Bastaria então que o consumo de bebidas alcoólicas por menores de idade não ocorresse para que nossos jovens estivessem mais protegidos, correto? Correto, mas não é isto que vem acontecendo no Brasil.

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostraram que, entre alunos de 13 a 15 anos, a experimentação de álcool subiu de 50,3% em 2012 para 55,5% em 2015. Além disso, 21,4% desses adolescentes relataram já terem sofrido algum episódio de embriaguez na vida. A pesquisa mostrou também que meninas dessa faixa etária estão bebendo mais que os meninos, sendo que a taxa de experimentação de álcool é maior entre elas (56,1% vs. 54,8%) e também o uso de álcool nos últimos 30 dias (25,1% vs. 22,5%).

Em 2016, o Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) avaliou 74.589 adolescentes de 1.247 escolas em 124 municípios brasileiros. Cerca de 20% dos adolescentes consumiram bebidas alcoólicas pelo menos uma vez nos últimos 30 dias e, desses, aproximadamente 2/3 o fizeram em uma ou duas ocasiões no período. Entre os adolescentes que consumiam bebidas alcoólicas, 24,1% beberam pela primeira vez antes de 12 anos de idade.

“Precisamos colocar essas questões na agenda pública e priorizá-las. O diálogo com a sociedade a respeito do tema também deve ser ampliado. Não podemos esperar a repercussão de outra série ou jogos suicidas para falar sobre o assunto, por isso ações voltadas à conscientização sobre a prevenção, como o Setembro Amarelo, são importantes para jogar luz sobre o problema”, defende Dr. Arthur Guerra.

Saiba mais:
O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool – CISA, organização não governamental criada em 2004 e qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) desde 2005, foi fundado pelo psiquiatra e especialista em dependência química Dr. Arthur Guerra de Andrade e consolidou-se como a maior fonte de informações no país sobre o binômio saúde e álcool. Por meio de seu website (www.cisa.org.br), disponibiliza um banco de dados que têm como base publicações científicas reconhecidas no cenário nacional e internacional, dados oficiais (governamentais) e informações de qualidade publicadas em jornais e revistas destinados ao público geral sobre o álcool e suas relações com o corpo, a mente e a sociedade.Para mais informações, acesse o site www.cisa.org.br ou os perfis da organizaçã o nas mídias sociais: Facebook (https://www.facebook.com/ pages/CISA-Centro-de- Informações-Sobre-Saúde-e- Álcool/166680883359856), Twitter (@CISA_oficial) e Instagram (@cisa_oficial).
Fonte: Diário do Nordeste