sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Gentileza gera gentilleza!!!


Reflexão: As Portas


As Portas



Se você abre uma porta, você pode ou não entrar em uma nova sala. Você pode não entrar e ficar observando a vida.
Mas se você vence a dúvida, o temor, e entra, dá um grande passo: nesta sala vive-se! Mas, também, tem um preço…
São inúmeras outras portas que você descobre. Às vezes curte-se mil e uma. O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta. A vida não é rigorosa, ela propicia erros e acertos. Os erros podem ser transformados em acertos quando com eles se aprende.
Não existe a segurança do acerto eterno.
A vida é generosa, a cada sala que se vive, descobre-se tantas outras portas. E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas.
Mas a vida também pode ser dura e severa. Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida…
Para a vida, as portas não são obstáculos,
mas diferentes passagens!”
Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br)

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Usar maconha só na juventude também pode impactar vida dos filhos

Diversos estudos já mostraram que o uso frequente de substâncias como álcool e maconha pode ter repercussão na saúde física e mental dos filhos de usuários. Mas uma pesquisa que acaba de ser publicada pela Universidade de Washington, nos EUA, sugere que não é só o abuso ao longo da vida que conta – consumir cannabis apenas durante a adolescência também pode ter impacto para os descendentes.
O trabalho, publicado no periódico Psychology of Addictive Behaviors, analisou duas gerações consecutivas. Os pais eram homens e mulheres de 426 famílias norte-americanas que foram entrevistados a partir de 1980. Em 2002, quando os participantes tinham cerca de 27 anos de idade, aqueles que tiveram filhos foram recrutados novamente, e as crianças foram acompanhadas até a adolescência.
A primeira geração analisada foi dividida em quatro diferentes grupos: 1) não usuários; 2) pessoas que usaram maconha somente na adolescência; 3) indivíduos que iniciaram o uso só por volta dos 20 anos de idade; e 4) usuários crônicos ou frequentes. Os pesquisadores avaliaram uma série de marcadores de saúde e qualidade de vida, como uso de outras substâncias (como cigarro e álcool), nível de atenção, notas na escola ou na faculdade, comportamentos de risco, envolvimento em crime e situação financeira.
Usuários crônicos apresentaram piores condições de saúde e qualidade de vida em relação a não usuários, segundo a primeira análise. E aqueles que limitaram o uso de maconha à adolescência ficaram no meio do caminho, com desempenho acadêmico e situação financeira pior que a de não usuários.
Então a equipe foi examinar a geração seguinte, ou seja, os filhos e filhas desses participantes do primeiro estudo. Ao todo, 380 famílias foram incluídas na segunda leva. Como esperado pelos pesquisadores, crianças e adolescentes cujos pais eram usuários crônicos apresentaram uma tendência maior a usar álcool e maconha.
Mas o que surpreendeu a equipe foi o comportamento dos filhos de quem usou maconha apenas na adolescência: eles foram 2,5 vezes mais propensos a usar maconha e 1,8 mais propensos a consumir álcool em relação aos filhos de não usuários.
Filhos de indivíduos que começaram a usar maconha mais tarde, por volta dos 20 anos, não apresentaram a mesma tendência a usar substâncias psicoativas. Porém, o estudo indica que essas crianças e adolescentes apresentaram problemas de atenção e notas mais baixas na escola.
Ainda são necessárias mais pesquisas para confirmar esses resultados e entender essa conexão. É possível, por exemplo, que o impacto de uma geração para outra tenha a ver com atitudes em relação à maconha – muitos pais não veem grandes problemas em flagrar o filho adolescente com a droga porque eles próprios tiveram suas aventuras na juventude e depois pararam.
Nos EUA, 33 Estados já legalizaram o uso medicinal e/ou recreativo da maconha, por isso é fundamental que esse impacto futuro seja bem investigado. No Brasil, a droga ainda é proibida, mas as opiniões sobre ela têm sido mais moderadas, o que pode aumentar o acesso dos adolescentes à substância. Seja você contra ou a favor da liberação, a maconha (assim como álcool) deve ser evitada pelos mais jovens.
Fonte: Dr. Jairo Bauer

domingo, 1 de setembro de 2019

Adolescentes que fumam e bebem têm prejuízos à saúde já aos 17 anos, aponta estudo

Pesquisa mostrou que estes hábitos levam ao enrijecimento precoce das artérias ainda na juventude; no Brasil, o consumo de tabaco vem caindo entre adolescentes, mas o de bebida está aumentando.
Por BBC
Adolescentes que bebem e fumam já têm danos perceptíveis em suas artérias aos 17 anos de idade, concluiu um estudo.
Testes conduzidos por pesquisadores da Universidade College London e da Universidade de Bristol, ambas no Reino Unido, mostraram que há um enrijecimento das artérias por conta desses hábitos quando ainda se é bem jovem.
Este efeito está ligado a um aumento do risco de problemas cardíacos e em vasos sanguíneos, como AVC e infarto, em idade mais avançada.
Publicada no periódico científico European Heart Journal, a pesquisa também detectou, contudo, que as artérias dos adolescentes voltaram ao normal quando eles pararam de fumar e beber.

Fumar e beber levam a problemas arteriais precoces

Os cientistas estudaram dados coletados entre 2004 e 2008 de 1.266 pacientes que participaram do Avon Longitudinal Study of Parents and Children (ALSPAC), que reuniu informações de saúde de 14,5 mil famílias de Bristol, na Inglaterra
Os participantes detalharam seus hábitos em relação ao tabaco e à bebida aos 13, 15 e 17 anos, e exames foram realizados para verificar se havia ocorrido algum enrijecimento arterial.
Foi informado, por exemplo, quantos cigarros já se havia fumado na vida e a idade em que se começou a beber álcool, além da frequência e intensidade com que faziam isso.
Entre aqueles que haviam fumado mais de cem cigarros até o momento dos testes ou que consumiam mais de dez doses de álcool nos dias em que bebiam havia uma maior incidência de enrijecimento das artérias do que entre participantes que tinham fumado menos de 20 cigarros durante a vida ou tomavam menos de duas doses nos dias em que consumiam álcool.
“Beber e fumar na adolescência, mesmo em níveis inferiores àqueles informados em estudos com adultos, está associado a enrijecimento arterial e à progressão da arterioesclerose”, diz o autor principal do estudo, John Deanfield, do Instituto de Ciência Cardiovascular da Universidade College London.
Marietta Charakida, que participou da pesquisa, explica que o dano aos vasos sanguíneos por conta destes hábitos “se dá ainda em um momento precoce da vida”. “Quando se faz as duas coisas juntas, os prejuízos são ainda maiores”, diz Charakida.
“Ainda que estudos mostrem que adolescentes vêm fumando menos nos últimos anos, nossos resultados indicam que aproximadamente um a cada cinco fuma aos 17 anos. Em famílias em que os pais são fumantes, há maior probabilidade de adolescentes fumarem.”

Fumo em queda e bebida em alta entre adolescentes no Brasil

No Brasil, estima-se que 18,5% dos adolescentes brasileiros entre 12 e 17 anos, ou 1,8 milhão de jovens, já experimentaram cigarro, de acordo com um estudo divulgado em 2016.
A pesquisa Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, feita pelo Ministério da Saúde e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com outras 33 instituições de ensino superior, consultou 75 mil adolescentes de 1.251 escolas públicas e privadas em 124 municípios do país, por meio de questionários e exames.
Em 2009, um outro estudo, a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, apontou que 24% dos adolescentes tinham fumado pelo menos uma vez, o que indica que o número de fumantes neste grupo pode estar em queda. No entanto, o público-alvo desta pesquisa tinha entre 13 e 15 anos.
Ao mesmo tempo, o consumo de bebida alcoólica vem aumentando entre adolescentes, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, divulgada em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O trabalho mostrou que 55,5% dos 2,6 milhões de estudantes que estavam no último ano do ensino fundamental já haviam bebido alguma vez na vida, um crescimento em relação ao levantamento de 2012, quando 50,3% estudantes disseram já ter feito isso. E 21,4% dos participantes do estudo mais recente tiveram algum episódio de embriaguez na vida.
“Isso merece um cuidado maior do governo. Hoje, as campanhas dizem ‘se beber, não dirija’, mas não falam para não beber. As empresas de bebidas vão continuar a fazer propaganda livremente se não forem pressionadas, como ocorreu com o fumo”, afirma Caiafa.
“Estudos mostram que beber moderadamente até pode fazer bem, mas o álcool não deixa de ser uma droga e, se consumido em excesso, gera alterações hepáticas e ganho de peso, enrijece as artérias e aumenta as chances de um AVC. Se tem esses efeitos, precisa ser controlado. O álcool talvez esteja sendo subestimado.”

‘Sinal encorajador’

Caiafa avalia que o estudo britânico traz novidades ao mostrar o impacto do álcool e da bebida ainda na juventude. “Já sabíamos dos efeitos negativos a médio e longo prazo, mas não a tão curto prazo”, diz.
Ele explica que esses hábitos danificam a parede das artérias, gerando uma lesão à camada interna dos vasos, o que leva à formação de placas, provocando um enrijecimento e estreitamento arterial e, como consequência, há um aumento da pressão sanguínea.
“O estudo mostrou que essa inflamação diminui quando a pessoa para de fumar e beber e que o organismo se recupera, mas é preciso cuidado, porque, se a obstrução estiver em estágio avançado, dificilmente vai regredir.”
Metin Avkiran, diretor médico associado da British Heart Foundation, organização que financiou parte da pesquisa, diz que o fato dos danos poderem ser revertidos é um “sinal encorajador”.
“Parar de fumar é a melhor decisão que você pode tomar para proteger seu coração. E, se você bebe, não o faça de forma excessiva e siga as recomendações (das agências de saúde)”, afirma.
* Com reportagem de Rafael Barifouse, da BBC News Brasil em São Paulo