domingo, 31 de janeiro de 2016
Tipos de bebidas alcoólicas e mortalidade
Muitos estudos sugerem que as taxas de mortalidade por causas variadas são menores entre os que consomem quantidades baixas a moderadas de álcool e maiores entre os abstêmios e os que ingerem graus elevados de bebidas. Entretanto, os estudos não foram capazes de determinar se tais taxas mantém relação com os tipos de bebidas consumidas, especialmente cerveja, vinho e destilados.
Objetivando estabelecer a relação entre tipos de bebidas alcoólicas consumidas e taxas de mortalidade por causas cardiovasculares, por câncer e causas diversas, pesquisadores realizaram estudo com 13.064 homens e 11.459 mulheres com idade entre 20 a 98 anos que viveram na cidade de Copenhagen, Dinamarca. Os dados foram analisados a partir de questionários. Os indivíduos foram classificados quanto ao consumo de álcool da seguinte forma: abstêmios (menos que uma dose por semana), consumo leve (1 a 7 doses por semana), pessoas com consumo de 8 a 12 doses por semana ou 22 a 35 doses por semana e consumo importante (mais que 35 doses por semana).
No decorrer do tempo de estudo 4 833 pessoas morreram. Comparados aos abstêmios, os consumidores leves que não bebiam vinho apresentaram discreta redução (ao redor de 10%) de mortalidade sendo que a queda no risco foi mais evidente para os consumidores leves que bebiam vinho (aproximadamente 33%). Os que tiveram consumo importante e evitaram vinho apresentaram risco aumentado de mortalidade do que os da mesma categoria que consumiram tal bebida. Os consumidores de vinho apresentaram menor risco de mortalidade por causas cardiovasculares e câncer dos que os não consumidores desta bebida.
Os autores concluíram que o estudo em questão sugere provável benefício do vinho em relação à mortalidade quando comparado a outras bebidas alcoólicas.
Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool
Álcool e Carnaval
Álcool e Carnaval
O uso de álcool ocorre há milhares de anos em quase todo o mundo e provavelmente acompanhará a história da humanidade. É uma realidade bastante difundida: dados recentes divulgados no Relatório Global sobre Álcool e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o consumo de álcool per capita no Brasil é de 8,7 L, superior à média mundial de 6,2 L.
Visto que os períodos festivos, como o Carnaval, são marcados por uma maior aceitação social do uso no Brasil, o CISA aproveita a ocasião para esclarecer alguns mitos e alertar sobre o uso nocivo do álcool para que os foliões possam aproveitar o carnaval sem colocar em risco sua vida ou a de outros:
- Banho frio, beber café forte ou movimentar-se bastante não funcionam como antídoto para o consumo excessivo de álcool. Só há uma maneira de se restabelecer da embriaguez: esperar que o álcool seja eliminado normalmente pelo processo de metabolização realizado pelo fígado. O organismo demora, em média, de 1 a 3 horas para metabolizar uma dose* de álcool. Além disso, como o álcool por si mesmo induz a desidratação, durante e /após seu consumo, é essencial reidratar-se. Estima-se que o consumo de 50 g de álcool em 250 ml de água (aproximadamente 4 doses) causa a eliminação de 600 a 1000 ml de água em algumas horas: o álcool é diurético (por diminuir a concentração de vasopressina, ou hormônio antidiurético) e alguns de seus efeitos, como suor, vômito e diarreia (comuns na ressaca), ainda promovem mais perda de água no organismo;
- Cerveja e vinho não são menos “perigosos” que os destilados. O tipo de bebida não é o fator mais importante para evitar a intoxicação aguda pelo álcool, mas sim como e quanto está consumindo (por exemplo, a quantidade e frequência do consumo, se a pessoa bebe durante as refeições, sozinho ou acompanhado). Assim, ao consumir grandes quantidades de uma bebida que possui baixo teor alcoólico, terá praticamente o mesmo efeito se ingerisse pequenas quantidades de uma bebida com maior teor alcoólico.
- Mesmo em doses pequenas, o álcool pode causar problemas; por isso, menores de idade não devem consumi-lo. Não é recomendado que menores de 18 anos bebam principalmente porque seu Sistema Nervoso Central (SNC) ainda está em desenvolvimento. Desta maneira, suas vias neuronais encontram-se suscetíveis aos danos causados pelo álcool, levando ao comprometimento de várias funções. Inclusive, o uso antes dos 15 anos de idade é ainda mais preocupante por ser um indicativo de maior risco para o desenvolvimento de abuso e dependência do álcool;
- Misturar diferentes tipos de bebidas alcoólicas, como cerveja, vinho e destilados, não leva a embriaguez mais rapidamente do que o consumo de apenas um tipo de bebida. O nível de álcool no sangue é que determina o nível de sobriedade ou intoxicação alcoólica do indivíduo; por isso, a quantidade de doses que a pessoa ingere é que vai determinar a quantidade de álcool em seu sangue, e não o tipo de bebida.
Outros esclarecimentos também são importantes para evitar o consumo prejudicial de bebidas alcoólicas:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que não existe um nível seguro para o consumo de bebidas alcoólicas, visto que há indivíduos adultos que, mesmo consumindo o álcool moderadamente, estarão mais vulneráveis a apresentar problemas decorrentes do beber ao longo da vida. Isso ocorre porque há indivíduos, por exemplo, com maior predisposição para o desenvolvimento de certos tipos de doenças hepáticas ou que possuem familiares com a dependência do álcool e que, por isso, devem ter cuidado com o consumo do álcool em qualquer quantidade ou frequência.
Além disso, há risco de problemas de saúde e outros especialmente se o indivíduo:
* Bebe mais de 2 doses por dia;
* Não deixa de beber pelo menos dois dias na semana.
A OMS ainda recomenda que o consumo de bebidas alcoólicas não deve ser feito se a pessoa:
* Estiver grávida ou amamentando;
* For menor de idade (crianças e adolescentes)
* For dirigir, operar máquinas ou realizar outras atividades que envolvam riscos;
* Apresentar problemas de saúde que podem ser agravados pelo álcool;
* Fizer uso de medicamento que interage diretamente com o álcool;
* Não conseguir controlar o seu consumo.
Para aproveitar a folia com responsabilidade e segurança, a principal recomendação do CISA é que as pessoas não se arrisquem: evitem abusos e não se esqueçam das consequências do uso nocivo do álcool. Estas atitudes sem dúvidas proporcionarão um Carnaval mais seguro e alegria garantida!
*A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que uma unidade de bebida ou dose padrão contém aproximadamente de 10 g a 12 g de álcool puro, o equivalente a uma lata de cerveja (330 ml) ou uma dose de destilados (30 ml) ou ainda a uma taça de vinho (100 ml).
Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool
O uso de álcool ocorre há milhares de anos em quase todo o mundo e provavelmente acompanhará a história da humanidade. É uma realidade bastante difundida: dados recentes divulgados no Relatório Global sobre Álcool e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o consumo de álcool per capita no Brasil é de 8,7 L, superior à média mundial de 6,2 L.
Visto que os períodos festivos, como o Carnaval, são marcados por uma maior aceitação social do uso no Brasil, o CISA aproveita a ocasião para esclarecer alguns mitos e alertar sobre o uso nocivo do álcool para que os foliões possam aproveitar o carnaval sem colocar em risco sua vida ou a de outros:
- Banho frio, beber café forte ou movimentar-se bastante não funcionam como antídoto para o consumo excessivo de álcool. Só há uma maneira de se restabelecer da embriaguez: esperar que o álcool seja eliminado normalmente pelo processo de metabolização realizado pelo fígado. O organismo demora, em média, de 1 a 3 horas para metabolizar uma dose* de álcool. Além disso, como o álcool por si mesmo induz a desidratação, durante e /após seu consumo, é essencial reidratar-se. Estima-se que o consumo de 50 g de álcool em 250 ml de água (aproximadamente 4 doses) causa a eliminação de 600 a 1000 ml de água em algumas horas: o álcool é diurético (por diminuir a concentração de vasopressina, ou hormônio antidiurético) e alguns de seus efeitos, como suor, vômito e diarreia (comuns na ressaca), ainda promovem mais perda de água no organismo;
- Cerveja e vinho não são menos “perigosos” que os destilados. O tipo de bebida não é o fator mais importante para evitar a intoxicação aguda pelo álcool, mas sim como e quanto está consumindo (por exemplo, a quantidade e frequência do consumo, se a pessoa bebe durante as refeições, sozinho ou acompanhado). Assim, ao consumir grandes quantidades de uma bebida que possui baixo teor alcoólico, terá praticamente o mesmo efeito se ingerisse pequenas quantidades de uma bebida com maior teor alcoólico.
- Mesmo em doses pequenas, o álcool pode causar problemas; por isso, menores de idade não devem consumi-lo. Não é recomendado que menores de 18 anos bebam principalmente porque seu Sistema Nervoso Central (SNC) ainda está em desenvolvimento. Desta maneira, suas vias neuronais encontram-se suscetíveis aos danos causados pelo álcool, levando ao comprometimento de várias funções. Inclusive, o uso antes dos 15 anos de idade é ainda mais preocupante por ser um indicativo de maior risco para o desenvolvimento de abuso e dependência do álcool;
- Misturar diferentes tipos de bebidas alcoólicas, como cerveja, vinho e destilados, não leva a embriaguez mais rapidamente do que o consumo de apenas um tipo de bebida. O nível de álcool no sangue é que determina o nível de sobriedade ou intoxicação alcoólica do indivíduo; por isso, a quantidade de doses que a pessoa ingere é que vai determinar a quantidade de álcool em seu sangue, e não o tipo de bebida.
Outros esclarecimentos também são importantes para evitar o consumo prejudicial de bebidas alcoólicas:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que não existe um nível seguro para o consumo de bebidas alcoólicas, visto que há indivíduos adultos que, mesmo consumindo o álcool moderadamente, estarão mais vulneráveis a apresentar problemas decorrentes do beber ao longo da vida. Isso ocorre porque há indivíduos, por exemplo, com maior predisposição para o desenvolvimento de certos tipos de doenças hepáticas ou que possuem familiares com a dependência do álcool e que, por isso, devem ter cuidado com o consumo do álcool em qualquer quantidade ou frequência.
Além disso, há risco de problemas de saúde e outros especialmente se o indivíduo:
* Bebe mais de 2 doses por dia;
* Não deixa de beber pelo menos dois dias na semana.
A OMS ainda recomenda que o consumo de bebidas alcoólicas não deve ser feito se a pessoa:
* Estiver grávida ou amamentando;
* For menor de idade (crianças e adolescentes)
* For dirigir, operar máquinas ou realizar outras atividades que envolvam riscos;
* Apresentar problemas de saúde que podem ser agravados pelo álcool;
* Fizer uso de medicamento que interage diretamente com o álcool;
* Não conseguir controlar o seu consumo.
Para aproveitar a folia com responsabilidade e segurança, a principal recomendação do CISA é que as pessoas não se arrisquem: evitem abusos e não se esqueçam das consequências do uso nocivo do álcool. Estas atitudes sem dúvidas proporcionarão um Carnaval mais seguro e alegria garantida!
*A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que uma unidade de bebida ou dose padrão contém aproximadamente de 10 g a 12 g de álcool puro, o equivalente a uma lata de cerveja (330 ml) ou uma dose de destilados (30 ml) ou ainda a uma taça de vinho (100 ml).
Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool
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