segunda-feira, 16 de março de 2015

Entenda os efeitos do álcool no organismo

Entenda os efeitos do álcool no organismo   

Saúde Plena
Cada vez mais adolescentes e jovens fazem uso exagerado de bebida, desafiando a capacidade de tolerância do nível ingerido, o que pode levar ao coma alcoólico e à morte.
Se Vladimir Maiakovski cravou ser melhor morrer de vodca do que de tédio, a medicina mostra que jovens têm mais probabilidade de levar o verso do poeta ao pé da letra. Com o próprio corpo e também personalidade em formação, portanto, mais influenciáveis pelas propagandas de bebidas e comportamento da turma de amigos, estudantes como Humberto Moura Fonseca, de 23 anos, têm mais chance de não escapar à morte já na primeira bebedeira.

Embora a maioria dos adolescentes seja de abstêmios, aqueles que bebem tendem a um consumo pesado, muitas vezes bebendo em “binge”. Para caracterizar um “porre” no termo em inglês, que poderia levar ao coma alcoólico, um homem precisaria tomar 21 doses do destilado, o correspondente a um consumo tido como alto, mesmo distribuído ao longo da semana. Segundo depoimentos, o universitário mineiro teria ingerido de 25 a 30 doses, o equivalente a 1,5 litro de vodca pura.

No caso do estudante mineiro e de outros três colegas dele da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que receberam alta depois de ser socorridos a tempo em hospitais de Bauru (SP), tornou-se evidente que o organismo dos jovens é menos tolerante à bebida em relação ao dos adultos. “A capacidade de suportar os efeitos do álcool é menor nos jovens, que podem ficar bêbados com mais facilidade do que um adulto. Depois dos 30 anos, o adulto tem o fígado mais formado e maior maturidade no cérebro para ter maior controle sobre a bebida. Ele já desenvolveu uma certa malícia para perceber o momento em que está ficando intoxicado e beliscar um tira-gosto ou fazer uma pausa na ingestão do álcool. Já o jovem perde a capacidade de controlar a impulsividade característica da idade, que está aumentada pelos efeitos do álcool. Sua primeira queda pode ser fatal”, alerta o médico Valdir Ribeiro Campos, membro da Comissão de Controle do Tabagismo, Alcoolismo e Uso de Outras Drogas da Associação Médica de Minas Gerais.

Beber em binge na juventude, sem lenço nem documento, multiplica os riscos de consequências adversas, incluindo dependência de álcool, acidentes de trânsito, sexo sem proteção, problemas nos estudos e envolvimento em brigas. “O álcool é rapidamente absorvido, cai na corrente sanguínea e atinge o cérebro. Dessa forma, as substâncias tóxicas liberadas por meio da sintetização do álcool deprimem o sistema nervoso central e podem levar ao coma, parada cardiorrespiratória e à morte ”, afirma o especialista. Ele lembra que o efeito é semelhante ao dos interruptores, capazes de regular a entrada de luz no ambiente: “O coma está relacionado ao nível de consciência. Dependendo da quantidade de álcool ingerida, o cérebro vai diminuindo a intensidade. A pessoa fica confusa e entra em torpor até apagar”.

Para o bioquímico, o termo tolerância significa a capacidade individual de aguentar o consumo de álcool. Por definição, é menor para mulheres, orientais e em decorrência de variantes genéticas. Em outras palavras, há pessoas mais fortes para a bebida e outras mais fracas, que, em função disso, têm um freio natural para a ingestão abusiva de álcool. Rapidamente, o organismo avisa que estão ficando intoxicadas e que é hora de parar. Segundo o clínico-geral Oswaldo Fortini, a empolgação pode ter levado o universitário a continuar tomando vodca, mesmo que já estivesse alterado. “O álcool age no sistema nervoso e leva à euforia. O bebedor começa a se achar poderoso e essa sensação, muitas vezes, o leva a ingerir ainda mais”, explica.

PROIBIÇÃO 

Poucos sabem disso, mas, no Brasil, a idade mínima legal para começar a beber é 18 anos, segundo os artigos 81 e 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente e Artigo 63 da Lei das Contravenções Penais. Nos EUA e em alguns países da Europa, a regra é mais rígida: só é permitida a ingestão de bebidas alcoólicas a partir dos 21 anos. No Brasil, entretanto, é aceita socialmente a experimentação de bebidas por crianças e adolescentes e, com frequência, os pais são os primeiros a oferecer “um gole”. Faz parte da cultura brasileira as festas e comemorações serem regadas a bebidas alcoólicas, mesmo aquelas destinadas a crianças e adolescentes.

Estudo inédito da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (Uniad) da Unifesp, realizado em 100 estabelecimentos comerciais de BH, em 2012, mostrou que os adolescentes foram bem-sucedidos ao comprar bebidas alcoólicas em 73% das vezes. As lojas de conveniência foram as que ofereceram maior resistência à venda de bebidas aos jovens, com 50% de recusa, seguidas de bares, restaurantes e supermercados, com índice de recusa na casa de 33%. As que menos recusaram foram padarias e lanchonetes, com 11% a 12%. Os grupos de pesquisadores eram formados por jovens entre 14 e 17 anos.

Na contramão da venda facilitada de álcool para adolescentes na capital dos botecos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe duas políticas básicas para acabar com os problemas relacionados ao consumo do álcool por esse público: o aumento do preço da bebida e a implementação, com fiscalização, da idade mínima para beber.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Álcool entre jovens preocupa

Álcool entre jovens preocupa   

Diário do Grande ABC
O álcool é atualmente a droga que mais preocupa em relação aos jovens e adolescentes, na opinião do pediatra e pneumologista João Paulo Becker Lotufo dada em depoimento quinta-feira à CPI da Assembleia Legislativa de São Paulo que apura a violação de direitos humanos em universidades paulistas. 

O percentual de jovens que consomem álcool é alto e uma parte o faz diariamente já aos 17 anos de idade. Lotufo foi convidado a falar aos deputados depois da constatação nas sessões parlamentares que todas as situações de violência vivenciadas pelos primeiranistas (ou “bixos”, como são chamados por veteranos) nas universidades paulistas envolveram o consumo exagerado de bebidas alcoólicas. 

A CPI teve início em dezembro, trabalhou no recesso e está prestes a enviar relatório ao Ministério Público apontando os problemas. Ao alertar que efeitos do consumo de álcool, da maconha e do tabaco passaram a ser doenças também pediátricas, Lotufo defendeu a tese de que a prevenção contra as drogas lícitas e ilícitas deve começar ainda na infância. Muitos têm acesso à bebida já aos 10 anos. Em sua visão, medidas eficazes que foram adotadas pelo governo no combate ao cigarro poderiam ser implementadas em relação ao álcool, incluindo o aumento de impostos.

Corresponsabilidade

O depoimento foi dado ainda sob o clima de repercussão da morte em Bauru de estudante de Engenharia Elétrica da Unesp em festa onde houve notório abuso de álcool. O médico chamou a atenção para a corresponsabilidade da sociedade e disse que a culpa não pode recair somente sobre quem consumiu, mas igualmente a quem forneceu a bebida. Falando genericamente, defendeu que as universidades também têm de ser corresponsabilizadas por atos de violência ocorridos por abuso de álcool, mesmo fora do campus. 

De posse de gráficos estatísticos, o médico disse que o Brasil é o País campeão do mundo em mortes causadas pelo álcool e observou que o hábito de qualquer droga, quando iniciado antes dos 21 anos, tem maior probabilidade de criar dependência na fase adulta. Para ele, as festas open bar, como foi o caso de Bauru, deveriam ser simplesmente proibidas.

Em Destaque

Trote violento – 1

Estudantes de Estatística da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos) protagonizaram semana passada mais um caso de violência com trotes no Interior. Em uma república, no evento conhecido por ‘Lei dos Bixos’, promoveram um “leilão das bixetes”, em que primeiranistas são incentivadas a se despirem. Ao saber que uma garota de 17 anos encontrava-se em situação constrangedora, tirando apenas os sapatos, enquanto estudantes gritavam “quanto vale”, uma socióloga se dirigiu ao local e filmou com seu celular. Ao deixar o local, foi cercada pelos estudantes que a impediram de sair e ao tentar se desvencilhar, acabou se ferindo. O caso foi registrado em BO (boletim de ocorrência) na Delegacia da Mulher de São Carlos.

Trote violento – 2

Gines Villarinho, formado pela Unicamp (2007 a 2012), contou à CPI que na festa de recepção como calouro levou cusparada de cerveja, teve de lamber o chão do banheiro e passar por corredor de veteranos sob socos e chutes. “Um veterano mandou que eu deitasse no chão, como se eu fosse uma prancha, subiu em minhas costas e começou a pular. Aí comecei a pensar que isso não era só uma brincadeira, que estava passando dos limites”, disse ele. Decidiu não participar da festa de formatura quando se graduou e vetou seu nome na placa de bronze dos formandos. Ele relatou ter ficado “marcado” no campus quando passou a distribuir cartas aos calouros que ingressavam na faculdade, alertando-os para os riscos de participar das festas.

Drogas sintéticas

Um estudo publicado na semana passada pela ONU mostra que a produção de drogas em laboratório, chamadas sintéticas, vem aumentando. Ao todo, 348 substâncias psicoativas foram registradas no período de 2009 a 2013. Com o símbolo do Super-Homem, costuma ser vendida como “ecstasy”, porém os especialistas advertem que pode ser mais perigosa ainda, elevando a temperatura até a morte, como aconteceu naqueles casos.

Drogas sintéticas – 2 

A psiquiatra Ana Cecília Marques, presidente da Abead (Associação Brasileira para o Estudo do Álcool e outras Drogas), afirma que o Brasil vem sendo alertado sobre a nova onda de drogas sintéticas há 15 anos, mas não há preocupação do governo a respeito. Drogas sintéticas são consumidas principalmente no Sul e Sudeste do País por população com alto poder aquisitivo. O consumo geralmente acontece em meio à diversão, em festas e baladas com bebidas alcoólicas. Na maior parte dos casos, os usuários são jovens do sexo masculino e universitários ou recém-formados. Depois da maconha, os estimulantes anfetamínicos são os mais conhecidos no mundo, mais do que cocaína.

Muitos usuários, em geral, desconhecem os riscos.

Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

A cada 36h, um jovem morre vítima de álcool

A cada 36h, um jovem morre vítima de álcool   

A morte do universitário Humberto Moura Fonseca, de 23 anos, em uma festa em Bauru, no sábado passado, após a ingestão de 25 doses de vodca, não é uma situação tão incomum no País. Dados levantados pelo Estado no portal Datasus mostram que, a cada 36 horas, um jovem brasileiro morre de intoxicação aguda por álcool ou de outra complicação decorrente do consumo exagerado de bebida alcoólica. De acordo com informações do Ministério da Saúde reunidas no portal, foram registradas em 2012, último dado disponível, 242 mortes na faixa etária dos 20 aos 29 anos causadas por “transtornos por causa do uso de álcool”, conforme definido na Classificação Internacional de Doenças (CID). Considerando todas as faixas etárias, o número de mortes causadas pelo álcool chegou a 6.944 em 2012, quase o dobro do registrado em 1996, dado mais antigo disponível na base Datasus. Naquele ano, foram 3.973 óbitos associados ao consumo exagerado de bebida. No período, a alta no número de mortes foi de 74%.


Autor:
OBID Fonte: Com informações de O Estado de S.Paulo

Adolescentes que fumam maconha regularmente estão mais expostos ao fracasso escolar

Adolescentes que fumam maconha regularmente estão mais expostos ao fracasso escolar   

Diário de Pernambuco
Adolescentes que fumam regularmente maconha estão mais expostos ao fracasso escolar que outros. Pelo menos, é que aponta resultados de um estudo publicados na revista médica "The Lancet Psychiatry". A pesquisa concluiu que os usuários diários da erva com menos de 17 anos de idade correm 60% a mais de riscos de não concluir o ensino médio que os que nunca utilizaram a substância entorpecente. Ainda de acordo com a pesquisa, aqueles que fumam diariamente têm sete vezes mais riscos de tentarem cometer suicídio e oito vezes mais riscos de usar outras drogas posteriormente.

Os cientistas da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, tentaram traçar um paralelo da frequência do consumo de maconha entre os jovens com menos de 17 anos e seus comportamentos na vida. Os critérios usados foram o êxito escolar, o uso de drogas ilegais, dependência da maconha, a depressão e as tentativas de suicídio.

Para Richard Mattick, um dos autores da pesquisa, os dados aparecem em momento oportuno, quando vários estados americanos e países da América Latina estão optando pela descriminalização do uso da maconha, entorpecente ilegal mais consumida no mundo. Já o doutor Edmund Silins, outro autor do estudo, defende que os resultados demonstram "de maneira evidente" que a luta contra o consumo precoce da maconha entre os jovens representa "importantes benefícios em termos sociais e de saúde".


Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Medo de Tentar

Medo de Tentar   

Aprenda que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprenda que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprenda que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mais isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame,não significa que esse alguém não saber amar, contudo, o ama como pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabe como demonstrar ou viver isso.

Aprenda que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma seriedade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprenda que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Aprenda que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores... E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, 

SENÃO FOSSE O MEDO DE TENTAR.

Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br) 

47% dos usuários de álcool começaram a beber com menos de 18 Notícias sobre drogas e alcool - Site Antidrogas

47% dos usuários de álcool começaram a beber com menos de 18  Notícias sobre drogas e alcool - Site Antidrogas 

EBC
Cerca de 47% dos usuários de bebidas alcoólicas começaram a beber com menos de 18 anos. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde e foram divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, 34,5% dos usuários tiveram o primeiro contato com a bebida alcoólica entre 15 e 17 anos e 12,5%, antes dos 15 anos

Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o mais preocupante é que esses jovens não só começaram a beber cedo, como têm feito uso abusivo do álcool. “É preciso encarar esse uso abusivo por jovens como um problema de saúde pública. O álcool é responsável por muitas doenças e muitos problemas de saúde pública”, disse.

Para Chioro, é fundamental ampliar a fiscalização aos estabelecimentos comerciais, para evitar a venda a menores de idade, já que esse comércio é proibido pela legislação. “Mas também é preciso trabalhar com as famílias, porque, muitas vezes, esse jovem tem acesso à bebida alcoólica no próprio seio familiar, nas festas. Como a bebida é socialmente aceita, se faz todo um rito de iniciação [dentro da família]”.

Outro dado apresentado pela pesquisa que, segundo Chioro, é preocupante, é que 24,3% dos usuários de álcool entrevistados assumiram já ter dirigido sob o efeito da bebida. “São mais de 30 mil óbitos por ano relacionados a acidentes de trânsito. Uma parcela considerável desses óbitos é relacionada a pessoas que ingeriram álcool ou drogas e dirigiram. Temos que trabalhar não só para fortalecer os processos fiscalizatórios previstos na Lei Seca, como desenvolver um conjunto de atividades preventivas de educação, saúde e informação”, disse.

Apesar de não haver estatísticas disponíveis sobre o assunto, o ministro acredita que a proporção de pessoas que dirigiam sob efeito de álcool, antes da Lei Seca, era ainda maior. “Provavelmente esse número era maior antes da Lei Seca. A Lei Seca é uma proteção para a sociedade e portanto deve continuar”, disse.
Fonte: EBC
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Reflexão




Reflexão

Águas cristalinas  

Conta-nos uma lenda que um viajante encontrou uma fonte de águas cristalinas no deserto. A água era tão límpida e fresca que resolveu levar um pouco para seu rei.

Satisfez sua sede e logo a seguir encheu o seu cantil com aquela água maravilhosa, andando ainda vários dias debaixo do sol do deserto até chegar ao palácio do rei.

Quando, finalmente, chegou à presença do seu soberano, curvou-se aos seus pés e entregou-lhe o presente que lhe trouxera.

A água já estava estragada e com mau-cheiro devido ao cantil velho onde havia sido guardada por vários dias. Porém, o rei não deixou que seu fiel súdito percebesse que a água estava imprópria para o uso. Saboreou o presente com expressão de gratidão e encanto.

Depois despediu o homem que saiu da sala do rei com o coração transbordando de alegria.

Depois de ter saído, outros provaram a água e ficaram espantados pelo fato do rei ter fingido apreciar o que o leal súdito havia oferecido.

- Ah! Disse o rei, não foi a água que eu saboreei, mas o amor demonstrado no oferecimento.

Preste sempre atenção nas coisas que te são oferecidas... Muitas vezes, a intenção, é carinho, amor , afeto, como são os presentes inocentes das crianças...Que você encontre sempre alguém pelo caminho te presenteando com inocentes

"Águas Cristalinas".
Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br)

Dois Anos do Blog ANONIMATO!!!!!!!!!!

Álcool e energéticos: uma mistura arriscada  

Os energéticos são comercializados com esse nome por apresentar ingredientes como cafeína, taurina, vitaminas, suplementos de ervas e açúcar ou adoçantes, substâncias utilizadas para melhorar a energia, a resistência, o desempenho físico e a concentração. Muitos desses ingredientes ajudam a disfarçar o sabor do etanol das bebidas alcoólicas, fazendo com que a combinação pareça mais doce e palatável e assim contribuindo para o aumento do consumo de álcool.

Além disso, a cafeína aumenta a euforia causada pela bebida e reduz a sensação subjetiva de embriaguez, fazendo a pessoa sentir e pensar que está “menos alcoolizada” do que verdadeiramente está; no entanto, essa mistura não reduz o efeito real do álcool. Apesar de se acreditar que a cafeína presente nos energéticos seja a principal responsável por esses efeitos, ainda são necessários mais estudos para confirmar e entender melhor essa relação. Atualmente não são oferecidas comercialmente bebidas alcóolicas contendo cafeína nos Estados Unidos em virtude de um acordo voluntário entre a indústria de bebidas e a agência sanitária americana (The US Food and Drug Administration - FDA) por não estar claro ainda se a cafeína misturada ao álcool pode oferecer riscos ao consumidor, principalmente levando-o a subestimar seu uso e assim beber mais do que pretendia.

Um artigo de revisão sobre os riscos da mistura de álcool e bebidas energéticas, publicado em 2014, indicou que essa prática é comum em todo o mundo, particularmente entre menores de idade e adultos jovens e está associada a taxas elevadas de consumo excessivo de álcool, a dirigir alcoolizado e a comportamento sexual de risco, além de maiores riscos de desenvolver dependência. Estas observações sugerem que a combinação entre álcool e energéticos é mais arriscada que o consumo do álcool sozinho; portanto, seu uso pode gerar preocupações com a saúde e segurança mesmo em um único episódio e, se este padrão for frequentemente repetido, aumenta-se a probabilidade de ocorrência de problemas relacionados ao consumo de álcool.

No Brasil, também foi verificado que os universitários são bastante expostos a esse tipo de consumo. De acordo com o “I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras”, a bebida energética é a substância mais frequentemente associada ao álcool: entre os universitários que descreveram uso de bebidas alcóolicas com outras substâncias simultaneamente, 74,3% relataram uso dessa mistura na vida, 53% uso nos últimos 12 meses e 36% uso nos últimos 30 dias.

Entre os universitários que admitiram uso combinado de energéticos e bebidas alcoólicas nos últimos 30 dias, quase 90% relataram o consumo em 1 a 10 dias (média de 2 dias) nos últimos 30 dias (Tabela 1), dos quais 5% consumiu esta combinação diariamente ou em uma frequência de 2 a 3 vezes por semana.

Tabela 1: Frequência de uso da combinação de bebidas alcóolicas e energéticos nos últimos 30 dias (2010).


Fonte: Site Antidrogas.com.br

domingo, 20 de julho de 2014

USO FREQUENTE DE MACONHA BLOQUEIA SENTIMENTOS PRAZEROSOS, DIZ PESQUISA

USO FREQUENTE DE MACONHA BLOQUEIA SENTIMENTOS PRAZEROSOS, DIZ PESQUISA

Fumar maconha várias vezes ao dia durante anos pode danificar a química do cérebro responsável pela sensação de prazer, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos com a Universidade Harvard.
A pesquisa foi divulgada recentemente na revista "Proceedings", da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Cientistas descobriram que o cérebro dos que abusam da maconha reage menos à dopamina, substância química liberada pelo cérebro, que causa a sensação de bem estar. A dopamina é ativada geralmente durante a alimentação, no sexo ou durante o uso de drogas.
A descoberta foi feita depois que a equipe de pesquisadores analisou a produção de dopamina no cérebro de 48 pessoas, 24 delas que haviam fumado pelo menos cinco cigarros de maconha por dia, cinco dias por semana, por 10 anos; e outras 24 sem esse histórico (grupo controle).
A cada um deles foi dado uma dose de metilfenidato, mais conhecido como Ritalina, remédio que aumenta a liberação de dopamina.
Imagens do cérebro das 48 pessoas revelaram que todas produziram mais dopamina após tomar a droga, como era esperado. Mas, enquanto os integrantes do grupo controle tiveram aumento da pressão e das batidas cardíacas e se sentiram mais eufóricos, os usuários frequentes de maconha não apresentaram essas alterações.
A falta de uma resposta física sugere que os usuários frequentes de maconha podem ter seu circuito de recompensa no cérebro danificado pelo uso da droga, segundo Nora Volkow, diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, e autora do estudo.
A pesquisa não indicou que os usuários frequentes de maconha produzem menos dopamina, mas passam a ter menos a sensação que ela induz, como se o uso da droga alterasse seu mecanismo. Os pesquisadores só não conseguiram descobrir porquê isso acontece.
"Não ser capaz de destrinchar causa e efeito é uma limitação em um estudo como este, diz Volkow.
Fonte : UNIAD

Só por hoje 20-07...

DOMINGO, 20 DE JULHO DE 2014


Primeiro Passo 
"Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que tínhamos perdido o domínio sobre as nossas vidas." Primeiro Passo 
O Primeiro Passo pressupõe a palavra "nós" e há uma razão para isso. Há uma enorme força na admissão verbal da nossa impotência. E quando vamos a reuniões e fazemos esta admissão, obtemos mais do que força pessoal. Tomamo-nos membros, parte de um "nós" colectivo que nos permite, juntos, recuperar da nossa adicção. O facto de pertencermos a NA traz-nos uma riqueza de experiência: a experiência de outros adictos que encontraram uma forma de recuperar da sua adicção. Não precisamos mais de tentar resolver sozinhos o quebra-cabeças da nossa adicção. Quando admitimos honestamente a nossa impotência perante a nossa adicção, podemos começar a procurar um novo modo de vida. Não iremos procurar sozinhos - estamos em boa companhia. 

Só por hoje: Vou começar o dia com a admissão da minha impotência perante a adicção. Vou recordar-me de que o Primeiro Passo pressupõe a palavra "nós", sabendo que nunca mais precisarei de ficar sozinho com a minha doença.

Homenagem a RUBEM ALVES!!!!!!!!


A alma é uma coleção de belos quadros adormecidos, os seus rostos envolvidos pela sombra. Sua beleza é triste e nostálgica porque, sendo moradores da alma, sonhos, eles não existem do lado de fora. Vez por outra, entretanto, defrontamo-nos com um rosto (ou será apenas uma voz, ou uma maneira de olhar, ou um jeito da mão...) que, sem razões, faz a bela cena acordar. E somos possuídos pela certeza de que este rosto que os olhos contemplam é o mesmo que, no quadro, está escondido pela sombra. O corpo estremece. Está apaixonado.
Acontece, entretanto, que não esxiste coisa alguma que seja do tamanho do nosso amor. A nossa fome de beleza é grande demais.(...)Cedo ou tarde descobrirá que o rosto não é aquele. E a bela cena retornará à sua condição de sonho impossível da alma. E só restará a ela alimentar-se da nostalgia que rosto algum poderá satisfazer...
Rubem Alves

sábado, 19 de julho de 2014

Só por hoje 19-07...

SÁBADO, 19 DE JULHO DE 2014


Realizar os nossos sonhos 
"Os sonhos que há muito abandonamos podem agora tornar-se realidade." Texto Básico, p. 80 
Tudo começa com um sonho. Mas quantos de nós realizaram os seus sonhos quando usavam? Mesmo que conseguíssemos completar algo que tivéssemos começado, anossa adicção acabava por tirar-nos todo o orgulho pelo nosso sucesso. É possível que quando usávamos sonhássemos vir um dia a estar limpos. Esse dia chegou. Podemos aproveitá-lo para realizarmos os nossos sonhos. Para realizarmos os nossos sonhos temos de agir, mas a nossa falta de confiança poderá impedir-nos de tentar. Podemos começar por fixar metas realistas. O sucesso que experimentamos quando alcançamos as nossas metas iniciais permite-nos alimentar sonhos maiores da vez seguinte. Alguns dos nossos membros contam que, quando comparam as ambições que tinham quando entraram em recuperação com aquilo que de facto vieram a alcançar, ficam boquiabertos. Em recuperação são geralmente mais os sonhos que se tomam realidade do que aqueles que alguma vez imaginamos. 

Só por hoje: Vou lembrar-me de que tudo começa com um sonho. Hoje vou permitir-me realizar os meus sonhos.

OPERÁRIO DEPENDENTE DE CRACK E COCAÍNA NÃO CONSEGUE REINTEGRAÇÃO À GENERAL MOTORS

OPERÁRIO DEPENDENTE DE CRACK E COCAÍNA NÃO CONSEGUE REINTEGRAÇÃO À GENERAL MOTORS


TST - Tribunal Superior do Trabalho
Por considerar que a dispensa não foi discriminatória, a Justiça do Trabalho indeferiu pedido de reintegração de um dependente químico dispensado pela General Motors do Brasil Ltda. Ao examinar agravo de instrumento do trabalhador, a Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho negou provimento ao apelo.
O trabalhador, contratado como operador de produção, alegou ser dependente químico de crack e cocaína e disse que estava afastado do trabalho, internado para tratamento, quando o departamento médico da empresa sugeriu o retorno ao trabalho. Logo em seguida, foi dispensado, interrompendo, segundo ele, possível melhora no quadro.
Em sua defesa, a General Motors afirmou que encaminhou o operário a um programa de recuperação de dependentes químicos da própria empresa. Disse que o programa, sem ônus para o empregado ou prejuízo de salário, tinha como condição que ele fizesse o tratamento de forma correta, participando das reuniões com o serviço médico, o que não teria ocorrido.
De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), prova documental mostrou que não houve empenho no tratamento por parte do empregado. O Regional ressaltou que a dispensa aconteceu mais de um ano e três meses depois da empresa ter tomado ciência da dependência química. Por isso, considerou que não houve ato discriminatório na dispensa sem justa causa, mas sim quebra de confiança, pela falta de compromisso do empregado com o tratamento, que ocasionou inúmeros afastamentos e faltas.
No agravo pelo qual pretendia trazer a discussão ao TST, o trabalhador alegou, entre outras coisas, que o TRT não teria se manifestado a respeito de comunicado emitido pela instituição de recuperação onde estava internado antes de sua dispensa, que informava a necessidade de mais seis meses de tratamento. Alegou também que o Regional não poderia afirmar que ele não tinha colaborado, pois, assim que foi avisado sobre nova oportunidade para tratamento, internou-se imediatamente para nova tentativa de cura.
Ao analisar o agravo, o relator, ministro Fernando Eizo Ono, não constatou omissão apontada na decisão. Ele salientou que, segundo o Regional, "o próprio autor admitiu não ter frequentado regularmente os grupos de apoio". Diante dos fundamentos do TRT, o ministro verificou que não houve ofensa aos artigos 5º, inciso XLI, da Constituição da República, e 1º e 4º da Lei 9.029/95, que proíbe práticas discriminatórias na relação de emprego.
(Lourdes Tavares/CF)
O número do processo foi retirado para preservar a privacidade do trabalhador.
O TST possui oito Turmas julgadoras, cada uma composta por três ministros, com a atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos regimentais e recursos ordinários em ação cautelar. Das decisões das Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1).
Fonte:UNIAD.

MACONHA: TERRA DIZ QUE USO MEDICINAL É DESCULPA

MACONHA: TERRA DIZ QUE USO MEDICINAL É DESCULPA


    Maconha: Terra diz que uso medicinal é desculpa
Jornal Já
A condição de político, em época de campanha de campanha eleitoral, tira força do discurso do médico Osmar Terra contra a legalização da maconha. A tese dele de que a liberação vai ampliar exponencialmente o consumo é discutivel, o consumo é corrente. Mas seus alertas quanto aos riscos tem que ser levados em conta. Publicamos uma nota de sua assessoria:
O argumento de parte da sociedade de que a maconha pode ser usada como remédio é contestada pelo deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS). Médico, ex-secretário da Saúde do Rio Grande do Sul nos governos de Germano Rigotto e Yeda Crusius, estudioso em drogadição, ele contesta:
- O uso medicinal da maconha é desculpa para legalizar o uso geral. Para quem acha que maconha é remédio, lembro que no veneno da jararaca comum foi descoberto, em 1948,o vasodilatador bradicinina, base do medicamento “Captopril”. No entanto não receitamos picada de jararaca para tratamento de hipertensão. Como médico sei do uso de derivado do ópio para alguns casos específicos; mas ninguém receita o ópio ou heroína para qualquer tratamento.
Terra diz ser a favor de isolar, como medicamento, a morfina e o canabidiol, mas é contra usar isso como desculpa para o consumo de heroína e maconha:
- O pesquisador José Crippa, que trata a menina Anny Fischer, com canabidiol diz :”..só vão chegar no nível do debate terapêutico da maconha quando souberem que o consumo diário de maconha causa dependência, leva a quadros de psicose, crises de pânico e a outros problemas graves.
Na hora que as pessoas souberem disso, e a maioria não sabe, é que poderemos ampliar o debate para o uso terapêutico. Em resumo, Crippa, pesquisador da USP, responsável pelo tratamento de doenças raras com canabidiol, é contra legalização da maconha ? finaliza Osmar Terra.

Fonte: UNIAD

sexta-feira, 18 de julho de 2014

USO FREQUENTE DE MACONHA BLOQUEIA SENTIMENTOS PRAZEROSOS, DIZ PESQUISA

USO FREQUENTE DE MACONHA BLOQUEIA SENTIMENTOS PRAZEROSOS, DIZ PESQUISA

Bol Notícias - Do UOL, em São Paulo
(imagem reprodução)
Fumar maconha várias vezes ao dia durante anos pode danificar a química do cérebro responsável pela sensação de prazer, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos com a Universidade Harvard.
A pesquisa foi divulgada recentemente na revista "Proceedings", da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Cientistas descobriram que o cérebro dos que abusam da maconha reage menos à dopamina, substância química liberada pelo cérebro, que causa a sensação de bem estar. A dopamina é ativada geralmente durante a alimentação, no sexo ou durante o uso de drogas.
A descoberta foi feita depois que a equipe de pesquisadores analisou a produção de dopamina no cérebro de 48 pessoas, 24 delas que haviam fumado pelo menos cinco cigarros de maconha por dia, cinco dias por semana, por 10 anos; e outras 24 sem esse histórico (grupo controle).
A cada um deles foi dado uma dose de metilfenidato, mais conhecido como Ritalina, remédio que aumenta a liberação de dopamina.
Imagens do cérebro das 48 pessoas revelaram que todas produziram mais dopamina após tomar a droga, como era esperado. Mas, enquanto os integrantes do grupo controle tiveram aumento da pressão e das batidas cardíacas e se sentiram mais eufóricos, os usuários frequentes de maconha não apresentaram essas alterações.
A falta de uma resposta física sugere que os usuários frequentes de maconha podem ter seu circuito de recompensa no cérebro danificado pelo uso da droga, segundo Nora Volkow, diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, e autora do estudo.
A pesquisa não indicou que os usuários frequentes de maconha produzem menos dopamina, mas passam a ter menos a sensação que ela induz, como se o uso da droga alterasse seu mecanismo. Os pesquisadores só não conseguiram descobrir porquê isso acontece.
"Não ser capaz de destrinchar causa e efeito é uma limitação em um estudo como este, diz Volkow.
fonte:UNIAD

REVISÃO SISTEMÁTICA - PERFIL DOS USUÁRIOS DE COCAÍNA E CRACK NO BRASIL

REVISÃO SISTEMÁTICA - PERFIL DOS USUÁRIOS DE COCAÍNA E CRACK NO BRASIL



Esta tese tem como objetivo sintetizar o perfil dos usuários de cocaína e crack no Brasil. Foi construído por meio de revisão da literatura em base de dados (MEDLINE, LILACS e Biblioteca Cochrane), e no Banco de Teses da CAPES. Os dados foram agrupados em categorias temáticas, quais sejam: levantamentos domiciliares nacionais, populações específicas, perfil dos pacientes que procuram tratamento, mortalidade e morbidade. Dentro de cada categoria os principais achados da literatura nacional foram descritos e posteriormente discutidos. Os resultados indicam que informações relacionadas ao consumo de cocaína e crack no Brasil ainda são incipientes, mas já temos à disposição da comunidade científica um conjunto teórico relevante que pode ser utilizado visando à atualização das atuais políticas públicas referentes a este tema.
Após a identificação do Δ9-tetraidrocanabinol (Δ9-THC) na CB1 e consequente descoberta do sistema endocanabinoide na década de 60 e com a posterior clonagem do receptor canabinoide década de 90, um volume crescente de pesquisas tem emergido Abuso de cannabis em pacientes com transtornos psiquiátricos focalizando o papel deste sistema em transtornos psiquiátricos, tais como esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar (TAB), depressão maior e ansiedade, entre outros1-4.
Vários estudos epidemiológicos têm verificado que indivíduos com transtornos mentais graves estão mais propensos a fazer uso, abuso e dependência de substâncias psicoativas - especialmente a cannabis - quando comparados à população geral4-6.Por exemplo, pacientes com esquizofrenia são mais prováveis de fazerem uso abusivo de cannabis do que indivíduos saudáveis, sendo que há descrição de aumento de risco de abuso em 10,1% nesta população1,2,4. Nos pacientes em episódio maníaco esta taxa pode chegar a 14,5%, sendo que pode ocorrer em até 4,1% em sujeitos com depressão maior, 4,3% para transtorno do pânico e 2,4% em portadores de fobias1,2,4.
A associação entre o abuso de cannabis (idade de início, quantidade e duração da exposição) em pacientes com transtornos psiquiátricos vem sendo reconhecida como um possível fator de risco independente para o desencadeamento de episódios psicóticos agudos, prejuízos cognitivos, alterações comportamentais, exacerbação de sintomas e consequências negativas no curso dos transtornos7-9. Isto certamente pode ter implicações como fonte de novas linhas de pesquisas e para organização de serviços para pacientes portadores de diagnóstico comórbido10,11. Apesar das mudanças ocorridas nos serviços de saúde mental12, nota-se que as propostas de tratamento para aqueles pacientes que apresentam transtornos psiquiátricos comórbidos permanecem ainda sem uniformidade e frequentemente são incompatíveis com algumas intervenções psicofarmacológicas. Do mesmo modo, existe deficiência de propostas direcionadas a subgrupos específicos em diferentes settings de assistência. Como exemplo, apenas 12% dos pacientes com problemas relacionados à cannabis e com outras comorbidades recebem intervenções para os dois transtornos nos Estados Unidos da América (EUA)11, sendo que há uma carência de dados empíricos populacionais em países em desenvolvimento4.

Só por hoje 18-07...

SEXTA, 18 DE JULHO DE 2014


A dádiva do desespero 
"A nossa doença voltava sempre à superfície ou continuava a progredir até que, em desespero, procurámos ajuda em Narcóticos Anónimos." Texto Básico, p. 15 
Quando pensamos em desespero, vemos uma situação indesejável: uma pobre alma, de roupas sujas, a agarrar-se furiosa a algo que anseia profundamente, um ar de desespero no seu olhar. Pensamos em animais perseguidos, em crianças com fome e em nós próprios antes de encontrarmos NA. Contudo, foi o desespero que sentimos antes de chegarmos a NA que nos forçou a aceitar o Primeiro Passo. As nossas ideias haviam-se esgotado, e ficámos, por isso, abertos a novas. A nossa insanidade havia finalmente submergido o nosso muro de negação, obrigando-nos a ser honestos quanto à nossa doença. Os nossos melhores esforços para controlar haviam-nos cansado; ficámos, por isso, dispostos a render-nos. Havíamos recebido a dádiva do desespero e, como resultado, pudemos aceitar os princípios espirituais que nos permitem recuperar. O desespero é aquilo que leva, por fim, muitos de nós a pedir ajuda. Uma vez chegados a esse ponto, podemos dar meia volta e começar de novo. Tal como o animal desesperado e perseguido procura um abrigo seguro, nós também procuramos um: em Narcóticos Anónimos. 

Só por hoje: A dádiva do desespero tem-me ajudado a tornar-me honesto, com uma mente aberta e boa-vontade. Sinto-me grato por essa dádiva, pois tornou a minha recuperação possível.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Só por hoje 17-07...

QUINTA, 17 DE JULHO DE 2014


Usar os nossos "sonhos de uso" 
"Aceitamos inteiramente o fato de terem falhado todas as nossas tentativas para parar de usar ou para controlar o nosso uso?" Texto Básico, p. 22 
O quarto está escuro. A tua testa está a transpirar. O teu coração bate com força. Abres os olhos, certo de que acabas de deitar por terra o teu tempo limpo. Tiveste um "sonho de uso" e foi como se estivesses lá - as pessoas, os sítios, a rotina, o mal-estar no estômago, tudo. São apenas alguns momentos até te aperceberes de que foi apenas um pesadelo, que nada daquilo aconteceu. A pouco e pouco acalmas e voltas a adormecer. Na manhã seguinte deverás examinar aquilo que de facto aconteceu durante a noite. Não chegaste a usar - mas quão perto estás de usar hoje? Tens algumas ilusões acerca da tua capacidade de controlares o teu uso? Tens alguma dúvida quanto àquilo que te aconteceria se tomasses a primeira droga? O que é que te impedirá uma recaída verdadeira? Qual é a força do teu programa? E as tuas relações com o teu padrinho ou madrinha, com o teu grupo-base, e com o teu Poder Superior? Os sonhos de uso não indicam necessariamente uma deficiência no nosso programa; para um adicto não há nada mais natural do que sonhar com drogas. Alguns de nós vêem os sonhos de uso como dádivas do nosso Poder Superior, lembrando-nos vivamente a insanidade da adicção ativa e encorajando-nos a fortalecer a nossa recuperação. Visto assim, podemos sentir-nos gratos pelos sonhos de uso. Por muito assustadores que sejam, eles podem tornar-se uma grande benção se os utilizarmos para reforçar a nossa recuperação. 

Só por hoje: Vou examinar o meu programa pessoal. Vou falar com o meu padrinho ou madrinha sobre aquilo que encontrar, e descobrir formas de fortalecer a minha recuperação.

“A FALTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS É UM REFLEXO DA FORÇA DA INDÚSTRIA”

“A FALTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS É UM REFLEXO DA FORÇA DA INDÚSTRIA”


“A prevenção é necessária para não onerar os serviços de saúde”
Investir em pesquisas e promover intervenções eficazes para a melhoria da saúde pública são estratégias que norteiam, desde 2005, as ações do Departamento de Saúde, Comportamento e Sociedade do Centro de Álcool, Marketing e Juventude Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, em Baltimore (EUA). O trabalho, dirigido por David H. Jernigan, PhD e professor associado da instituição, contribui para o desenvolvimento de políticas e ambiente social que favoreçam uma mudança de comportamento, reduzindo problemas, como a dependência do álcool, tabaco e outras drogas, doenças sexualmente transmissíveis, lesões decorrentes de atos violentos, dentre outros. Em entrevista exclusiva ao Jornal do Cremesp — concedida durante a Conferência Internacional sobre Álcool e Violência, Jernigan falou sobre o papel da indústria no aumento do consumo de bebidas alcoólicas e quais estratégias podem ser adotadas para reverter esse quadro no País.

Estudo da Organização Mundial de Saúde indica que o consumo de álcool no Brasil é maior que a média mundial. Qual a razão desse quadro?
Isso acontece porque os rendimentos da população estão aumentando no Brasil, e o consumo de bebidas alcoólicas tende a crescer em conformidade com o aumento da renda da população. Se os países não se sensibilizarem e adotarem controles sensatos, a disponibilidade e o consumo de álcool tendem a expandir-se ainda mais.

Apesar da restrição da publicidade, o consumo no País não só é maior, como continua a crescer. Isso se dá pela ineficácia das políticas públicas de saúde ou se trata de uma estratégia bem sucedida da indústria do álcool?
A falta de políticas públicas de saúde é, muitas vezes, um reflexo da força da indústria do álcool. No Brasil, um só grupo empresarial vende dois terços de cerveja do País. Esse tipo de concentração permite que uma empresa possa obter lucros mais elevados. E, em seguida, uma maior parte desse dinheiro é destinado tanto para o marketing como para fazer lobby junto ao governo e instituições, além de outras atividades que visam influenciar as políticas públicas de saúde.

As falhas na regulamentação do setor favorecem a atuação da indústria do álcool?
Em ambos os casos, tanto no segmento da indústria da cerveja como no de bebidas destiladas, um pequeno número de grandes conglomerados controla a maior parte do comércio em todo o mundo. Como o desenvolvimento ocorre em nível global, e os países tendem a liberalizar seus ambientes de negociação, essas empresas têm aproveitado a falta de regulamentação para comer­cializar seus produtos de forma agressiva. Isso acaba por minar os esforços de diferentes países no sentido de colocar em prática estratégias baseadas em evidências para reduzir o consumo de álcool e danos relacionados.

Que estratégias poderiam contribuir para a redução dessa influência e, conse­quentemente, do consumo?
A Organização Mundial de Saúde identificou três grandes estratégias para reduzir os malefícios relacionados com o álcool. São medidas eficazes e de baixo custo que os governos podem utilizar e que compreendem a adoção de impostos mais elevados, a diminuição dos horários de comercialização de bebidas, a limitação da disponibilidade física dos produtos – com a redução de pontos de venda, e a restrição da comer­cia­liza­ção do álcool – e a adoção de políticas que controlem a ação da indústria na divulgação de seus produtos.

As atividades de marke­ting da indústria do álcool são mais agressivas nos países em desenvolvimento?
Em todo o mundo, encontramos empresas que fabricam e comercializam bebidas alcoólicas usando mensagens e estratégias que em alguns países seriam permitidas e, em outros, não. Por exemplo, nas Filipinas, uma bebida orientada para os jovens usa a linha de comunicação: “É tão bom que você vai ficar viciado” em sua campanha publicitária. Em outros países, as empresas do setor fazem referências à promoção de saúde para os seus produtos. Essas práticas não seriam permitidas nos Estados Unidos.

As políticas públicas devem estar mais focadas na prevenção ou no tratamento dos dependentes químicos?
O tratamento é responsabilidade ética da sociedade, que permite o aumento da oferta de um produto altamente viciante. Enquanto o álcool estiver livremente disponível, nunca estaremos longe do problema. A prevenção é absolutamente necessária porque, do contrário, estaremos aumentando os custos dos serviços públicos de saúde, pois cada vez mais e mais pessoas precisarão de atendimento, o que se pode comprovar também no Brasil.

FONTE:UNIAD

PROJETO AUMENTA PUNIÇÃO PARA TRÁFICO DE CRACK

PROJETO AUMENTA PUNIÇÃO PARA TRÁFICO DE CRACK

Agência Senado - Soraya Mendanha
Tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) proposta do senador Ciro Nogueira (PP-PI) que agrava as penas relacionadas ao tráfico de crack. O PLS 137/2014 altera a Lei Antidrogas (Lei 11.343/2006) aumentando em um terço a pena para o tráfico se a droga em questão for o crack. Atualmente, a lei prevê reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de 500 a 1500 dias-multa para quem fabricar, adquirir, vender, transportar, guardar ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal. Com a mudança proposta pelo senador, a pena aumenta em um terço.
Ciro Nogueira argumenta que o aumento do consumo e os efeitos devastadores da droga são os principais motivos que o levaram a apresentar o projeto.
"Ele [o crack] causa dependência já no primeiro uso e acarreta estragos físicos e mentais iguais ou piores do que os produzidos pela cocaína. Estima-se que, em todo o país, o número de viciados chegue a mais de um milhão", ressalta.
Ciro Nogueira acrescenta que o uso do crack também leva ao aumento de homicídios, roubos e sequestros nas grandes cidades, “sendo necessário tratar com mais rigor os traficantes dessa substância tão maléfica”.
"Acreditamos que somente com uma reprimenda mais rigorosa é que a lei poderá efetivamente exercer a prevenção geral do delito, o que certamente terá como reflexo a diminuição dos crimes patrimoniais e contra as pessoas praticados pelos dependentes dessa droga", afirma o senador.

FONTE:UNIAD

quarta-feira, 16 de julho de 2014

PESQUISA DA UNESP APONTA RISCO DE MILHARES DE MORTES DEVIDO AO TABACO

PESQUISA DA UNESP APONTA RISCO DE MILHARES DE MORTES DEVIDO AO TABACO


Para evitar problemas de saúde, a única medida é largar o vício.

Efeitos do cigarro podem ir além da concepção humana, diz estudo.

Do G1 Presidente Prudente
Fumantes devem se conscientizar e optar por deixar o cigarro (Foto: Reprodução/Tv Fronteira)
Uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual Paulista “Julio Mesquita Filho” (Unesp), de Presidente Prudente, apontou que o cigarro pode reduzir a duração da vida a ponto de que nenhuma medida isolada de saúde pública tem tanto impacto para reverter essa situação do que o próprio ato de parar de fumar. Além disso, o estudo ressalta que mesmo com as campanhas contra o fumo, a projeção é de que ocorram milhares de mortes relacionadas ao tabaco caso os fumantes não se conscientizem.
Os efeitos do cigarro podem ir além da concepção humana, ainda segundo a pesquisa. A fumaça passa pela traqueia e paralisa temporariamente os cílios que limpam o muco e outras partículas invasoras do sistema respiratório. Ao mesmo tempo, a nicotina passa para a corrente sanguínea e pelos milhares de capilares dos pulmões. A substância provoca no corpo uma descarga de energia, liberando a adrenalina, aumentando a pressão do sangue e os batimentos cardíacos.
Dessa forma, o risco de um derrame aumenta, ainda mais para quem tem predisposição genética.
O frentista, Alex Nicoluci Cardoso, fumante há cerca de 12 anos, se definiu como um jovem saudável mesmo sentindo os malefícios que o vício pode causar. “Eu vejo que quando vou fazer uma atividade física, dependendo de qual for, sinto falta de ar devido ao cigarro e isso me prejudica”, relatou.
Ele ainda disse que já tentou parar de fumar, mas devido a dependência, acabou retornando para o cigarro. De acordo com a orientadora da pesquisa realizada, Ercy Mara Cipulo Ramos, um erro dos fumantes é acreditar que a saúde está “em dia”. “Mesmo que o indivíduo vá ao médico e tenha como normal a frequência cardíaca, a pressão arterial, a radiografia do tórax ou um exame de sopro, ainda assim, esse sistema pode estar alterado”, explicou.
As pessoas que procuram por tratamento, normalmente é porque sentiram alguma alteração na saúde. O sistema respiratório é o primeiro a emitir os sinais de que a dependência química está afetando. Em outros casos, os tabagistas nem percebem os problemas provocados pelo cigarro.
“A pessoa começa a fumar com 14 anos e não tem a noção de como é a vida sem o vício. Então, a gente tenta alertar da seguinte maneira: se você der a chance de tentar parar de fumar e permanecer por algum tempo em abstinência, com apoio, é possível ter a sensação de como é bom parar”, ressaltou.
As consequências do fumo podem vir a longo prazo ou surpreender quando menos se espera, como foi o caso do estudante, Lucas França Bressanin, que aos 23 anos teve um início de infarto.
“A gente quando é criança que se fazer de adulto. Muitas pessoas avisam e falam para não fumar, mas a gente não liga. Em decorrência disso e com o passar do tempo, eu me tornei viciado. Diante do susto e depois da recomendação do cardiologista eu optei por parar e ter mais saúde”, refletiu.

fonte:UNIAD