quinta-feira, 19 de março de 2015

Consumo de álcool e a saúde da mulhe

Consumo de álcool e a saúde da mulher  


Primeiramente, é importante ressaltar que as mulheres enfrentam riscos particulares à saúde por uso de álcool, sendo mais vulneráveis aos efeitos dessa substância devido a diferenças na composição biológica entre os gêneros. Em comparação aos homens, elas têm relativamente menos água (o que faz com que o álcool fique mais concentrado), geralmente pesam menos e possuem níveis menores de enzimas responsáveis pelo metabolismo do álcool.

Isso faz com que, quando consumidas as mesmas quantidades de bebidas alcoólicas que os homens, elas apresentem níveis mais elevados de álcool no sangue e demorem mais tempo para metabolizá-lo, ou seja, os efeitos ocorrem mais rapidamente e tendem a ser mais duradouros. Com isso, elas têm maior probabilidade de ter problemas relacionados ao álcool com níveis de consumo mais baixos e/ou em idade mais precoce do que os homens.

Informações sobre as potenciais consequências negativas do álcool para a saúde e outros aspectos relacionados à saúde feminina estão listados abaixo.


Transtornos por uso de álcool

Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), 3,2% das mulheres brasileiras apresentam algum transtorno relacionado ao uso de álcool, sendo que 1,8% apresenta diagnóstico de dependência.


Risco para dependência entre universitárias

Quase 84% das universitárias apresentaram baixo risco para desenvolver dependência do álcool, enquanto 15% exibiram risco moderado e 1%, alto risco. Tais dados reforçam a necessidade de cuidado e assistência, além de políticas de prevenção do uso nocivo de álcool e estratégias de intervenção direcionadas a essa parcela de 16% de jovens mulheres com grandes chances de desenvolver problemas relacionados ao beber.


Álcool e nutrição

Pessoas que bebem mais também são propensas ao consumo de mais calorias, a partir da combinação de bebidas alcoólicas com alimentos ricos em gorduras e adição de açúcares, de acordo com estudo multicêntrico divulgado pelo National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism – NIAAA. O estudo com mais de 15 mil adultos norte-americanos revelou que o aumento da ingestão de bebida alcoólica foi associado com diminuição da qualidade da dieta. "Beber pesado e fatores da dieta foram independentemente associados com doenças cardiovasculares, certos tipos de câncer e outros problemas crônicos de saúde. Esta descoberta levanta questões sobre a possibilidade da combinação do uso indevido de álcool e má alimentação interagirem aumentando ainda mais os riscos para a saúde.", segundo o Diretor do NIAAA, Dr. Kenneth R. Warren.

Ainda, as bebidas alcoólicas fornecem calorias de forma importante (cada grama de álcool puro fornece 7 calorias), mas poucos nutrientes (proteínas, vitaminas ou minerais), por isso são chamadas de “calorias vazias”. Uma dose de bebida alcoólica* contém cerca de 80 a 100 kcal.

Vale lembrar que, quando consumido em excesso, o álcool pode diminuir a absorção ou prejudicar o metabolismo de diversos nutrientes. Por exemplo, interfere na absorção de vitaminas no intestino delgado e diminui seu armazenamento no fígado, com efeitos no folato (ácido fólico), na piridoxina (B6), na tiamina (B1), no ácido nicotínico (niacina, B3) e na vitamina A. Sendo assim, dependendo da quantidade e padrão de consumo do álcool, o estado nutricional de uma pessoa pode ser afetado seriamente.


Álcool e libido

Independentemente do sexo, o álcool pode aumentar a autoconfiança e levar à desinibição social, o que poderia facilitar, para alguns indivíduos, encontros afetivos ou sexuais ou, ainda, as estratégias de conquista e busca de parceiros. Há a crença de que essa substância, quando ingerida em baixas quantidades, melhora o desempenho sexual ou aumenta a libido – na realidade, isso pode ser verdadeiro para algumas pessoas, mas, dependendo da quantidade ingerida, o álcool pode diminuir a libido.

Estudos recentes mostram que o álcool atenua a excitação sexual fisiológica; porém, quando consumido em baixas quantidades, está associado a maior excitação sexual autorrelatada. Isso poderia ser explicado pelo fato de que expectativas sexuais positivas associadas ao álcool podem levar a maior desejo sexual após o consumo de bebidas alcoólicas, ou seja, as pessoas que acreditam fortemente que o álcool aumenta a excitação sexual e desempenho de fato relatam um aumento de desejo sexual, mesmo que fisiologicamente isso não seja observado.

Mais importante: tais expectativas positivas em relação aos efeitos álcool estão associadas a uma maior propensão a praticar sexo sem proteção depois de beber. Ademais, o álcool leva à diminuição da percepção de riscos e dificuldade na tomada de decisões. Assim, um dos maiores problemas decorrentes é ter relações sexuais sem proteção, o que aumenta os riscos de ocorrer transmissão de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada, por exemplo.

Em paralelo, o uso abusivo do álcool se correlaciona de forma significativa para comportamentos violentos, gerando maior vulnerabilidade a brigas ou relação sexual não consentida em determinadas pessoas. Em última instância, se relaciona com quantidade de vítimas afetadas, entre as quais a mulher intuitivamente é mais exposta.


Álcool e humor

Transtornos de humor e ansiedade coexistem com transtornos por uso de álcool em cerca de 20% dos casos (excluindo casos transitórios que resultam do uso de álcool e/ou sua retirada, condições que normalmente melhoram espontaneamente), como revelado em amplo estudo.

Sabe-se que sintomas de depressão e ansiedade estão presentes de forma mais comum em mulheres que em homens. Além disso, elas podem apresentar ainda tais sintomas na forma de uma síndrome, chamada de Transtorno Disfórico Pré-menstrual, diagnóstico recentemente descrito pelo DMS-5. O uso de álcool em quem apresenta tais sintomas tende a ocorrer de maneira mais problemática, estando essas pessoas mais vulneráveis ao uso nocivo.


Outras particularidades dos potenciais danos do uso de álcool à saúde:

* Danos ao fígado: mulheres que bebem são mais propensas a desenvolver a inflamação do fígado que os homens;
* Doença cardíaca: mulheres são mais suscetíveis à doença cardíaca relacionada ao álcool que os homens;
* Cancêr de mama: mulheres que ingerem cerca de uma dose de álcool por dia também têm uma chance maior de desenvolver câncer de mama em comparação com as mulheres abstinentes;
* Gravidez: beber em qualquer quantidade durante a gravidez representa risco para mãe e para o feto, que estará propenso a problemas de aprendizado, comportamentais e outros.


Quando o consumo passa a ofecer risco?

Segundo o NIAAA, os limites de consumo de baixo risco entre as mulheres incluem as duas recomendações a seguir, que precisam ser seguidas juntas, e não são excludentes:

* Não consumir mais do que 7 doses de álcool por semana;
* Não consumir mais do que 3 doses em um único dia.

Mesmo dentro desses limites, o NIAAA alerta que o indivíduo pode ter problemas se beber muito rapidamente ou apresenta outros problemas de saúde. Ainda, é preciso certificar-se de comer o suficiente.

A OMS ainda recomenda que o consumo de bebidas alcoólicas não deve ser feito se a pessoa:

* estiver grávida ou amamentando;
* for dirigir, operar máquinas ou realizar outras atividades que envolvam riscos;
* apresentar problemas de saúde que podem ser agravados pelo álcool;
* fizer uso de medicamento que interage diretamente com o álcool;
* não conseguir controlar o seu consumo.

Vale ressaltar que o uso de álcool também não é recomendado para crianças e adolescentes, quando o sistema nervoso central ainda está em desenvolvimento e, portanto, suas vias neuronais encontram-se mais suscetíveis aos efeitos do álcool, podendo levar ao comprometimento de várias funções.

*Uma dose de bebida alcoólica equivale a aproximadamente 330 ml de cerveja, 100 ml de vinho ou 30 ml de destilado.

Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool

quarta-feira, 18 de março de 2015

O tempo do coração

O tempo do coração  Reflexões - Site Antidrogas 

Quantos dias são necessários para se construir uma amizade?

Em quantos anos se consolida um grande amor?

Muitas vezes imaginamos que tudo podemos cronometrar, que o tempo é um só.

Temos a ilusão de que o tempo marcado pelo relógio pode dar conta de todas as coisas da vida.

É verdade que os segundos, formando minutos e compondo as horas são o cronômetro de nossas horas de trabalho, a referência de nossos encontros, a contagem do iniciar e acabar de nossos compromissos.

Porém, quando a contagem fica por conta do coração, o tempo ganha outra dimensão, e os segundos pouco significado trazem.

Quanto tempo é suficiente para se ficar ao lado de quem se ama?

Qual a duração do tempo, quando no convívio de amigos e almas queridas a nos encherem de alegria?

Por outro lado, por que as horas se fazem tão lentas nas dificuldades, dores e problemas?

Percebemos assim que o tempo de nossa intimidade não se mede com os cronômetros frios e impassíveis.

Para as coisas do coração, é necessário o tempo das emoções, e para este, não há relógio ou cronômetro capaz de cronometrá-lo.

Nestes dias de imediatismo intenso, de velocidades medidas pelo suceder de mensagens eletrônicas e postagens de imagens e textos na internet, muitos nos confundimos em nossas emoções.

Achamos que o grande amor acontecerá rapidamente, que as amizades se consolidarão de imediato, que sentimentos que desejamos em nossa intimidade brotarão na velocidade de alguns cliques.

Esquecemos que o mundo apenas conseguiu acelerar as velocidades da comunicação, da troca de informação, dos contatos intercontinentais.

Porém, nosso coração continua a processar emoções do mesmo modo que o fez com o homem na Grécia antiga, na Idade Média, no Iluminismo.

Para se ter um grande amor, é necessário o seu próprio tempo.

Para que uma grande amizade se consolide, faz-se fundamental dar a ela o seu tempo.

Porém não esse tempo dos segundos, do relógio.

É necessário o tempo da construção das emoções. Do investimento e da consolidação dos sentimentos, que se faz no seu próprio e incontornável tempo.

Na ansiedade de se ter tudo de imediato, muitos abandonam relacionamentos, desiludidos, achando que esses deveriam se fazer fáceis, sem muitos esforços.

Tantos desistem de aprofundar sentimentos porque esses não respondem e não se desenvolvem nas mesmas velocidades imediatas do mundo externo.

E assim procedendo, abrem mão da preciosa oportunidade das conquistas de novas paragens nos campos da emoção.

Grandes amores, amizades consolidadas se fazem e se constroem sob a sombra dos embates, das renúncias, da dedicação, da abnegação e da solidariedade.

E esses sentimentos nobres são colecionados na esteira do tempo, através das experiências e das oportunidades.

Enquanto não nos permitirmos isso, teremos na nossa intimidade apenas vaga ideia, e um idealismo distante dos grandes sentimentos capazes de preencher nossa alma.

Pensemos nisso e invistamos no tempo do coração.
Fonte: (www.momento.com.br)

segunda-feira, 16 de março de 2015

A Diferença

A Diferença   


Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. 
Se reuniram e começaram a escolher as disciplinas.
O pássaro insistiu para que o vôo entrasse. 

O peixe, para que o nado fizesse parte do currículo também. O esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. 

O coelho queria de qualquer jeito a corrida. E assim foi. Incluíram tudo, mas cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos.

O coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. 
Mas queriam ensiná-lo a voar. Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa, coelho". Ele saltou lá de cima e quebrou as pernas. 
Não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.

O pássaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buracos como uma toupeira. Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, nem cavar buracos.

MORAL DA HISTÓRIA: todos nós somos diferentes. 
Cada um tem uma coisa de bom. Não podemos forçar os outros a serem parecidos conosco. Vamos acabar fazendo com que eles sofram, e no final, não serão nem o que nós queríamos, nem o que eles eram...
Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br) 

Entenda os efeitos do álcool no organismo

Entenda os efeitos do álcool no organismo   

Saúde Plena
Cada vez mais adolescentes e jovens fazem uso exagerado de bebida, desafiando a capacidade de tolerância do nível ingerido, o que pode levar ao coma alcoólico e à morte.
Se Vladimir Maiakovski cravou ser melhor morrer de vodca do que de tédio, a medicina mostra que jovens têm mais probabilidade de levar o verso do poeta ao pé da letra. Com o próprio corpo e também personalidade em formação, portanto, mais influenciáveis pelas propagandas de bebidas e comportamento da turma de amigos, estudantes como Humberto Moura Fonseca, de 23 anos, têm mais chance de não escapar à morte já na primeira bebedeira.

Embora a maioria dos adolescentes seja de abstêmios, aqueles que bebem tendem a um consumo pesado, muitas vezes bebendo em “binge”. Para caracterizar um “porre” no termo em inglês, que poderia levar ao coma alcoólico, um homem precisaria tomar 21 doses do destilado, o correspondente a um consumo tido como alto, mesmo distribuído ao longo da semana. Segundo depoimentos, o universitário mineiro teria ingerido de 25 a 30 doses, o equivalente a 1,5 litro de vodca pura.

No caso do estudante mineiro e de outros três colegas dele da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que receberam alta depois de ser socorridos a tempo em hospitais de Bauru (SP), tornou-se evidente que o organismo dos jovens é menos tolerante à bebida em relação ao dos adultos. “A capacidade de suportar os efeitos do álcool é menor nos jovens, que podem ficar bêbados com mais facilidade do que um adulto. Depois dos 30 anos, o adulto tem o fígado mais formado e maior maturidade no cérebro para ter maior controle sobre a bebida. Ele já desenvolveu uma certa malícia para perceber o momento em que está ficando intoxicado e beliscar um tira-gosto ou fazer uma pausa na ingestão do álcool. Já o jovem perde a capacidade de controlar a impulsividade característica da idade, que está aumentada pelos efeitos do álcool. Sua primeira queda pode ser fatal”, alerta o médico Valdir Ribeiro Campos, membro da Comissão de Controle do Tabagismo, Alcoolismo e Uso de Outras Drogas da Associação Médica de Minas Gerais.

Beber em binge na juventude, sem lenço nem documento, multiplica os riscos de consequências adversas, incluindo dependência de álcool, acidentes de trânsito, sexo sem proteção, problemas nos estudos e envolvimento em brigas. “O álcool é rapidamente absorvido, cai na corrente sanguínea e atinge o cérebro. Dessa forma, as substâncias tóxicas liberadas por meio da sintetização do álcool deprimem o sistema nervoso central e podem levar ao coma, parada cardiorrespiratória e à morte ”, afirma o especialista. Ele lembra que o efeito é semelhante ao dos interruptores, capazes de regular a entrada de luz no ambiente: “O coma está relacionado ao nível de consciência. Dependendo da quantidade de álcool ingerida, o cérebro vai diminuindo a intensidade. A pessoa fica confusa e entra em torpor até apagar”.

Para o bioquímico, o termo tolerância significa a capacidade individual de aguentar o consumo de álcool. Por definição, é menor para mulheres, orientais e em decorrência de variantes genéticas. Em outras palavras, há pessoas mais fortes para a bebida e outras mais fracas, que, em função disso, têm um freio natural para a ingestão abusiva de álcool. Rapidamente, o organismo avisa que estão ficando intoxicadas e que é hora de parar. Segundo o clínico-geral Oswaldo Fortini, a empolgação pode ter levado o universitário a continuar tomando vodca, mesmo que já estivesse alterado. “O álcool age no sistema nervoso e leva à euforia. O bebedor começa a se achar poderoso e essa sensação, muitas vezes, o leva a ingerir ainda mais”, explica.

PROIBIÇÃO 

Poucos sabem disso, mas, no Brasil, a idade mínima legal para começar a beber é 18 anos, segundo os artigos 81 e 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente e Artigo 63 da Lei das Contravenções Penais. Nos EUA e em alguns países da Europa, a regra é mais rígida: só é permitida a ingestão de bebidas alcoólicas a partir dos 21 anos. No Brasil, entretanto, é aceita socialmente a experimentação de bebidas por crianças e adolescentes e, com frequência, os pais são os primeiros a oferecer “um gole”. Faz parte da cultura brasileira as festas e comemorações serem regadas a bebidas alcoólicas, mesmo aquelas destinadas a crianças e adolescentes.

Estudo inédito da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (Uniad) da Unifesp, realizado em 100 estabelecimentos comerciais de BH, em 2012, mostrou que os adolescentes foram bem-sucedidos ao comprar bebidas alcoólicas em 73% das vezes. As lojas de conveniência foram as que ofereceram maior resistência à venda de bebidas aos jovens, com 50% de recusa, seguidas de bares, restaurantes e supermercados, com índice de recusa na casa de 33%. As que menos recusaram foram padarias e lanchonetes, com 11% a 12%. Os grupos de pesquisadores eram formados por jovens entre 14 e 17 anos.

Na contramão da venda facilitada de álcool para adolescentes na capital dos botecos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe duas políticas básicas para acabar com os problemas relacionados ao consumo do álcool por esse público: o aumento do preço da bebida e a implementação, com fiscalização, da idade mínima para beber.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Álcool entre jovens preocupa

Álcool entre jovens preocupa   

Diário do Grande ABC
O álcool é atualmente a droga que mais preocupa em relação aos jovens e adolescentes, na opinião do pediatra e pneumologista João Paulo Becker Lotufo dada em depoimento quinta-feira à CPI da Assembleia Legislativa de São Paulo que apura a violação de direitos humanos em universidades paulistas. 

O percentual de jovens que consomem álcool é alto e uma parte o faz diariamente já aos 17 anos de idade. Lotufo foi convidado a falar aos deputados depois da constatação nas sessões parlamentares que todas as situações de violência vivenciadas pelos primeiranistas (ou “bixos”, como são chamados por veteranos) nas universidades paulistas envolveram o consumo exagerado de bebidas alcoólicas. 

A CPI teve início em dezembro, trabalhou no recesso e está prestes a enviar relatório ao Ministério Público apontando os problemas. Ao alertar que efeitos do consumo de álcool, da maconha e do tabaco passaram a ser doenças também pediátricas, Lotufo defendeu a tese de que a prevenção contra as drogas lícitas e ilícitas deve começar ainda na infância. Muitos têm acesso à bebida já aos 10 anos. Em sua visão, medidas eficazes que foram adotadas pelo governo no combate ao cigarro poderiam ser implementadas em relação ao álcool, incluindo o aumento de impostos.

Corresponsabilidade

O depoimento foi dado ainda sob o clima de repercussão da morte em Bauru de estudante de Engenharia Elétrica da Unesp em festa onde houve notório abuso de álcool. O médico chamou a atenção para a corresponsabilidade da sociedade e disse que a culpa não pode recair somente sobre quem consumiu, mas igualmente a quem forneceu a bebida. Falando genericamente, defendeu que as universidades também têm de ser corresponsabilizadas por atos de violência ocorridos por abuso de álcool, mesmo fora do campus. 

De posse de gráficos estatísticos, o médico disse que o Brasil é o País campeão do mundo em mortes causadas pelo álcool e observou que o hábito de qualquer droga, quando iniciado antes dos 21 anos, tem maior probabilidade de criar dependência na fase adulta. Para ele, as festas open bar, como foi o caso de Bauru, deveriam ser simplesmente proibidas.

Em Destaque

Trote violento – 1

Estudantes de Estatística da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos) protagonizaram semana passada mais um caso de violência com trotes no Interior. Em uma república, no evento conhecido por ‘Lei dos Bixos’, promoveram um “leilão das bixetes”, em que primeiranistas são incentivadas a se despirem. Ao saber que uma garota de 17 anos encontrava-se em situação constrangedora, tirando apenas os sapatos, enquanto estudantes gritavam “quanto vale”, uma socióloga se dirigiu ao local e filmou com seu celular. Ao deixar o local, foi cercada pelos estudantes que a impediram de sair e ao tentar se desvencilhar, acabou se ferindo. O caso foi registrado em BO (boletim de ocorrência) na Delegacia da Mulher de São Carlos.

Trote violento – 2

Gines Villarinho, formado pela Unicamp (2007 a 2012), contou à CPI que na festa de recepção como calouro levou cusparada de cerveja, teve de lamber o chão do banheiro e passar por corredor de veteranos sob socos e chutes. “Um veterano mandou que eu deitasse no chão, como se eu fosse uma prancha, subiu em minhas costas e começou a pular. Aí comecei a pensar que isso não era só uma brincadeira, que estava passando dos limites”, disse ele. Decidiu não participar da festa de formatura quando se graduou e vetou seu nome na placa de bronze dos formandos. Ele relatou ter ficado “marcado” no campus quando passou a distribuir cartas aos calouros que ingressavam na faculdade, alertando-os para os riscos de participar das festas.

Drogas sintéticas

Um estudo publicado na semana passada pela ONU mostra que a produção de drogas em laboratório, chamadas sintéticas, vem aumentando. Ao todo, 348 substâncias psicoativas foram registradas no período de 2009 a 2013. Com o símbolo do Super-Homem, costuma ser vendida como “ecstasy”, porém os especialistas advertem que pode ser mais perigosa ainda, elevando a temperatura até a morte, como aconteceu naqueles casos.

Drogas sintéticas – 2 

A psiquiatra Ana Cecília Marques, presidente da Abead (Associação Brasileira para o Estudo do Álcool e outras Drogas), afirma que o Brasil vem sendo alertado sobre a nova onda de drogas sintéticas há 15 anos, mas não há preocupação do governo a respeito. Drogas sintéticas são consumidas principalmente no Sul e Sudeste do País por população com alto poder aquisitivo. O consumo geralmente acontece em meio à diversão, em festas e baladas com bebidas alcoólicas. Na maior parte dos casos, os usuários são jovens do sexo masculino e universitários ou recém-formados. Depois da maconha, os estimulantes anfetamínicos são os mais conhecidos no mundo, mais do que cocaína.

Muitos usuários, em geral, desconhecem os riscos.

Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

A cada 36h, um jovem morre vítima de álcool

A cada 36h, um jovem morre vítima de álcool   

A morte do universitário Humberto Moura Fonseca, de 23 anos, em uma festa em Bauru, no sábado passado, após a ingestão de 25 doses de vodca, não é uma situação tão incomum no País. Dados levantados pelo Estado no portal Datasus mostram que, a cada 36 horas, um jovem brasileiro morre de intoxicação aguda por álcool ou de outra complicação decorrente do consumo exagerado de bebida alcoólica. De acordo com informações do Ministério da Saúde reunidas no portal, foram registradas em 2012, último dado disponível, 242 mortes na faixa etária dos 20 aos 29 anos causadas por “transtornos por causa do uso de álcool”, conforme definido na Classificação Internacional de Doenças (CID). Considerando todas as faixas etárias, o número de mortes causadas pelo álcool chegou a 6.944 em 2012, quase o dobro do registrado em 1996, dado mais antigo disponível na base Datasus. Naquele ano, foram 3.973 óbitos associados ao consumo exagerado de bebida. No período, a alta no número de mortes foi de 74%.


Autor:
OBID Fonte: Com informações de O Estado de S.Paulo

Adolescentes que fumam maconha regularmente estão mais expostos ao fracasso escolar

Adolescentes que fumam maconha regularmente estão mais expostos ao fracasso escolar   

Diário de Pernambuco
Adolescentes que fumam regularmente maconha estão mais expostos ao fracasso escolar que outros. Pelo menos, é que aponta resultados de um estudo publicados na revista médica "The Lancet Psychiatry". A pesquisa concluiu que os usuários diários da erva com menos de 17 anos de idade correm 60% a mais de riscos de não concluir o ensino médio que os que nunca utilizaram a substância entorpecente. Ainda de acordo com a pesquisa, aqueles que fumam diariamente têm sete vezes mais riscos de tentarem cometer suicídio e oito vezes mais riscos de usar outras drogas posteriormente.

Os cientistas da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, tentaram traçar um paralelo da frequência do consumo de maconha entre os jovens com menos de 17 anos e seus comportamentos na vida. Os critérios usados foram o êxito escolar, o uso de drogas ilegais, dependência da maconha, a depressão e as tentativas de suicídio.

Para Richard Mattick, um dos autores da pesquisa, os dados aparecem em momento oportuno, quando vários estados americanos e países da América Latina estão optando pela descriminalização do uso da maconha, entorpecente ilegal mais consumida no mundo. Já o doutor Edmund Silins, outro autor do estudo, defende que os resultados demonstram "de maneira evidente" que a luta contra o consumo precoce da maconha entre os jovens representa "importantes benefícios em termos sociais e de saúde".


Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Medo de Tentar

Medo de Tentar   

Aprenda que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprenda que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprenda que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mais isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame,não significa que esse alguém não saber amar, contudo, o ama como pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabe como demonstrar ou viver isso.

Aprenda que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma seriedade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprenda que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Aprenda que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores... E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, 

SENÃO FOSSE O MEDO DE TENTAR.

Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br) 

47% dos usuários de álcool começaram a beber com menos de 18 Notícias sobre drogas e alcool - Site Antidrogas

47% dos usuários de álcool começaram a beber com menos de 18  Notícias sobre drogas e alcool - Site Antidrogas 

EBC
Cerca de 47% dos usuários de bebidas alcoólicas começaram a beber com menos de 18 anos. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde e foram divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, 34,5% dos usuários tiveram o primeiro contato com a bebida alcoólica entre 15 e 17 anos e 12,5%, antes dos 15 anos

Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o mais preocupante é que esses jovens não só começaram a beber cedo, como têm feito uso abusivo do álcool. “É preciso encarar esse uso abusivo por jovens como um problema de saúde pública. O álcool é responsável por muitas doenças e muitos problemas de saúde pública”, disse.

Para Chioro, é fundamental ampliar a fiscalização aos estabelecimentos comerciais, para evitar a venda a menores de idade, já que esse comércio é proibido pela legislação. “Mas também é preciso trabalhar com as famílias, porque, muitas vezes, esse jovem tem acesso à bebida alcoólica no próprio seio familiar, nas festas. Como a bebida é socialmente aceita, se faz todo um rito de iniciação [dentro da família]”.

Outro dado apresentado pela pesquisa que, segundo Chioro, é preocupante, é que 24,3% dos usuários de álcool entrevistados assumiram já ter dirigido sob o efeito da bebida. “São mais de 30 mil óbitos por ano relacionados a acidentes de trânsito. Uma parcela considerável desses óbitos é relacionada a pessoas que ingeriram álcool ou drogas e dirigiram. Temos que trabalhar não só para fortalecer os processos fiscalizatórios previstos na Lei Seca, como desenvolver um conjunto de atividades preventivas de educação, saúde e informação”, disse.

Apesar de não haver estatísticas disponíveis sobre o assunto, o ministro acredita que a proporção de pessoas que dirigiam sob efeito de álcool, antes da Lei Seca, era ainda maior. “Provavelmente esse número era maior antes da Lei Seca. A Lei Seca é uma proteção para a sociedade e portanto deve continuar”, disse.
Fonte: EBC
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Reflexão




Reflexão

Águas cristalinas  

Conta-nos uma lenda que um viajante encontrou uma fonte de águas cristalinas no deserto. A água era tão límpida e fresca que resolveu levar um pouco para seu rei.

Satisfez sua sede e logo a seguir encheu o seu cantil com aquela água maravilhosa, andando ainda vários dias debaixo do sol do deserto até chegar ao palácio do rei.

Quando, finalmente, chegou à presença do seu soberano, curvou-se aos seus pés e entregou-lhe o presente que lhe trouxera.

A água já estava estragada e com mau-cheiro devido ao cantil velho onde havia sido guardada por vários dias. Porém, o rei não deixou que seu fiel súdito percebesse que a água estava imprópria para o uso. Saboreou o presente com expressão de gratidão e encanto.

Depois despediu o homem que saiu da sala do rei com o coração transbordando de alegria.

Depois de ter saído, outros provaram a água e ficaram espantados pelo fato do rei ter fingido apreciar o que o leal súdito havia oferecido.

- Ah! Disse o rei, não foi a água que eu saboreei, mas o amor demonstrado no oferecimento.

Preste sempre atenção nas coisas que te são oferecidas... Muitas vezes, a intenção, é carinho, amor , afeto, como são os presentes inocentes das crianças...Que você encontre sempre alguém pelo caminho te presenteando com inocentes

"Águas Cristalinas".
Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br)

Dois Anos do Blog ANONIMATO!!!!!!!!!!

Álcool e energéticos: uma mistura arriscada  

Os energéticos são comercializados com esse nome por apresentar ingredientes como cafeína, taurina, vitaminas, suplementos de ervas e açúcar ou adoçantes, substâncias utilizadas para melhorar a energia, a resistência, o desempenho físico e a concentração. Muitos desses ingredientes ajudam a disfarçar o sabor do etanol das bebidas alcoólicas, fazendo com que a combinação pareça mais doce e palatável e assim contribuindo para o aumento do consumo de álcool.

Além disso, a cafeína aumenta a euforia causada pela bebida e reduz a sensação subjetiva de embriaguez, fazendo a pessoa sentir e pensar que está “menos alcoolizada” do que verdadeiramente está; no entanto, essa mistura não reduz o efeito real do álcool. Apesar de se acreditar que a cafeína presente nos energéticos seja a principal responsável por esses efeitos, ainda são necessários mais estudos para confirmar e entender melhor essa relação. Atualmente não são oferecidas comercialmente bebidas alcóolicas contendo cafeína nos Estados Unidos em virtude de um acordo voluntário entre a indústria de bebidas e a agência sanitária americana (The US Food and Drug Administration - FDA) por não estar claro ainda se a cafeína misturada ao álcool pode oferecer riscos ao consumidor, principalmente levando-o a subestimar seu uso e assim beber mais do que pretendia.

Um artigo de revisão sobre os riscos da mistura de álcool e bebidas energéticas, publicado em 2014, indicou que essa prática é comum em todo o mundo, particularmente entre menores de idade e adultos jovens e está associada a taxas elevadas de consumo excessivo de álcool, a dirigir alcoolizado e a comportamento sexual de risco, além de maiores riscos de desenvolver dependência. Estas observações sugerem que a combinação entre álcool e energéticos é mais arriscada que o consumo do álcool sozinho; portanto, seu uso pode gerar preocupações com a saúde e segurança mesmo em um único episódio e, se este padrão for frequentemente repetido, aumenta-se a probabilidade de ocorrência de problemas relacionados ao consumo de álcool.

No Brasil, também foi verificado que os universitários são bastante expostos a esse tipo de consumo. De acordo com o “I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras”, a bebida energética é a substância mais frequentemente associada ao álcool: entre os universitários que descreveram uso de bebidas alcóolicas com outras substâncias simultaneamente, 74,3% relataram uso dessa mistura na vida, 53% uso nos últimos 12 meses e 36% uso nos últimos 30 dias.

Entre os universitários que admitiram uso combinado de energéticos e bebidas alcoólicas nos últimos 30 dias, quase 90% relataram o consumo em 1 a 10 dias (média de 2 dias) nos últimos 30 dias (Tabela 1), dos quais 5% consumiu esta combinação diariamente ou em uma frequência de 2 a 3 vezes por semana.

Tabela 1: Frequência de uso da combinação de bebidas alcóolicas e energéticos nos últimos 30 dias (2010).


Fonte: Site Antidrogas.com.br

domingo, 20 de julho de 2014

USO FREQUENTE DE MACONHA BLOQUEIA SENTIMENTOS PRAZEROSOS, DIZ PESQUISA

USO FREQUENTE DE MACONHA BLOQUEIA SENTIMENTOS PRAZEROSOS, DIZ PESQUISA

Fumar maconha várias vezes ao dia durante anos pode danificar a química do cérebro responsável pela sensação de prazer, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos com a Universidade Harvard.
A pesquisa foi divulgada recentemente na revista "Proceedings", da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Cientistas descobriram que o cérebro dos que abusam da maconha reage menos à dopamina, substância química liberada pelo cérebro, que causa a sensação de bem estar. A dopamina é ativada geralmente durante a alimentação, no sexo ou durante o uso de drogas.
A descoberta foi feita depois que a equipe de pesquisadores analisou a produção de dopamina no cérebro de 48 pessoas, 24 delas que haviam fumado pelo menos cinco cigarros de maconha por dia, cinco dias por semana, por 10 anos; e outras 24 sem esse histórico (grupo controle).
A cada um deles foi dado uma dose de metilfenidato, mais conhecido como Ritalina, remédio que aumenta a liberação de dopamina.
Imagens do cérebro das 48 pessoas revelaram que todas produziram mais dopamina após tomar a droga, como era esperado. Mas, enquanto os integrantes do grupo controle tiveram aumento da pressão e das batidas cardíacas e se sentiram mais eufóricos, os usuários frequentes de maconha não apresentaram essas alterações.
A falta de uma resposta física sugere que os usuários frequentes de maconha podem ter seu circuito de recompensa no cérebro danificado pelo uso da droga, segundo Nora Volkow, diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, e autora do estudo.
A pesquisa não indicou que os usuários frequentes de maconha produzem menos dopamina, mas passam a ter menos a sensação que ela induz, como se o uso da droga alterasse seu mecanismo. Os pesquisadores só não conseguiram descobrir porquê isso acontece.
"Não ser capaz de destrinchar causa e efeito é uma limitação em um estudo como este, diz Volkow.
Fonte : UNIAD

Só por hoje 20-07...

DOMINGO, 20 DE JULHO DE 2014


Primeiro Passo 
"Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que tínhamos perdido o domínio sobre as nossas vidas." Primeiro Passo 
O Primeiro Passo pressupõe a palavra "nós" e há uma razão para isso. Há uma enorme força na admissão verbal da nossa impotência. E quando vamos a reuniões e fazemos esta admissão, obtemos mais do que força pessoal. Tomamo-nos membros, parte de um "nós" colectivo que nos permite, juntos, recuperar da nossa adicção. O facto de pertencermos a NA traz-nos uma riqueza de experiência: a experiência de outros adictos que encontraram uma forma de recuperar da sua adicção. Não precisamos mais de tentar resolver sozinhos o quebra-cabeças da nossa adicção. Quando admitimos honestamente a nossa impotência perante a nossa adicção, podemos começar a procurar um novo modo de vida. Não iremos procurar sozinhos - estamos em boa companhia. 

Só por hoje: Vou começar o dia com a admissão da minha impotência perante a adicção. Vou recordar-me de que o Primeiro Passo pressupõe a palavra "nós", sabendo que nunca mais precisarei de ficar sozinho com a minha doença.

Homenagem a RUBEM ALVES!!!!!!!!


A alma é uma coleção de belos quadros adormecidos, os seus rostos envolvidos pela sombra. Sua beleza é triste e nostálgica porque, sendo moradores da alma, sonhos, eles não existem do lado de fora. Vez por outra, entretanto, defrontamo-nos com um rosto (ou será apenas uma voz, ou uma maneira de olhar, ou um jeito da mão...) que, sem razões, faz a bela cena acordar. E somos possuídos pela certeza de que este rosto que os olhos contemplam é o mesmo que, no quadro, está escondido pela sombra. O corpo estremece. Está apaixonado.
Acontece, entretanto, que não esxiste coisa alguma que seja do tamanho do nosso amor. A nossa fome de beleza é grande demais.(...)Cedo ou tarde descobrirá que o rosto não é aquele. E a bela cena retornará à sua condição de sonho impossível da alma. E só restará a ela alimentar-se da nostalgia que rosto algum poderá satisfazer...
Rubem Alves

sábado, 19 de julho de 2014

Só por hoje 19-07...

SÁBADO, 19 DE JULHO DE 2014


Realizar os nossos sonhos 
"Os sonhos que há muito abandonamos podem agora tornar-se realidade." Texto Básico, p. 80 
Tudo começa com um sonho. Mas quantos de nós realizaram os seus sonhos quando usavam? Mesmo que conseguíssemos completar algo que tivéssemos começado, anossa adicção acabava por tirar-nos todo o orgulho pelo nosso sucesso. É possível que quando usávamos sonhássemos vir um dia a estar limpos. Esse dia chegou. Podemos aproveitá-lo para realizarmos os nossos sonhos. Para realizarmos os nossos sonhos temos de agir, mas a nossa falta de confiança poderá impedir-nos de tentar. Podemos começar por fixar metas realistas. O sucesso que experimentamos quando alcançamos as nossas metas iniciais permite-nos alimentar sonhos maiores da vez seguinte. Alguns dos nossos membros contam que, quando comparam as ambições que tinham quando entraram em recuperação com aquilo que de facto vieram a alcançar, ficam boquiabertos. Em recuperação são geralmente mais os sonhos que se tomam realidade do que aqueles que alguma vez imaginamos. 

Só por hoje: Vou lembrar-me de que tudo começa com um sonho. Hoje vou permitir-me realizar os meus sonhos.

OPERÁRIO DEPENDENTE DE CRACK E COCAÍNA NÃO CONSEGUE REINTEGRAÇÃO À GENERAL MOTORS

OPERÁRIO DEPENDENTE DE CRACK E COCAÍNA NÃO CONSEGUE REINTEGRAÇÃO À GENERAL MOTORS


TST - Tribunal Superior do Trabalho
Por considerar que a dispensa não foi discriminatória, a Justiça do Trabalho indeferiu pedido de reintegração de um dependente químico dispensado pela General Motors do Brasil Ltda. Ao examinar agravo de instrumento do trabalhador, a Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho negou provimento ao apelo.
O trabalhador, contratado como operador de produção, alegou ser dependente químico de crack e cocaína e disse que estava afastado do trabalho, internado para tratamento, quando o departamento médico da empresa sugeriu o retorno ao trabalho. Logo em seguida, foi dispensado, interrompendo, segundo ele, possível melhora no quadro.
Em sua defesa, a General Motors afirmou que encaminhou o operário a um programa de recuperação de dependentes químicos da própria empresa. Disse que o programa, sem ônus para o empregado ou prejuízo de salário, tinha como condição que ele fizesse o tratamento de forma correta, participando das reuniões com o serviço médico, o que não teria ocorrido.
De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), prova documental mostrou que não houve empenho no tratamento por parte do empregado. O Regional ressaltou que a dispensa aconteceu mais de um ano e três meses depois da empresa ter tomado ciência da dependência química. Por isso, considerou que não houve ato discriminatório na dispensa sem justa causa, mas sim quebra de confiança, pela falta de compromisso do empregado com o tratamento, que ocasionou inúmeros afastamentos e faltas.
No agravo pelo qual pretendia trazer a discussão ao TST, o trabalhador alegou, entre outras coisas, que o TRT não teria se manifestado a respeito de comunicado emitido pela instituição de recuperação onde estava internado antes de sua dispensa, que informava a necessidade de mais seis meses de tratamento. Alegou também que o Regional não poderia afirmar que ele não tinha colaborado, pois, assim que foi avisado sobre nova oportunidade para tratamento, internou-se imediatamente para nova tentativa de cura.
Ao analisar o agravo, o relator, ministro Fernando Eizo Ono, não constatou omissão apontada na decisão. Ele salientou que, segundo o Regional, "o próprio autor admitiu não ter frequentado regularmente os grupos de apoio". Diante dos fundamentos do TRT, o ministro verificou que não houve ofensa aos artigos 5º, inciso XLI, da Constituição da República, e 1º e 4º da Lei 9.029/95, que proíbe práticas discriminatórias na relação de emprego.
(Lourdes Tavares/CF)
O número do processo foi retirado para preservar a privacidade do trabalhador.
O TST possui oito Turmas julgadoras, cada uma composta por três ministros, com a atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos regimentais e recursos ordinários em ação cautelar. Das decisões das Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1).
Fonte:UNIAD.