sábado, 7 de novembro de 2015

Consumo total do álcool no Brasil é 40% maior do que a média mundial



180 Graus
Estima-se que, no mundo, indivíduos com 15 anos ou mais consumiram cerca de 6,2 litros de álcool
O ano é 2015. Na sala azul com chão de cerâmica cinza e vários quadros de avisos na parede, pisca uma luz com os dizeres: “Só por hoje, evite o primeiro gole”. Uma elegante senhora loira chama os novatos a se apresentarem. Os relatos que se seguem são histórias dramáticas que mostram a trajetória de pessoas que perderam tudo — emprego, dinheiro, família e dignidade — para a dependência do álcool. Afora os coordenadores, há 26 pessoas na sala, cinco são mulheres.

Meio século atrás, em 1965, nas bancas de jornal, a revista O Cruzeiro chamava a atenção dos leitores para uma reportagem sobre causas e efeitos do alcoolismo, considerado, à época, “o mais corrosivo veneno ‘atual’ do corpo e da alma” e “o maior problema enfrentado pela psiquiatria” na medicina.

De lá pra cá, o que mudou? Embora não haja números que possibilitem a comparação do consumo de álcool no país no período, em 1965, a doença não atingia “índices alarmantes de outros países”, mas crescia de forma preocupante no Brasil. Hoje, a situação é outra, e o país passou a consumir mais álcool que a média mundial. É o que mostra o último Relatório Global sobre Álcool e Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o estudo, estima-se que, no mundo, indivíduos com 15 anos ou mais consumiram cerca de 6,2 litros de álcool puro em 2010, o equivalente a 13,5g por dia. No Brasil, porém, o consumo total estimado equivale a 8,7 litros por pessoa, 40% maior do que a média mundial. A OMS diz ainda que, em 2003, o consumo no Brasil era bem maior: 9,8 litros por pessoa.

Em que pese a diminuição do consumo de álcool em território brasileiro na comparação entre 2003 e 2010, as projeções para a próxima década indicam que ele voltará a aumentar, ultrapassando a linha de 10 litros por pessoa. O abuso no consumo é outro dado que põe o Brasil negativamente à frente do ranking mundial. Segundo a OMS, no país, a parcela da população que experimentou consumo excessivo de álcool pelo menos uma vez durante um ano foi de 12,5%. A média mundial é de 7,5%. Para piorar a situação, devido ao amplo acesso, cada vez mais a dependência do álcool é cruzada com outras drogas.

Na reunião de um grupo de Alcoólicos Anônimos (AA) em Belo Horizonte descrita no início da reportagem, a maioria dos participantes aliava o uso de álcool à cocaína, a medicamentos benzodiazepínicos (ansiolíticos usados como sedativos) e, em certos casos, ao crack. Durante a sessão, uma mulher alta, de 40 anos, mãe de uma filha, começa a falar. Trata-se de F., uma típica representante da classe média alta da capital mineira. Antes de começar, ela ajeita a bolsa no colo e cruza as pernas. Essa é segunda temporada no AA.

Na primeira, F. ainda negava a doença. “Cheguei aqui muito arrogante, achando que ainda dava, depois de seis meses internada em uma clínica em São Paulo”, conta. Nessa época, mesmo frequentando as reuniões, tinha recaídas constantes. “É muito difícil assumir a palavra ‘alcoólatra’ na vida da gente. Isso funcionava com o filho do vizinho, com o amigo do meu pai, mas não para mim. A ficha só caiu depois que quase morri”, reconhece F., que foi internada pela segunda vez há dois anos e, com 1,73m de altura, chegou a pesar 44kg.

Seu precipício particular começou com o álcool, mas depois foi associado à cocaína e aos benzodiazepínicos. “Cheirava para acordar, bebia para passar o dia e, à noite, tomava remédios para dormir”, resume F., sóbria há dois anos, depois de passar dois meses em coma. Ela foi resgatada pelo pai — que contou com a ajuda de um médico e de uma ambulância do Samu — num hotel da capital depois de ligar para a família para se despedir ao perceber que estava sofrendo uma overdose.

Devastador

De acordo com a OMS, o uso nocivo do álcool é um dos fatores de risco de maior impacto para a morbidade, a mortalidade e a incapacidades em todo o mundo e está relacionado a 3,3 milhões de mortes por ano, o que significa que quase 6% dos óbitos em todo o planeta são atribuídos total ou parcialmente ao álcool. A organização não governamental Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) diz que, em 2012, 5,6 % dos brasileiros — 3% mulheres e 8% homens — abusavam ou dependiam de álcool.

No mesmo período, a substância esteve associada a 61,5% dos índices de cirrose hepática e a 11,5% dos acidentes de trânsito no país, sendo 18% entre homens e 5% entre mulheres. Em todo o mundo, aponta a OMS, as faixas etárias mais jovens (de 20 a 49 anos) são as principais afetadas pelas mortes associadas ao uso do álcool, que mata todos os anos 3,3 milhões de pessoas.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas) 

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Reflexão do dia 5 de Novembro


"A QUALIDADE DA FÉ"
Esta... tem que vir com a qualidade da Fé... Jamais havíamos nos examinado, no sentido profundo e significativo... Nem sequer havíamos aprendido a rezar da maneira certa. Sempre havíamos dito: "Concedei-me as coisas que desejo" ao invés de: "Seja feita a Vossa vontade."
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES PG. 28


      Deus não me dá posses material, nem tira meu sofrimento ou me poupa dos desastres, mas Ele me dá uma boa vida, a habilidade de seguir em frente, e paz de espírito. Minhas orações são simples: primeiro, elas expressam minha gratidão pelas boas coisas em minha vida, independentemente de como foi duro para mim encontrá-las; e segundo, peço somente a força e a sabedoria para fazer a Sua vontade. Ele responde com soluções para os meus problemas, reforçando minha capacidade para suportar as frustrações do dia, com uma serenidade que eu não acreditava que existisse, e com a força para praticar os princípios de A.A. em todos os meus assuntos diários.

Estudos sugerem que tirar mês de ´férias` do álcool faz bem para a saúde

   

G1
Cientistas acreditam que um mês sem álcool já ajuda fígado a se recuperar. Pesquisa que será apresentada este mês indica benefícios de abstinência.

Uma pesquisa que deve ser apresentada este mês na reunião anual da Associação Americana para o Estudo de Doenças do Fígado concluiu que deixar de consumir bebidas alcoólicas por quatro semanas já traz benefícios mensuráveis para a saúde do indivíduo.

O estudo, cujos detalhes só serão conhecidos depois da apresentação no evento, mediu o impacto da abstinência de álcool temporária em 102 pessoas. A conclusão, segundo o jornal "The Guardian", foi que eles tiveram uma redução da fibrose do fígado, situação que pode levar à cirrose.

Os pesquisadores acreditam que as "férias" do álcool podem ajudar o fígado a se recuperar, ao menos parcialmente, dos danos provocado pelas bebidas.

Este não é o primeiro estudo a avaliar o impacto de um período de abstinência alcoólica na saúde de pessoas que costumam beber socialmente. Em 2013, um projeto proposto pela equipe da revista "New Scientist" em parceria com pesquisadores do Instituto do Fígado e da Saúde Digestiva na Escola de Medicina da University College London (UCLMS) mediu os efeitos da abstinência em 10 membros da equipe da revista, em comparação a 4 membros que continuaram bebendo socialmente.

O grupo foi submetido a testes antes e depois da experiência e os resultados concluíram que, em média, a parcela de gordura no fígado caiu 15% nos que evitaram o álcool durante o período. O nível de glicose no sangue também caiu em média 16% entre os abstinentes. Os participantes que deram férias para o fígado também relataram ter um sono de melhor qualidade, além de maior nível de concentração depois da experiência.

No Reino Unido, algumas campanhas propõem a abstinência alcoólica temporária. A "Dry January", por exemplo, incentiva que as pessoas não bebam durante os 31 dias de janeiro, além de arrecadar recursos para a organização Alcohol Concern. Já a "Go Sober for October", organizada pela instituição Macmillan Cancer Support, propõe a abstinência no mês de outubro e a arrecadação de fundos para o combate do câncer.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Perguntas de alguns leitores do Blog e as respostas!!!

Qual a composição química do crack?

O crack é obtido a partir da mistura da pasta-base de coca ou cocaína refinada (feita com folhas da planta Erythroxylum coca), com bicarbonato de sódio e água. Quando aquecido a mais de 100ºC, o composto passa por um processo de decantação, em que as substâncias líquidas e sólidas são separadas. O resfriamento da porção sólida gera a pedra de crack, que concentra os princípios ativos da cocaína.

Segundo o químico e perito criminal da Polícia Federal (PF) Adriano Maldaner o nome ‘crack’ vem do barulho que as pedras fazem ao serem queimadas durante o uso. “A diferença entre a cocaína em pó e o crack é apenas a forma de uso, mas o princípio ativo é o mesmo”, afirma Maldaner.

Por ser produzido de maneira clandestina e sem qualquer tipo de controle, há diferença no nível de pureza do crack, que também pode conter outros tipos de substâncias tóxicas - cal, cimento, querosene, ácido sulfúrico, acetona, amônia e soda cáustica são comuns. “A pureza vai depender do valor pago na matéria-prima pelo produtor. Se a cocaína for cara, é misturada com outras substâncias, para render mais. Se for de uma qualidade inferior, pouca coisa ou nada é adicionado”, diz Maldaner.
Fonte: Crack, é possível vencer
Qual é a diferença entre o crack e a cocaína em pó?

Do ponto de vista do princípio ativo, ambos são a mesma substância. A diferença está da forma de apresentação (“pedra”, para o crack, e pó branco cristalino, para a cocaína), e na forma com exercem sua ação. A cocaína é aspirada e absorvida pela mucosa nasal, ou diluída em água e injetada na veia. Demora cerca de 5 minutos para chegar ao cérebro (onde apenas um terço da cocaína aspirada vai chegar) e seus efeitos duram em média 60 minutos.
Fonte: Enfrentando o crack - www.brasil.gov.br
Qual o perigo de fumar?

Que fumar faz mal para a saúde quase todos sabem, mas é bom às vezes, ficar ciente de alguns dados mais concretos, para darmo-nos conta do quão perigoso é o cigarro. A cada ano, mais ou menos 200 mil pessoas morrem em conseqüência de alguma complicação decorrente da dependência do cigarro. Junto a este dado, une-se aquele que diz que, por dia, sete pessoas morrem por serem fumantes passivos. Algumas iniciativas já estão sendo tomadas para minimizar este mal, como as leis que proíbem o consumo de cigarros em locais fechados. Iniciativa esta que está surtindo resultados.

Para aqueles que ainda são descrentes do poder destrutivo do cigarro, uma estatística organizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) informou que 90% dos pacientes diagnosticados com câncer no pulmão são fumantes. E que R$ 373 mil são gastos pela secretaria de saúde com o tratamento de cada paciente de câncer de pulmão. É preciso dar-se conta que fumar não é apenas uma atitude individual, mas social. A fumaça espalha-se, sendo inalada por outras pessoas, e causando-lhes tanto ou até mais dano que ao próprio fumante. Os cofres públicos gastam fortunas em tratamento de pacientes doentes em conseqüência do fumo, investimento que poderia ser redirecionado a outras causas. Espera-se não só melhorar a qualidade de vida do indivíduo fumante, mas de toda uma sociedade.
Fonte: Site Parar de Fumar

Caros Leitores, continuem perguntando e interessados nesse assunto  que é de utilidade pública. 
Clayton Bernardes 
Terapeuta em Dependência Química 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

REFLEXÃO DIÁRIA 04/11/15


UMA DISCIPLINA DIÁRIA

04-11-2015
... quando essas práticas (auto-exame, meditação e oração) estão logicamente relacionadas e interligadas, resultam em uma base inabalável para toda a vida.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES
Os últimos três Passos do programa invocam a disciplina amorosa de Deus sobre a minha natureza obstinada. Se dedico apenas alguns pontos mais importantes do meu dia, junto com o reconhecimento daqueles aspectos que não me agradam muito, uma história que é essencial à minha caminhada para o auto-conhecimento.
Fui capaz de perceber meu crescimento, ou a falta dele, e pedir numa prece para ser aliviado desses defeitos de caráter contínuos que me causam sofrimento. Meditação e oração também me ensinam a arte de concentrar-me e escutar.
Verifico que a confusão do dia se acalma quando rezo por Sua orientação e vontade. A prática de pedir a Ele que me ajude em meus esforços para a perfeição coloca uma nova perspectiva ao tédio de cada dia, porque sei que existe honra em qualquer trabalho bem feito. A disciplina diária de oração e meditação me manterá em boa condição espiritual, capaz de encarar qualquer coisa que o dia me traga, sem pensar em uma bebida.

Vida Passageira




Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes. 
Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas, mesmo ainda em botão. Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas, se entregam ao vento. 

Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor. E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros. Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos. Perdemos dias, às vezes anos. Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.

Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação. Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.

E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós. Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente. Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos. Nos consumimos. Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente. E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos? 

Isso faria uma grande diferença. E o tempo passa... Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa. Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos perguntamos: E agora? Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos. 

Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso. Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos. Olhe para frente! Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor. Ainda é tempo de voltar-se para Deus e agradecer pela vida, que mesmo passageira, ainda está em nós. Pense!... Não o perca mais!...
Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br)

Fumo e gestação

  

Jornal do Brasil
Muito se fala sobre as consequências do fumo para a saúde da mulher e principalmente durante a gestação. A mulher que fuma durante a gravidez pode prejudicar o feto de diversas maneiras. O potencial mutagênico, isto é, a possibilidade de causar uma alteração genética no feto também foi correlacionada com o fumo. Substâncias provenientes da fumaça inalada se ligariam a frações de DNA, causando lesões pré-mutacionais. Os danos no DNA aumentam a incidência de abortamentos, defeitos físicos e alguns autores sugerem até mesmo aumento dos casos de Trissomia do cromossomo 21 (Síndrome de Down).

Outro dado estatístico é o aumento da incidência de gravidez tubária, que pode ser 3,5 vezes maior em fumantes do que não fumantes. Um trabalho em Hamster demonstrou uma alteração na função e mobilidade da trompa, o que levaria a uma dificuldade da captura do óvulo pela trompa (infertilidade) ou do trânsito do embrião até o útero (gravidez tubária).

Acredita-se que 30% das mulheres e 35% dos homens em idade produtiva sejam fumantes. A relação entre fumo e infertilidade ainda não está plenamente consciente na população e ainda é motivo de dúvida perante a classe médica. Isto porque, apesar de diversos trabalhos acumularem dados mostrando o efeito adverso do fumo, muitos são considerados pouco conclusivos devido à diversidade das populações e métodos estudados. Mas se a relação entre fumo e fertilidade for aceita, podemos considerar que 13% da infertilidade feminina podem ser causadas pelo cigarro.

Um estudo da Associação de Planejamento Familiar de Oxford, na Inglaterra, observa um retorno à fertilidade em ex-fumantes. A reversibilidade da natureza do problema indica a correlação entre dose/tempo e a fertilidade e prevê uma ferramenta importante para motivação em campanhas antitabagismo.

Já nos tratamentos de fertilização in vitro, as fumantes precisam de duas vezes mais tentativas para conseguir engravidar. Comprovou-se a presença no líquido folicular aspirado no momento da retirada do óvulo de cádmio e cotinina. O mesmo foi encontrado em pacientes fumantes passivas. Diversos estudos avaliaram os efeitos do fumo e de fumantes passivos sobre a quantidade e qualidade espermática. Uma queda de 22% na concentração foi observada no total, mas as alterações de mobilidade e morfologia apesar de reduzida se encontravam dentro dos limites normais.

Hoje estudos feitos entre a relação tabaco e reprodução concluíram que: mais de 20 estudos publicados na literatura médica detalharam os efeitos adversos do fumo para a fertilidade; o tabaco contém diversas substâncias, muitas das quais tóxicas. Um estudo feito em ratos mostrou que a nicotina teve efeitos destrutivos na maturação do ovo, nas taxas da ovulação e nas taxas de fertilização; o estudo mostrou também anormalidades cromossômicas nos óvulos expostos à nicotina; a reserva ovariana e a quantidade e a qualidade do óvulo são reduzidas nas mulheres que fumam; os fumantes têm números mais baixos dos folículos quando estimulados para fertilização in vitro; os fumantes têm taxas mais baixas na fertilização dos óvulos in vitro e mais chances de abortamento espontâneo; um estudo mostrou que a possibilidade para uma gravidez de FIV em 2.7 vezes mais alta para as mulheres que nunca fumaram em comparação às mulheres que fumam (ou parado recentemente).

O mesmo estudo mostrou que se a mulher fumasse pelo menos há cinco anos, o risco foi aumentado a 4.8; há também alguma evidência que o homem sendo fumante existe a diminuição na chance com IVF. Não se sabe se este efeito estaria causado diretamente pelo esperma ou se representa um efeito negativo na qualidade do ovo e do embrião com a exposição passiva.

Caso a mulher tenha problema para engravidar ou particularmente se está planejando uma fertilização in vitro, tem que parar o mais rápido possível, porque as taxas do sucesso de IVF são mais elevadas nas mulheres que não são fumantes do que nas mulheres que fumaram durante o estímulo ovariano.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

domingo, 1 de novembro de 2015

Reflexão do dia 1 de Novembro


NÃO POSSO MUDAR O VENTO
É fácil descuidar do programa espiritual de ação e ficar só na fama que criamos. Se o fizermos, estaremos à beira do perigo, pois o álcool é um inimigo sutil.
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 104

      Meu primeiro padrinho falou-me que havia duas coisas a dizer sobre a oração e meditação: primeiro tinha que começar e segundo, tinha que continuar. Quando vim para A.A., minha vida espiritual estava em falência; se eu ocasionalmente considerava Deus, o chamava somente quando minha própria vontade era incapaz de uma tarefa ou quando medos avassaladores corroíam meu ego.
       Hoje sou grato por uma nova vida, uma vida na qual minhas orações são de ação de graças. Meu tempo de oração é mais para ouvir do que para falar. Hoje eu sei que, embora não posso mudar o vento, posso ajustar minhas velas para navegar. Sei a diferença entre superstição e espiritualidade. Sei que existe uma maneira elegante de estar correto e muitas maneiras de estar errado.

Pais devem falar com filhos sobre álcool antes dos 10 anos



Notícias ao Minuto
Estão longe da idade legal para consumir bebidas alcoólicas mas devem ser alertados o quanto antes pelos pais para os perigos que o excesso de álcool provoca.

A Academia Americana de Pediatria apelou aos pais para que falem com os filhos acerca das bebidas alcoólicas e dos perigos consequentes antes que estes completem 10 anos, uma vez que é a partir desta idade e, em média, até aos 13 anos que tendem a ver o álcool como algo aliciante e positivo.

Num relatório publicado na revista Pediatrics, o organismo norte-americano defende a necessidade de evitar o consumo álcool na pré-adolescência e, por isso, salienta a importância de ascrianças até aos 10 anos estarem a par dos perigos que o excesso destas bebidas porta, em especial a nível comportamental e educacional.

Para os investigadores, a exposição a publicidades e à comercialização de bebidas alcoólicas pode levar os jovens pré-adolescentes a cair em tentação ou até mesmo a beber mais álcool, lê-se no site LiveScience.

“Se já estiverem a consumir, a exposição fará com que bebam mais ainda. Portanto, é muito importante começar a falar com as crianças sobre os perigos do álcool tão precocemente”, frisou Lorena Siqueira, professora na Universidade Internacional da Flórida e coautora do artigo publicado na revista científica, que salienta ainda para o facto de 79% dos norte-americanos com 12 anos já consumirem bebidas alcoólicas. 
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Jovens que bebem muito álcool em curto intervalo agem de forma mais arriscada



Diário de Pernambuco
Comum entre os jovens, a prática de ingerir várias doses de bebidas alcoólicas em um curto intervalo de tempo, também conhecida como binge drinking, aumenta a prevalência de comportamentos de risco, como dirigir após beber, ter um apagão ou fazer sexo sem se prevenir. Foi o que constatou uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que avaliou 1.222 pessoas de 18 a 24 anos em três momentos: antes da balada, após sair do local e um dia depois da festa.

Para fazer o levantamento, os pesquisadores visitaram 31 casas noturnas de São Paulo e, além de fazer perguntas, utilizaram um bafômetro para fazer a medição da quantidade de álcool na corrente sanguínea dos entrevistados.



"Pegamos a dosagem alcoólica e cruzamos o que foi feito na saída da balada. Uma pessoa que faz o binge, que toma cinco doses ou mais de bebida, fica intoxicada. Assim, a tomada de decisão fica prejudicada, ela não sabe quais coisas são arriscadas ou não. A pessoa que bebe e não faz o binge tem menos comportamentos de risco", explica Zila Sanchez, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp.

Os resultados foram divididos por sexo, pois, segundo a pesquisadora, homens e mulheres têm comportamentos diferentes quando estão alcoolizados. Entre os homens, 27,9% dos que praticaram o binge drinking beberam e dirigiram. O número foi de 20,4% entre as mulheres. 

O uso de drogas ilícitas foi de 15,8% para os homens e 9,4% para as mulheres. O comportamento sexual de risco também foi expressivo: 11,4% entre os entrevistados do sexo masculino e 6 8%, do feminino.

"O que mais nos chamou atenção entre as coisas mais prevalentes é o blackout. Sabemos que é farmacologicamente possível ter bebido e, pela ação do álcool, a memória apagar, mas 20% das pessoas que saíram embriagadas das baladas não se lembram do que fizeram. Os jovens não se dão conta de quão grave é perder a memória."

Os dados foram coletados no segundo semestre de 2013 e analisados ao longo de 2014. Em agosto deste ano, o estudo foi publicado na revista científica Plos One.

Open bar

O comportamento de beber em grande quantidade em pouco tempo foi notado em 29,6% dos homens e em 22,1% das mulheres. Zila diz que as festas no modelo open bar, quando as pessoas não têm limites para a quantidade de bebida ingerida, acabam incentivando a prática.

"O que causa mais dano social é o álcool, que é visto como uma substância normal, mas é o que causa os maiores problemas e mortes. Em países desenvolvidos, há controle de venda de bebida para quem está embriagado. Aqui, trabalhamos com álcool como se fosse refrigerante."

Em fevereiro deste ano, um estudante de 23 anos da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) de Bauru, no interior paulista, morreu após participar de uma competição para ver quem bebia mais. A disputa ocorreu em uma festa open bar em uma chácara e outras seis pessoas passaram mal no evento.

Cuidados

A psicóloga clínica Triana Portal diz que a bebida faz com que as pessoas fiquem mais propensas aos comportamentos de risco e que controlar os excessos, muitas vezes, acaba sendo mais difícil entre os jovens. "O jovem tem a questão da afirmação da personalidade que está associada à questão grupal. Ele quer fazer parte do grupo. Além disso, quer testar os próprios limites, ver quem bebe mais."

Triana recomenda a educação como forma de evitar situações perigosas por causa do consumo de bebidas alcoólicas. "Os jovens precisam se informar sobre os efeitos do álcool, sobre os riscos de acidentes e de contrair uma doença. E os pais não podem se descuidar. Não no sentido de castigar, mas de observar e de puxar para uma conversa ao notar.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

sábado, 31 de outubro de 2015

Reflexão do dia 31 de Outubro ALCOÓLICOS ANÔNIMOS!

Reflexão do dia 31 de Outubro
EVITANDO CONTROVÉRSIAS
Toda a história nos proporciona o espetáculo de nações e grupos belicosos terminando por despedaçarem-se, porque estavam fadados a entra em controvérsias ou porque se deixaram atrair por elas. Outros desmoronaram por uma questão de falsa moralidade ao tentar impingir ao restante da humanidade alguma porção de suas convicções.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES PG. 160

      Como um membro de A.A. e padrinho, sei que posso causar danos reais se caio em tentação e dou opiniões e conselhos sobre problemas médicos, matrimoniais ou religiosos de outras pessoas.
      Eu não sou doutor, conselheiro ou advogado. Não posso dizer a alguém como ele ou ela deveria viver; contudo, posso compartilhar como enfrentei situações parecidas sem beber, e como os Passos e as Tradições de A.A. me ajudam a lidar com a minha vida.

Reflexão: Gosto de você !

Gosto de você !   

Gosto de gente com a cabeça no lugar, de conteúdo interno, Idealismo nos olhos e dois pés no chão da realidade. 

Gosto de gente que ri, chora, se emociona com uma simples carta, um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago. 

Gente que ama e curte saudades, gosta de amigos, cultiva flores, ama animais. Admira paisagens, poeira; E escuta. 

Gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternuras, Compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si, Emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser! Gente que gosta de fazer as coisas que gosta, 

Sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam. Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto. 

Gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos. Com muito AMOR dentro de si. Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentora suas lágrimas e sofrimentos. 

Gosto muito de gente assim..... E desconfio que é deste tipo de gente que DEUS também gosta! 
(Arthur da Távola) 
Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br) 

Combate a drogas sintéticas


Diário da Manhã
Proposta aprovada pela Câmara prevê que PF terá amparo legal para definir quais substâncias se enquadram nessa categoria

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou proposta que estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas sintéticas. A matéria será enviada ao Senado.O texto aprovado é um substitutivo do deputado Esperidião Amin (PP-SC), pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), ao Projeto de Lei 4852/12, do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE). Conforme o substitutivo, a lista das substâncias consideradas drogas sintéticas poderá ser atualizada também pela Polícia Federal (PF). A atribuição primordial é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que tem de atualizar periodicamente a lista.

O autor do projeto original ressaltou que a Polícia Federal ganhou mais autonomia e autoridade para definir o que é uma droga sintética. “Muitas vezes, os traficantes desse tipo de droga se livram porque a PF não tem amparo legal para definir que a substância é mesmo uma droga”, afirmou Eduardo da Fonte.

Agilidade

A intenção é dar mais agilidade à polícia no prosseguimento de ações de apreensão de drogas sintéticas devido à rapidez com que os produtores mudam a composição química das substâncias, provocando outro enquadramento na lista.

O texto prevê ainda que a lista elaborada pela Polícia Federal poderá ser submetida à Anvisa para homologação.Quanto às drogas sobre as quais o Brasil recebe alerta prévio de organismos internacionais, o projeto permite sua imediata apreensão cautelar na ação policial, independentemente de sua inclusão antecipada na lista das substâncias sujeitas a apreensão por serem consideradas ilícitas.

O substitutivo aprovado inclui ainda, explicitamente, os anabolizantes como drogas se especificados na lista da Anvisa.

Atribuições

Na discussão da matéria, a deputada Erica Kokay (PT-DF) defendeu seu substitutivo aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família, que atribuía à Anvisa a competência para definir quais substâncias devem ser consideradas drogas ao ponto de causar prejuízos ao usuário. “Respeito o parecer, mas lamento que o acordo tenha convergido em torno dessa solução”, disse.

Segundo Amin, também em outros países há controles diferentes quanto a alimentos, drogas e remédios. “Droga sintética entra e sai do mercado com velocidade diferente daquela de substâncias derivadas de um elemento natural”, argumentou o relator. Para ele, o projeto não desautoriza a Anvisa porque ela ainda não tem vocação para cuidar do tema, a exemplo da que existe nos Estados Unidos (DEA).
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Reflexão



Perceba   

Perceba que mais um dia começou e, que bom, ele é todo seu. Perceba que você tem o tempo em suas mãos e, mesmo quando atolado em problemas, a vida espera que você tome as decisões para seguir em frente.

Perceba que se você ficar deitado, com medo da vida, com medo até do ar que respira, tudo ao seu redor vai parar. Perceba que você é o capitão de um navio cuja rota e destino dependem de suas atitudes. 

Perceba que culpar a situação, a crise e as pessoas é a nossa primeira reação de defesa quando sentimos que perdemos o comando do nosso navio, e que para retomar o timão é preciso coragem para assumir as próprias fraquezas, é preciso determinação para seguir na direção certa, determinada por você.

Perceba que a vida o presenteou com inúmeros recursos, como a inteligência e a capacidade de comunicação. Se você usufrui destes recursos, já tem tudo isso e ainda sabe que é um ser privilegiado, então não falta nada, só falta rumo e determinação.

Perceba que todas as pessoas possuem qualidades e defeitos. Sem respeitar o ser humano que luta ao seu lado por dias melhores, o seu navio encalha e atrapalha os outros que estão chegando.

Perceba que a felicidade talvez já não seja mais um porto distante, mas um ponto no horizonte. 

Bom dia!
Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br

Gestantes não devem beber uma só gota de álcool -- e em qualquer fase da gravidez

Gestantes não devem beber uma só gota de álcool -- e em qualquer fase da gravidez 

Veja
Em nova recomendação, a Academia Americana de Pediatria afirmou que as mulheres grávidas não devem consumir nada de álcool para evitar problemas no feto

Não há quantidade de álcool segura a ser consumida durante a gravidez. Essa é a nova recomendação da Academia Americana de Pediatria, baseada em estudo publicado no periódico científico Pediatrics.

A ingestão de bebidas alcoólicas na gestação tem sido associada a problemas neurocognitivos e comportamentais na criança, assim como a diversas deformidades faciais. O grupo de sintomas é conhecido como ´espectro de desordens fetais alcoólicas` (FASD, na sigla em inglês).

Ainda de acordo com o estudo, todas as formas de álcool representam risco ao feto. Isso porque o álcool ingerido pela gestante ultrapassa a barreira da placenta e se acumula no líquido amniótico.

De acordo com a pediatra Conceição Segre, coordenadora da obra "Efeitos do Álcool na Gestante, no Feto e no Recém-Nascido", o álcool consumido pela gestante também atinge o feto por meio do sangue do cordão umbilical, prejudicando a transferência de nutrientes e oxigênio. Cerca de uma hora depois de a gestante ingerir a bebida, o nível de álcool no sangue do feto se iguala ao medido no organismo da mãe. Mas, como o bebê tem massa corporal menor e o fígado imaturo para metabolizar a substância, calcula-se que o efeito tóxico para ele seja até oito vezes maior. As consequências dessa intoxicação permanecem a vida inteira, com intensidade variável, explicou Conceição.

Mas de acordo com os autores do trabalho, o grande problema na medicina é não haver ainda consenso em relação ao assunto. As recomendações entre os médicos variam muito de acordo com a cultura do país de origem. Além disso, alguns estudos afirmam que beber moderadamente e esporadicamente durante a gravidez não causa problemas no feto e não causa atrasos no desenvolvimento da criança.

"Os trabalhos que analisaram os riscos do consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação e afirmaram que há não grandes problemas na ingestão de doses baixas podem ter utilizado métodos insuficientemente sensíveis para detectar as afecções. É ingenuidade afirmar que é seguro tomar bebidas alcoólicas na gravidez.", disse Janet Williams, principal autora do trabalho que embasou a decisão da Academia Americana de Pediatria.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

REFLEXÃO DIÁRIA - 28 DE OUTUBRO


 
UMA TRADIÇÃO QUE FOI MANTIDA
 
Consideramos a sobrevivência e a expansão de Alcoólicos Anônimos muito mais importante do que o impacto que coletivamente poderíamos causar em determinadas circunstâncias.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES, p. 161
 
Quanto significa para mim que uma Tradição mantida em mais de meio século seja um fio que me liga a Bill W. e ao Dr. Bob. Quão mais fundamentado me sinto por estar em uma Irmandade cujos objetivos são constantes e persistentes.
Sou grato que as energias de A.A. nunca foram dispersadas, mas sim focalizadas em nossos membros e na sobriedade individual.
Minhas crenças são o que me torna um ser humano; sou livre para ter qualquer opinião, mas o propósito de A.A. - tão claramente declarado há cinqüenta anos atrás - é para me manter sóbrio. Este propósito promoveu horários de reuniões o dia inteiro, e as milhares de Centrais e Intergrupais de A.A., com seus milhares de voluntários. Como o sol focalizado através de uma lente de aumento, a visão ímpar de A.A. acendeu o fogo da fé na sobriedade em milhões de corações, inclusive o meu.
 

Clayton Bernardes

terça-feira, 27 de outubro de 2015

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A dependência de drogas como fenômeno complexo e transdisciplinar 
A dependência de drogas é um fenômeno complexo e pluri-determinado, sendo diversas as disciplinas do conhecimento científico necessárias a sua compreensão, e conseqüentemente, são diversas as áreas profissionais envolvidas na abordagem desta clientela e no tratamento desta doença. O fato de considerarmos a dependência de drogas uma questão de saúde, isto não significa que se trata apenas de um problema com causas físicas, orgânicas. A dimensão psíquica ou emocional, assim como os fatores de contexto incluindo fatores sociais, culturais, familiares são igualmente importantes. A perspectiva transdisciplinar refere-se a uma leitura de todas estas dimensões que precisamos considerar no conhecimento e na abordagem da dependência de substâncias psicotrópicas, buscando definir a diversidade de situações sem perder de vista a globalidade do fenômeno e a singularidade de suas manifestações em cada sujeito que se apresenta (ou é apresentado) como dependente. 

Por considerarmos que o tratamento das dependências de drogas exige uma abordagem integrada das diversas dimensões implicadas, é consenso na literatura que o mesmo seja abordado num enfoque interdisciplinar que vai além da abordagem multidisciplinar. 

Entendemos que só poderemos evoluir neste trabalho se avançarmos no conhecimento do fenômeno das dependências em sua amplitude e complexidade. Neste sentido, vimos introduzindo o conceito de transdisciplinaridade que surge da contribuição da teoria do pensamento complexo de Edgar MORIN (1991), um dos pensadores mais importantes da atualidade. Definimos, assim, o fenômeno da dependência de drogas como um fenômeno complexo e transdisciplinar. 

Para saber mais

Abordagem Multidisciplinar: refere-se ao trabalho e estudo de profissionais de diversas áreas do conhecimento ou especialidades, sobre um determinado tema ou uma determinada área de atuação. Não implica em integração destes profissionais para o objetivo de entendimento mais amplo do fenômeno.

Abordagem Interdisciplinar: refere-se ao trabalho e estudo de profissionais de diversas áreas do conhecimento ou especialidades sobre um determinado tema ou área de atuação, implicando necessariamente na integração dos mesmos para uma compreensão mais ampla do assunto.

Abordagem Transdisciplinar: refere-se ao trabalho e estudo da natureza ou qualidade das relações existentes entre as diversas áreas do conhecimento ou especialidades implicadas no fenômeno. Propõe que os profissionais trabalhem integrados para não perderem a visão global do fenômeno e da pessoa em atendimento enquanto sujeito ativo e participante do processo e inserido num contexto familiar e sócio-cultural. Implica numa leitura inovadora sobre a questão que, ao invés de se preocupar apenas com as especialidades (as partes), busca resgatar a globalidade (o todo) do fenômeno, priorizando o estudo de como as diferentes dimensões se articulam gerando uma diversidade de situações. Estas situações são resgatadas em sua singularidade sem, no entanto, perder de vista sua relação com a complexidade e a globalidade do fenômeno.   

OMS publica atualização sobre narguilé

  • OMS publica atualização sobre narguilé (19/10/2015)

  • Preocupada com o avanço do uso do Narguilé, tratado como tabaco aromatizado, especialmente entre jovens, a Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou a publicação “Narguilé para fumar tabaco: efeitos na saúde, pesquisas necessárias e ações recomendadas para os reguladores” produzida em 2005.

    A Nota Consultiva foi elaborada por consultores de diversos países, incluindo o Brasil, e visa atender aos artigos 9 (emissão dos produtos do tabaco), 10 (divulgação de informações) e 11 (embalagem e etiquetagem) da CQCT, e objetiva orientar a OMS e as agências reguladoras condutas de educação e comunicação, além de informar os consumidores sobre os riscos do Narguilé.

    O texto resultou dos debates realizados na Primeira Conferência Internacional sobre Narguilé, em Abu-Dabi, em outubro de 2013, e da segunda conferência "pesquisa sobre uso do Narguilé: a união das epidemias do narguilé e tabaco”, realizada em Doha, no Catar, em Outubro de 2014.

    A OMS entende que a disseminação global do narguilé tem que ser combatida por meio de políticas e leis, e tem entre suas características, a aromatização do tabaco, o espaço social dos cafés e restaurantes, as políticas direcionadas dos meios de comunicação e a falta de regulação. 

  • Autor:
  • Fonte: WHO