quarta-feira, 9 de março de 2016

Crack se tornou uma epidemia, portanto, uma questão de saúde pública

Crack se tornou uma epidemia, portanto, uma questão de saúde pública   
 


Diário da Manhã
Esperança para quem precisa - POR MOISÉS CARVALHO PEREIRA
A história se repete todos os dias. Na verdade, se multiplica. Por diversão, curiosidade e até mesmo desilusão, alguém se entrega ao perverso mundo das drogas e do álcool. E as consequências são devastadoras. Em função da dependência, que surge rapidamente como no caso do crack (variação mais barata da cocaína), o usuário oscila entre a depressão e a agressividade, chegando a ficar paranóico e podendo até mesmo desenvolver sérios problemas mentais. Perde-se a dignidade, a moral, os valores e o amor por si mesmo e pelo outro.
Quando o consumo chega a um padrão compulsivo, o indivíduo passa a ter graves problemas econômicos, o que o leva a roubar seus familiares, agravando ainda mais os conflitos dentro de casa. O próximo passo todo mundo já conhece. Aliás, está estampado nas ruas das grandes cidades. É impossível circular pelos bairros centrais de Goiânia, por exemplo, sem se deparar com um usuário de droga. Alguns mais se parecem com zumbis, jogados nas calçadas ou vagando pelas ruas, extremamente mal tratados e subnutridos.

O fato é que o crack se tornou uma epidemia, portanto, uma questão de saúde pública. Pesquisa do Lenad (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas), realizada em 2012 pela Unifesp, aponta que, no País, mais de dois milhões de pessoas já usaram a droga. Só o Brasil representa 20% do consumo mundial do crack e é o maior mercado do entorpecente no mundo. Hoje, 98% dos municípios brasileiros declaram possuir algum dependente da droga. Isso demonstra que o crack não é uma exclusividade dos grandes centros urbanos. Pelo contrário, marca presença nas cidades do interior e até mesmo nas comunidades indígenas.

Outro recente estudo da Fiocruz revela que 80% dos usuários de crack no País são homens, não brancos (negros ou pardos), sem ensino médio e sem emprego ou renda fixa. Ou seja, em flagrante situação de marginalização social. A pesquisa, realizada com 30 mil pessoas, em 26 capitais, indica ainda que 40% dos usuários estão em situação de rua, 60% são solteiros, e geralmente sem vínculo familiar, com média de 28 anos e que metade já esteve preso. Entre as mulheres, metade tem filhos ou se prostitui.

A situação é angustiante, principalmente para a família do dependente químico, que se sente perdida, adoecida e sem saber a quem recorrer. Aquelas que têm condições financeiras, buscam tratamento para o usuário na rede particular seja por meio de planos de saúde ou via pagamento integral das despesas. Mas e as que não têm recursos? Essas, que representam a maioria, pedem socorro ao Sistema Único de Saúde (SUS), cuja porta de entrada são os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), onde é realizado acompanhamento diário dos dependentes com quadro clínico considerado menos grave. Contudo, há apenas 67 unidades espalhadas pelos 246 municípios de Goiás.

Os casos mais graves são encaminhados para clínicas e hospitais da rede conveniada. Mas os leitos de internação são insuficientes para atender a demanda crescente. Calcula-se que Goiás disponha de 1.014 leitos do SUS, porém estes não são exclusivos para usuários de álcool e drogas. A solução para o problema da fila de espera por vagas pode estar nos Centros de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeqs), do governo estadual. Contudo, eles ainda não foram entregues.

É nesse cenário que se destaca a atuação das entidades sem fins lucrativos, ligadas ou não a instituições religiosas. A Fazenda da Esperança, por exemplo, faz um trabalho excepcional. Ela oferece tratamento gratuito para dependentes químicos, o qual dura em média um ano. Sua ação se baseia no tripé: convivência em família, trabalho como processo pedagógico e espiritualidade para encontrar um sentido na vida. O projeto, criado pelo missionário Nelson Rosendo Giovanelli (Nelsinho) e Frei Hans Stapel, franciscano de origem alemã, conta hoje com 101 unidades no mundo, sendo 71 no Brasil. Em Goiás, está presente nos municípios de Aurilândia e São Luis de Montes Belos.

Em Redenção, no Pará, a Fazenda da Esperança, inaugurada no final de 2014, também já virou referência. Com capacidade para 20 internos, acolhe pessoas com idade entre 15 e 45 anos que desejam, livremente, se recuperar de drogas, álcool e outros vícios. Os internos realizam várias atividades, dentre elas criação de porcos, galinhas, peixes; além do plantio de milho. A produção de bolos e biscoitos, entre outros produtos, também fazem parte da rotina dos dependentes e voluntários. A produção é vendida para os visitantes da comunidade terapêutica e pelos familiares dos internos.

Entretanto, para que essa oportunidade de reabilitação se tornasse realidade por lá, foi necessário o empenho de outros atores da sociedade. Primeiramente, veio a Buriti Empreendimentos, que acreditou no projeto e doou um terreno de dois alqueires para a implantação da comunidade terapêutica. Já a estrutura foi erguida através de doações e trabalhos voluntários. Essa experiência sinaliza que, com boa vontade, podemos contribuir no combate às drogas e na recuperação dos dependentes. Se cada um fizer a sua parte, sem jogo de “empurra-empurra”, é possível sim oferecer esperança para quem precisa. Afinal de contas, essa responsabilidade é de todos nós!
Moisés Carvalho Pereira é diretor da Buriti Empreendimentos
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

sexta-feira, 4 de março de 2016

Reflexão...


Se eu Soubesse   

"Se algum dia eu soubesse que nunca mais veria você...Eu lhe daria um abraço mais forte. Se eu soubesse que seria a última vez a ouvir a sua voz...Eu gravaria cada movimento e cada palavra, para revê-los depois todos os dias.

Se eu soubesse que hoje seria o último dia a compartilhar com você... O sentiria muito mais intensamente em vez de deixá-lo simplesmente passar.

Sempre acreditamos que haverá o amanhã para corrigir um descuido...Para ter uma segunda chance de acertar. Será que haverá uma chance para dizer: "posso fazer alguma coisa por você"?

O amanhã não é garantido para ninguém, seja para jovens, ou mais velhos, e hoje pode ser a última chance de abraçarmos aqueles que amamos. Então, se estamos esperando pelo amanhã, por que não agirmos hoje?

Assim, se o amanhã nunca chegar, não teremos arrependimentos de não termos aproveitado um momento para um sorriso, para um abraço, para um beijo por uma gentileza, porque estávamos muito ocupados, para dar a alguém o que poderia ser o seu último desejo.

Abracemos hoje aqueles que amamos, dizendo-lhes o quanto nos são raros e que sempre os amamos. Encontremos tempo para dizer: "Desculpe-me", "Perdoe- me", "Obrigado", "Eu perdôo você".

Sempre há tempo para amarmos. E se não houver amanhã, também não haverá remorsos de hoje para carregarmos."

Pense nisso AGORA...
Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br) 

Motoristas profissionais farão teste do cabelo para detecção de drogas


 

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Os motoristas profissionais de todo o Brasil terão, a partir de hoje (2), que fazer exames toxicológicos de larga janela de detecção, em cumprimento à deliberação 145, de dezembro de 2015, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Conhecido como teste do cabelo, esse exame permite identificar o uso de drogas por um período de, pelo menos, 90 dias antes da coleta.

Na avaliação do coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, trata-se de uma medida “extraordinária”. “É a primeira medida que se toma no país desde 1998, quando entrou em vigor o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Não havia nenhuma medida para combater o uso de drogas por quem dirige de forma profissional”, disse. Ele destacou que o exame não visa à fiscalização, mas à prevenção.

Autor do estudo "As drogas e os motoristas profissionais", Rizzotto informou que, nos Estados Unidos, as próprias empresas tiveram, há dez anos, a iniciativa de fazer o teste do cabelo e conseguiram praticamente zerar os acidentes envolvendo motoristas sob efeito de drogas. Naquele país, o teste de urina é obrigatório há 30 anos, mas apresenta detecção de menor número de dias.

Rizzotto ressaltou a importância da medida para a saúde dos motoristas, porque “quem é usuário de drogas vai ter que parar e, se for dependente, vai ter que buscar um tratamento. É importante, do ponto de vista de saúde pública", afirmou. Em termos de segurança, a medida é importante, porque vai diminuir os acidentes. O teste vai beneficiar toda a população brasileira, porque é exigido também dos motoristas de ônibus, de vans e de transporte escolar."

Exames clínicos feitos em caminhoneiros brasileiros voluntários que transportam as chamadas cargas de horário, do tipo perecível, mostraram que chega a 50% o número de motoristas que fazem uso de drogas. Desse total, 80% já são dependentes químicos e necessitam de tratamento, disse Rizzotto. Ele afirmou que muitos motoristas entram nas drogas porque são explorados, começam a usar rebite (droga sintética produzida em laboratório) e, atualmente, cocaína; enquanto outros são “irresponsáveis”.

O coordenador do SOS Estradas disse acreditar que o teste do cabelo vai ajudar também a combater a concorrência desleal. “Porque aquele que não usa drogas não aceita fazer determinadas viagens." Se um motorista faz, em 22 horas, por exemplo, uma viagem que dura normalmente 30 horas, “é porque o cara não vai dormir”, explicou. No fundo, ele está baixando o valor do frete e trabalhando em condições sub-humanas. Para ele, que a transportadora, se for uma empresa séria, e não explorar o empregado, também não vai aceitar determinados tipos de carga, nem condições adversas de transporte.

Situações

O exame toxicológico de larga janela vale apenas para motoristas profissionais nas categorias C, D e E e será exigido em quatro situações: renovação da carteira, mudança de categoria, admissão e desligamento da empresa. Como o custo do exame apresenta média de R$ 300 a R$ 350, Rizzotto acredita que deverão ser fechados acordos entre as empresas e os sindicatos. No caso dos autônomos, o custo deve ser bancado pelo próprio motorista profissional.

O Denatran credenciou alguns laboratórios que, por sua vez, fizeram acordos com outros laboratórios especializados na coleta da amostra para o exame, em todo o país. Rodolfo Rizzotto informou que esses laboratórios têm que ter uma creditação forense, para que o teste tenha valor judicial, porque se trata de drogas, além de uma creditação internacional que indica que ele respeita determinados protocolos. Os laboratórios credenciados deverão inserir o resultado no Sistema de Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renach).

O motorista cujo exame der resultado positivo pode buscar tratamento e efetuar um novo teste 90 dias depois. O coordenador do SOS Estradas acredita que o teste do cabelo vai criar um estímulo para o abandono do uso de drogas, entorpecentes ou qualquer medicamento que possa alterar a condição de consciência dos motoristas.

No estudo que fez sobre motoristas profissionais, Rizzotto constatou que os motoristas que usam drogas começam a se relacionar com traficantes, para os quais acabam devendo dinheiro. “Com isso, eles passam a entrar no tráfico de entorpecentes para pagar ao traficante, começam a se envolver no roubo de cargas e, como qualquer viciado, eles estão mais próximos de fazer roubo dos próprios colegas nos postos onde param”, ressaltou.

Os caminhões e ônibus representam 5% da frota nacional de veículos que, em janeiro deste ano, somou quase 91 milhões de unidades, de acordo com dados do Denatran, e estão envolvidos em mais de 40% dos acidentes nas rodovias com vítimas fatais.

Riscos

O teste do cabelo é usado no Brasil desde o ano 2000 por forças de segurança e algumas companhias aéreas, que o utilizam junto com o teste de urina, informou à Agência Brasil o professor da Universidade Estadual de Londrina (PR) nas áreas de farmácia e medicina e doutor em toxicologia, Tiago Severo Peixe.

Ele vê com bons olhos a adoção do teste do cabelo para motoristas profissionais, porque detecta a presença de substâncias psicoativas em até 180 dias. “Dificilmente, um motorista conseguiria ficar abstêmio durante 90 dias ou 180 dias”. Lembrou que nos Estados Unidos, a Casa Branca publicou um ato em dezembro passado, colocando o teste de cabelo como alternativa ao teste de urina para motoristas profissionais. Tiago Peixe observou que no teste do cabelo são coletadas amostras de cabelo, pelo ou unhas.

O pesquisador destacou que as drogas causam modificações no sistema nervoso central e autônomo. Isso faz com que os motoristas tendam a perder autonomia, a capacidade de tomar decisões ao volante. “Ele pode, por exemplo, avistar um objeto que não está na pista, fazer um movimento brusco com a direção (do veículo) e causar um acidente”. Algumas substâncias são alucinógenas e podem causar alucinações. Outras levam a uma sobrecarga do sistema cardiovascular. “O indivíduo pode ter uma síncope ao volante”.

Tiago Peixe disse que em algumas classes de substâncias, como as anfetaminas, entre as quais o rebite, a tendência é a substituição pela cocaína ou ´crack`, como se têm observado nas pesquisas com urina. “São substâncias preocupantes”, afirmou.
Edição: Maria Claudia
Fonte: Agência Brasil

Adolescentes sentem mais prazer com drogas – e são mais inclinados ao vício


 


Revista Época - RAFAEL CISCATI
A inclinação dos adolescentes para o vício intriga a ciência. De acordo com um grupo de pesquisadores, a susceptibilidade é provocada pela falha na síntese de proteínas no cérebro

Usar drogas na adolescência costuma ser pior que usar drogas na idade adulta. A ciência sabe disso há tempos. No cérebro dosadolescentes, os danos provocados por essas substâncias costumam ser mais devastadores – elas podem fazer o órgão desviar de sua trajetória de desenvolvimento saudável, e provocar prejuízos duradouros. O uso de drogas na adolescência é considerado fator de risco para o desenvolvimento de transtornos mentais na maturidade, como esquizofrenia e transtorno bipolar. Os adolescentes também são mais vulneráveis ao vício. As razões dessa suscetibilidade são, por enquanto, um mistério. Um grupo de cientistas americanos diz ter uma explicação.

O professor Mauro Costa-Mattioli, da escola de medicina da universidade Baylor, ofereceu cocaína em pequenas concentrações para ratos adultos e adolescentes. A ideia era observar o cérebro dos animais enquanto eles estivessem sob o efeito da droga. Costa-Mattioli percebeu que, nos ratos jovens, a substância reprimia a ação de uma molécula chamada
eIF2. Ela é a responsável pela criação de algumas proteínas no cérebro. Quando para de funcionar, o funcionamento do cérebro muda. Alguns neurônios são ricos em dopamina, um neurotransmissor capaz de induzir a comportamentos frenéticos e,quando em excesso no organismo, à paranoia. Na ausência da eIF2 – ou quando ela para de funcionar por causa da droga - as conexões entre esses neurônio ficam mais fortes. O resultado é que o adolescente fica mais agitado, e sente mais prazer. “A maior comunicação entre esses neurônios ricos em dopamina faz a droga parecer ainda mais prazerosa, e encoraja novos comportamentos relacionados ao vício”, diz o professor Wei Huang, um dos cientistas que participam do estudo.

Para tirar a prova, os cientistas usaram engenharia genética e alteraram a síntese proteica no cérebro dos ratos adultos. Fizeram o cérebro se comportar como se a eIF2 não estivesse funcionando. Esses ratos se viciaram mais facilmente. Na contramão, os ratos jovens alterados para produzir proteínas normalmente desenvolveram resistência ao vício.

Os cientistas agora estudam como a eIF2 se comporta na presença de outras drogas. Os resultados foram semelhantes para nicotina. Os experimentos só foram realizados com ratos, e há a possibilidade de que os mecanismos que regem o cérebro dos humanos sejam diferentes. Os pesquisadores sustentam, no entanto, que imagens dos cérebros de pessoas de diferentes idades levam a crer que o processo é semelhante em humanos – e que esse conhecimento, um dia, poderá ser útil para o desenvolvimento de novos tratamentos contra o vício.
RC
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

terça-feira, 1 de março de 2016

Frases para sua reflexão...

... "Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só."
(Amir Klink) 


... "O espírito se enriquece com aquilo que recebe, o coração com aquilo que dá." (Victor Hugo) 
... "Todos os nossos sonhos podem se realizar, se tivermos a coragem de perseguí-los." (Walt Disney)

... "Aquilo que se faz por amor, parece ir sempre além dos limites do bem e do mal." (Friedrich Nietzsche)

... "A beleza do mundo, que é cedo demais para perecer, possui dois extremos, um da alegria, outro da angústia, rachando o coração." (Virginia Woolf)

Fumar maconha aumenta em cinco vezes as chances de desenvolver alcoolismo


 

Revista Super Interessante
O uso da erva também pode ser prejudicial para quem já tem problemas com álcool, ajudando o vício a persistir.
Por Camila Almeida
(imagem reprodução)

Um novo estudo, desenvolvido pela Universidade Columbia e pela Universidade da Cidade de Nova York, revelou que fumar maconha aumenta as chances de desenvolver problemas de alcoolismo em cinco vezes, quando compara-se com os adultos que não fazem uso da erva. A pesquisa aponta que as chances de o alcoolismo persistir se o viciado também fuma são maiores.

A pesquisa analisou dados de mais de 27 mil adultos coletados pela Pesquisa Nacional Epidemiológica sobre o Álcool e Condições Relacionados, com destaque para aqueles que fizeram uso de maconha antes de terem qualquer problema com o álcool. Os que fumaram maconha pela primeira vez e continuaram fumando baseados pelos três anos seguintes (23%), tiveram cinco vezes mais problemas com álcool, comparados com aqueles que fizeram uso da droga (5%). Porém, outros aspectos da vida destes usuários não foram avaliados.

"Nossos resultados sugerem que o uso de maconha possa estar relacionado ao aumento da vulnerabilidade para o desenvolvimento de distúrbios relacionados ao álcool, mesmo entre aqueles que não têm histórico de alcoolismo", afirmou Renee Goodwin, coordenador do estudo. "Maconha também parece aumentar as chances de que um problema já existente com o álcool persista."

Os próprios pesquisadores que conduziram o estudo afirmam que é importante aprofundar as análises, para entender esses padrões e olhar mais cientificamente para a relação entre as duas substâncias. Entretanto, caso as suspeitas se confirmem, prevenir ou retardar o primeiro uso de maconha pode ajudar a minimizar os índices de alcoolismo no futuro.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas


Riscos da legalização da maconha


 


(imagem reprodução)
Jornal o Estado de S. Paulo
*Dr. Joel Rennó
Uma análise prospectiva dos resultados de uma pesquisa com adultos norte-americanos sugere que o uso de maconha pode estar associado com um risco aumentado para o desenvolvimento de distúrbios de álcool e drogas, mas não de transtornos de humor ou ansiedade, de acordo com um estudo publicado na última semana na renomada Revista Científica JAMA Psychiatry.

“Nossas descobertas sugerem cautela na implementação de políticas relacionadas com a legalização do cannabis para uso recreativo, pois pode levar a uma maior disponibilidade e aceitação do cannabis, reduzida percepção de risco de uso e aumento do risco de efeitos adversos na saúde mental, tais como abuso de outras substâncias “, diz Mark Olfson da Universidade da Columbia, EUA.

Olfson e colegas examinaram prospectivamente as associações de consumo de cannabis com a prevalência e incidência de transtornos de humor, ansiedade e de abuso de substâncias em uma amostra nacionalmente representativa de 34.653 adultos norte-americanos entrevistados por três anos como parte da Pesquisa Nacional Epidemiológica das Condições Relacionadas com o Álcool e outras drogas.

O consumo de cannabis foi avaliado pedindo aos entrevistados se eles tinham consumido cannabis nos 12 meses anteriores à entrevista, e transtornos psiquiátricos foram avaliados de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Saúde Mental da Associação Psiquiátrica Americana.

A análise dos dados revelou que o consumo de cannabis foi significativamente associado com transtornos de uso de álcool e dependência de nicotina, mas sem associação com transtornos de humor.No entanto, os autores notaram que o estudo foi incapaz de determinar uma associação causal entre o uso de cannabis e novo início de transtornos por uso de substâncias psicoativas.
“Embora os benefícios para a saúde do consumo de cannabis exijam mais testes entre os pacientes que não respondem aos tratamentos mais tradicionais, a associação do consumo de cannabis com os resultados de saúde mental negativos, tais como transtornos por uso de substâncias, aparece forte”, concluíram os autores.

Portanto, a discussão sobre a possível legalização da maconha no Brasil deve também levar em consideração os aspectos importantes apontados por essa pesquisa atual relevante e inquestionável.
FONTE: APA- Associação Americana de Psiquiatria


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Estudo: maconha piora sintomas de pessoas com esquizofrenia

Estudo: maconha piora sintomas de pessoas com esquizofrenia   
 

Um estudo realizado na Holanda afirma que a maconha pode causar uma rápida melhora para pessoas que sofrem de esquizofrenia, mas piora os sintomas psicóticos após algumas horas.

Por outro lado, os pesquisadores também afirmam que a droga tem uma substância que pode ser utilizada em benefício dos pacientes. As informações são do Live Science.

Os cientistas monitoraram 48 pacientes psiquiátricos e 47 pessoas saudáveis e registraram o que eles faziam e como se sentiam 12 vezes ao dia durante seis dias. Todos os participantes eram usuários da droga.

Segundo os pesquisadores, os pacientes que sofriam de esquizofrenia se mostraram mais sensíveis aos efeitos negativos e positivos da maconha. Os cientistas afirmam que os pacientes até se sentem melhores com o uso da droga, mas o consumo prolongado só piora sintomas psicóticos.

De acordo com a reportagem, a pesquisa ainda indica que o uso de maconha pode levar causar sintomas de esquizofrenia em pessoas que tem propensão a doenças mentais. Além disso, o estudo diz ter identificado dois componentes da droga que trazem benefícios e problemas para os pacientes, sendo que o segundo, inclusive, poderia aliviar os sintomas psicóticos. Os cientistas agora estudam a aplicação dessa substância para descobrir se ela pode ser utilizada pelos pacientes.
Fonte:Terra/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas) 

Usado como moeda de troca para o sexo, crack impulsiona a contaminação pelo HIV


 

Jornal o Estado de Minas
Taxa de usuárias da droga infectadas é 20 vezes maior que a da população em geral
Sandra Kiefer

"Lógico que ainda temos muitos desafios pela frente, em função das fragilidades psíquicas e sociais dos nossos pacientes", Tatiani Fereguetti, coordenadora do Programa Municipal de Atenção às DSTs, Aids e Hepatites Virais (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

Morador eventual da cracolândia da Rua Itapecerica, no Bairro da Lagoinha, o soropositivo Davi*, de 48 anos, sabe que é portador do vírus HIV há mais de 10 anos e não usa camisinha nas relações sexuais com mulheres, sendo que muitas delas cedem o corpo em troca de pedras de crack. Se a incidência de pessoas vivendo com HIV/Aids é de 0,4 a cada 100 mil habitantes no país, entre os craqueiros, a proporção é mais de 12 vezes maior, atingindo cinco a cada 100 mil. Entre as mulheres que usam a droga, devido à exigência de dispensar o preservativo para trocar sexo por pedra, a taxa alcança oito a cada 100 mil craqueiras, ou seja, número 20 vezes superior à média da população em geral, segundo os últimos estudos do Ministério da Saúde.

Se os números são preocupantes, a realidade do crack associada à disseminação pelo HIV é ainda mais desafiadora. Na prática, não se pode acusar o dependente químico viciado em pedra de estar contaminando outras pessoas de propósito. Nessa população, leva-se em consideração a comorbidade da dependência química para isentar da culpa o craqueiro, que está com seu estado de consciência alterado, e, pelo mesmo motivo, poderá não ter forças para aderir a um tratamento anti-HIV e dar continuidade a ele, ingerindo as cápsulas antirretrovirais diariamente.

Em uma novela televisiva, a atriz Grazi Massafera comoveu quem assistiu à jornada da personagem que se viciou na pedra, com cenas reais gravadas na cracolândia de São Paulo, mostrando a depauperação física e mental da mulher e sua flagrante humilhação até o momento do clímax em que ela oferece o seu corpo, o único bem disponível, para se livrar da fissura do crack. “Para quem não toma o medicamento, a Aids continua sendo exatamente igual ao que era antes. Não fazemos milagres. O governo federal e mesmo as autoridades locais não têm condições de entrar nas cracolândias, abrir a boca do paciente e enfiar dentro o remédio todos os dias”, desabafa Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde.

Signatária das Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU), Belo Horizonte está bem perto de atingir o objetivo de que, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas e, destas, 90% já estejam em tratamento, entre as quais 90% com a carga viral controlada ou indetectável. “Lógico que ainda temos muitos desafios pela frente, em função das fragilidades psíquicas e sociais dos nossos pacientes”, defende a médica do Eduardo de Menezes Tatiani Fereguetti, coordenadora do Programa Municipal de Atenção às DSTs, Aids e Hepatites Virais.

Com base nos parâmetros relatados no parágrafo anterior, os últimos números mostram que, das aproximadamente 10 mil pessoas vivendo atualmente com HIV na capital mineira, 88% já estão diagnosticadas e, destas, 94% iniciaram o tratamento, superando, portanto, a meta da ONU de 90%, quatro anos antes do prazo marcado. Dessas 94% em tratamento, 88% estão com a carga viral controlada. “BH se destaca em relação ao restante do país e até do mundo, oferecendo testes rápidos nas UPAs, centros de saúde e maternidades públicas da cidade. Uma vez que se trata o HIV, a chance de transmitir o vírus é menor, então, tratar também é uma estratégia de prevenção”, compara a médica, lembrando ainda a distribuição de preservativos, gel lubrificante e camisinhas aromatizadas para estimular o sexo oral seguro.

Para tentar incluir as restantes 1,2 mil pessoas sem diagnóstico do HIV/Aids, Tatiani Fereguetti explica que a próxima estratégia do BH de Mãos Dadas contra a Aids, programa municipal que completou 15 anos em dezembro, será treinar e capacitar jovens para trabalhar entre seus pares, prostitutas em seus locais de prostituição, travestis e transexuais, de maneira que a informação chegue à fonte com a linguagem desejada, sem subterfúgios.

Cruzada por reparação judicial

Ao receber o diagnóstico da boca do próprio namorado, André* diz ter perdido o chão. Sentiu-se traído, mas teve a sorte de ter sido orientado pela médica do posto de saúde a buscar o prontuário do parceiro, na região onde o mesmo deveria ter feito o exame anti-HIV. Aos poucos, com alguma frieza e talento para investigação, foi descobrindo que o companheiro havia sido garoto de programa no passado recente e mais: que sabia do próprio diagnóstico, ao contrário do que havia jurado. “A partir daquele dia, eu o desamei. Mas consegui ficar ao lado dele até reunir todos os papéis para entrar na Justiça contra ele por danos morais. Meu sonho é estar diante dele mais uma vez nos tribunais e dizer: eu te perdoo por não me contar, mas não te isento da culpa.”

Na grande maioria dos casos, a criminalização do contágio não costuma ser incentivada pela classe médica especializada em infectologia. “Na verdade, a não ser em caso de estupro ou de violência doméstica, pressupõe-se que uma relação sexual seja consensual e que, portanto, ambas as partes tenham confiança uma na outra. Não faz sentido criminalizar, se os dois concordaram em abrir mão do uso da camisinha”, pontua a médica Tatiani Fereguetti.

Segundo o infectologista Dirceu Grecco, a relação se equipara à da mulher que se previne tomando pílulas, mas acaba engravidando. A probabilidade de contrair o HIV em relações aleatórias, saindo por uma noite com um desconhecido, é de uma a cada 400 pessoas em Belo Horizonte, tomando por base as taxas atuais de infecção. “Você pode tentar processar o parceiro, mas ele, na verdade, só confiou na pessoa errada, como as meninas que ficam grávidas dizendo que tomavam pílulas”, acredita o médico, que insiste que a única maneira concreta de se prevenir contra o HIV e outras DSTs é usando o método de barreira, ou seja, a camisinha, hábito mais disseminado entre casais homossexuais.

Nosso personagem André mantém sua cruzada pessoal tentando incriminar o ex-namorado por ter atentado contra a vida dele ao ter consciência de que era portador de um vírus letal e omitir a informação. Para juntar provas, André abriu inquérito na Polícia Civil, juntou os exames do posto de saúde e foi orientado pela Defensoria Pública de Minas Gerais a entrar com pedido de união estável com o parceiro, seguido da dissolução da união estável, como forma de comprovar o vínculo. Para demonstrar que seu comportamento não era promíscuo, conforme lhe foi exigido, juntou aos autos os testes de HIV realizados três meses antes, ao fazer um procedimento cirúrgico estético. “Ainda hoje tenho sonhos com ele e nesses três anos não consegui me envolver com mais ninguém. Na época, ele poderia ter aberto o jogo e me dito: estou te amando, mas sou soropositivo e não sei como resolver isso. Eu juro que teria aceitado.”

* Nomes fictícios

(foto: Arte EM)

MARCAS DO PASSADO
"As mulheres ficam com medo, mas é só mostrar as pedras que elas chegam em mim. Nessas horas, nem lembro de camisinha"
Davi*, de 48 anos, é usuário de crack e tem Aids
Com Aids “há uns 12 anos, Davi é o retrato da doença no submundo do crack. “Na verdade, preciso de ajuda, de socorro. Perdi muito peso. Não sei como peguei, mas já fiz uso de droga injetável. Minha aparência não está boa, a pele do rosto já está descamando, mas como vou usar o coquetel, se fico só nas ruas?”, questiona. Na rua, o vício fala mais alto. “Não quero saber se é céu ou inferno, se é noite ou dia, só quero fritar minhas pedras e transar. Já vi pessoas com quem me relacionei morrerem de Aids, mas quem disse que a culpa foi minha? Não sou só eu HIV positivo na cracolândia. Também não é só minha classe ferrada e sem grana que faz isso. Os filhinhos de papai com seus carrões importados também usam droga e transam sem camisinha.”
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

Gene pode prever risco de psicose entre usuários de maconha


 


Jornal o Estado de S. Paulo
FÁBIO DE CASTRO - O ESTADO DE S. PAULO
Estudo de universidades também indica que mulheres são mais suscetíveis do que homens à perda de memória causada pela droga
Embora apenas 1% dos usuários desenvolvam psicose, o impacto pode ser devastador e de longa duração

Cientistas britânicos identificaram um gene que pode ser utilizado para prever o quanto um jovem usuário de maconha é suscetível a desenvolver psicose. De acordo com o estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Exeter e do University College London (UCL), cerca de 1% dos usuários de maconha desenvolvem esse tipo de alteração mental.

A pesquisa, publicada nesta terça-feira, 16, na revista científica Translational Psychiatry, também mostra que as mulheres que fumam maconha são potencialmente mais suscetíveis que os homens à perda de memória de curto prazo provocada pela droga.

De acordo com os autores do estudo, pesquisas anteriores já haviam sido feitas com foco em pessoas que já sofrem com psicose. Mas o novo trabalho observou pessoas saudáveis e examinou suas respostas agudas, isto é, como a droga afeta suas mentes.

Um estudo anterior havia determinado uma ligação entre o gene AKT1 e pessoas que já haviam desenvolvido psicose. No novo estudo, Celia Morgan, professora de psicofarmacologia da Universidade de Exeter e Val Curran, do UCL, descobriram que jovens com uma variação no gene AKT1 experimentam distorções visuais, paranoia e outros sintomas psicóticos de forma mais acentuada quando estão sob influência da maconha.

Embora apenas 1% dos usuários desenvolvam psicose, o impacto pode ser devastador e de longa duração, segundo os cientistas. De acordo com eles, sabe-se que o uso diário de maconha dobra o risco de desenvolver desordens psicóticas, mas tem sido difícil estabelecer quem são os indivíduos mais vulneráveis.

Os cientistas haviam descoberto previamente uma alta prevalência de uma variante do gene AKT1 em usuários de maconha que desenvolveram psicose. Agora, pela primeira vez, uma pesquisa demonstra a ligação entre o mesmo gene e os efeitos da maconha em jovens saudáveis.

"Essa descoberta é a primeira a demonstrar que pessoas com o genótipo AKT1 têm muito mais probabilidade de experimentar efeitos fortes ao fumar maconha, mesmo que elas sejam saudáveis antes disso", disse Celia.

Segundo Celia, embora a psicose induzida pela maconha seja muito rara, quando ela ocorre, pode ter "impactos terríveis nas vidas dos jovens". "Essa pesquisa pode ajudar a encontrar o caminho para a prevenção e para o tratamento da psicose da cannabis", afirmou a pesquisadora.

Curran afirma que o estudo é o maior já conduzido sobre a resposta aguda à maconha. "Nossa descoberta de que sintomas psicóticos quando um jovem está sob efeito da droga são previstos por variantes do gene AKT1 é um avanço emocionante. Acredita-se que essa reação aguda seja um marcador do risco de desenvolvimento de psicose a partir do uso da droga", declarou.
O estudo envolveu 442 jovens usuários de maconha que foram testados tanto sóbrios como sob a influência da droga. Os cientistas mediram a extensão dos sintomas de intoxicação e o efeito na perda de memória. Os dados foram comparados com os resultados obtidos sete dias depois, quando os jovens estavam livres do efeito da droga. Eles constataram então que os que tinham a variação no genótipo AKT1 tinham mais probabilidade de experimentar a resposta psicótica.

A pesquisa também apontou que mulheres são mais vulneráveis que os homens a prejuízos na memória de curto prazo depois de fumar maconha.

"Estudos em animais mostraram que os machos possuem maior número dos receptores onde a maconha funciona em partes do cérebro importantes para a memória de curto prazo, como o córtex pré-frontal. Precisamos de mais pesquisas nessa área, mas nossos resultados indicam que os homens podem ser menos sensíveis que as mulheres aos efeitos prejudiciais da maconha sobre a memória", disse Celia.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Você sabia?????

... A chave do vício pode estar na genética (risco é de 30%), na mente (30%), no meio social (30%) e até na falta de religiosidade (10%)[+]

... Usuários de maconha sofrem abstinência semelhante à de ex-fumantes[+]

... Praticar exercícios físicos regularmente, comer bem e evitar cigarro e bebida alcoólica podem diminuir o risco de câncer[+]

... Traficantes estão misturando à cocaína e ao crack o mesmo anestésico que causou a morte do popstar Michael Jackson[+]

... O fumo passivo prejudica a memória em longo prazo[+]

... A vontade quase incontrolável de comer chocolate está ligada à produção de uma substância química no cérebro semelhante ao ópio[+]

... 230 milhões de pessoas no mundo usaram algum tipo de droga em 2010[+]

... Os homens são maioria entre os usuários de cocaína e crack no país, mas as mulheres tomam a frente quando o assunto é vício[+]

Reflexão...

Quase   


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance; para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."
Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br

Saiba sobre os males dos Inalantes...


Inalantes 

É a famosa cola de sapateiro, dos meninos de rua. Produz sensação de euforia e excitação, pertubaçãoes auditivas, visuais e até alucinações. A aspiração repetida do solvente pode resultar na destruição de neurônios, provocando perda de reflexos, dificuldade de concentração e déficit de memória.
A maioria dos inalantes deprime o sistema nervoso central (SNC) com efeitos agudos muito semelhantes aos do álcool. Na verdade, muitos usuários de inalantes usam simultaneamente outras drogas, especialmente o álcool. Os efeitos sedativos combinados aos do álcool podem causar morte súbita.
Os sintomas agudos do abuso de inalantes começam com a desibinoção, que pode surgir com a excitação, seguida de falta de coordenação, vertigem, desorientação e, então, fraqueza muscular, às vezes alucinações e certamente coma e morte. A morte pode ocorrer cedo e rápido com o abuso de alguns inalantes que causam distúrbios no ritmo cardíaco. Isto é chamado de síndrome da morte súbita por inalação (SSD). Os efeitos no coração são mais prováveis se os níveis de adrenalina forem aumentados através de corrida, excitação ou medo, por exemplo. Os fluocarbonos disponíveis hoje em dia, principalmente em extintores de incêndio e certos gases anestésicos, são os principais agentes causadores da SSD. Pode ocorrer morte por asfixia se o inalante for aspirado de um recipiente fechado. O vapor dos inalantes toma o lugar do oxigênio no recipiente e nos pulmões. A falta de oxigênio não é detectada pelo cérebro durante a intoxicação devido aos crescentes efeitos sedativos do inalante. No caso de sobrevivência do usuário, podem ocorrer danos cerebrais permanentes.
Nitritos, como o amil nitrito são exceções entre os inalantes porque eles não deprimem o sistema nervoso central. Eles relaxam os vasos sanguíneos e baixam a pressão sanguínea, causando leves torturas e vertigens, que podem ser sentidas como um "barato" por alguns, mas a principal razão para o uso dos nitritos é a sua pretensa capacidade de aumentar o prazer sexual.

Os inalantes podem reduzir o fluxo de oxigênio para o cérebro, o que pode matar células do cérebro.
Uma vez que um inalante chega nos pulmões, ele entra na corrente sanguínea. As substãncias químicas no sangue atingem o cérebro em segundos.
O uso excessivo de alguns inalantes pode causar danos à medula óssea. Isto pode causar uma produção insuficiente de glóbulos vermelhos. A fadiga constante é sintoma deste estado.
O cantato crônico com alguns inalantes pode danificar os rins e o fígado e reduzir suas funções. Se isto acontecer, o corpo fica menos apto para se livrar das toxinas ou produtos do metabolismo (talvez até do próprio inalante).
(Fonte: Como agem as drogas, Gesina L. Longenecker,PH.D. Quark books. Ilustrações de Nelson W.Hee)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Frases para reflexão...

... "É um homem sábio o que conhece a seu próprio filho."(William Shakespeare)

... "É muitas vezes nas pequenas coisas e não nas grandes que se conhecem as pessoas corajosas."(Baldassare Castiglione) 

... "A maior batalha que eu travo, é contra mim mesmo."(Napoleão Bonaparte) 

... "Cada lágrima ensina-nos uma verdade."(Ugo Foscolo) 

... "Grandes oportunidades para ajudar aos outros raramente aparecem, mas pequenas delas nos cercam todos os dias."(Sally Koch) 

... "Aquele que conhece os outros é sábio, aquele que conhece a si próprio é iluminado."(Lao-Tsé) 

... "Não espere a luz aparecer no fim do túnel, caminhe até lá e acenda a tal coisa você mesmo."(Sara Henderson)

Comissão aprova sugestão sobre cobertura do tratamento do tabagismo por planos de saúde

Comissão aprova sugestão sobre cobertura do tratamento do tabagismo por planos de saúde   
 

A proposta inclui o tratamento entre as coberturas obrigatórias

A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados aprovou proposta que prevê a inclusão do tratamento do tabagismo entre as coberturas obrigatórias nos planos e seguros privados de assistência à saúde.

A proposta é baseada em sugestão (SUG 33/15) feita pelo Instituto Oncoguia – entidade de apoio ao paciente com câncer – e aprovada pela comissão. Em parecer favorável à medida, o deputado Fábio Ramalho (PMB-MG) destacou seu alcance social e caráter vantajoso para as operadoras, que se voltam atualmente para a prevenção.

“O gasto do Sistema Único de Saúde (SUS) com o tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao tabagismo foi, em 2011, de mais de R$ 20 bilhões. Essa quantia supera em 3,5 vezes o valor arrecadado pela Receita Federal com os impostos associados aos derivados do tabaco”, observou o parlamentar.

A medida será transformada em projeto de lei da comissão para alterar a Lei 9.656/98, que trata dos planos privados de saúde.

Pela proposta, a cobertura de tratamento contra o tabagismo incluirá avaliação clínica, abordagem mínima ou intensiva, individual ou em grupo e, se necessário, terapia medicamentosa.

Tramitação
A tramitação do projeto de lei que a comissão apresentará será definida pela Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmara.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

SUG-33/2015 
Reportagem - Noéli Nobre
Edição - Marcia Becker
Fonte:Agência Câmara Notícias