quinta-feira, 9 de maio de 2013

Vacina contra a heroína testada com sucesso em ratos toxicodependentes

Vacina contra a heroína testada com sucesso em ratos toxicodependentes                                                                                             

Uma equipe de cientistas do Instituto de Investigação Scripps (EUA) anunciou nesta segunda-feira resultados promissores de um teste pré-clínico, em ratos de laboratório dependentes da heroína, de uma vacina contra esta droga. O estudo é publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Já existem vacinas experimentais contra a cocaína, a nicotina ou a meta-anfetamina, explica aquele instituto em comunicado. E como as moléculas das drogas psicoativas costumam ser demasiado pequenas para estimular, pela sua simples presença, a produção de anticorpos pelo organismo, essas vacinas são compostas por fragmentos-chave da droga em causa acoplados a proteínas, que são moléculas muito maiores e mais susceptíveis de provocar uma resposta imunitária.

No caso da heroína, porém, acrescia-se uma dificuldade: o fato de esta droga se desintegrar rapidamente no sangue, dando origem a um outro composto – chamado 6-acetilmorfina – que penetra no cérebro e é responsável por grande parte do efeito da heroína.

Agora, Joel Schlosburg e colegas parecem ter conseguido ultrapassar esse obstáculo ao desenvolverem, nos últimos três anos, uma vacina "dinâmica" que estimula a produção de anticorpos dirigidos não apenas contra a heroína, mas também contra a 6-acetilmorfina e a morfina. “A vacina consegue seguir o rasto à droga à medida que ela é metabolizada, mantendo os subprodutos ativos fora do cérebro”, diz Kim Janda, um dos co-autores do trabalho, citado pelo mesmo comunicado.

Mas, os cientistas precisavam testar efetivamente a eficácia da vacina. Por isso, a administraram em ratos com uso da droga. "Demos a vacina a ratos que já tinha sido expostos à heroína, o que representa uma situação de evidente relevância para a clínica humana", comenta Schlosburg.

E mostraram assim que, mesmo os animais já eram profundamente dependentes da droga – ao ponto de a auto-administrarem de forma compulsiva e em doses cada vez maiores –, a vacina fazia com que, quando esses animais eram desmamados e a seguir novamente expostos à heroína, já não tornavam a desenvolver esses comportamentos.

“Os ratos heroinómanos privados da droga costumam retomar um comportamento compulsivo se voltarem a ter acesso a ela”, diz George Koob, um outro co-autor, “mas a nossa vacina impede que isso aconteça”. E em grande parte, a vacina experimental também bloqueia, afirmam os autores, as propriedades analgésicas da heroína e os seus efeitos sobre os circuitos de recompensa cerebrais.

Mas como, por outro lado, ela não bloqueia os efeitos da metadona nem de outras substâncias utilizadas no tratamento da toxicodependência, “será em princípio possível administrá-la em simultâneo com as terapias convencionais”, salienta pelo seu lado Schlosburg.

Os cientistas pensam portanto que, se a vacina demonstrar eficácia em futuros ensaios clínicos no ser humano, poderá vir um dia a fazer parte da panóplia de tratamentos utilizados contra a dependência da heroína, que se estima afeta mais de 10 milhões de pessoas no mundo.
Autor:
OBID Fonte: Agências de Notícias

Só por hoje 09-05...

Meditação do Dia

Quinta, 09 de Maio de 2013


Escreve sobre isso!
"Sentamo-nos com um bloco à frente, pedimos orientação, pegamos na caneta e começamos a escrever." Texto Básico, p. 34

Quando estamos confusos ou em dor, o nosso padrinho ou madrinha dizem-nos por vezes para "escrever sobre isso". Apesar de protestarmos enquanto puxamos do caderno, sabemos que isso irá ajudar-nos. Ao pormos tudo no papel, damos a nós mesmos a oportunidade, de descobrir aquilo que nos incomoda. Sabemos que podemos chegar ao fundo da nossa confusão e descobrir aquilo que realmente nos causa dor, quando pomos a caneta no papel. Escrever pode ser recompensador, principalmente quando trabalhamos os passos. Muitos membros mantêm um diário. Apenas pensar sobre os Passos, ponderar o seu significado e analisar o seu efeito, não é suficiente para a maioria de nós. Há qualquer coisa na acção física de escrevê-los que ajuda a fixar os princípios de recuperação nas nossas mentes e corações. As recompensas que obtemos através da simples acção de escrever são muitas. Clareza de pensamento, chaves para lugares fechados dentro de nós e a voz da consciência, podem ser algumas delas. Escrever ajuda-nos a ser mais honestos connosco próprios. Sentamo-nos, sossegamos os nossos pensamentos, e escutamos o nosso coração. Aquilo que ouvimos nesse silêncio são as verdades que pomos no papel.

Só por hoje: Uma das formas através das quais posso procurar a verdade em recuperação é escrevendo. Hoje vou escrever sobre a minha recuperação.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

quarta-feira, 8 de maio de 2013

REFLEXÃO DIÁRIA - 8 DE MAIO


  REFLEXÃO DIÁRIA - 8 DE MAIO



UM LUGAR DE DESCANSO

 Todos os Doze Passos de A.A. nos pedem para atuar em sentido contrário aos nossos desejos naturais, todos desinflam nosso ego. Quando se trata desse assunto, poucos Passos são mais duros de aceitar que o Quinto. Mas, dificilmente, qualquer deles é mais necessário à obtenção da sobriedade prolongada e à paz da mente do que este.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES, p. 48


Após escrever meus defeitos de caráter, estava sem disposição de falar sobre eles, e decidi que era a hora de parar de carregar esta carga sozinho. Precisava confessar estes defeitos a alguém. Tinha lido - e tinham me falado - que não podia me manter sóbrio a não ser que o fizesse.
O Quinto Passo me dava um sentimento de pertencer, com humildade e serenidade, quando o praticava diariamente em minha vida. Era importante admitir meus defeitos de caráter na ordem apresentada no Quinto Passo: "A Deus, a nós mesmos e a outro ser humano". Admitir para Deus em primeiro lugar preparou o terreno para a admissão a mim mesmo e para outra pessoa. De acordo com a descrição de como o Passo é feito, um sentimento de ser um com Deus e com meus companheiros me levou a um lugar de descanso onde pude preparar-me para os Passos restantes em direção a uma sobriedade plena e significativa.


Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Frases para sua semana!!!



... "...Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!" (Coelho Neto)

... "Viver é mais que vencer dias e anos. É preenchê-los com ideais de amor, grandeza e otimismo. É plantar hoje o que desejamos amanhã." (Wagner P. de Menezes)
... "Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só."
(Amir Klink)

... "O espírito se enriquece com aquilo que recebe, o coração com aquilo que dá." (Victor Hugo)
... "Todos os nossos sonhos podem se realizar, se tivermos a coragem de perseguí-los." (Walt Disney)
... "Aquilo que se faz por amor, parece ir sempre além dos limites do bem e do mal." (Friedrich Nietzsche)
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Jovem que usa maconha fuma mais tabaco, conclui pesquisa

Jovem que usa maconha fuma mais tabaco, conclui pesquisa                                                                                             

Uma nova pesquisa apresentada no último domingo na reunião anual das Sociedades Acadêmicas de Pediatria, em Washington, reforça a ideia de que o uso de cigarros são uma porta de entrada para a maconha.

- Ao contrário do que seria de se esperar, também descobrimos que os alunos que fumavam tabaco e maconha eram mais propensos a fumar mais cigarros do que aqueles que fumavam apenas tabaco - disse o autor do estudo Megan Moreno do Instituto de Pesquisa Infantil de Seattle e professor associado de pediatria na Universidade de Washington.

Moreno e seus colegas selecionaram aleatoriamente estudantes universitários de duas universidades americanas para participar do estudo. Os alunos foram entrevistados antes de entrar para a faculdade e, novamente, no final do seu primeiro ano para responder sobre suas atitudes, intenções e experiências com as substâncias químicas.

Os alunos foram questionados se eles usaram tabaco ou maconha alguma vez em suas vidas e nos últimos 28 dias. Os pesquisadores também avaliaram a quantidade e frequência da maconha e do tabaco nestes últimos 28 dias.

Os resultados mostraram que, antes de entrar para a faculdade, 33% dos 315 participantes relataram o uso do tabaco, e 43% dos que provaram o cigarro eram usuários atuais. Além disso, os usuários de tabaco eram mais propensos a ter usado maconha do que aqueles que não fumaram nicotina.

Até o final de seu primeiro ano, 66% dos participantes que relataram o uso do tabaco antes de entrar para a faculdade permaneciam como usuários atuais, com uma média de 34 cigarros por mês. Destes, 53% relataram uso de maconha concorrente. Em geral, os usuários de ambas as substâncias fumavam mais tabaco que os outros, na média mensal: 42 contra 24.

- Essas descobertas são significativas porque, no ano passado, vimos a legislação aprovada que legaliza a maconha em dois estados americanos (Washington e Nevada), disse Moreno. - Embora o impacto dessas leis sobre o uso da maconha seja uma questão crítica, os nossos resultados sugerem que devemos considerar também se o aumento do uso da maconha vai impactar o consumo de tabaco entre os adolescentes mais velhos.
Autor:
OBID Fonte: O Globo

Excesso de bebida no fim de semana pode causar danos duradouros ao fígado

Excesso de bebida no fim de semana pode causar danos duradouros ao fígado                                                                                            

Jornal do Povo
Consumo excessivo de bebida alcoólica no fim de semana pode causar danos duradouros ao fígado, de acordo com pesquisadores da Universidade de Missouri, nos EUA.

A pesquisa revelou uma ligação única entre o consumo excessivo de álcool e o risco de desenvolver doença hepática alcoólica e uma variedade de outros problemas de saúde.

"Em nossa pesquisa, descobrimos que o consumo excessivo de álcool tem um efeito profundo sobre o fígado em vários modos de exposição ao álcool. Não podemos mais considerar o consumo crônico de álcool como o único fator no desenvolvimento de doença hepática alcoólica", afirma o autor correspondente Shivendra Shukla.

Os pesquisadores estudaram os efeitos do consumo excessivo de álcool quando combinado com o consumo crônico de álcool e também em casos isolados de bebedeira não associados ao consumo crônico de bebida.

O Instituto Nacional de Abuso do Álcool e Alcoolismo (NIAAA) define consumo excessivo de álcool para as mulheres como quatro ou mais doses em duas horas, para os homens, cinco ou mais doses em duas horas.

Através do estudo da exposição ao álcool em ratos, os pesquisadores descobriram que a bebedeira amplificou a lesão no fígado quando havia pré-exposição ao consumo crônico de álcool.

Como o local principal para o metabolismo do corpo, o fígado afeta muitos sistemas do corpo, incluindo o metabolismo e a distribuição de nutrientes e medicamentos, bem como a produção de vários agentes que são necessários para o funcionamento adequado do coração, rim, vasos sanguíneos e cérebro.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Só por hoje 08-05...

Meditação do Dia

Quarta, 08 de Maio de 2013


Prontos para aprender
"Aprendemos que não há mal em não se saber todas as respostas, pois assim podemos ser ensinados e aprender a viver a nossa nova vida com sucesso." Texto Básico, p. 107

De certo modo, a adicção é um grande mestre. E se a adicção não nos ensina mais nada, ensina-nos, pelo menos, a humildade. Ouvimos dizer que foram precisas as nossas melhores ideias para chegarmos a NA. Agora que estamos aqui, estamos para aprender. A Irmandade de NA constitui um óptimo ambiente de aprendizagem para um adicto em recuperação. Não nos fazem sentir estúpidos nas reuniões. Em vez disso, encontramos outros que estiveram exactamente onde nós estivemos e que encontraram uma saída. Tudo o que precisamos de fazer é admitir que não temos todas as respostas, e depois ouvir os outros partilharem aquilo que resultou para eles. Como adictos em recuperação e como seres humanos, temos muito que aprender. Outros adictos - e outros seres humanos - têm muito para nos ensinar sobre aquilo que resulta e aquilo que não resulta. Enquanto nos mantivermos prontos para aprender, podemos tomar partido da experiência dos outros.

Só por hoje: Vou admitir que não tenho todas as respostas. Vou olhar e procurar escutar na experiência dos outros as respostas de que preciso.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes