quarta-feira, 15 de maio de 2013

Provar álcool antes de 12 anos aumenta risco de abuso

Provar álcool antes de 12 anos aumenta risco de abuso                                                                                             

O Estado de S. Paulo
João tinha 11 anos quando experimentou vinho oferecido pelos pais, em 2008. Aos 15, foi a vez do primeiro pileque, causado pelo consumo excessivo de vodca com energético numa festa com amigos.

"Agora, quando chego meio bêbado em casa minha mãe sabe que eu bebi, mas finge que não sabe", diz o jovem de 16 anos, aluno do 2.º ano do ensino médio de um colégio tradicional de São Paulo. Hoje, ele diz que consome frequentemente álcool com os colegas. A primeira experiência do estudante com vinho pode explicar e até justificar o seu hábito de consumo atual. É o que revela uma pesquisa inédita da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) feita com base em entrevistas realizadas com 17 mil adolescentes do ensino médio de 789 escolas públicas e privadas de todo o País.

O estudo, feito pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) da Unifesp, constatou que um simples gole ou experimentação de qualquer bebida alcoólica feita por crianças menores de 12 anos aumenta em 60% as chances delas, quando adolescentes, consumirem álcool abusivamente. "O contato que a criança tem com bebidas na infância pode não gerar apenas um adolescente que ocasionalmente fica de porre. Ela pode acabar adquirindo o padrão abusivo de consumo de álcool", afirma Zila Sanchez, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo.

A pesquisa também constatou que, dentre os estudantes que afirmaram ter consumido algum tipo de bebida alcoólica na vida (82% dos entrevistados), 11% experimentaram antes dos 12 anos. Para a nutricionista Camila Leonel, o consumo precoce tem um impacto claro na saúde do jovem. "O álcool causa modificações neuroquímicas, com prejuízos na memória, aprendizado e controle dos impulsos. O sistema nervoso dos menores ainda está em desenvolvimento", afirma.

E para evitar o contato inicial com a bebida não basta apenas que os pais proíbam o acesso ao álcool, segundo Ilana Pinsky, vice-presidente da Associação Brasileira de Estudo de Álcool e Drogas (Abead). "Se os pais têm o hábito de beber todos os dias para relaxar, por exemplo, não adianta conversar muito sobre como beber de forma responsável", diz ela.

Ilana critica a "enorme" quantidade de bebidas que há dentro dos lares de muitos brasileiros. "Os pais têm de ter cuidado com os bares que ficam dentro das próprias casas, para que as crianças não tenham acesso a eles", diz.

Na casa da empresária Cláudia Silva, que tem uma filha menor de idade, não há esse risco. "Aqui em casa é zero álcool. Nada disso de dar só um golinho para experimentar", diz a mãe.

Propaganda. Mesmo com o controle dos pais, há outros fatores que podem influenciar a entrada precoce do álcool na vida dos menores. "A propaganda de cerveja na televisão, mesmo não sendo direcionada à criança, influencia o consumo. Ela acaba se associando com atividades esportivas, coisas que o adolescente gosta", afirma Edgard Rebouças, coordenador do Observatório da Mídia, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e conselheiro do Instituto Alana.

Segundo a Ambev, uma das maiores empresas de bebidas do mundo, o consumo de bebidas por menores é algo que a marca quer evitar. "Esse lucro não nos interessa. Fazemos de tudo para que essa relação do menor com a bebida não aconteça", diz Ricardo Rolim, diretor de relações socioambientais da Ambev. Ele cita programas da empresa, como o Jovem Responsa, que, em parceria com 21 ONGs de todo o País, já levou orientações de consumo consciente a mais de 57 mil jovens direta e indiretamente.

Para Betânia Gomes, que pesquisou o tema na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), faltam políticas públicas mais efetivas sobre a questão. "Precisamos de mais iniciativas oficiais de promoção e campanhas educativas para que esses meninos e meninas não comecem a beber tão cedo", diz a pesquisadora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Observatório Europeu da Droga antecipa relatório anual

Observatório Europeu da Droga antecipa relatório anual                                                                                               

O Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência vai lançar o seu relatório dia 28 de maio, seis meses antes do habitual, numa nova estratégia orientada para um aumento da rapidez e da eficácia, confirmou nesta segunda-feira uma responsável da organização.

O relatório anual sobre o panorama das drogas e da toxicodependência nos países da União Europeia, na Noruega, Croácia e Turquia é normalmente divulgado em novembro, mas o Observatório decidiu dar preferência a "informação mais atual", explicou a mesma fonte à agência Lusa.

“O nosso novo programa de trabalho de três anos(2013-2015) dá muito ênfase a ter informação mais rapidamente”, afirmou a mesma fonte, adiantando que a agência adotou uma nova estratégia que visa “acompanhar o fenômeno da droga e a sua rápida transformação, bem como as crescentes necessidades e mudanças nas expectativas do público”.

A nova estratégia da agência “baseia-se nos princípios orientadores da relevância e atualidade, eficácia e valor, comunicação e orientação para o cliente”, referiu, explicando que o novo documento anual vai designar-se "Relatório Europeu sobre Droga 2013: Tendências e evoluções", apresentando resumidamente as informações mais recentes nos 27 Estados-membros, Noruega, Croácia e Turquia.

O documento terá como produto central o relatório “Tendências e Evoluções”, com textos mais curtos e mais dados estatísticos, acompanhado de um capítulo sobre as “Perspetivas sobre Drogas” (POD, na sigla em inglês).

No relatório deste ano, o foco será dado a 12 temas, entre os quais se incluem as abordagens de tratamento da hepatite C, a utilização de alto risco de cannabis, as situações de emergência relacionadas com a cocaína e o controle das novas substâncias psicoativas.

Um destes temas só será, no entanto, apresentado em finais de junho, altura em que se realiza o III Fórum Internacional sobre novas drogas, esclareceu a mesma fonte da agência da UE de informação sobre droga, sediada em Lisboa.

O pacote informativo será completado com o Boletim estatístico ("Statistical bulletin") anual e as Panorâmicas por país ("Country overviews"), que apresentam dados e análises a nível nacional.

No último relatório, apresentado a 15 de novembro passado, o Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (OEDT) concluiu que o clima de austeridade na Europa está a fazer baixar o investimento no tratamento e redução de riscos para os consumidores de droga.

O documento adiantava ainda que o número de novos utilizadores de heroína estava diminuindo, tal como a disponibilidade desta droga na Europa, apesar de um aumento da produção a nível mundial, e que as drogas sintéticas estimulantes são uma das principais preocupações das autoridades.

De acordo com o último relatório anual daquela agência europeia, a cannabis continua a ser a droga mais popular na Europa, onde a produção caseira tem aumentado, além da procura de tratamento para problemas relacionados com o uso.
Autor:
OBID Fonte: Agência Lusa

Reflexão do dia 15 de Maio

Reflexão do dia 15 de Maio
 
      
conheça deus, conheça a paz
É evidente que uma vida onde se incluem profundos ressentimentos, só nos leva à futilidades e à infelicidade...Porém, com o alcoólico cuja esperança é a manutenção e o crescimento de uma experiência espiritual, este negócio dos ressentimentos é grave mesmo.
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 85
     
 
 Conheça a Deus;
      Conheça a Paz;
      Sem Deus;
      Sem Paz...
 
 
Força, fé e esperança,
 
Clayton Bernardes

Só por hoje 15-05...

Meditação do Dia

Quarta, 15 de Maio de 2013


Medo do Quarto Passo
"À medida que nos aproximamos deste passo, a maioria de nós receia que haja dentro de nós um monstro que, se liberto, irá destruir-nos." Texto Básico, p. 32

Muitos de nós sentem-se aterrorizados ao olhar para sí próprios, ao sondar o reu interior. Temos medo de que, ao examinarmos as nossas acções e motivos, encontremos um poço escuro e sem fundo, de egoísmo e de ódio. Mas quando fazemos o Quarto Passo, vamos descobrir que esses medos eram desnecessários. Somos humanos como todas as outras pessoas - nem mais, nem menos. Todos nós temos traços de personalidade de que não nos orgulhamos especialmente. Num dia mau, podemos pensar que as nossas falhas são piores do que as dos outros. Teremos momentos de insegurança. Iremos questionar os nossos motivos. Podemos até questionar a nossa própria existência. Mas se pudéssemos ler as mentes dos nossos amigos, membros de NA, iríamos encontrar as mesmas dificuldades. Não somos nem melhores nem piores seja de quem for. Só podemos mudar aquilo que conhecemos e compreendemos. Em vez de continuarmos a ter medo daquilo que está enterrado dentro de nós, podemos pô-lo a descoberto. Não teremos mais receio, e a nossa recuperação irá florescer na imensa luz do autoconhecimento.

Só por hoje: Tenho medo daquilo que não conheço. Vou expor os meus medos e deixar que eles desapareçam.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

terça-feira, 14 de maio de 2013

Primeiro levantamento nacional aponta maior risco de sexo inseguro entre jovens que abusam do álcool

Primeiro levantamento nacional aponta maior risco de sexo inseguro entre jovens que abusam do álcool 

Veja
Dados do Cebrid mostram que, entre os jovens que tinham feito sexo sem camisinha, 41% haviam consumido álcool em excesso

O consumo de bebidas alcoólicas e o uso de drogas estão diretamente associados ao sexo de risco entre adolescentes brasileiros. É o que aponta o primeiro levantamento nacional a analisar a relação entre sexo e álcool em jovens, realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). De acordo com o estudo, publicado na edição deste mês do periódico brasileiro Clinics, entre os jovens que praticaram sexo inseguro, 41% haviam consumido bebidas alcoólicas em excesso no período correspondente ao estudo.

Para o levantamento foram analisados dados de 17.371 adolescentes do ensino médio, de 789 escolas públicas e privadas das 27 capitais brasileiras. Eles responderam a questionários sobre uso de drogas, consumo de álcool e prática sexual referentes ao período de um mês antes da realização do estudo. As entrevistas foram feitas em 2010, e são uma amostra representativa da população jovem do Brasil.

Sexo e álcool — Cerca de um terço dos jovens entrevistados havia tido relação sexual no mês anterior à pesquisa. Destes, quase metade (48%) não havia usado camisinha. Embora a prática sexual tenha sido mais prevalente entre os meninos, foram as meninas que mais fizeram sexo inseguro. "Essa diferença, talvez, esteja associada ao fato de que, geralmente, as meninas saem com garotos mais velhos, que não participaram do estudo", diz Zila M. Sanchez, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp, pesquisadora do Cebrid e coordenadora do estudo.

O levantamento descobriu ainda que cerca de um terço dos adolescentes que eram sexualmente ativos tinham usado drogas recentemente — destes, 37,2% tinham praticado o binge (termo em inglês usado para designar o consumo acima de cinco doses alcoólicas, para homens, e de quatro, para a mulher, em apenas duas horas); 16,5% tinham fumado; e 14,5% haviam usado drogas ilegais. Segundo o estudo, idade (jovens mais velhos) e condições socioeconômicas mais baixas estão diretamente relacionadas ao sexo inseguro. O aumento em um ano na idade do adolescente representa um aumento nos riscos de sexo inseguro em 17%.

Quando cruzaram os dados, os pesquisadores descobriram que entre os jovens que haviam praticado sexo sem camisinha no mês anterior à pesquisa, 40,9% tinham feito binge. "Os resultados não foram, na verdade, uma surpresa", diz Zila. Segundo a pesquisadora, a inclusão do comportamento sexual na pesquisa do Cebrid visa acrescentar o comportamento de risco na prevenção de drogas. "Doenças sexualmente transmissíveis, aids, o sexo inseguro: tudo isso é questão de saúde pública e deve ser considerado no levantamento."
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Consequências do Consumo de Álcool

Consequências do Consumo de Álcool

Revista Saúde
Mesmo quem bebe um pouquinho por dia ou apenas socialmente, aos finais de semana, está suscetível às consequências devastadoras do álcool. O assunto é muito mais sério do que parece

Segundo dados da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Outras Drogas (ABEAD), no Brasil existem cerca de 19 milhões de alcoólatras. Acontecem, por ano, 32 mil mortes em decorrência do uso da bebida, 11 mil delas por cirrose. O álcool também está por trás de 60% das mortes no trânsito e 72% dos homicídios.

Apesar desses dados e do contato com as experiências desastrosas de celebridades e anônimos — afinal todos conhecemos alguém que destruiu sua vida por causa do álcool —, a bebida ainda é socialmente aceita, os pais permitem que seus filhos jovens bebam, e o hábito vai se cristalizando ao longo da vida.

Porém, se você é um dos que bebem com frequência, ainda que em pequenas doses ou só nos dias de folga, é bom começar a olhar aquele “inofensivo” aperitivo com outros olhos, deixando o senso crítico apurado vencer o senso comum, aquele que nos diz que “beber é um hábito característico da nossa cultura” ou que “beber é normal”. Pode até ser. Mas estamos falando de um hábito que mata. Cada vez mais. E cada vez mais cedo.

Muito além da cirrose

O álcool é um depressor do sistema nervoso central e age diretamente em diversos órgãos, como o fígado, o coração e o estômago. “Não há qualquer órgão que seja poupado pelo uso de álcool: desde o cérebro, até os nervos longos dos membros inferiores, passando pelo trato digestivo, incluindo boca, esôfago, estômago, intestino e fígado, tudo é agredido pela bebida”, alerta o psiquiatra Carlos Salgado, da ABEAD. Entre eles, o fígado é, sem dúvida, o mais afetado. “Já foi comprovado, sem possibilidades de refutação, que o álcool é o agente causal de dano nas células hepáticas, que se inicia com um simples depósito de gordura, mas vai evoluindo, passando por inflamação e fibrose, até chegar no estágio da cirrose”, explica a hepatologista Edna Strauss, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH). O processo todo pode acontecer muito rapidamente, dependendo da quantidade e da frequência com que se bebe, e também de características genéticas, que regulam a predisposição à doença. Em três anos, o uso constante de álcool pode promover consequências clínicas importantes, afetando o funcionamento do órgão. “O grande problema é que a doença hepática é silenciosa e frequentemente não provoca qualquer sintoma, mesmo na fase de cirrose. Quando aparecem os primeiros sinais, como retenção hídrica, inchaços e acúmulo de água no abdômen, amarelo dos olhos ou perda de sangue pela boca ou pelas fezes, a saúde do paciente já está muito debilitada”, adverte Edna.

O corpo todo sofre

Veja abaixo tudo o que o álcool pode provocar em seu organismo e o que muda do primeiro gole ao consumo regular e prolongado:

As regiões mais afetadas: O álcool aumenta o risco de câncer nas regiões de maior contato com as substâncias tóxicas: boca, laringe, faringe e esôfago.

Cabeça: o consumo regular leva a perdas de memória, que vão se aprofundando cada vez mais. Ao longo dos anos, as lesões nos neurônios podem levar a comprometimentos de ordem motora, chegando a dificultar a fala. Quadros de amnésia e alterações de personalidade também são comuns em dependentes de longa data.

Cérebro: Entre os jovens, o consumo do álcool afeta áreas cerebrais encarregadas do raciocínio e da capacidade de tomar decisões.

Sistema digestório: as substâncias tóxicas do álcool comprometem todo o sistema digestório, aumentando as chances de câncer de boca, laringe, esôfago, estômago e fígado.

Coração: o álcool contribui para o aumento da pressão e ainda agride as células do coração, aumentando o risco de arritmias e insuficiência cardíaca, dois eventos que podem ser fatais.

Estômago: o álcool provoca erosões no estômago, e pode levar a gastrites, e chegar a uma fase mais aguda, com dores insuportáveis e até sangramentos. Além disso, o fígado poderá perder a sua função. Após as constantes agressões dos aditivos químicos das bebidas, o órgão tenta se proteger e cria cicatrizes fibrosas ao seu redor. Ao longo dos anos, elas atrapalham a circulação no local. Aparecem, então, as hemorragias digestivas.

Pernas: muitas lesões neuronais ocasionadas pelo álcool afetam a locomoção. Na síndrome de Wernicke-Korsakoff, uma das doenças mais comuns em alcoólatras, há uma progressiva dificuldade de andar. Na polineuropatia periférica, pés e mãos podem perder completamente a sensibilidade.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Reflexão do dia 14 de Maio

Reflexão do dia 14 de Maio
 
é bom ser eu mesmo
Inúmeras vezes os novatos procuraram guardar para si certos fatos de sua vidas... desviaram-se para métodos mais fáceis... mas, não aprenderam o suficiente sobre a humildade...
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 95
 
      Humildade soa muito como humilhação mas, na realidade, ela é a capacidade de olhar para mim mesmo - e honestamente aceitar o que vejo. Não preciso ser o "mais esperto" nem "o mais estúpido" ou qualquer outro "mais". Finalmente é muito bom ser "eu" mesmo. É mais fácil para mim aceitar-me se compartilhar toda a minha vida. Se não posso compartilhar nas reuniões, então é melhor ter um padrinho - alguém com que eu possa compartilhar "certos fatos" que podem me levar de volta à bebida e para a morte. Preciso praticar todos os Passos. Preciso do Quinto Passo para aprender a verdadeira humildade. Métodos mais fáceis não funcionam.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes