sexta-feira, 24 de maio de 2013

Só por hoje 24-05...

Meditação do Dia

Sexta, 24 de Maio de 2013


Arriscar é ser vulnerável
"À medida que crescemos, aprendemos a superar a tendência para fugirmos e nos escondermos de nós próprios e dos nossos sentimentos." Texto Básico, p. 95

Em vez de arriscarmos ser vulneráveis, muitos de nós desenvolveram hábitos que mantêm os outros a uma distância segura. Esses padrões de isolamento emocional podem dar-nos a sensação de estarmos irremediavelmente presos atrás das nossas máscaras. Costumávamos arriscar as nossas vidas; agora arriscamos com os nossos sentimentos. Ao partilharmos com outros adictos, aprendemos que não somos únicos; não nos tornamos exageradamente vulneráveis só porque estamos a deixar os outros saberem quem somos, pois estamos em boa companhia. E ao trabalharmos os Doze Passos do programa de NA, crescemos e mudamos. Não queremos nem precisamos mais de esconder as nossas personalidades que emergem. É-nos dada a oportunidade de largar a camuflagem emocional que desenvolvemos para sobreviver na nossa adicção activa. Ao nos abrirmos aos outros, arriscamos tomar-nos vulneráveis, mas esse risco vale bem a pena. Com a ajuda do nosso padrinho ou madrinha, e de outros adictos em recuperação, aprendemos a expressar os nossos sentimentos honesta e abertamente. Em troca somos alimentados e encorajados pelo amor incondicional dos nossos companheiros. À medida que praticamos princípios espirituais, encontramos força e liberdade em nós próprios e naqueles à nossa volta. Somos livres para ser quem somos e para apreciar a companhia dos nossos amigos adictos.

Só por hoje: Vou partilhar aberta e honestamente com outros adictos em recuperação. Vou arriscar tornar-me vulnerável, e celebrar quem sou e a minha amizade com outros membros de NA. Vou crescer.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Bebida e fumo em conjunto causam ´envelhecimento precoce` do cérebro

Bebida e fumo em conjunto causam ´envelhecimento precoce` do cérebro   

                                                                                         
A Crítica
O consumo de bebida e o fumo em excesso causam envelhecimento precoce do cérebro, de acordo com estudo de pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco, nos EUA.

Os resultados mostram que os indivíduos dependentes de álcool que fumam apresentam mais problemas com a memória, capacidade de pensar com rapidez e eficiência e habilidades de resolução de problemas do que aqueles que não fumam. Segundo os pesquisadores, os efeitos parecem se tornarem agravados com a idade.

Os resultados foram publicados na revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research.

O líder da pesquisa, Timothy C. Durazzo e seus colegas compararam o funcionamento neurocognitivo de quatro grupos de participantes, todos com idades entre 26 e 71 anos.

Os participantes foram divididos entre indivíduos saudáveis que nunca fumaram ou "controles" (n = 39); e indivíduos viciados em álcool em tratamento de abstinência por um mês que nunca foram fumantes (n = 30); ex-fumantes (n = 21) e fumantes (n = 68).

As habilidades cognitivas avaliadas incluíram eficiência cognitiva, funções executivas, habilidades motoras finas, inteligência geral, aprendizagem e memória, velocidade de processamento, funções visuo-espaciais e memória de trabalho.

"Descobrimos que, em um mês de abstinência, indivíduos dependentes de álcool que fumavam tiveram efeitos do envelhecimento maiores que o normal sobre as medidas de aprendizagem, memória, velocidade de processamento, raciocínio e resolução de problemas e habilidades motoras finas", afirma Durazzo.

Indivíduos viciados em álcool que nunca fumaram e aqueles que eram ex-fumantes apresentaram mudanças equivalentes ao aumento da idade em todas as medidas, como os controles não fumantes.

Segundo os pesquisadores, estes resultados indicam que a combinação de dependência de álcool e tabagismo crônico ativo foi relacionada a uma diminuição anormal de várias funções cognitivas com a idade.

"Os dados indicam que os efeitos combinados dessas drogas são especialmente prejudiciais e tornam-se ainda mais evidentes com o avanço da idade. Em geral, as pessoas mostram declínio cognitivo em idade mais avançada.

No entanto, parece que os anos de vício em álcool combinado com uso do cigarro agravam este processo, contribuindo para um declínio ainda maior em habilidades de pensamento em anos posteriores", conclui a pesquisadora Alecia Dager, da Universidade de Yale, nos EUA.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Saiba um pouco sobre o crack!!

Crack

Leva 10 segundos para fazer o efeito, gerando euforia e excitação; respiração e batimentos cardíacos acelerados, seguido de depressão, delírio e "fissura" por novas doses. "Crack" refere-se à forma não salgada da cocaína isolada numa solução de água, depois de um tratamento de sal dissolvido em água com bicarbonato de sódio. Os pedaços grossos secos têm algumas impurezas e também contêm bicarbonato. Os últimos estouram ou racham (crack) como diz o nome.
Cinco a sete vezes mais potente do que a cocaína, o crack é também mais cruel e mortífero do que ela. Possui um poder avassalador para desestruturar a personalidade, agindo em prazo muito curto e criando enorme dependência psicológica. Assim como a cocaína, não causa dependência física, o corpo não sinaliza a carência da droga.
As primeiras sensações são de euforia, brilho e bem-estar, descritas como o estalo, um relâmpago, o "tuim", na linguagem dos usuários. Na segunda vez, elas já não aparecem. Logo os neurônios são lesados e o coração entra em descompasso (de 180 a 240 batimentos por minuto). Há risco de hemorragia cerebral, fissura, alucinações, delírios, convulsão, infarto agudo e morte.
O pulmão se fragmenta. Problemas respiratórios como congestão nasal, tosse insistente e expectoração de mucos negros indicam os danos sofridos.
Dores de cabeça, tonturas e desmaios, tremores, magreza, transpiração, palidez e nervosismo atormentam o craqueiro. Outros sinais importantes são euforia, desinibição, agitação psicomotora, taquicardia, dilatação das pupilas, aumento de pressão arterial e transpiração intensa. São comuns queimaduras nos lábios, na língua e no rosto pela proximidade da chama do isqueiro no cachimbo, no qual a pedra é fumada.
O crack induz a abortos e nascimentos prematuros. Os bebês sobreviventes apresentam cérebro menor e choram de dor quando tocados ou expostos à luz. Demoram mais para falar, andar e ir ao banheiro sozinhos e têm imensa dificuldade de aprendizado.

O caminho da droga no organismo

Do cachimbo ao cérebro

1. O crack é queimado e sua fumaça aspirada passa pelos alvéolos pulmonares
2. Via alvéolos o crack cai na circulação e atinge o cérebro
3. No sistema nervoso central, a droga age diretamente sobre os neurônios. O crack bloqueia a recaptura do neurotransmissor dopamina, mantendo a substância química por mais tempo nos espaços sinápticos. Com isso as atividades motoras e sensoriais são superestimuladas. A droga aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca. Há risco de convulsão, infarto e derrame cerebral
4. O crack é distribuído pelo organismo por meio da circulação sanguínea
5. No fígado, ele é metabolizado
6. A droga é eliminada pela urina

Ação no sistema nervoso

Em uma pessoa normal, os impulsos nervosos são convertidos em neurotransmissores, como a dopamina (1), e liberados nos espaços sinápticos. Uma vez passada a informação, a substância é recapturada (2). Nos usuários de crack, esse mecanismo encontra-se alterado.
A droga (3) subverte o mecanismo natural de recaptação da substância nas fendas sinápticas. Bloqueado esse processo, ocorre uma concentração anormal de dopamina na fenda (4), superestimulando os receptores musculares - daí a sensação de euforia e poder provocada pela droga. A alegria, entretanto, dura pouco. Os receptores ajustam-se às necessidades do sistema nervoso. Ao perceber que existem demasiados receptores na sinapse, eles são reduzidos. Com isso as sinapses tornam-se lentas, comprometendo as atividades cerebrais e corporais

O crack nasceu nos guetos pobres das metrópoles, levando crianças de rua ao vício fácil e a morte rápida. Agora chega à classe média, aumentando seu rastro de destruição

Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição
Fonte: Globo Ciência/1996 Ano 5 nº 58                                                

Reflexão do dia 23 de Maio

Reflexão do dia 23 de Maio
 
 
...saúde espiritual...
Ao vencermos a enfermidade espiritual, endireitamo-nos mental e fisicamente.
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 85
 
 
 
É muito difícil para mim aceitar minha doença espiritual, devido ao meu grande orgulho disfarçado por sucessos materiais e por meu poder intelectual. Inteligência não é incompatível com humildade, desde que eu coloque humildade em primeiro lugar. Procurar prestígio e riqueza é o objetivo final para muitos neste mundo moderno. Seguir a moda e parecer melhor do que sou realmente é uma doença espiritual.
Reconhecer e admitir minhas fraquezas é o começo de uma boa saúde espiritual. É um sinal de saúde espiritual ser capaz de pedir a Deus todo o dia para me iluminar, reconhecer Sua vontade e ter forças para executá-la. Minha saúde espiritual está ótima quando percebo que, quanto mais melhoro, mais descubro quanto necessito da ajuda dos outros.
 
 
Força, fé e esperança ,
Clayton Bernardes

Só por hoje 23-05...

Meditação do Dia

Quinta, 23 de Maio de 2013


Reparações e apadrinhamento
"Queremos ver-nos livres dos nossos sentimentos de culpa, mas não queremos que isso seja à custa de outras pessoas." Texto Básico, p. 46

Sejamos francos: a maioria de nós deixou um rasto de destruição e prejudicou todos aqueles que se atravessavam no nosso caminho. Algumas das pessoas que mais magoámos ao longo da nossa adicção foram aquelas que mais amávamos. Num esforço para nos livrarmos da culpa que sentimos por aquilo que fizemos, podemos sentir-nos tentados a partilhar com quem amamos, em todo o pormenor, coisas de que é melhor nem falar. Essas revelações podem prejudicar bastante e servir de pouco. O Nono Passo não é sobre aliviar as nossas consciências culpadas; é sobre tomarmos responsabilidade pelos erros que cometemos. Ao trabalharmos o nosso Oitavo e Nono Passos, devemos procurar a orientação do nosso padrinho ou madrinha e reparar os nossos erros de uma forma que não nos leve a dever ainda mais reparações. Não procuramos apenas libertar-nos do remorso - procuramos libertar-nos dos nossos defeitos. Não queremos mais voltar a magoar aqueles que amamos. Uma forma de assegurarmos que não voltaremos a fazê-lo é praticarmos o Nono Passo de uma maneira responsável, certificando-nos dos nossos motivos, e falando com o nosso padrinho ou madrinha sobre as reparações a fazer, antes de as fazermos.

Só por hoje: Quero aceitar a responsabilidade pelas minhas ações. Antes de fazer qualquer reparação, vou falar com o meu padrinho ou madrinha.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

quarta-feira, 22 de maio de 2013

As vezes não enxergamos

As vezes não enxergamos                                                       

Um dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua:

- Sr Bilac, estou precisando vender meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Poderia redigir um anúncio para o jornal?

Olavo Bilac apanhou um papel e escreveu:

"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes na varanda".

Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.

- Nem pense mais nisso! - disse o homem. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que eu tinha.

Às vezes não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos longe, atrás de miragens de falsos tesouros. Valorize o que tens: as pessoas, a família, os amigos, os momentos...


Fonte: Site: antidrogas.com

82% dos jovens provam drogas lícitas antes da maioridade

82% dos jovens provam drogas lícitas antes da maioridade                                                                                              

A Tribuna
Oitenta e dois por cento dos jovens provam drogas lícitas (álcool ou cigarro) antes de atingir a maioridade. É o que mostra estudo realizado com mais de 17.371 estudantes do Ensino Médio em 27 capitais do País. O levantamento foi realizado em 2010 pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

“Desde 2008, já identificamos a tendência do consumo abusivo de álcool na adolescência”, destaca a pesquisadora Zila Sanchez. “O estudo constata que o jovem que bebe, geralmente, está mais exposto ao sexo sem prevenção (camisinha). E quem começa a beber ainda antes dos 12 anos tem 60% mais chances de desenvolver a dependência química”.

Para ela, o homem se sente mais confortável no papel de transgressor, seja com o contato com as drogas lícitas ou ilícitas. Mas se surpreende com as classes A e B estarem associadas à essa situação. “Porque temos a visão de que isso só ocorre nas classes mais baixas”.

Bar ou lar

A conselheira tutelar de Santos, Taís Pereira Aguiar, confirma o aumento no uso de bebidas entre adolescentes, independentemente da condição financeira ou gênero. “Quando acontece nas classes menos favorecidas, é dada maior ênfase do que em classes de poder aquisitivo mais elevado, por ser culturalmente mais aceito ou considerado normal”, explica.

“Isso é cada vez mais recorrente porque as famílias costumam se reunir em torno de uma mesa, via de regra, com bebidas alcoólicas”, ressalta a presidente do Fórum Municipal da Criança e do Adolescente de Santos, Flávia Rios.

Ela lembra o caso de uma mãe que levou a filha adolescente à casa de uma amiga e, como as jovens estavam sozinhas, embebedaram-se em um bar. “A bebida está associada ao poder. Se o adolescente oferece bebida à garota, ele é aceito, conquista a parceira”.

Flávia cita outras ocasiões em que se dá o consumo. “Tem o ‘esquenta’, onde o adolescente precisa beber antes de ir para a balada. E têm os estabelecimentos que vendem bebidas para menores”. Para a presidente da entidade, o tema deveria ser enfatizado por entidades de defesa da criança e do adolescente, como conselhos, colégios e o poder público.

Debates

À frente do Comitê Municipal de Políticas Antidrogas, o vice-prefeito Eustázio Alves Pereira Filho promete intensificar o debate sobre o tema nos próximos quatro anos. “Esse estudo do Cebrid mostra a ausência de políticas de prevenção nas últimas décadas no Brasil”.

Pereira Filho garante que a Prefeitura repetirá o programa estadual com um professor-mediador em cada uma das 81 unidades municipais de ensino, para discutir esse tema com os alunos. O projeto de conscientização terá supervisão periódica do comitê.

O vice-prefeito aponta futuras parcerias com movimentos religiosos, a Polícia Militar – que desenvolve o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) nas escolas – e centros acadêmicos para fazer estudos sobre as drogas na Cidade.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)