domingo, 28 de julho de 2013

Só por hoje 28-07...

Meditação do Dia

Domingo, 28 de Julho de 2013


Segredos e intimidade
"Receávamos que, se alguma vez revelássemos como de facto éramos, seríamos certamente rejeitados." Texto Básico, p. 37

A construção de relações sem barreiras, nas quais possamos ser inteiramente abertos acerca dos nossos sentimentos, é algo que muitos de nós desejam. Ao mesmo tempo, a possibilidade de uma tal intimidade provoca-nos mais medo do que qualquer outra situação. Se olharmos para aquilo que nos assusta, veremos que estamos a tentar esconder alguma faceta das nossas personalidades que nos envergonha, algum aspecto que talvez nem tenhamos admitido a nós próprios. Não queremos que os outros conheçam as nossas inseguranças, a nossa dor, ou as nossas dependências. Por isso recusamo-nos simplesmente a revelá-las. Poderemos achar que se ninguém souber das nossas imperfeições, elas deixarão de existir. É neste ponto que param as nossas relações. Alguém que tenha entrado nas nossas vidas não irá além do ponto onde começam os nossos segredos. A fim de se manter a intimidade numa relação, é essencial que reconheçamos os nossos defeitos e os aceitemos. Quando o fazemos, a fortaleza da negação, erigida para manter essas coisas escondidas, irá desabar, permitindo-nos construir as nossas relações com os outros.

Só por hoje: Tenho oportunidade de partilhar o que vai dentro de mim. Vou aproveitar essas oportunidades e aproximar-me daqueles que amo.
 
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Reflexão do dia 28 de Julho

Reflexão do dia 28 de Julho
 
aqueles que ainda sofrem
Devemos resistir à orgulhosa idéia de que uma vez que Deus nos tem feito bem numa determinada área, estamos destinados a ser um meio de graça salvadora para todos.
A.A. ATINGE A MAIORIDADE PG. 208
 
 
      Os Grupos de A.A. existem para ajudar alcoólicos a alcançar a sobriedade. Grande ou pequeno, firmemente estabelecido ou recente, de temática, de discussão ou de estudo, cada Grupo tem apenas uma razão de ser: transmitir a mensagem para o alcoólico que ainda sofre. O Grupo existe para o alcoólico possa encontrar uma nova maneira de vida, uma vida abundante em felicidade, alegria e liberdade. Para se recuperar, muitos alcoólicos precisam do apoio de um Grupo de outros alcoólicos que compartilham suas experiências, forças e esperança. Logo, minha sobriedade e a sobrevivência de nosso programa dependem de minha determinação de colocar primeiro as primeiras coisas.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Ante o erro

Ante o erro                                                     

O discurso mundano fornece desculpas para quase tudo.

Basta olhar em volta para identificar alguém que se permite bastante coisa.

A depender do modelo que se adota, é fácil esquecer os parâmetros morais.

Há quem justifique o abandono de sagrados deveres com a busca da felicidade.

Acredita que os prazeres constituem oportunidade rara e necessitam ser imediatamente fruídos.

Nessa linha, para viver uma alardeada grande paixão, não hesita em menoscabar o tesouro que representa sua construção familiar.

Outro, no empenho de enriquecer, cede à tentação da desonestidade.

E assim a criatura humana se complica.

De sonho em sonho, de desatino em desatino, ela desce a ladeira moral.

O problema é o que vem depois da fantasia realizada.

Quando as emoções tumultuosas arrefecem, quando a paixão se apaga.

Em geral, o que parece cintilante na imaginação possui outro aspecto na vivência diária

É então que muitas vezes o arrependimento surge com seu gosto amargo.

O que se sacrificou retoma seu natural valor e sua ausência angustia: a família desfeita, as amizades rompidas, a sociedade esgarçada, o bom nome perdido.

Mais grave ainda é a culpa pelo agir equivocado.

Antes de se lançar em atitudes radicais e egoístas, convém pensar nos anos que se lhes seguirão.

Dentro de algum tempo, como se verá esse comportamento?

Outra reflexão interessante é como seria classificada conduta semelhante em um desafeto.

Malgrado todos os sonhos que agitam a alma humana, algumas realidades não podem ser ignoradas.

Uma delas é que não há felicidade sem paz de consciência.

É impossível construir a própria ventura enquanto se semeia a tragédia nos caminhos alheios.

Ninguém fere sem se ferir, em igual medida.

Talvez se logre calar a consciência um tempo.

No tumulto da paixão, quiçá tudo o mais pareça de pouca importância.

Contudo, é inevitável um encontro com a própria realidade íntima.

Cedo ou tarde, ele se produz, para júbilo ou desgraça da criatura.

Para quem se agita muito, costuma demorar um pouco mais.

Mas a vida trata de produzi-lo.

Ela dispõe de altos meios para desencadear salutares reflexões.

Talvez propicie a vivência de uma traição semelhante à praticada.

Ou surja na figura de uma enfermidade que tire todo o sabor das conquistas indignas.

De todo modo, no ocaso da vida, quando as ilusões perdem a força, a consciência se agiganta no imo do ser.

Para evitar amargos arrependimentos, convém pensar hoje nas consequências do que se
faz!

Papa condena legalização das drogas e excesso de consumo

Papa condena legalização das drogas e excesso de consumo                                                                                                

Folha de S. Paulo
Discurso e sermão de Francisco expõem rigor no tratamento dos costumes

Em duas falas ontem, o papa Francisco condenou propostas de legalização das drogas em debate na América Latina e exortou os jovens a deixar de lado "ídolos passageiros", como dinheiro e prazer.

Os dois pronunciamentos, uma homilia em Aparecida e um discurso no Rio, reforçaram o rigor e a fidelidade à linha da igreja em que o papa se baseia para abordar temas ligados aos jovens, foco principal de sua visita ao Brasil, iniciada na segunda.

No hospital São Francisco de Assis, que trata dependentes químicos na zona norte do Rio, Francisco chamou os traficantes de "mercadores da morte" e disse que o "uso livre" não ajuda a resolver o problema do elevado consumo de entorpecentes.

"Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência."

"Frequentemente, nas nossas sociedades, o que prevalece é o egoísmo. São tantos os mercadores da morte que seguem a lógica do poder e do dinheiro a qualquer custo!"

Para ele, o problema das drogas pode ser resolvido com "maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum".

Na América Latina, os principais defensores de uma política de drogas mais flexível são uma comissão formada pelos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, César Gaviria (Colômbia) e Ernesto Zedillo (México). Eles propõem medidas como o fornecimento controlado de drogas pelo Estado para diminuir o lucro do narcotráfico.

Três jovens argentinos com síndrome de Down, acompanhados da diretora da escola onde estudam, estavam na pequena multidão em frente ao hospital quando foram percebidos por um segurança do Vaticano. Eles participaram da cerimônia e cumprimentaram o papa.

Ao lado do pontífice, ficaram ex-dependentes químicos, médicos e religiosos.

"ÍDOLOS PASSAGEIROS"

Horas antes, em sermão na missa que celebrou na basílica de Aparecida, o papa exortou os jovens a deixarem de lado "ídolos passageiros" que "se colocam no lugar de Deus", como dinheiro, poder, sucesso e prazer.

"Eles [jovens] não precisam só de coisas, precisam sobretudo que lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração espiritual de um povo, a memória de um povo", disse.

No sermão, acompanhado por milhares de fiéis reunidos sob chuva e frio no lado de fora da basílica, Francisco deu sua receita para os jovens: "Conservar a esperança, deixa-se surpreender por Deus e viver na alegria".

"Encorajemos a generosidade que caracteriza os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da construção de um mundo melhor", pregou a uma basílica cheia --muitas pessoas passaram a noite gelada acampadas na fila.

No fim da homilia, o papa disse que "o cristão não pode ser pessimista" e citou o discurso, em Aparecida, do conservador papa Bento 16, em maio de 2007. Na época, Francisco estava na plateia como arcebispo de Buenos Aires.

"Como dizia Bento 16: O discípulo sabe que, sem Cristo, não há esperança, não há amor, não há futuro".
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Alcoolismo é cada vez mais frequente entre as mulheres

Alcoolismo é cada vez mais frequente entre as mulheres                                                                                             


M de Mulher
O álcool seduz, afasta a solidão, dilui o stress, encoraja. Ele tem levado cada vez mais mulheres para o bar e o para o alcoolismo. E o crescimento do uso entre elas já é 140% maior do que entre os homens

No início, parece diversão e demonstração de independência. As mulheres bebem para ficar desinibidas e se relacionar melhor com as pessoas. Os sentimentos de inadequação e vazio desaparecem, a solidão também evapora como mágica. A autoestima cresce na mesma velocidade com que o teor etílico sobe no sangue. O corpo se mostra resistente. Amigos e familiares costumam comentar, alguns até em tom de admiração, que elas "bebem como os homens", porque não revelam sinais de embriaguez facilmente. O que difere de uma história para outra é a maneira como cada mulher descobre que caiu numa armadilha e o tempo que demora para pedir ajuda. O que era prazeroso se torna um mergulho profundo no inferno. E não há mais controle; sozinha, ela não consegue parar.

Uma das facetas mais cruéis dessa enfermidade é o estigma. "Eu digo para as pessoas próximas que não posso mais beber porque sou alcoólatra", conta Maria Clara*, 37 anos, que atua no departamento de vendas de uma multinacional. "Elas me respondem: `Conta outra, você é engraçada’. Antes, meu preconceito também não me deixava acreditar nisso. Eu pensava que, por ser loira, bonita e saudável, não aconteceria comigo." Maria Clara começou a perder o pé da situação na faculdade. Carregava cerveja ou destilado para consumir no trajeto ou nos intervalos das aulas. Esse tipo de comportamento, alertam especialistas, tem se tornado cada vez mais comum.

Início precoce

De acordo com o psiquiatra Arthur Guerra, de cada dez dependentes, quatro são do sexo feminino. Os números preocupam: há duas décadas, a proporção era de uma mulher para cada dez dependentes. "A expectativa é de que, nos próximos 25 anos, o padrão de consumo seja igual ao masculino", diz o professor Amadeu Roselli Cruz, do Rio de Janeiro, que comandou um estudo com 52 mil alunos do ensino médio em 16 estados. Nos anos 1980, lembra ele, as meninas começavam, aos 17 anos, com bebidas adocicadas e de baixo teor alcoólico. Hoje iniciam aos 13 com cerveja e destilados, assim como os homens.

No mundo dos adultos, mudanças econômicas e culturais importantes - como a inserção no mercado de trabalho e o fato de que mais mulheres se tornaram chefes de família - tiveram impacto significativo na saúde delas, e isso ajuda a explicar a busca da bebida como alívio para o stress e a pressão do cotidiano. Além do alcoolismo, doenças associadas ao acúmulo de responsabilidades, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, historicamente mais frequentes nos homens, estão em ascensão na população feminina. "Há, ainda, uma questão mercadológica, um estímulo da indústria para que mulheres consumam álcool", avalia a psiquiatra Ilana Pinsky, de São Paulo. "Vende-se a ideia de que temos de fazer tudo igual aos homens, inclusive beber. Mas nosso corpo não aguenta. Não podemos chegar nem perto da quantidade que eles ingerem", diz. O abuso do álcool se mostra mais nocivo em mulheres, já que elas, geralmente, têm menos massa corpórea e enzimas no fígado para metabolizar a substância.

Aumento perigoso

Uma pesquisa recente da Unifesp revelou que o número de mulheres consideradas bebedoras frequentes, aquelas que ingerem álcool pelo menos uma vez por semana, cresceu 34,5% no período de 2006 a 2012. É um aumento 140% maior do que o registrado entre os homens - sendo que 49% das mulheres admitiram beber "em binge" (quatro doses em apenas duas horas). "Beber em binge é encher a cara", traduz Ilana, uma das coordenadoras do estudo. "É importante detectar essa situação porque ela sinaliza padrões negativos de consumo, como a possibilidade de a pessoa se envolver em acidentes, tentar o suicídio ou manter hábitos sexuais perigosos."

Com a vida social mais rica e cheia de opções, as oportunidades de beber também acabaram ampliadas. Executivas estão sempre às voltas com jantares e almoços de negócios onde a oferta de álcool é farta. Happy hours são rotina entre colegas de trabalho. Isso sem contar as baladas, que atraem as mais jovens, e os bares que abrem às 7 da manhã nos arredores das escolas e universidades. Se, anos atrás, beber era considerado "feio" para as mulheres, e isso ajudava a afastá-las do álcool, hoje o ato é amplamente incentivado. "Mas o homem não costuma ser solidário com a alcoolista. Ele sai da relação antes de a dependência ficar muito visível", alerta o psiquiatra gaúcho Carlos Salgado. "Eu me dei conta do problema no dia em que fiz um escândalo e o meu marido foi embora", relata a advogada Sara*, 43 anos. "Cada um tem o seu fundo de poço. O meu foi o barulho da porta batendo. Pensei: `O que estou fazendo comigo?’." O marido voltou e foi quem mais sofreu com o alcoolismo dela - mais até do que os três filhos, do primeiro casamento. "Minha capacidade de trabalhar foi sendo reduzida e eu fiquei só com um cliente", recorda-se.

Além de ter o dinheiro encurtado, ela sofreu alguns acidentes de carro. "Um dia, achei que ele tinha ficado de conversa com uma moça. Tomada pelo ciúme, descontei no acelerador. Foi perda total. Bati o carro numa árvore e levei 80 pontos no rosto", conta. E admite: "Já coloquei a vida de várias pessoas em risco". Há três anos, Sara está nos Alcoólicos Anônimos (AA) e limpa. "Eu me sinto mais feliz, minhas emoções estão clareando", garante. Sobre a razão para adotar o copo como companheiro, a advogada diz: "É difícil passar pelos problemas da vida sem ter uma válvula de escape". Há também aquela velha história: excessivamente cobradas, as mulheres sentem que não podem fracassar. No caso dela, pesou ainda uma dose de orgulho, pois acreditava que uma pessoa com doutorado seria obrigada a dar conta de tudo. Está aí uma sensação que muitas de nós conhecem bem.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Só por hoje 26-07...

Meditação do Dia

Sexta, 26 de Julho de 2013


Rendição incondicional
"A ajuda só começa quando somos capazes de admitir a derrota total. Isto pode ser assustador, mas é a base sobre a qual construímos as nossas vidas." Texto Básico, p. 26

A maioria de nós tentou tudo aquilo que nos vinha à cabeça, despendeu todas as energias possíveis, para preencher o vazio espiritual dentro de nós. Nada - nem as drogas, nem o controle, nem o sexo, dinheiro, coisas materiais, poder ou prestígio - nada conseguiu preencher esse vazio. Nós somos impotentes; as nossas vidas são desgovernadas, pelo menos quando contamos apenas conosco. A nossa negação não irá alterar esse facto. Por isso rendemo-nos; pedimos a um Poder Superior que cuide da nossa vontade e das nossas vidas. Por vezes, ao rendermo-nos, não sabemos que existe um Poder superior a nós mesmos que pode ajudar-nos a recuperar. Por vezes, não estamos seguros de que o Deus da nossa compreensão cuidará das nossas vidas desgovernadas. A nossa falta de certezas não afetará, contudo, a verdade essencial: somos impotentes. Não temos domínio sobre as nossas vidas. Devemos render-nos. Só assim poderemos abrir-nos - o suficiente para que as nossas velhas ideias e os destroços do nosso passado possam ser removidos; o suficiente para deixar entrar um Poder Superior.

Só por hoje: Vou render-me incondicionalmente. Posso tomar as coisas tão fáceis ou tão difíceis quanto eu escolher. De qualquer das formas, vou fazê-lo.
 
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Reflexão do dia 26 de Julho

Reflexão do dia 26 de Julho
 
o "valor" da sobriedade
Todos os Grupos de A.A. deverão ser absolutamente auto-suficientes, rejeitando quaisquer doações de fora.
OS DOZE PASSOS E AS DOZES TRADIÇÕES PG. 144
 
 
Quando vou fazer compras eu vejo os preços e. se preciso de que vejo, eu compro e pago. Agora que estou em reabilitação, tenho que corrigir a minha vida.
Quando vou a uma reunião, tomo um café com açucar e leite, algumas vezes até mas de que um. Mas, na hora que passa a sacola eu estou muito ocupado para tirar dinheiro do meu bolso ou não tenho o suficiente, mas estou ali porque necessito dessa reunião. Ouvi alguém sugerir que se colocasse na sacola o preço que custa uma cerveja e pensei; isto é demais! Quase nunca coloco o que devia. Como muitos outros, confio nos membros mais generosos para financiar a Irmandade. Esqueço que precisa-se de dinheiro para alugar a sala de reuniões, comprar leite, açucar e copos. Pago, sem hesitação, num restaurante, após a reunião; sempre tenho dinheiro para isto. Assim, quanto vale minha sobriedade e minha paz interior?
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes