segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Em 2011, a polícia brasileira conhecia oito tipos de drogas. Agora são 30. Traficantes não sabem o que vendem; jovens não sabem o que tomam. O que fazer?

 multiplicação das drogas                                                                                              

Revista Época
Em 2011, a polícia brasileira conhecia oito tipos de drogas. Agora são 30. Traficantes não sabem o que vendem; jovens não sabem o que tomam. O que fazer?

Uma denúncia anônima levou a Polícia Federal a prender, em julho, uma brasileira que desembarcava no aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, vinda de Foz do Iguaçu. Numa cinta abdominal, ela escondia uma substância identificada pelos policiais federais como LSD. A passageira já fora condenada por tráfico e cumpria pena em regime aberto. Oito dias depois, foi solta. A prisão foi revogada pela Justiça porque o laudo pericial atestou que a substância encontrada não era LSD, mas 2C-I, um alucinógeno mais potente. Ele parece cocaína, mas tem um nome mais simpático, smiles, o mesmo das carinhas amarelas, símbolo mundial de felicidade. A família de drogas 2C é ilegal nos Estados Unidos, onde seu uso foi relacionado a mortes de adolescentes. Ela ainda não foi proibida no Brasil.

O smiles é um exemplo do novo cardápio de drogas com potencial para causar dependência que prolifera pelo mundo e começa a aportar também no Brasil. Em busca de efeitos mais fortes ou fórmulas que escapem ao controle das autoridades, laboratórios clandestinos ampliam a quantidade de drogas sintéticas em circulação no mundo. Um relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), divulgado em junho, informa que as novas substâncias psicoativas comunicadas pelos países-membros superaram no ano passado as substâncias controladas por leis internacionais. Eram 251 drogas novas contra 234 restritas.

Essas perigosas novidades encontram terreno fértil no Brasil, onde o consumo de drogas explodiu nos últimos 12 anos. Um levantamento inédito obtido por ÉPOCA mostra que a taxa de fatalidade por consumo de drogas cresceu 700% entre os anos 2000 e 2011. A análise foi feita pela Diretoria de Instituições e Estado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em números absolutos, o dado não impressiona. Foram 639 mortes por overdose no Brasil em 2011. “O aumento de mortes revela uma explosão do consumo”, afirma o economista Daniel Cerqueira, diretor do Ipea e especialista em violência urbana. “Vivemos uma epidemia. O mais triste é que drogas e crimes caminham juntos.”

As novidades no mundo das drogas trouxeram novos perigos. Até os anos 1990, a heroína injetável era o que havia de mais autodestruidor. Não mais. A substância mais assustadora do submundo das drogas chama-se krokodil. É uma concorrente barata da heroína. Usada na Rússia, injetável, ela provoca rapidamente síndrome de abstinência e – atenção – apodrece a carne do usuário. Ela mata por gangrena. Quem tiver estômago forte pode procurar na internet a palavra “krokodil”. As imagens dos viciados doentes causam repulsa.

Outra droga comparada a uma sentença de morte é um tipo de anfetamina conhecido como crystal meth. Ela se tornou conhecida no mundo todo por causa do seriado Breaking bad, aclamado neste ano com o Emmy, o Oscar da TV americana. Na ficção, um professor de química frustrado e com câncer terminal recorre à produção e ao tráfico de crystal meth para sustentar a família. Na vida real, a droga é um problemão de saúde pública na Europa e nos Estados Unidos. Inalado, o crystal meth chega rapidamente ao cérebro. Produz uma sensação de prazer nove vezes mais potente que a cocaína e uma síndrome de abstinência mais rápida e duradoura. Aprisiona rapidamente o usuário ao vício. As campanhas nos Estados Unidos tentam desestimular a primeira experiência, devido ao risco enorme de viciar. Embora a PF não tenha registro de apreensão de crystal meth no Brasil, o psiquiatra Thiago Fidalgo, coordenador do setor de adultos do Programa de Atendimento a Dependentes da Escola Paulista de Medicina, diz que há dependentes da droga se tratando em clínicas particulares. “Os casos são raros, mas começam a aparecer em consultórios particulares, porque são pessoas que viajam muito e trazem do exterior”, afirma Fidalgo.

Há um risco adicional embutido na proliferação de novas drogas: o traficante não sabe mais o que vende, nem o usuário sabe o que usa. “Não sei no que difere uma droga da outra. O fornecedor identifica pelo desenho e diz ‘leva essa que tá bombando. Aquele com desenho de tubarão é mais forte’. Não entendo nada sobre a química ou composição. Confio, compro e entrego para os meus amigos”, diz o universitário Ricardo (nome fictício), de 22 anos, morador da Zona Sul do Rio e vendedor de drogas em baladas.

O comportamento irresponsável do jovem traficante é muito mais comum do que se imagina. Devido ao ritmo acelerado com que aparecem no mercado e aos diversos apelidos que recebem, as novas drogas são essencialmente desconhecidas. O Centro Europeu de Monitoramento de Drogas e Dependência detectou 49 novos tipos de substâncias psicoativas em 2012, quase uma por semana. Muitas delas chegam ao Brasil. Dados inéditos da Polícia Federal obtidos por ÉPOCA revelam que, até agosto, foram apreendidos 30 tipos diferentes de droga no país. Em 2011, eram oito.

O fato de algumas dessas substâncias ainda serem legais não as torna menos perigosas. O desconhecimento sobre efeitos e doses letais faz delas uma amea­ça ainda maior, diz o psiquiatra Fidalgo. “Há dois perfis de usuário: o clássico, que usa cocaína, álcool e maconha, e o abusador de várias coisas. Esse segundo tipo está sempre em busca de novas sensações. A gente não sabe o que ele está ingerindo”, afirma Fidalgo. O uso de drogas múltiplas, muitas delas desconhecidas dos médicos e das autoridades, complica o controle do vício e tem levado muitos jovens a desenvolver surtos psicóticos, com mania de perseguição ou depressão aguda. A psiquiatra Analice Gigliotti, chefe do Setor de Dependência Química da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, diz que, quanto maior a variedade de substâncias usadas, maior é a alteração na química cerebral – e maior as chances de o viciado encontrar o que procura no mercado clandestino de drogas. “Fica mais difícil contê-lo”, diz Analice.

“Educar o jovem para não usar drogas é um trabalho de formiguinha sobre o cuidado que ele deve ter com tudo o que bota para dentro do corpo”, diz o psiquiatra Jorge Jaber, presidente da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (Abad). No Brasil, a Polícia Federal e a Anvisa, a agência encarregada de fiscalizar e regular tudo o que possa afetar a saúde dos brasileiros, atuam em parceria para manter atualizada a lista das drogas proibidas. “Várias substâncias são redesenhadas para burlar o controle. É um desafio mundial”, diz Renata Moraes, coordenadora da área de produtos controlados da Anvisa. Para combater a multiplicação de novas substâncias, a PF tem optado por emitir laudos apontando detalhadamente para a Justiça as características das substâncias apreendidas, na esperança de que elas sejam rapidamente ilegalizadas. A traficante do smiles escapou do flagrante no aeroporto em julho. Da próxima vez, talvez não tenha a mesma sorte.


 Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Só por hoje 23-12...

Meditação do Dia

Segunda, 23 de dezembro de 2013


Novas ideias
"Reavaliamos as nossas velhas ideias, de maneira a tomannos contacto com as novas ideias que levam a uma nova vida." Texto Básico, p. 105

Aprender a viver um novo modo de vida pode ser difícil. Por vezes, quando as coisas se tornam especialmente difíceis, caímos na tentação de seguir o caminho mais fácil e voltar a viver de acordo com as nossas velhas ideias. Esquecemo-nos de que as nossas velhas ideias estavam a matar-nos. Para vivermos um novo modo de vida, precisamos de abrir as nossas mentes a novas ideias. Trabalhar os passos, ir a reuniões, partilhar com outros, confiar num padrinho ou madrinha - estas sugestões podem encontrar a nossa resistência, e podemos até revoltar-nos contra elas. O programa de NA requer esforço, mas cada passo no programa leva-nos mais perto de nos tornarmos as pessoas que queremos verdadeiramente ser. Queremos mudar, crescer, tomar-nos algo mais do que aquilo que somos hoje. Para isso abrimos as nossas mentes, ensaiamos as novas ideias que encontrámos em NA, e aprendemos a viver um novo modo de vida.

Só por hoje: Vou abrir a minha mente a novas ideias e aprender a viver a minha vida de um novo modo.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Gene favorece dependência do crack

Gene favorece dependência do crack                                                                                              

Uma alteração em um gene parece influenciar a preferência dos dependentes de cocaína pela forma mais nociva da droga: o crack, a cocaína em pedra, que em geral é fumada. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) chegaram a essa conclusão ao comparar as alterações mais frequentes no gene que armazena a informação para produzir a enzima butirilcolinesterase (BCHE) e os hábitos de consumo de 698 dependentes de cocaína da capital paulista. Sintetizada pricipalmente pelo fígado, a BCHE degrada a cocaína no sangue, transformando-a em dois compostos inertes. Por isso, quanto maior a quantidade da forma ativa da enzima, menor a dose de cocaína que chega ao cérebro e menos intensos 
os efeitos da droga.

Os pesquisadores confrontaram a frequência de três mutações no gene da BCHE com a forma preferida de consumo da cocaína: aspirada(em pó), inalada (crack) ou ambas. Viram que os usuários com uma mutação específica – a rs1803274, que reduz a atividade da enzima – nas duas cópias do gene da BCHE eram mais propensos a consumir o crack do que a 
cocaína em pó (PloS One, 27 de novembro). Essa mutação não seria a causa direta da dependência, mas influenciaria a preferência pela cocaína inalada.


Autor:
OBID Fonte: Revista Pesquisa/FAPESP

Festa de Confraternização da Clínica Santa Edwiges!!!! Esse lugar salva vidas!!!!!







Festa de confraternização da Clínica Santa Edwiges em Ipuã - SP.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Dependência química: o descaso da necessidade de tratamento!

Dependência química: o descaso da necessidade de tratamento!                                                                                              

Jornal da Paraíba
O que será que realmente pensam os políticos desse país que nós elegemos imaginando que os mesmos farão com que a qualidade de vida de cada indivíduo brasileiro melhore?

O que será que pensam as pessoas responsáveis pela saúde pública do povo brasileiro com relação aos dependentes químicos? O que será que pensam os diretores, professores e todos os responsáveis pela educação do povo brasileiro com relação à dependência química? O que se passa na cabeça do povo brasileiro que assiste ao vivo e em cores toda a podridão das “cracolândias” espalhadas por nosso país?

A partir de questionamentos como este se chega à conclusão que as drogas estão vencendo a parada! Nossa sociedade sofre atônita. O poder público omisso e ineficiente se torna conivente com o avanço da degradação social imposta pelo crime de tráfico e distribuição dos mais variados tipos de entorpecentes, com destacado “mérito” para o crack.

Estudos mais recentes apontam que a dependência química é multifatorial, ou seja, existem vários fatores relacionados. São fatores de natureza biológica, psicológica e social. Pesquisas comprovam que ninguém nasce dependente de uma droga, mas pode tornar-se um dependente experimentando-a ou usando-a em determinado contexto social e familiar. A pessoa desenvolve uma relação com ela que evolui para a dependência. A dependência é uma doença, mas tem tratamento.

O fato mais importante na ressocialização/recuperação de um dependente de drogas é a garantia na seqüência do tratamento, com início, meio e fim, não apenas porque é o mais adequado ou menos oneroso aos cofres públicos, mas principalmente porque através das fases do programa é que o recuperando vai aprendendo o passo a passo para se autodisciplinar e atingir o autocontrole sobre suas emoções, sentimentos e pensamentos, disciplina que o conduzirá à libertação da dependência. E isso, salvo qualquer engano de minha parte, é o que ainda não parece bem definido por parte dos Governos ou talvez essa falta de definição ainda esteja acontecendo devido ao grande número de dependentes, à falta de espaço físico adequado, além de pessoal capacitado e em número suficiente para atender adequadamente à demanda. O avanço das drogas no Brasil é um fato que ainda está longe de encontrar uma solução que nos permita atingir um patamar aceitável, já que a erradicação é uma utopia. No ritmo e da maneira como o problema vem sendo tratado em especial pelo poder público, as drogas tendem a causar ainda muitos danos tanto para o indivíduo dependente, como para as famílias e toda a sociedade. Isso ocorre não apenas porque se trata de um assunto complexo, polêmico, mas devido à irresponsabilidade e omissão de décadas por parte dos Governos, em diferentes escalas de poder, que insistem em banalizar o caráter social, educacional, familiar, espiritual, de saúde pública e privada, e de segurança pública que está por trás do uso de drogas.

Em Parnaíba o problema é extremamente delicado. Jovens cada vez mais cedo experimentam as drogas, ficam viciados e não se tem notícia de uma política pública que ofereça tratamento ao dependente químico, especialmente os de baixa renda. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) infelizmente ainda não têm um critério de atendimento que possibilite fácil acesso ao paciente de forma a assegurar que o recuperando receba tratamento adequado e contínuo, como deve ser. Uma prova de que os Governos não priorizam essa questão é que nos oito anos de Lula (2003-2010), foram perdoados US$ 436,7 milhões em dívidas de quatro países: Moçambique (US$ 315,1 milhões), Nigéria (US$ 84,7 milhões), Cabo Verde (US$ 1,2 milhão) e Suriname (US$ 35,7 milhões).

Em Moçambique, foram perdoados 95% da dívida, a maior proporção da década. Em dois anos e dez meses, Dilma reestruturou a dívida de cinco países - US$ 431,2 milhões -, dos quais US$ 280,3 milhões foram perdoados. Foram beneficiados Gabão, Senegal, Sudão, República do Congo e São Tomé e Príncipe - neste último, a dívida foi reescalonada e os prazos de pagamento alterados. O Governador Wilson Martins pagou um patrocínio de R$ 1 milhão para a gravação do filme sobre a vida de Frank Aguiar. O Prefeito Florentino Neto este ano já gastou cerca de R$ 4 milhões em eventos, feiras e coquetéis. Não que alguns destes eventos não tenha importância, mas o que é prioridade mesmo para esses governantes?! Quanto custa cuidar de nossos jovens?! Quanto custa tratar dos dependentes químicos?! Como enfrentar um problema de saúde reconhecido pela Organização Mundial da Saúde, além de ser um problema social e educacional? Será que os nossos governantes vão continuar imersos na omissão? Precisaremos perder ainda quantas vidas para eles se tocarem?!
Fernando Gomes, sociólogo, cidadão, eleitor e contribuinte parnaibano.

Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

Debate sobre regularizar maconha no Uruguai preocupa os vizinhos

Debate sobre regularizar maconha no Uruguai preocupa os vizinhos                                                                                              

G1
´Brasil não está preparado`, diz presidente da Câmara dos Deputados.
Lei preocupa também Argentina, Uruguai e México.

A regulação do consumo de maconha no Uruguai, que será votado nesta terça-feira (10) pelo Senado, provoca cautela entre seus vizinhos, que preferem evitar o tema ou reforçar a proibição, apesar da droga também estar sendo consumida em seus país.

"Creio que o Brasil não está preparado para isso. Não acho que vá ocorrer (uma legalização da maconha). É um tema que tem muita rejeição agora, muitas distorções. Pode-se discutir, mas só isso", afirmou Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara de Deputados brasileapoio da governista coalizão esquerdista Frente Ampla, que controla as duas câmaras.

A lei promovida por José Mujica, presidente do Uruguai, que tem um pouco mais de três milhões de habitantes, preocupa alguns setores no Brasil, com seus 200 milhões de habitantes. Também deixou abismada a Argentina, assustou o Paraguai e causou ceticismo no México, cuja violenta guerra contra o narcotráfico deixou cerca de 70.000 mortos desde 2006.

"Muitas cidades na fronteira do Brasil (com o Uruguai) podem ser uma porta de entada para a maconha, especialmente o Rio Grande do Sul", advertiu o deputado brasileiro Osmar Terra, do PMDB.

Depois dos Estados Unidos, o Brasil é o segundo consumidor mundial de cocaína e crack, abastecido por importantes produtores de coca, como Peru e Colômbia.

E, apesar do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) defender a legalização da maconha depois de sua saída do poder, o governo da presidente Dilma Rousseff enfrentou a alta do consumo de drogas com maior repressão ao tráfico nas fronteiras. No entanto, a possibilidade de que a maconha uruguaia seja exportada para seus vizinhos parece distante. Oitenta por cento da maconha no Brasil provém do Paraguai, segundo a Polícia Federal.

A nova lei uruguaia prevê um registro dos consumidores de maconha e um limite de compra de 40 gramas mensais em farmácias: será um mercado fechado e controlado pelo Estado. Os preços serão módicos - quase um dólar o grama - e não diferenciados para evitar a concorrência entre fornecedores.

Vizinhos cautelosos

A Argentina está na vanguarda da região em temas como aprovação do casamento homossexual, mas não parece ainda pronta para seguir os passos de seu vizinho uruguaio.
Recentemente, o secretário de Segurança argentino, Sergio Berni, considerou esta possibilidade "digna de ser estudada", mas acrescentou que é um tema muito complexo, que deve ser analisado com responsabilidade.

"A Argentina está muito mais atrasada que o Uruguai em relação à políticas de drogas. Enquanto que no Uruguai os usuários não são criminalizados e se discute a forma mais eficaz para que possam exercer seu direito, na Argentina mais de 8.000 consumidores de drogas são criminalizados todos os anos há mais de duas décadas". afirmou à AFP Sebastián Basalo, diretor da THC, "a revista argentina da cultura canábica".

No Chile, o cultivo de maconha é punido com até cinco anos de prisão, assim como sua venda, ao contrário de seu consumo pessoal e em particular. Os usuários se queixam, no entanto, de não saberem direito o "quanto" significa este uso pessoal.
Mas o programa da ex-presidente chilena Michelle Bachelet, favorita para vencer o segundo turno de 15 de dezembro, propõe revisar a conveniência de manter a maconha como droga ilícita, tal como foi considerada em uma lei ditada quando governou o país de 2006 a 2010.

No Paraguai, o maior produtor de maconha da região, o presidente Horacio Cartes é contrário à legalização. "A situação do tráfico de drogas não vai mudar com a legalização de uma droga. É uma utopia", afirmou.

Enquanto isso, seu governo promove um centro de pesquisa para estudar as propriedades da maconha visando a elaborar políticas de Estado com uma base científica.

O México se mostra cético. "As mudanças de estratégias unilaterais não oferecerão uma solução para um problema de ultrapassa fronteiras", afirmou recentemente o chanceler mexicano José Antonio Meade.

Turismo ecológico

Para alguns setores conservadores uruguaios, assim como existem ´tours gastronômicos` em Lima ou do vinho em Santiago, Montevidéu poderá converter-se num paraíso para consumidores de maconha que não podem obter a droga em seu próprio país.

"Virão do Brasil, da Argentina, para consumir no Uruguai", afirmou Pedro Bordaberry, senador uruguaio do Partido Colorado e um dos presidenciáveis para 2014, falando ao canal Globo News. Apesar de a norma proibir a compra de maconha por parte de estrangeiros não residentes, Bordaberry considera que os uruguaios que não consumirem sua parte vão comprar e revender o produto aos visitantes. ´Como fazer para controlar isso?`, questiona.

Dessa forma, enquanto o pequeno país progressista pode fumar maconha, o resto da região parece aplicar as duas regras que muitos consumidores usam em Brasília quando são abordados pela polícia: a primeira, negar sempre que consumiu maconha e, a segunda, jamais quebrar a primeira regra.

Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Reflexão do dia 11 de Dezembro

Reflexão do dia 11 de Dezembro
 
...uma genuína humildade...
 
 que devemos conduzir-nos com genuína humildade. Isto para que nossas grandes bênçãos jamais nos estraguem; para que vivamos eternamente em grata contemplação d'Aquele que reina sobre todos nós.
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 178
 
A experiência me ensinou que minha personalidade alcoólica tem tendência para o grandioso. Mesmo que tiver, aparentemente, boas intenções, posso sair pela tangente atrás de minha "causas". Meu ego toma conta e perco de vista o meu propósito primeiro. Posso até tomar o crédito pela obra de Deus em minha vida. Esse sentimento exagerado de minha própria importância é perigoso para a minha sobriedade e pode causar grande dano a A.A. como um todo.
Minha salvaguarda, a Decima Segunda Tradição, serve para manter-me humilde. Percebo, tanto como um indivíduo, como um membro da Irmandade, que não posso me gabar de minhas façanhas, e que "Deus faz por nós o que não podemos fazer por nós mesmos".
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes