terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Diálogo e orientação na luta contra o álcool

Diálogo e orientação na luta contra o álcool                                                                                              

Diário do Nordeste
Os riscos do consumo de bebidas alcoólicas devem ser abordados dentro de casa e em ambiente escolar

Para um número substancial de brasileiros, o contato inicial com a bebida alcoólica ocorre em casa, aos 13 anos. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense 2012).

O papo em família é vital para que o consumo de bebidas alcoólicas deixe de ser um tema tabu. A ilustração está na cartilha "Papo em família - Como falar sobre bebidas alcoólicas com menores de 18 anos" (Ambev e Maurício de Sousa Produções)

O estudo realizado pelo instituto americano Internacional Center for Alcohol Policies (ICAP) confirma que 46% dos jovens provaram álcool pela primeira vez no conforto familiar. No entanto, o consumo de álcool por adolescentes ainda é considerado um tabu para muitos pais. Apesar de 98% encararem o tema como relevante, um terço deles ainda não conversaram com os filhos por não saber como abordar o assunto.

Papo sério

Diante dessa realidade, a Ambev, em parceria com a Maurício de Sousa Produções, criou o projeto "Papo em família". Por meio de cartilha, tirinhas, webséries e gibis com personagens da Turma da Mônica, o objetivo é fornecer uma ferramenta para que as famílias levem o tema para dentro de casa, assim como os professores para as salas de aula.

Com base em estudos de instituições internacionais e em pesquisas do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), o projeto teve conteúdo desenvolvido e adaptado à realidade brasileira, com o auxílio de especialistas. São eles a psicóloga e educadora Rosely Sayão; o psiquiatra e coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas da USP, Arthur Guerra de Andrade; o professor da Unifesp e fundador da Associação Brasileira de Estudos sobre Álcool e Outras Drogas, Dartiu Xavier da Silveira; o cientista social e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, Edemilson Antunes de Campos; e a médica especialista em prevenção e saúde coletiva, Bettina Grajcer.

A cartilha "Papo em família - Como falar sobre bebidas alcoólicas com menores de 18 anos" oferece dicas, ilustrações e exemplos que facilitam a abordagem do tema. De acordo com a faixa etária a qual se destina, as histórias são estreladas por personagens de Maurício de Sousa: Turma da Mônica, Turma da Mônica Jovem e Turma da Tina.

Até o fim de 2014, a iniciativa pretende chegar a 21 ONGs e alcançar cerca de cinco milhões de pessoas. O material está à disposição das secretarias de educação, órgãos e instituições interessados.

No entanto, os pais costumam se preocupar mais com as drogas ilícitas, diz a médica Bettina Grajcer. "As pessoas não veem que a bebida está mais próxima do cotidiano dos jovens. Existe uma cultura do ´tudo bem consumir´. A dificuldade é perceber que a bebida faz parte da nossa cultura, mas que há o momento certo para ela", defende.

Segundo a médica, os pais esquecem de dar o exemplo. "Eles não sabem como abordar, confiam nos filhos achando que eles saberão tomar as decisões corretas, no entanto não reconhecem a hora certa de falar sobre o tema. A dica é começar o quanto antes, usando qualquer oportunidade. Não dá pra perder o vínculo com o filho durante um tempo e querer retomar depois. Os pais têm que estar próximos, estabelecendo limites", diz.

Limite responsável

O consumo consciente também começa pelas ações praticadas pelos pais, ressalta o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade. "O exemplo não é a melhor forma de ensinar para alguém, é a única. Se nós não conseguirmos dar um exemplo, dificilmente as outras ações vão ter algum sucesso".

A opinião é defendida pela jornalista Bárbara Gancia, que também colaborou no desenvolvimento da cartilha e luta contra o alcoolismo desde a infância. "Muitos pais não querem ter o trabalho de ensinar, de apontar limites. Querem apenas ser amigos dos filhos".

Bárbara tem 56 anos e comemora seis longe do álcool. Lembra que teve seu primeiro porre aos três, justamente por conta de descuidos que os pais podem evitar. Curiosa em provar restos de bebida em copinhos, durante uma festa em família, acabou ficando embriagada. Gancia diz que o segundo e terceiro porre vieram aos seis e nove anos e que seus pais não perceberam. "Achavam que eu era louca, problemática. Não olhavam para mim como uma pessoa que tinha uma doença definida pela OMS como incurável, progressiva e mortal. Naquela época o perfil do alcoólatra era de quem passava o dia na rua bebendo e não de alguém que bebia em casa".

Por conta de sua história de vida, Gancia é a favor de uma conscientização, desde a infância, contra o consumo de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos. "A questão reside na tolerância da combinação criança/adolescente com poder bebericar uma caipirinha, achando que ´um gole de bebida não faz mal´. Faz sim. O corpo da criança e do jovem está em desenvolvimento e não combina com ingestão de álcool. Criança e menores de 18 anos não podem beber álcool e não se discute mais".

Lançamento

Cartilha "Papo em Família ". Disponível para download pelo site: www.ambev.com.br/papoemfamilia

Histórias de vida e superação passam pelo AA

São 39 anos e três meses sem beber. Uma vitória e tanto para José C, 69 anos. "Meu primeiro contato com a bebida foi com 14, 15 anos. Tomei Martini com refrigerante, por influência da turma. Achei muito doce e preferi partir para o álcool puro. Saí da festa carregado pelos amigos. No outro dia amanheci com o vômito sobre o meu corpo e, a partir daí, começou a minha decadência", relembra.

Na época, José morava com um tio, em Teresina (PI). A bebida, que no início era companheira dos fins de semana, passou a fazer parte do seu dia a dia. Preocupado, o tio conseguiu que um amigo arranjasse um emprego para o sobrinho em Fortaleza. José se mudou para a capital com a promessa pessoal de fazer dar certo a chance numa empresa de transportes. O novo chefe pagou hospedagem e alimentação e o rapaz se viu crescer rápido para o cargo de gerente.

Só que o bom dinheiro, as roupas novas, as boates e as más amizades o levaram para a bebida. "Comecei a faltar ao trabalho e a gastar tudo na noite. Perdi tudo e fiquei três anos morando na rua. Pedia esmola para beber. Catava comida no camburão do lixo. Eu vegetava no mundo".

José se envolveu com muitas mulheres no baixo meretrício no Arraial Moura Brasil. "Ali, peguei doenças venéreas, tive contato com drogas e roubei para sobreviver". Foi quando uma mulher, "um anjo", apareceu na sua vida e ficou grávida dele. "Passei quase um mês sem beber porque ia ser pai, mas o vício voltou muito pior".

AA: quando tudo mudou

Em 1974, José foi levado por um amigo para uma reunião dos Alcoólicos Anônimos (AA). "Fui uma vez, mas achava que aquilo não era para mim. Porém, quando cheguei em casa e vi meu filho e minha mulher sem ter o que comer e eu liso, resolvi entrar de vez nas reuniões".

"Quando aceitei que era doente, a vida ganhou outra perspectiva. Consegui terminar o Ensino Médio, trabalhei em vários lugares e hoje sou servidor público aposentado, vitorioso, com dois filhos, netos e bisnetos".

Sobre a importância da família na formação do caráter e destino dos filhos, inclusive no tema alcoolismo, José é enfático: "os pais precisam acompanhar os filhos de perto. Se estiverem juntos, a história de dependência pode seguir um curso diferente".
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Reflexão do dia 14 de Janeiro

Reflexão do dia 14 de Janeiro
 
      
PRINCÍPIOS, NÃO PERSONALIDADES
A maneira como nossos "valorosos" alcoólicos, algumas vezes, tentam julgar o "menos valorosos", é bastante cômica se refletirmos sobre o fato,. Imagine se você puser, um alcoólico julgando o outro.
* ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 37
 
 
      Quem sou eu para julgar alguém? Quando entrei na Irmandade pela primeira vez, descobri que todos gostavam de mim. Afinal A.A.> estava me ajudando a ter uma melhor maneira de vida sem o álcool. A realidade era que eu não poderia gostar de todos nem eles de mim. A medida que fui crescendo na Irmandade, aprendi a amar todos, apenas ouvindo o que eles tinham a dizer. Essa pessoa lá ou esta aqui pode ser aquela que Deus escolheu para me dar a mensagem de que eu preciso para o dia de hoje. Devo sempre lembrar-me de colocar os princípios acima das personalidades.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 14-01...

Meditação do Dia

Terça, 14 de Janeiro de 2014


Um Deus amantíssimo
“A nossa concepção de um Poder Superior só a nós diz respeito... A única orientação sugerida é a de que este Poder seja amantíssimo, carinhoso e superior a nós mesmos. " Texto Básico, p. 28

Foi-nos dito que podemos acreditar em qualquer tipo de Poder Superior desde que seja amantíssimo e, claro está, maior do que nós mesmos. Alguns de nós, contudo, tiveram problemas com estes requisitos. Ou não acreditamos em nada para além de nós mesmos, ou acreditamos que qualquer coisa a que possa chamar-se "Deus" só poderá ser frio e insensato, enviando-nos má-sorte por capricho. Acreditar num Poder amantíssimo é um grande salto para alguns de nós, por muitas razões. A ideia de entregar a nossa vontade e as nossas vidas aos cuidados de qualquer coisa que julguemos capazes de nos magoar irá certamente encher-nos de relutância. Se chegamos ao programa a acreditar que Deus é julgador e que não perdoa, temos de ultrapassar essa crença antes de nos sentirmos verdadeiramente confortáveis com o Terceiro Passo. As nossas experiências positivas em recuperação podem ajudar-nos avir a acreditar num Deus amantíssimo da nossa concepção. Fomos aliviados de uma doença que nos atingiu durante muito tempo. Encontrámos a orientação e o apoio de que precisávamos para desenvolver uma nova forma de vida. Começamos a experimentar uma plenitude do espírito onde antes só havia vazio. Estes aspectos da nossa recuperação têm a sua fonte num Deus amantíssimo, não num Deus duro e odioso. E quanto mais experimentarmos recuperação, mais confiaremos nesse Poder Superior amantíssimo.

Só por hoje: Vou abrir a minha mente e o meu coração para acreditar que Deus é amantíssimo, e vou confiar em que o meu Poder Superior amantíssimo faz por mim aquilo que eu não consigo fazer por mim mesmo.
 
Força, fé  esperança,
Clayton Bernardes

domingo, 12 de janeiro de 2014

Para jovem, risco de dependência do álcool é maior; proteja seu filho

Para jovem, risco de dependência do álcool é maior; proteja seu filho                                                                                              

Dourados News
Uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012, envolvendo mais de 100 mil adolescentes, em 2.842 escolas de todo o país, mostrou que o consumo de bebidas é comum e tolerado pelos jovens. Entre os entrevistados, com idades de 13 a 15 anos, 50,3% afirmaram ter provado, pelo menos, um drinque alcoólico. Além disso, um em cada quatro jovens assumiu ter bebido nos últimos 30 dias anteriores à realização do levantamento. A maioria teve acesso ao álcool em festas (39,7%), mas muitos informaram que conseguiram comprar bebidas em lojas, bares ou supermercados (15,6%).

Sem ter muita ideia dos efeitos nocivos que a bebida pode ter sobre seu desenvolvimento, os jovens afirmam beber para se soltarem mais ou para se divertirem. O ponto é que inúmeras pesquisas já provaram que os danos do álcool sobre o organismo são muito maiores quanto mais precoce é o seu uso.

Um levantamento feito por um órgão governamental americano, o Substance Abuse and Mental Health Services Administration, publicado em 2008, mostrou que indivíduos que começam a beber antes dos 15 anos têm sete vezes mais chance de desenvolver problemas relacionados ao uso de álcool do que aqueles que o fazem após os 21.

As complicações relacionadas ao uso começam pelos efeitos físicos, pois o álcool agride o sistema nervoso de diversas formas. "Há um efeito tóxico direto tanto para o cérebro quanto para os nervos periféricos. O uso frequente reduz a quantidade de neurônios e suas conexões, chamadas de sinapses. Isso evidentemente leva a um comprometimento da performance intelectual e motora", declara o neurologista Leandro Teles, graduado pela Faculdade de Medicina da USP.

Esses malefícios aparecem com mais intensidade nos jovens, já que eles ainda estão em processo de amadurecimento do sistema neurológico.

"O sistema nervoso central segue aprimorando seus recursos até, pelo menos, 21 anos. Coerente com essa questão fisiológica, a legislação proíbe o álcool para menores de 18 anos. Isso explica também porque, em alguns países, a restrição se dá até os 21", afirma o psiquiatra especialista em dependência química Carlos Salgado, membro do conselho consultivo da Abead (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas).

E isso sem falar nos riscos para outros órgãos e sistemas –como o fígado– e nos prejuízos para a vida social. "Não há dúvida de que os adolescentes ficam mais propensos a comportamentos de risco sob os efeitos do álcool, incluindo brigas, sexo desprotegido e acidentes de carro", diz a psiquiatra Camila Magalhães Silveira, coordenadora do Cisa (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool).

Dependência

É claro que todos esses efeitos passam a preocupar mais à medida que aumenta a frequência do consumo de bebida. No entanto, segundo os especialistas, não há uma quantidade ou regularidade mínima que possa ser considerada segura, quando falamos em consumo de álcool entre os mais jovens.

"Não sabemos de antemão quem será aquele que partirá para um uso abusivo e danoso e aquele que saberá a hora de parar, porque isso depende de características individuais e contextuais com muitas variáveis. Há pessoas que passam a vida toda tomando apenas uma dose de bebida por dia, enquanto outras vão beber de forma progressiva quantidades muito maiores. O problema é que ambas começam do mesmo jeito, com o primeiro copo", fala Teles.

Na juventude, o risco de viciar também é maior. "A ativação do sistema de recompensa cerebral é mais intensa, tornando-os mais predispostos ao abuso e à dependência. Além disso, os jovens ainda estão buscando a aceitação do grupo, são vulneráveis e têm uma certa sensação de indestrutibilidade que os mais velhos já aprenderam a relativizar", afirma o neurologista.

Por isso, a recomendação aos pais é evitar que o jovem beba mesmo dentro de casa. Até nas festinhas de família, o ideal é que os adolescentes brindem com coquetéis sem adição de álcool.

Orientá-los para as escolhas feitas quando em companhia dos amigos também é fundamental. "O álcool permeia o mundo dos jovens. A oportunidade para beber surgirá e a decisão será deles, que terão de fazer escolhas sobre quando, onde, com quem e o quanto consumirão. O que os pais podem fazer é contribuir para que o filho tenha subsídios fortes para fazer uma escolha responsável", diz a psiquiatra Camila.

Segundo a especialista, o ideal é que as conversas sobre os riscos associados ao uso abusivo de bebidas alcoólicas ocorram de maneira ocasional e frequente, sem um tom de sermão. "Quando falar sobre o álcool, deixe seu ponto de vista claro, discutindo suas crenças e opiniões com honestidade. Também vale lembrar que o diálogo deve ser uma via de mão dupla, por isso dê ao seu filho a oportunidade para perguntar livremente sobre o assunto e ouça o que ele tem a dizer", fala Camila.

Nessa conversa, é interessante que os pais exponham de maneira clara que não tolerarão o consumo de bebida alcoólica e o que acontecerá caso o filho não cumpra o que foi combinado previamente. "Cabe aos pais decidir o que consideram melhor para os seus filhos quando esses ainda não têm maturidade suficiente para tomar decisões. Também é importante que os adultos transmitam de forma objetiva as regras que valem naquela família", declara a psiquiatra.

Por fim, é preciso considerar que o exemplo dos pais fará toda a diferença, por isso não adiantar ter um discurso contra a bebida alcoólica e beber abusivamente na frente do jovem. "Muitos pais julgam que seus filhos não terão complicações em decorrência da embriaguez, porque eles não tiveram em sua juventude. O problema é que podem estar enganados e correm o risco de ver seus adolescentes enfrentando desfechos muito diferentes e até bastante dramáticos", afirma Salgado.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Ronaldo Laranjeira: O papa e as drogas

Ronaldo Laranjeira: O papa e as drogas                                                                                              

Folha de S. Paulo
O mundo vem se surpreendendo com o papa Francisco, suas demonstrações de humildade e também, talvez principalmente, com sua firme disposição em promover reformas na Igreja, punindo severamente práticas de pedofilia e desvios de dinheiro do banco do Vaticano.

Entre os temas controversos e considerados tabus, Francisco já disse que os gays não deveriam ser julgados por sua opção.

Sobre as drogas, o papa deixou clara sua crítica aos que discutem a liberalização dos entorpecentes, afirmando que não é por este caminho, como se discute em países da América Latina, que será possível diminuir a difusão da dependência.

Quando visitou o Brasil, Francisco visitou um centro de recuperação e reconheceu o "santuário do sofrimento humano" que ocorre nesses locais.

A mensagem do papa ponderou, entretanto, que os dependentes são os principais protagonistas de sua recuperação, e que, apesar de a Igreja e muitas pessoas estarem do lado dos usuários de drogas, ninguém pode fazer a "subida" no lugar deles.

É consenso, tanto do ponto de vista da Igreja como dos líderes políticos da América Latina, e mesmo de integrantes da OEA, que a criminalização do uso de drogas, com severa punição dos usuários, é um modelo que fracassou na região.

Vejo, no entanto, com muita preocupação as tentativas de se liberar o comércio de crack, cocaína, maconha, ecstasy e outros entorpecentes. Tal medida, sob o argumento de neutralizar o tráfico, combater os traficantes e a influência que exercem sobre os dependentes, abre um caminho sem volta para que mais pessoas tornem-se reféns das drogas.

No Estado de São Paulo, o programa Recomeço, de combate à dependência química, em especial à epidemia do crack que reina nas principais capitais e regiões metropolitanas brasileiras, segue diretriz bem similar à nova visão mundial sobre o enfrentamento desta problemática, tratando o tema menos como uma questão de polícia e mais de saúde pública e resgate da cidadania.

O governo paulista vem promovendo uma verdadeira revolução na assistência aos dependentes de crack, com expressiva ampliação dos leitos de enfermaria para internação dos casos mais graves, articulação e integração com outros serviços de saúde e assistência social de perfis complementares, como os Caps Ad (Centros de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas), comunidades terapêuticas e moradias assistidas.

Na capital paulista, o Plantão Judiciário e a Unidade Social implantados no Cratod (Centro de Referência em Álcool Tabaco e outras Drogas) vem proporcionando agilidade a processos de encaminhamento dos dependentes tanto para assistência ambulatorial quanto para internações voluntárias, involuntárias e compulsórias, todas previstas em lei. E a oferta de leitos de enfermaria para tratamento dos dependentes no Estado mais do que duplicou desde 2011.

Já o Cartão Recomeço soma esforços ao financiar uma fase importante do tratamento de alguns pacientes em comunidades terapêuticas, período em que, após a desintoxicação, é necessário um tempo para que o dependente reaprenda como é o mundo sem a droga.

A estruturação e a expansão da rede Recomeço são essenciais para oferecer todas as alternativas terapêuticas possíveis visando à recuperação e reinserção social dos dependentes químicos. Mas o esforço próprio de cada paciente é que determinará se o final da caminhada será ou não bem sucedida.

RONALDO LARANJEIRA, 58, psiquiatra e professor titular de psiquiatria da Unifesp, é coordenador do Programa Recomeço, do governo do Estado de São Paulo
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Reflexão do dia 12 de Janeiro

Reflexão do dia 12 de Janeiro
      
PRINCÍPIOS, NÃO PERSONALIDADES
A maneira como nossos "valorosos" alcoólicos, algumas vezes, tentam julgar o "menos valorosos", é bastante cômica se refletirmos sobre o fato,. Imagine se você puser, um alcoólico julgando o outro.
* ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 37
 
 
 
      Quem sou eu para julgar alguém? Quando entrei na Irmandade pela primeira vez, descobri que todos gostavam de mim. Afinal A.A.> estava me ajudando a ter uma melhor maneira de vida sem o álcool. A realidade era que eu não poderia gostar de todos nem eles de mim. A medida que fui crescendo na Irmandade, aprendi a amar todos, apenas ouvindo o que eles tinham a dizer. Essa pessoa lá ou esta aqui pode ser aquela que Deus escolheu para me dar a mensagem de que eu preciso para o dia de hoje. Devo sempre lembrar-me de colocar os princípios acima das personalidades.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 12-01...

Meditação do Dia

Domingo, 12 de Janeiro de 2014


Despertares espirituais
"Tendo experimentado um despertar espiritual graças a estes Passos..." Décimo-Segundo Passo

"Como é que eu vou saber que tive um despertar espiritual?" Para muitos de nós, um despertar espiritual vem gradualmente. Talvez a nossa primeira consciência espiritual seja tão simples como uma nova apreciação da vida. Talvez descubramos de repente, um dia, o som dos pássaros a cantar de manhã cedo. A beleza simples de uma flor pode lembrar-nos de que há um Poder superior a nós mesmos a trabalhar à nossa volta. Muitas vezes, o nosso despertar espiritual é algo que se fortalece com o tempo. Podemos esforçar-nos por ter uma maior consciência espiritual simplesmente vivendo as nossas vidas. Podemos persistir num esforço para melhorar o nosso contacto consciente através da prática diária da oração e da meditação. Podemos escutar a voz interior para obtermos a orientação de que necessitamos. Podemos perguntar a outros adictos sobre as suas experiências com a espiritualidade. Podemos apreciar, sem pressas, o mundo à nossa volta.

Só por hoje: Vou reflectir sobre os despertares espirituais que já experimentei. Vou esforçar-me por ter uma consciência de Deus. Vou guardar alguns momentos do dia para apreciar o trabalho do meu Poder Superior.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes