quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Drogas ficaram mais potentes ao longo dos anos

Drogas ficaram mais potentes ao longo dos anos                                                                                              

O Globo
Cocaína, maconha e opiáceos foram afetados pela mudança de formulação em favor da conquista de mercado na década de 60 a maconha tinha 0,5% de THC, a substância psicoativa; atualmente esta concentração é de 5%

Não foi apenas o cigarro que se tornou mais potente e viciante ao longo das últimas décadas. Mudanças na formulação ou na tecnologia também afetaram outras drogas como maconha, cocaína e opiáceos (heroína), segundo estudo publicado na “British Medical Journal” no ano passado. A conquista de mercados é tida como o principal fator para estas transformações.

- Sem dúvida as drogas estão mais fortes. O crack não existia há 40 anos, a maconha era bem mais fraca e mesmo o álcool mudou. A tendência é com certeza torná-los mais eficientes e viciantes - afirmou Ronaldo Laranjeira, da Unifesp.

Um dos casos mais notórios é o da maconha, que recebeu um acréscimo significativo de tetrahidrocarbinol (THC), a substância psicoativa. Em média, na década de 60 ela tinha uma concentração de 0,5% de THC e atualmente é de 5%, dez vezes mais, segundo Laranjeira. Outros relatórios, como o do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), apontam para um aumento mais intenso nas últimas décadas: de 1,5% para 4% entre 1980 e 1990. Além disso, óleos com maconha regularizados nos EUA podem conter até 50% de THC.

- O mercado lá é mais dinâmico e está se diversificando - disse Laranjeira, que acrescentou: - Como no caso do cigarro, há aditivos. Plantadores de maconha costumam fazer xixi nela porque sabem que a ureia torna a droga mais forte.

Segundo o estudo britânico, enquanto o preço das drogas ilícitas despencou, a sua pureza aumentou entre 1990 e 2007. No caso da cocaína, mais de 60%. Há mais de três mil anos povos incas passaram a consumir folhas de coca para ter efeitos estimulantes. No final do século XIX, ela foi sintetizada. Freud chegou a fazer experimentos com a droga. De lá para cá, foi injetável, virou pó e virou base para a produção do crack, uma das drogas mais devastadoras e viciantes. Com o álcool, curiosamente, não foi tão diferente.

- O álcool só existia em forma fermentada, como vinho e cerveja, em que o teor de álcool não ultrapassava os 18%. No século XV, passou pelo primeiro processo de destilação, e no século XVII surgiu o gim, com teor alcoólico de mais de 40%. A partir daí aumentaram os problemas com a bebida.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Consumo de álcool e gordura aumenta risco de câncer em brasileiras

Consumo de álcool e gordura aumenta risco de câncer em brasileiras                                                                                              

Midia News
Pesquisa promovida pela Fiocruz traça um panorama dos hábitos alimentares das brasileiras com mais de 35 anos e sugere mudanças na dieta diária

O consumo de álcool e de alimentos gordurosos – que tem aumentado entre as brasileiras – eleva os riscos para o desenvolvimento do câncer de mama. Pesquisa realizada na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) avaliou a correlação entre hábitos alimentares e o câncer, além de traçar o perfil alimentar das brasileiras com mais de 35 anos, possíveis alvos da doença.

Motivada pelo aumento do número de casos de câncer no Brasil e no mundo, Rita de Cássia Albuquerque decidiu estudar o tema durante o doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente da Ensp. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, só este ano, 580 mil novos casos da doença serão identificados no Brasil: 57 mil serão de câncer de mama. O tipo mais comum entre as mulheres ainda mata cerca de 13 mil ao ano.

Rita espera contribuir para a definição de políticas públicas de promoção à saúde que considerem esse cenário. “As elevadas incidência e mortalidade por câncer de mama no País justificam a implantação de estratégias efetivas de controle, que incluam ações de promoção à saúde, prevenção e detecção precoce, tratamento e cuidados paliativos. Conhecer aspectos dietéticos de grupos populacionais contribui para a melhor compreensão da relação entre hábitos alimentares e de estilo de vida”, diz.

Conheça a dieta anticâncer:
Abacate: rico em ácidos-graxos poli-insaturados e em vitaminas do grupo B, essenciais no combate ao câncer .

A pesquisadora acredita que a promoção da saúde é a maneira mais econômica de prevenir doenças crônicas, como o câncer. “As intervenções dietéticas têm impacto positivo nos desfechos de saúde em todo o ciclo da vida”, diz. Rita ressalta ainda que o governo precisa alertar a população para os riscos da má alimentação.

“A população brasileira está mudando seu consumo alimentar. Deixando de consumir alimentos típicos, como arroz, feijão e tubérculos, e consumindo muito sal, gordura e álcool. Esses alimentos podem desencadear muitas doenças crônicas, como o câncer. É preciso alertar a população”, afirma.

O estudo

Rita diz que a pesquisa foi desenhada para mostrar uma “fotografia”. Primeiro, a pesquisadora revisou as evidências científicas encontradas em trabalhos desenvolvidos em diferentes populações de todos os continentes do mundo sobre a relação entre padrões de consumo alimentar e câncer de mama.

Os padrões alimentares encontrados nas 26 pesquisas avaliadas por ela mostram que o consumo de vegetais, frutas, peixes, crustáceos, soja e derivados, azeite, frango e os hábitos típicos das regiões pesquisadas reduzem os riscos de desenvolver a doença. Por outro lado, o consumo de bebidas alcoólicas e comidas gordurosas aumentam os riscos.

Na sequência, a pesquisadora investigou os padrões de consumo alimentar das mulheres brasileiras com mais de 35 anos – possíveis alvos da doença – a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fez um levantamento sobre consumo alimentar individual com as famílias pesquisadas. As dietas relatadas por 8.325 mulheres foram analisadas.

Os padrões alimentares das brasileiras podem ser divididos em: tradicional brasileiro (composto por arroz, feijão, legumes e carnes vermelhas); lanches (pães, bolos e biscoitos, queijos gordos, carnes processadas, café e chá); gorduras e álcool (bebidas alcoólicas, refrigerantes, sanduíches, pizza, salgados e salgados fritos) e lacto-vegetariano (cereais matinais, laticínios e preparações à base de leite, leite desnatado e queijos magros, frutas, legumes e verduras).

Dividida a amostra, ela percebeu que 20% das mulheres da amostra têm como menor consumo médio o padrão tradicional brasileiro, que é o mais comum a apenas 10% delas. Outras 838 mulheres declararam um alto consumo de álcool e gorduras.

“Os resultados reforçam a importância da conservação de hábitos alimentares tradicionais, que estimulam o consumo de vegetais e frutas e desestimulam o consumo de alimentos gordurosos, ricos em açúcar e sal e o consumo de álcool”, diz.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Reflexão diária 5-02-2014

Reflexão diária 5-02-2014
 
A partir do momento em que desisti de argumentar, comecei a ver e a sentir. Nesse instante, o Segundo Passo, sutil e gradualmente, começou a se infiltrar em minha vida. Não posso dizer a ocasião e a data em que vim acreditar num Poder Superior a mim, mas, certamente, tenho esta crença agora. Para adiquirí-la bastou-me parar de lutar e praticar o resto do programa de A.A. com o maior entusiasmo de que dispunha.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES
 
 
Depois de anos satisfazendo a uma "desenfreada obstinação", o Segundo Passo tornou-se para mim uma libertação gloriosa de ficar sozinho. Nada agora é mais doloroso ou intransponível na minha jornada. Alguém está sempre aqui para compartilhar comigo as cargas da vida. O Segundo Passo tornou-se uma forma de reforçar minha relação com Deus, e agora percebo que minha insanidade e meu ego estavam curiosamente ligados. Para livrar-me do anterior, devo entregar este a alguém com os ombros muito mais largos que os meus.

Força, fé e esperança,
 Clayton Bernardes

Só por hoje 05-02...

Meditação do Dia

Quarta, 05 de Fevereiro de 2014


Volta, que isto resulta!
"Estamos gratos por termos sido tão bem recebidos nas reuniões, fazendo-nos sentir confortáveis." II Texto Básico, p. 94

Lembram-se de como nos sentimos assustados quando entrámos na nossa primeira reunião de NA? Mesmo que tenhamos ido com um amigo, muitos de nós lembram-se de como foi difícil ir a essa primeira reunião. Então o que é que nos fez voltar? Muitos de nós têm recordações gratificantes do acolhimento que receberam e de como isso os fez sentir confortáveis. Quando levantámos a mão como recém-chegados, abrimos a porta para que outros membros se aproximassem de nós e nos dessem as boas-vindas. Por vezes, a diferença entre aqueles adictos que saem da sua primeira reunião e nunca mais voltam a NA e os adictos que ficam à procura de recuperação é um simples abraço de um membro de NA. Quando já estamos limpos há algum tempo, é fácil afastarmo-nos do desfile de recém-chegados - afinal de contas, já vimos tantos a entrar e a sair. Mas os membros com algum tempo limpo podem fazer a diferença entre um adicto que não volta e o adicto que continua a voltar. Ao oferecermos o nosso número de telefone, um abraço, ou darmos apenas as boas-vindas calorosas, estendemos a mão de Narcóticos Anónimos ao adicto que ainda sofre.

Só por hoje: Lembro-me do acolhimento que recebi quando cheguei a NA. Hoje, vou expressar a minha gratidão dando um abraço a um recém-chegado.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Grêmio é primeiro clube a aderir a campanha contra o crack

Grêmio é primeiro clube a aderir a campanha contra o crack                                                                                                 

Terra
Grêmio é primeiro clube a aderir a campanha contra o crack

O Grêmio oficializou na tarde desta quinta-feira a parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria na campanha “Craque que é craque não usa crack”, na luta contra as drogas. A assinatura dos termos de compromisso aconteceu na tarde desta quinta-feira, no Salão Nobre do Olímpico, pelo presidente Fábio Koff e pelo presidente da associação, Antônio Geraldo da Silva. A parceria é uma iniciativa inédita da entidade com clubes de futebol.

A solenidade aconteceu na presença de todo o elenco do time sub-20, do centroavante Barcos e de dirigentes do clube. Foi o Pirata e destaque dos juniores, o atacante Luan, autor do gol do empate com o Brasil, de Pelotas, nesta quarta-feira. Ambos vestiram uma camiseta com os dizeres da campanha.

- Grêmio não fica indiferente a um projeto com este engajamento e desta natureza. Os meninos aqui presentes talvez não tenham a dimensão da imagem que eles transmitem. Nós representamos oito milhões de apaixonados e temos orgulho e nos sentimos gratificados por sermos o primeiro clube integrado nesse projeto – destacou o presidente Fábio Koff.

A ideia da ABP é formar conselheiros que tenham influência dentro das comunidades carentes de Porto Alegre, para que eles passem os malefícios que a droga pode causar. O Tricolor entra com o uso de imagem dos atletas para ajudar a causa da campanha.

- O Barcos utilizando essa camiseta atinge muitas pessoas. As crianças olham o ídolo e falam: “ele diz para não usar drogas”. Isso acontece. É muito importante para o Grêmio se integrar nessa campanha. É muita satisfação em ser o primeiro clube a aderir – destacou Silva.

Entre as ações programadas pela parceira está a visita a escolas públicas por parte de jogadores profissionais, atletas da base, dirigentes e médicos do Grêmio para falarem a respeito de como o esporte pode ser uma forma de manter os jovens afastados da droga. Complementarmente, a Arena deverá receber faixas alusivas à campanha, que terá divulgação nas mídias oficiais do clube.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Estudo aponta que usar maconha aumenta as chances de ter filhos viciados

Estudo aponta que usar maconha aumenta as chances de ter filhos viciados                                                                                             


Correio Braziliense
Especialistas, contudo, ressaltam a importância de mais pesquisas

Os que defendem a legalização da maconha argumentam que se trata de liberdade individual. Nem tanto, segundo um estudo recente, publicado na revista especializada

Neuropsychopharmacology. Os pesquisadores da Faculdade de Medicina Mount Sinai, de Nova York, encontraram evidências de que o consumo da droga na adolescência está associado a uma probabilidade maior de os descendentes se tornarem dependentes de drogas. O experimento foi realizado com ratos, mas a principal autora, Yasmin Hurd, professora de psiquiatria, farmacologia e química biológica, acredita que o resultado pode influenciar as políticas de liberação da cannabis.

Anteriormente, Hurd havia constatado, também em camundongos, que a exposição precoce à maconha aumenta o risco de, na idade adulta, se buscar compensações químicas para satisfazer o cérebro em drogas mais pesadas. Agora, ela resolveu investigar se o consumo teria implicações para as gerações futuras, mesmo sem exposição direta à substância psicoativa.

“Estudos evidenciam que o uso de drogas, incluindo maconha, por parte dos pais, traz prejuízos aos filhos. Mas essas pesquisas levam em consideração o consumo durante a gestação e na época da concepção. Queríamos saber se o uso de drogas antes disso poderia trazer implicações negativas à descendência”, explica Hurd. O resultado da pesquisa indicou que ratinhos cujos pais tiveram contato com a principal substância psicotrópica da maconha, o THC, durante a adolescência tinham mais riscos de exibir comportamentos compulsivos e de buscar a autoadministração de heroína.

Isso acontece, explica Hurd, por causa da epigenética. Esse conceito se refere a características transmitidas à geração seguinte sem que tenha havido uma modificação no DNA. Alguns estudos têm fornecido evidências fortes de que o vício pode ser hereditário. Nesses casos, os pais com genes que os tornam mais propensos a serem dependentes passam essas variantes aos filhos. A epigenética, diferentemente, está associada à exposição ambiental.

Pesquisas com gêmeos, que têm DNA praticamente idêntico, mostram como as experiências exercem uma influência tão grande sobre o indivíduo quanto a sequência de genes. Substâncias como tabaco, álcool e outras drogas imprimem suas marcas no material genético do indivíduo. Sem provocar mutações — alterações na ordem das letras —, elas promovem mudanças químicas nas moléculas do DNA. Essas características adquiridas pelos genes podem ser transmitidas aos filhos.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Reflexão diária 04-02-2014

Reflexão diária 04-02-2014
 
"Às vezes A.A. é aceito com maior dificuldade pelos que perderam ou rejeitaram a fé do que pelos que nunca a tiveram, pois acham que já experimentaram a fé e esta não lhes serviu. Experimentaram viver com fé e sem fé."
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES
 
 
Tão convencido estava de que Deus tinha me abandonado que ao final tornei-me provocador, embora soubesse que não devia agir assim, e mergulhei numa última bebedeira. Minha fé tornou-se amarga e não foi por coincidência. Aqueles que já tiveram uma grande fé atingem o fundo com mais dificuldade.
Levou tempo para que minha fé reacendesse, mesmo tendo vindo para A.A. Estava intelectualmente agradecido por sobreviver a queda tão vertiginosa, mas meu coração sentia-se endurecido. Ainda assim, persisti com o programa de A.A.; as alternativas eram muito tristes! Continuei assistindo as reuniões e, aos poucos, minha fé foi ressurgindo.

Força, fé e esperança
Clayton Bernardes