Dois estudos mostram os artifícios da indústria para tornar os cigarros mais viciantes
O Globo
Com cigarros fabricados hoje, a nicotina chega mais rápido aos pulmões
O ator americano Eric Lawson morreu recentemente, aos 72 anos. Era jovem, atraente, trazia um aspecto viril e seguro quando, como um caubói, fumava tranquilamente o seu cigarro em anúncios da indústria de tabaco dos anos 70. Difícil resistir ao apelo. Mas anos depois, Lawson foi diagnosticado com uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPCO), ocasionada provavelmente por este hábito que, no passado, agregava tantos adjetivos ao seu usuário. Propagandas deste tipo hoje são proibidas, seus riscos à saúde se tornaram inquestionáveis. E mais uma coisa mudou desde este período: os cigarros atuais aumentam as chances de câncer de pulmão, DPCO e outras doenças, além de serem mais viciantes, segundo dois novos estudos americanos.
Um destes é o relatório do “Office of the Surgeon General”, órgão do governo americano, que traz uma revisão de sua primeira edição, de 1964, quando os efeitos nocivos do fumo estavam começando a ser revelados. Cinquenta anos depois, além de associar o hábito a uma série de doenças, ele acrescenta que os cigarros hoje são mais viciantes do que os das décadas anteriores. Não porque tenham mais nicotina, mas porque o seu design vem sendo aperfeiçoado com o objetivo de levar mais desta substância aos pulmões.
A nicotina é o principal agente do cigarro e é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma droga psicoativa que causa dependência. Ao ser inalada, chega em poucos segundos ao cérebro e age no sistema nervoso central. O relatório se baseou em documentos da indústria apresentados num tribunal de 2006 mostrando como os cigarros foram projetados para este fim. As táticas incluem projetar filtros mais eficientes, selecionar papéis para maximizar a ingestão de nicotina e adicionar produtos químicos para tornar o fumo menos pesado e mais fácil de inalar. Outro estudo recente da Universidade de Massachusetts, publicado na revista “Nicotine and Tobacco Research” analisou marcas vendidas nos Estados Unidos entre 1998 e 2012. Ele mostrou que embora a quantidade de nicotina tenha se estabilizado neste período, a capacidade do cigarro de levar a substância aos pulmões do fumante aumentou em até 15%. O menor nível foi de 1,65 miligrama por cigarro em 1999, e o mais alto, de 1,89 miligrama, em 2011.
- Pelo menos com relação à recepção de nicotina, nossos resultados vão contra o argumento das indústrias de cigarro, que dizem estar estudando formas de garantir um cigarro menos prejudicial - observou, em entrevista ao GLOBO por e-mail, Wenjun Li, professor do setor de Medicina Preventiva e Comportamental da universidade e autor do estudo. A Souza Cruz, empresa brasileira de cigarro, ressalta que o estudo extrapola a realidade do país, uma vez que marcas e metodologias são distintas.
Disse ainda que há mais de dez anos a Anvisa exige que fabricantes informem os valores de nicotina, além das características físicas dos papéis e do filtro dos cigarros, tais como composição, permeabilidade e gramatura dos papéis, ventilação do filtro e etc. Cigarro ‘aperfeiçoado’ pela indústria Não é a primeira vez, no entanto, que este debate é suscitado.
Uma pesquisa de uma década atrás feita pela Escola de Medicina de Harvard mostrou que o avanço no mecanismo do cigarro havia levado ao aumento da inalação da substância em 11% em produtos fabricados entre 1997 e 2005, uma média de 1,6% ao ano. - O investimento que se faz na tecnologia do produto é muito grande e ocorre há muito tempo. O cigarro parece apenas uma porção de tabaco enrolado em papel, mas é mais sofisticado do que uma Ferrari - comenta Paula Johns, diretora-executiva da ONG Aliança de Controle do Tabagismo (ACT).
- Inclusive quando houve a primeira inciativa da FDA (agência reguladora de remédios dos EUA) de limitar as emissões de alcatrão, nicotina e outros aditivos, mais tarde foi descoberto que isto não significava nada, porque havia outras formas de otimizar a liberação de nicotina. Segundo Paula, “não existe um cigarro menos perigoso”. Ela cita estatísticas de que nove em cada dez pessoas que fumam se tornam dependentes, uma proporção inversa ao álcool, e o maior índice de vício entre todas as drogas. Uma história que se tornou famosa, aliás, e rendeu até o prêmio Pulitzer de Jornalismo de 1996 ao “Wall Street Journal”, é a de que os produtores evitavam elevar o conteúdo de nicotina nos cigarros, mas usavam produtos químicos, em especial a amônia, para aumentar a potência da substância inalada.
Cigarros com amônia, desta forma, liberavam mais nicotina, mas tinham a mesma quantidade química que outros produtos sem o aditivo. Interferência parecida com a que foi apontada nos estudos recém-divulgados, e que, na verdade, vêm ocorrendo desde o início da industrialização do tabaco, segundo Ronaldo Laranjeira, professor de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
- Há mais de um século, o tabaco era mascado ou fumado na forma de cigarro de palha. O consumo era pequeno e o impacto, restrito. O grande avanço veio com a industrialização do cigarro, quando a absorção ficou mais eficiente. E a indústria vem aperfeiçoando no ultimo século o produto no sentido de causar mais dependência - alerta. Debate sobre maior controle do cigarro Nos EUA, estas notícias levantaram a discussão sobre uma maior regulação da indústria por parte do governo. Mas, para Laranjeira, focar no controle do tabagismo pode trazer melhores resultados:
- O governo não consegue controlar o mercado lícito, nem ilícito. Intensificar políticas para reduzir o fumo seria uma ação mais sensata.
Já Paula defende a adoção de medidas de controle, como a proibição de aditivos dos cigarros (cuja resolução da Anvisa entrou ano passado em vigor) e restrições à propaganda e ao uso.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Oficializar maconha é abrir fábrica de esquizofrênicos, diz psiquiatra
Oficializar maconha é abrir fábrica de esquizofrênicos, diz psiquiatra
UOL
Se o Brasil seguir a tendência de outros países e oficializar a indústria da maconha, nós teremos "uma fábrica de esquizofrênicos". A opinião é do psiquiatra Valentim Gentil Filho, professor titular da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), convidado desta segunda-feira (4) do programa Roda Viva, apresentado ao vivo na TV Cultura e reproduzido pelo UOL.
Para o psiquiatra, considerado um dos mais influentes do país, a sociedade tem sido conivente e omissa em relação à droga, e os riscos provocados por ela não têm sido bem divulgados. Gentil Filho contou no programa que, segundo estudos bem fundamentados, a maconha aumenta em 310% o risco de esquizofrenia quando consumida uma vez por semana na adolescência. E trata-se de uma doença incurável: "O esquizofrênico pode ter uma vida praticamente normal, mas sempre há uma sequela".
O psiquiatra sugeriu que, assim como pais permitem que seus filhos consumam álcool em festas, a informação distorcida de que maconha não faz mal fará com que eles deixem os jovens fumarem em casa. E o problema é que, nos adolescentes, que estão em uma fase de "poda" natural do cérebro para a entrada na idade adulta, a droga é especialmente prejudicial.
O professor também fez críticas à chamada luta antimanicomial, que fez o Brasil fechar milhares de leitos psiquiátricos sem proporcionar alternativas. Ele ressaltou que o atual modelo dos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) não tem como substituir o atendimento ambulatorial e as internações psiquiátricas. Para Gentil Filho, não se trata de abandonar os pacientes em manicômios, mas garantir o tratamento em fase aguda. Ele reforçou que, atualmente, só um terço dos pacientes psiquiátricos diagnosticados recebe tratamento.
Para o psiquiatra, tanto a luta antimanicomial quanto a vinda de cubanos (pelo programa Mais Médicos) fazem parte de uma visão mais ampla que a medicina, de uma mentalidade que persiste no Ministério da Saúde e tem raízes político-ideológicas. Na prática, segundo ele, o que acontece é que há um número absurdo de pessoas com transtornos graves nas ruas, rejeitadas por hospitais e por outras instituições. "Há uma desassistência fenomenal e nós temos recursos terapêuticos", lamentou.
Depressão e pânico
O convidado do Roda Viva também falou sobre o aumento no diagnóstico de depressão, que para ele é fruto de diversos fatores, como a ampliação dos conceitos sobre a doença e a descoberta de novas moléculas que se mostram mais eficazes que o placebo. Ao falar de outros transtornos que têm sido mais frequentes, ele também mencionou a síndrome do pânico. Entre as possíveis causas desse aumento, de acordo com o especialista, estão o maior consumo de estimulantes, cafeína e medicamentos com ação no sistema nervoso e atitudes como a privação de sono, capazes de deflagrar crises. Mas ele pondera que o estresse não é algo novo na humanidade, assim como os transtornos mentais. "Eu prefiro viver hoje do que nos tempos bíblicos", ironizou.
O programa apresentado pelo jornalista Augusto Nunes e a bancada de entrevistadores contou com Fernanda Bassette (repórter de saúde do jornal O Estado de São Paulo), Ulisses Capozzoli (editor-chefe da Revista Scientific American Brasil), Paulo Saldiva (professor titular da Faculdade de Medicina da USP, especialista em poluição atmosférica), Aureliano Biancarelli (jornalista da área de saúde) e Luciana Saddi (psicanalista, escritora e blogueira da Folha de São Paulo). O Roda Viva ainda teve a participação do cartunista Paulo Caruso.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
UOL
Se o Brasil seguir a tendência de outros países e oficializar a indústria da maconha, nós teremos "uma fábrica de esquizofrênicos". A opinião é do psiquiatra Valentim Gentil Filho, professor titular da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), convidado desta segunda-feira (4) do programa Roda Viva, apresentado ao vivo na TV Cultura e reproduzido pelo UOL.
Para o psiquiatra, considerado um dos mais influentes do país, a sociedade tem sido conivente e omissa em relação à droga, e os riscos provocados por ela não têm sido bem divulgados. Gentil Filho contou no programa que, segundo estudos bem fundamentados, a maconha aumenta em 310% o risco de esquizofrenia quando consumida uma vez por semana na adolescência. E trata-se de uma doença incurável: "O esquizofrênico pode ter uma vida praticamente normal, mas sempre há uma sequela".
O psiquiatra sugeriu que, assim como pais permitem que seus filhos consumam álcool em festas, a informação distorcida de que maconha não faz mal fará com que eles deixem os jovens fumarem em casa. E o problema é que, nos adolescentes, que estão em uma fase de "poda" natural do cérebro para a entrada na idade adulta, a droga é especialmente prejudicial.
O professor também fez críticas à chamada luta antimanicomial, que fez o Brasil fechar milhares de leitos psiquiátricos sem proporcionar alternativas. Ele ressaltou que o atual modelo dos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) não tem como substituir o atendimento ambulatorial e as internações psiquiátricas. Para Gentil Filho, não se trata de abandonar os pacientes em manicômios, mas garantir o tratamento em fase aguda. Ele reforçou que, atualmente, só um terço dos pacientes psiquiátricos diagnosticados recebe tratamento.
Para o psiquiatra, tanto a luta antimanicomial quanto a vinda de cubanos (pelo programa Mais Médicos) fazem parte de uma visão mais ampla que a medicina, de uma mentalidade que persiste no Ministério da Saúde e tem raízes político-ideológicas. Na prática, segundo ele, o que acontece é que há um número absurdo de pessoas com transtornos graves nas ruas, rejeitadas por hospitais e por outras instituições. "Há uma desassistência fenomenal e nós temos recursos terapêuticos", lamentou.
Depressão e pânico
O convidado do Roda Viva também falou sobre o aumento no diagnóstico de depressão, que para ele é fruto de diversos fatores, como a ampliação dos conceitos sobre a doença e a descoberta de novas moléculas que se mostram mais eficazes que o placebo. Ao falar de outros transtornos que têm sido mais frequentes, ele também mencionou a síndrome do pânico. Entre as possíveis causas desse aumento, de acordo com o especialista, estão o maior consumo de estimulantes, cafeína e medicamentos com ação no sistema nervoso e atitudes como a privação de sono, capazes de deflagrar crises. Mas ele pondera que o estresse não é algo novo na humanidade, assim como os transtornos mentais. "Eu prefiro viver hoje do que nos tempos bíblicos", ironizou.
O programa apresentado pelo jornalista Augusto Nunes e a bancada de entrevistadores contou com Fernanda Bassette (repórter de saúde do jornal O Estado de São Paulo), Ulisses Capozzoli (editor-chefe da Revista Scientific American Brasil), Paulo Saldiva (professor titular da Faculdade de Medicina da USP, especialista em poluição atmosférica), Aureliano Biancarelli (jornalista da área de saúde) e Luciana Saddi (psicanalista, escritora e blogueira da Folha de São Paulo). O Roda Viva ainda teve a participação do cartunista Paulo Caruso.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Só por hoje 08-02...
Meditação do Dia
Sábado, 08 de Fevereiro de 2014
O que é um padrinho ou madrinha?
"...sabemos que podemos ir ter com o nosso padrinho ou madrinha, mas é nossa a responsabilidade de entrar em contacto com ele ou ela nessas alturas." IP n° II, O apadrinhamento
O que é um padrinho ou madrinha? Nós sabemos; é aquela pessoa simpática com quem fomos beber um café depois da nossa primeira reunião. Essa alma generosa que continua a partilhar gratuitamente a sua experiência em recuperação. Aquele que continua a surpreender-nos com uma incrível percepção dos nossos defeitos de carácter. Aquele que está sempre a lembrar-nos de acabar o Quarto Passo, que escuta o nosso Quinto Passo, e que não diz a ninguém o quanto somos estranhos. É muito fácil começarmos a tomar tudo isto por garantido, uma vez que nos habituamos a ter alguém com quem podemos contar. Pode acontecer que percamos a cabeça e digamos a nós próprios: "Telefono ao meu padrinho mais logo, agora tenho de arrumar a casa, ir às compras, ir atrás daquela beleza..." E assim acabamos em sarilhos, sem percebermos bem onde falhámos. O nosso padrinho ou madrinha não consegue ler as nossas mentes. Somos nos que temos de os procurar e pedir ajuda. Ou porque precisamos de ajuda com os nossos passos, ou de um inventário à nossa realidade para nos ajudar a endireitar o nosso pensamento distorcido, ou apenas de um amigo, somos nós quem tem de estender a mão. Os padrinhos são carinhosos, sábios, pessoas maravilhosas, e a sua experiência em recuperação é nossa - tudo o que temos a fazer é pedir.
Só por hoje: Estou grato pelo tempo, amor e experiência que o meu padrinho ou madrinha partilhou comigo. Hoje vou telefonar-lhe.
Só por hoje: Estou grato pelo tempo, amor e experiência que o meu padrinho ou madrinha partilhou comigo. Hoje vou telefonar-lhe.
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Amigo
Amigo
Um filho perguntou a mãe:
- Mãe, posso ir no hospital ver meu amigo?
Ele está doente! A mãe responde com uma pergunta:
- Claro, mas o que ele tem?
O filho com a cabeça baixa, diz:
- Tumor no cérebro.
A mãe furiosa diz:
- E você quer ir lá pra quê? Vê-lo morrer?
O filho lhe dá as costas e vai...
Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar... dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!
A mãe com raiva:
- E agora?! Tá feliz?! Valeu a pena ter visto aquela cena?!
Uma última lágrima caiu de seus olhos e acompanhado de um sorriso,
ele disse:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer...
"EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ VIRIA!"
Fique com Deus!!
Fonte:(Autorizado por www.netmarkt.com.br)
- Mãe, posso ir no hospital ver meu amigo?
Ele está doente! A mãe responde com uma pergunta:
- Claro, mas o que ele tem?
O filho com a cabeça baixa, diz:
- Tumor no cérebro.
A mãe furiosa diz:
- E você quer ir lá pra quê? Vê-lo morrer?
O filho lhe dá as costas e vai...
Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar... dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!
A mãe com raiva:
- E agora?! Tá feliz?! Valeu a pena ter visto aquela cena?!
Uma última lágrima caiu de seus olhos e acompanhado de um sorriso,
ele disse:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer...
"EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ VIRIA!"
Fique com Deus!!
Fonte:(Autorizado por www.netmarkt.com.br)
Como e onde tratar adolescentes usuários de drogas?
Como e onde tratar adolescentes usuários de drogas?
UNIAD
Adolescentes usuários de drogas não são todos iguais. As drogas de abuso também não. Existe um sem-número de possibilidades de combinação entre os diversos indivíduos adolescentes e as diversas drogas de abuso e as formas de usá-las.
Entender essa diversidade de diagnóstico é fundamental para não incorrer no risco de ser simplista e ingênuo ao achar que existe um tipo de tratamento único que atenda a todos os perfis e subgrupos de usuários. Existe o grupo dos usuários experimentais; dos usuários frequentes; dos usuários que tiveram problemas social, familiar e educacional; dos que têm suporte familiar; dos que não têm nenhum suporte etc.
Portanto, o leitor deve desconfiar de qualquer política que se proponha a resolver o problema de uso de drogas com ações simples e únicas. É preciso formar uma rede de proteção e tratamento que atenda o adolescente de forma integral: saúde física, psíquica, educação e proteção social; de preferência que isso seja feito no mesmo espaço e de forma integrada. Não adianta planejar a psicoterapia em um lugar, com o médico em outro endereço, o esporte em outro bairro. A logística complicada piora a adesão e os resultados.
A meta deve ser abstinência. Não existem, até o momento, pesquisas que mostrem que qualquer quantidade de droga – de qualquer droga, mesmo álcool e tabaco – seja segura para a saúde do adolescente.
Qual é o tipo de equipamento de saúde existente no Brasil, hoje, com essas características? Nenhum.
Os Centros de Assistência Psicossocial (CAPS) se propõem a realizar a assistência de saúde e suporte social utilizando os recursos existentes na comunidade. Mas as conexões com os diversos serviços de saúde, lazer, educação e sociais são frágeis e de logística de difícil execução, senão impraticáveis, principalmente para aquele grupo de pacientes cujas famílias já estão desagregadas e a figura do cuidador é frágil ou ausente.
É preciso então inovar e pensar em outro modelo que complemente os serviços dos CAPS. Não que substitua, e sim que complemente. Mas não podemos criar um modelo com base apenas no que acreditamos ou confiando em uma lógica teórica e idealizada. É preciso investir em modelos que sejam custo-efetivos, isto é, que sejam testados na prática e comparados com outros modelos para determinar a efetividade. E esses serviços precisam ter um valor que possa ser custeado pela sociedade. De nada adianta um serviço efetivo que custe tão caro que seja inviável. Assim como nossa conta bancária, os recursos públicos também são finitos.
Nos próximos posts,vou discorrer aqui sobre alguns modelos inovadores para o tratamento de adolescentes que encontram base em evidências científicas.
Hoje gostaria apenas de lembrar que é preciso ter uma gama de serviços e/ou que esses serviços sejam o mais completos e abrangentes possível, já que existem vários subgrupos de adolescentes usuários de drogas. Vou ainda descrever os princípios científicos que qualquer serviço para tratar adolescentes deve possuir. Esses princípios foram escritos com base em inúmeras pesquisas científicas, pelo National Institute on Drug Abuse(NIDA), instituto americano que congrega hoje o maior número de pesquisadores em dependência química do mundo e reúne recursos financeiros alocados na ordem do que é gasto com todas as pesquisas em todas as áreas do conhecimento aqui no Brasil. São 13 princípios descritos a seguir.
Princípio 1: O uso de substâncias psicoativas na adolescência precisa ser identificado e tratado o mais rápido possível.
Princípio 2: Os adolescentes usuários de substâncias psicoativas podem se beneficiar de uma intervenção para o uso de drogas mesmo que eles não sejam dependentes ainda.
Princípio 3: Consultas de rotina podem ser boas oportunidades para rastrear o uso de drogas na adolescência.
Princípio 4: Intervenções judiciais e pressão familiar desempenham importante papel na admissão e na manutenção do adolescente no tratamento.
Princípio 5: O tratamento deve ser adaptado às necessidades específicas de cada adolescente. O tratamento deve ser individualizado e um plano deve ser traçado com base nas necessidades específicas. Alguns precisarão de monitoramento do uso de droga, outros não. Alguns precisarão de medicamentos, outros não, e assim por diante.
Princípio 6: O tratamento deve atender às necessidades integrais dos adolescentes, e não apenas ter foco no uso de substância. É preciso pensar em educação, tratamento familiar etc. Não adianta manter o adolescente internado em um hospital por seis meses sem escola, por exemplo.
Princípio 7: Terapia comportamental é eficaz no tratamento do uso de drogas na adolescência. Os adolescentes respondem bem aos incentivos motivacionais, principalmente os reforços positivos, que recompensam comportamentos positivos, como a abstinência.
Princípio 8: Incluir a família e a comunidade é um aspecto importante do tratamento. A família é responsável pelo adolescente. Não é possível transferir essa responsabilidade para o Estado, para o médico, para o psicólogo, para a escola ou para o professor. Mas a família às vezes adoece junto e precisa ser incentivada e ajudada para que possa cumprir a responsabilidade de cuidar de seus adolescentes e seguir as orientações dos profissionais.
Princípio 9: Para que o tratamento seja efetivo, é importante identificar e tratar quaisquer outras condições de saúde mental que os adolescentes possam ter. Uma avaliação médica é muito importante. Existem doenças que tratadas melhoram muito o prognóstico.
Princípio 10: Questões sensíveis, como violência, abuso e risco de suicídio, devem ser pesquisadas, identificadas e tratadas em todos os adolescentes usuários de substância.
Princípio 11: É importante monitorar o uso de drogas durante o tratamento de adolescentes. Existem testes rápidos de urina ou de fio de cabelo, que ajudam nesse monitoramento.
Princípio 12: Permanecer em tratamento por um período de tempo adequado e manter continuidade são aspectos importantes. O adolescente e a família precisam ser incentivados a se manter em tratamento. Tratamentos que não têm controles eficazes de frequência e busca ativa têm baixa adesão e falham.
Princípio 13: É importante realizar testes para doenças sexualmente transmissíveis, principalmente HIV, hepatite B e hepatite C.
Qualquer serviço precisa desses ingredientes básicos. Nas próximas semanas, prosseguiremos essa discussão aprofundando dois assuntos: os diversos subgrupos de adolescentes usuários de drogas e as possibilidades de serviços para tratá-los.
Dr. Cláudio Jerônimo da Silva – psiquiatra e Diretor Técnico do UNAD
UNIAD
Adolescentes usuários de drogas não são todos iguais. As drogas de abuso também não. Existe um sem-número de possibilidades de combinação entre os diversos indivíduos adolescentes e as diversas drogas de abuso e as formas de usá-las.
Entender essa diversidade de diagnóstico é fundamental para não incorrer no risco de ser simplista e ingênuo ao achar que existe um tipo de tratamento único que atenda a todos os perfis e subgrupos de usuários. Existe o grupo dos usuários experimentais; dos usuários frequentes; dos usuários que tiveram problemas social, familiar e educacional; dos que têm suporte familiar; dos que não têm nenhum suporte etc.
Portanto, o leitor deve desconfiar de qualquer política que se proponha a resolver o problema de uso de drogas com ações simples e únicas. É preciso formar uma rede de proteção e tratamento que atenda o adolescente de forma integral: saúde física, psíquica, educação e proteção social; de preferência que isso seja feito no mesmo espaço e de forma integrada. Não adianta planejar a psicoterapia em um lugar, com o médico em outro endereço, o esporte em outro bairro. A logística complicada piora a adesão e os resultados.
A meta deve ser abstinência. Não existem, até o momento, pesquisas que mostrem que qualquer quantidade de droga – de qualquer droga, mesmo álcool e tabaco – seja segura para a saúde do adolescente.
Qual é o tipo de equipamento de saúde existente no Brasil, hoje, com essas características? Nenhum.
Os Centros de Assistência Psicossocial (CAPS) se propõem a realizar a assistência de saúde e suporte social utilizando os recursos existentes na comunidade. Mas as conexões com os diversos serviços de saúde, lazer, educação e sociais são frágeis e de logística de difícil execução, senão impraticáveis, principalmente para aquele grupo de pacientes cujas famílias já estão desagregadas e a figura do cuidador é frágil ou ausente.
É preciso então inovar e pensar em outro modelo que complemente os serviços dos CAPS. Não que substitua, e sim que complemente. Mas não podemos criar um modelo com base apenas no que acreditamos ou confiando em uma lógica teórica e idealizada. É preciso investir em modelos que sejam custo-efetivos, isto é, que sejam testados na prática e comparados com outros modelos para determinar a efetividade. E esses serviços precisam ter um valor que possa ser custeado pela sociedade. De nada adianta um serviço efetivo que custe tão caro que seja inviável. Assim como nossa conta bancária, os recursos públicos também são finitos.
Nos próximos posts,vou discorrer aqui sobre alguns modelos inovadores para o tratamento de adolescentes que encontram base em evidências científicas.
Hoje gostaria apenas de lembrar que é preciso ter uma gama de serviços e/ou que esses serviços sejam o mais completos e abrangentes possível, já que existem vários subgrupos de adolescentes usuários de drogas. Vou ainda descrever os princípios científicos que qualquer serviço para tratar adolescentes deve possuir. Esses princípios foram escritos com base em inúmeras pesquisas científicas, pelo National Institute on Drug Abuse(NIDA), instituto americano que congrega hoje o maior número de pesquisadores em dependência química do mundo e reúne recursos financeiros alocados na ordem do que é gasto com todas as pesquisas em todas as áreas do conhecimento aqui no Brasil. São 13 princípios descritos a seguir.
Princípio 1: O uso de substâncias psicoativas na adolescência precisa ser identificado e tratado o mais rápido possível.
Princípio 2: Os adolescentes usuários de substâncias psicoativas podem se beneficiar de uma intervenção para o uso de drogas mesmo que eles não sejam dependentes ainda.
Princípio 3: Consultas de rotina podem ser boas oportunidades para rastrear o uso de drogas na adolescência.
Princípio 4: Intervenções judiciais e pressão familiar desempenham importante papel na admissão e na manutenção do adolescente no tratamento.
Princípio 5: O tratamento deve ser adaptado às necessidades específicas de cada adolescente. O tratamento deve ser individualizado e um plano deve ser traçado com base nas necessidades específicas. Alguns precisarão de monitoramento do uso de droga, outros não. Alguns precisarão de medicamentos, outros não, e assim por diante.
Princípio 6: O tratamento deve atender às necessidades integrais dos adolescentes, e não apenas ter foco no uso de substância. É preciso pensar em educação, tratamento familiar etc. Não adianta manter o adolescente internado em um hospital por seis meses sem escola, por exemplo.
Princípio 7: Terapia comportamental é eficaz no tratamento do uso de drogas na adolescência. Os adolescentes respondem bem aos incentivos motivacionais, principalmente os reforços positivos, que recompensam comportamentos positivos, como a abstinência.
Princípio 8: Incluir a família e a comunidade é um aspecto importante do tratamento. A família é responsável pelo adolescente. Não é possível transferir essa responsabilidade para o Estado, para o médico, para o psicólogo, para a escola ou para o professor. Mas a família às vezes adoece junto e precisa ser incentivada e ajudada para que possa cumprir a responsabilidade de cuidar de seus adolescentes e seguir as orientações dos profissionais.
Princípio 9: Para que o tratamento seja efetivo, é importante identificar e tratar quaisquer outras condições de saúde mental que os adolescentes possam ter. Uma avaliação médica é muito importante. Existem doenças que tratadas melhoram muito o prognóstico.
Princípio 10: Questões sensíveis, como violência, abuso e risco de suicídio, devem ser pesquisadas, identificadas e tratadas em todos os adolescentes usuários de substância.
Princípio 11: É importante monitorar o uso de drogas durante o tratamento de adolescentes. Existem testes rápidos de urina ou de fio de cabelo, que ajudam nesse monitoramento.
Princípio 12: Permanecer em tratamento por um período de tempo adequado e manter continuidade são aspectos importantes. O adolescente e a família precisam ser incentivados a se manter em tratamento. Tratamentos que não têm controles eficazes de frequência e busca ativa têm baixa adesão e falham.
Princípio 13: É importante realizar testes para doenças sexualmente transmissíveis, principalmente HIV, hepatite B e hepatite C.
Qualquer serviço precisa desses ingredientes básicos. Nas próximas semanas, prosseguiremos essa discussão aprofundando dois assuntos: os diversos subgrupos de adolescentes usuários de drogas e as possibilidades de serviços para tratá-los.
Dr. Cláudio Jerônimo da Silva – psiquiatra e Diretor Técnico do UNAD
Pediatras intensificam campanhas de prevenção e combate ao uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas
Pediatras intensificam campanhas de prevenção e combate ao uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas
Surgiu.com
Com todas estas estatísticas, não é mais possível permanecer passivo assistindo o perigo cada vez mais próximo de crianças e adolescentes
Mais de 6 milhões de usuários de tabaco morrem ao dia em todo o mundo. No Brasil, cerca de 10% da população é fumante. O consumo de álcool e drogas ilícitas também ocupa lugar de destaque na imprensa: a ingestão de bebidas alcoólicas cresceu 31,1% no Brasil em seis anos, e já somos o maior mercado mundial de crack.
Com todas estas estatísticas, não é mais possível permanecer passivo assistindo o perigo cada vez mais próximo de crianças e adolescentes. Para a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), profissionais de saúde podem e devem fazer frente a esta preocupante realidade.
Segundo o dr. João Coriolano Rego Barros, segundo vice-presidente da SPSP e coordenador do Grupo de Prevenção e Combate ao Uso de Álcool, Tabaco e Drogas por Crianças e Adolescentes, o primeiro grande passo dessa luta é envolver o maior número de profissionais ligados aos cuidados de crianças e adolescentes, oferecendo a eles conhecimentos e atualização profissional suficientes para se aprofundar nesse luta.
Um dos projetos da SPSP com este propósito inclui a criação de um grupo de estudo voltado ao aprofundamento dos conhecimentos relativos às causas e consequências do uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas.
“É preciso oferecer mais informações aos especialistas sobre este assunto, pois esse conhecimento não faz parte da formação geral do pediatra. Este fato acaba dificultando o reconhecimento do problema durante uma consulta rotineira. Com o devido treinamento, será possível orientar os pediatras sobre a correta abordagem do assunto junto à criança, adolescente e família, reconhecendo o eventual uso de algum destas substâncias”, explica.
Diversos departamentos científicos da Sociedade já vêm sendo convidados a participar deste projeto, como os de Adolescência, Bioética, Emergências, Neonatologia, Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários, Pediatria Legal, Saúde Escolar, Saúde Mental e Segurança da Criança e do Adolescente, além da Diretoria de Relações Comunitárias.
Iniciativas de sucesso
Já estão instaladas no país diversas campanhas e projetos em prol da conscientização e combate ao uso de drogas e álcool, especialmente entre os mais jovens.
Um deles é o Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD, uma adaptação brasileira do programa norte-americano Drug Abuse Resistence Education (DARE), surgido em 1983.
O programa brasileiro foi implantado em 1992, pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, e hoje leva policiais militares às salas de aula de escolas públicas e privadas, para orientação e esclarecimento de dúvidas das crianças. Como resultado, um alto índice de satisfação entre alunos, pais e professores.
Este tipo de iniciativa é uma grande aliada no combate a tais substancias e deve ser incentivada, afirma o dr. Coriolano.
Prevenção
De acordo com o dr. Mário Roberto Hirschheimer, presidente da SPSP, como para qualquer doença, a prevenção é a melhor abordagem. Isso inclui o uso de álcool, tabaco e drogas.
“Procurar identificar os fatores predisponentes a esse agravo é um dos grandes desafios desse grupo, visando desenvolver ações e campanhas, com comprometimento dos profissionais que atuam com crianças e adolescentes e das famílias, antes que o mal ocorra.”
Alguns destes fatores estão sendo identificados, como o uso de álcool e drogas durante a gestação, a interrupção precoce do aleitamento materno e o enfraquecimento dos papéis e valores familiares de dar afeto, carinho e atenção que resulta em negligência no cuidar, educar e civilizar os filhos, explica o especialista.
“Também pretendemos estabelecer parcerias com Universidades, Secretarias e afins do Governo do Estado e dos Municípios, Ministério Público e Coordenadoria da Infância e Juventude da Justiça, buscando trilhar um caminho conjunto”, revela o dr. Coriolano.
“Projetos como este não são colocados em prática se não houver a união de diversas instituições. Assim, também buscamos colaboração e apoio de diversos setores da sociedade civil organizada para agregar valor à nossa causa, por meio da união de esforços.”
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Surgiu.com
Com todas estas estatísticas, não é mais possível permanecer passivo assistindo o perigo cada vez mais próximo de crianças e adolescentes
Mais de 6 milhões de usuários de tabaco morrem ao dia em todo o mundo. No Brasil, cerca de 10% da população é fumante. O consumo de álcool e drogas ilícitas também ocupa lugar de destaque na imprensa: a ingestão de bebidas alcoólicas cresceu 31,1% no Brasil em seis anos, e já somos o maior mercado mundial de crack.
Com todas estas estatísticas, não é mais possível permanecer passivo assistindo o perigo cada vez mais próximo de crianças e adolescentes. Para a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), profissionais de saúde podem e devem fazer frente a esta preocupante realidade.
Segundo o dr. João Coriolano Rego Barros, segundo vice-presidente da SPSP e coordenador do Grupo de Prevenção e Combate ao Uso de Álcool, Tabaco e Drogas por Crianças e Adolescentes, o primeiro grande passo dessa luta é envolver o maior número de profissionais ligados aos cuidados de crianças e adolescentes, oferecendo a eles conhecimentos e atualização profissional suficientes para se aprofundar nesse luta.
Um dos projetos da SPSP com este propósito inclui a criação de um grupo de estudo voltado ao aprofundamento dos conhecimentos relativos às causas e consequências do uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas.
“É preciso oferecer mais informações aos especialistas sobre este assunto, pois esse conhecimento não faz parte da formação geral do pediatra. Este fato acaba dificultando o reconhecimento do problema durante uma consulta rotineira. Com o devido treinamento, será possível orientar os pediatras sobre a correta abordagem do assunto junto à criança, adolescente e família, reconhecendo o eventual uso de algum destas substâncias”, explica.
Diversos departamentos científicos da Sociedade já vêm sendo convidados a participar deste projeto, como os de Adolescência, Bioética, Emergências, Neonatologia, Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários, Pediatria Legal, Saúde Escolar, Saúde Mental e Segurança da Criança e do Adolescente, além da Diretoria de Relações Comunitárias.
Iniciativas de sucesso
Já estão instaladas no país diversas campanhas e projetos em prol da conscientização e combate ao uso de drogas e álcool, especialmente entre os mais jovens.
Um deles é o Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD, uma adaptação brasileira do programa norte-americano Drug Abuse Resistence Education (DARE), surgido em 1983.
O programa brasileiro foi implantado em 1992, pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, e hoje leva policiais militares às salas de aula de escolas públicas e privadas, para orientação e esclarecimento de dúvidas das crianças. Como resultado, um alto índice de satisfação entre alunos, pais e professores.
Este tipo de iniciativa é uma grande aliada no combate a tais substancias e deve ser incentivada, afirma o dr. Coriolano.
Prevenção
De acordo com o dr. Mário Roberto Hirschheimer, presidente da SPSP, como para qualquer doença, a prevenção é a melhor abordagem. Isso inclui o uso de álcool, tabaco e drogas.
“Procurar identificar os fatores predisponentes a esse agravo é um dos grandes desafios desse grupo, visando desenvolver ações e campanhas, com comprometimento dos profissionais que atuam com crianças e adolescentes e das famílias, antes que o mal ocorra.”
Alguns destes fatores estão sendo identificados, como o uso de álcool e drogas durante a gestação, a interrupção precoce do aleitamento materno e o enfraquecimento dos papéis e valores familiares de dar afeto, carinho e atenção que resulta em negligência no cuidar, educar e civilizar os filhos, explica o especialista.
“Também pretendemos estabelecer parcerias com Universidades, Secretarias e afins do Governo do Estado e dos Municípios, Ministério Público e Coordenadoria da Infância e Juventude da Justiça, buscando trilhar um caminho conjunto”, revela o dr. Coriolano.
“Projetos como este não são colocados em prática se não houver a união de diversas instituições. Assim, também buscamos colaboração e apoio de diversos setores da sociedade civil organizada para agregar valor à nossa causa, por meio da união de esforços.”
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Reflexão diária 07-02-2014
Reflexão diária 07-02-2014
A verdadeira humildade e a mente aberta poderão nos conduzir à fé. Toda reunião de A.A. é uma segurança de que Deus nos levará de volta à sanidade, se soubermos nos relacionar corretamente com Ele.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES
Força, fé e esperança ,
Clayton Bernardes
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