Pesquisa mostra que o cigarro é pior do que se pensava Zero HoraPrincipal preocupação dos médicos é que nada disso sensibiliza os fumantespor
Foto: Benoit Tardif / The New York TimesUm novo estudo sobre a relação entre cigarro e morte tornou ainda mais nefasto o ato de fumar, embora sejam mínimas as chances de que essas informações convençam milhões de pessoas a abandoná-lo. Se elas não reagem à relação mais que bem estabelecida entre o fumo e as 21 doenças que, juntas, causam 480 mil mortes por ano somente nos Estados Unidos, acrescentar outras cinco enfermidades e mais 60 mil mortes a essa lista tende a não fazer diferença.— Os efeitos na saúde não são suficientes para diminuir o número de fumantes — afirma Brian Carter, especialista em saúde pública da Sociedade Norte-Americana de Câncer e autor da pesquisa.Entretanto, ele e os colegas que participaram do trabalho esperam que a publicação no New England Journal of Medicine faça com que os médicos sejam mais veementes ao tentar convencer os pacientes a acabar com o vício.Nos EUA, 90% dos fumantes começam antes dos 19 anos. A cada dia, quase 3,9 mil adolescentes experimentam o primeiro cigarro, sendo que metade está destinada a manter o hábito. Desses, quase 30% acabarão morrendo vítimas de alguma doença relacionada ao fumo — isso representa 5,6 milhões de jovens, hoje com menos de 18 anos, que vão morrer prematuramente por causa do cigarro.Muitos especialistas temem que a publicidade agressiva do cigarro eletrônico, o mais novo recurso para criar a dependência da nicotina, possa acabar garantindo um mercado robusto para a versão real nas próximas décadas. Não existem dados para estabelecer a segurança desse método em longo prazo, nem provas convincentes de que ajudem os fumantes a deixarem o hábito.Desde que o Surgeon General, principal órgão da saúde pública dos EUA, divulgou seu primeiro relatório sobre fumo e saúde, em janeiro de 1964, houve um tremendo progresso na redução do número de fumantes. Na época, 44% dos adultos fumavam — e praticamente em todo lugar. Hoje, são 18%. Só que essa redução vem diminuindo nos últimos anos, reforçando a crença de que, para acabar com o vício dos mais resistentes, será necessária a criação de novas estratégias.Por exemplo, a sugestão de aumentar os impostos dos cigarros sempre surge como opção eficaz, principalmente porque inibe os jovens de começar. Entretanto, o número de fumantes é maior entre os pobres: enquanto 17% dos norte-americanos na linha da pobreza — ou pouco acima dela — fumam, esse número sobe para 28% entre os que vivem abaixo desse nível. Desde 1997, a taxa de adultos fumantes caiu 27%, mas entre os mais pobres, apenas 15%.Possível relação de causa e efeitoMilhões de norte-americanos convivem com doenças crônicas causadas pelo cigarro, que reduzem sua produtividade e aumentam drasticamente os custos com a saúde. Embora doenças cardíacas, o acidente vascular cerebral (AVC), diabetes, doenças pulmonares crônicas e 12 tipos de câncer já estivessem relacionados ao vício, o novo estudo acrescentou a essa lista falência renal, bloqueio dos vasos sanguíneos intestinais, infecções, vários tipos de doenças respiratórias, hipertensão, câncer de mama e de próstata.Um estudo dessa natureza, que acompanhou cerca de um milhão de homens e mulheres de 2000 a 2011, não pôde provar que o fumo causa todos esses males, mas o fato de que o risco de desenvolvê-las cai em proporção ao número de anos que a pessoa parou de fumar sugere fortemente uma relação de causa e efeito.— Essas 60 mil mortes por ano adicionais também associadas ao fumo a partir dessa pesquisa representam o resultado de todas as vítimas de acidentes de carro, gripes e assassinatos juntos — afirmou Brian Carter.Ele acrescentou que as novas conclusões não são "incrivelmente surpreendentes", uma vez que o cigarro contém milhares de produtos químicos, muitos dos quais prejudicam a função imunológica. Ainda assim, afirmou que a morbidez associada ao fumo é muito maior que a mortalidade.Ao contrário da morte por doença causada pelo cigarro, que é um evento único, o desenvolvimento de uma doença crônica pelo mesmo motivo pode ter efeitos debilitantes durante décadas.— Fumar é o pior mal que alguém pode infligir à própria saúde. As pessoas subestimam a eficiência viciante do cigarro — afirma Carter.E cita o caso dos avós, que fumaram durante décadas e tentaram parar várias vezes, sem sucesso. Os dois sofreram de insuficiência coronária congestiva e enfisema antes de morrerem de gripe, aos 72 anos.Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
Embalagens de cigarro terão novo aviso sobre riscos de fumar
Folha de S. PauloEmbalagens de cigarro terão uma nova advertência sobre os riscos de fumar. O novo alerta, que aumenta o cerco ao tabagismo, foi aprovado nesta quinta-feira (2) pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).Com a mudança, cerca de 30% da parte da frente da embalagem deverá ser ocupada pela mensagem "Esse produto causa câncer. Pare de fumar, disque 136" –o número é uma referência ao sistema de ouvidoria do SUS.O novo modelo prevê que a frase seja escrita em letras brancas dentro de um fundo preto, e localizada logo abaixo da marca do produto. Hoje, maços de cigarro já possuem alertas na parte de trás da embalagem e em uma de suas laterais.A alteração nas embalagens já estava prevista no decreto que regulamenta a lei federal antifumo, que entrou em vigor em dezembro e proíbe fumar em lugares total ou parcialmente fechados. Faltava, no entanto, definir como seria o modelo e a mensagem.Fabricantes terão até dia 1º de janeiro de 2016 para se adaptarem às mudanças. A partir deste data, os produtos já devem ser comercializados com o novo alerta.A norma também proíbe qualquer tipo de invólucro que impeça ou dificulte a visualização da advertência.PUBLICIDADEA mudança atende uma antiga reivindicação de associações contra o tabagismo, para quem a parte da frente do maço têm sido usada pelas indústrias como forma de driblar as restrições e garantir a publicidade dos produtos nos pontos de venda."A advertência, quando somente em uma das faces [da embalagem], nunca é exposta pela indústria na hora de vender o produto", afirma Paula Johns, diretora da ACT+ (Aliança de Controle do Tabagismo).Ela lembra que a maioria dos outros países, como o Uruguai, Chile e Austrália, já possuem alertas em mais de um lado da embalagem. "Como temos essa brecha que permite a publicidade, é bom que o outro lado não fique tão limpinho só com a marca, como é atualmente", completa.Em nota, a Abifumo (Associação Brasileira da Indústria do Fumo) diz considerar que foi demorado o processo em definir o conteúdo da advertência adicional, "o que dificultará o cumprimento da obrigação legal" devido à "complexidade do processo de fabricação".E faz críticas à medida. Para a indústria, a medida pode fortalecer o mercado ilegal de cigarros, que corresponde a cerca de 30% do consumo no país, informa."Vale ressaltar que a inclusão desta nova advertência reduz ainda mais o espaço para a comunicação das marcas, uma vez que as outras três faces já são ocupadas por advertências e informações legais, em prejuízo do direito à informação do consumidor e da livre iniciativa", diz.IMAGENSAlém do novo modelo de advertência, a Anvisa pretende realizar um estudo para substituir as imagens que constam na parte de trás do maço de cigarros.A avaliação é que as atuais já são conhecidas do público e, assim, podem ter menos impacto. A previsão é que as mudanças ocorram até 2018.No ano passado, o órgão também chegou a fazer estudos de um modelo de maço de cigarros genérico, com uma cor única, sem elementos gráficos ou decorativos, tampouco textura ou relevo.A proposta previa ainda uma embalagem coberta por imagens e frases de advertência na maior parte da superfície. A sugestão, no entanto, não chegou a ser enviada ao Congresso –medida necessária para que a alteração pudesse ir adiante.Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Levantamento mostra presença do crack em 90% dos Municípios O crack e os problemas causados pelo tráfico da droga já chegou a 90% dos Municípios de Pernambuco, segundo dados cadastrados pelas próprias prefeituras no portal Observatório do Crack da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Dentre as cidades que enfrentam as taxas mais altas de consumo da droga, estão lugares como Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, no Grande Recife. No geral, o sistema desenvolvido pela Confederação mostra que Pernambuco não é exceção, e a maioria dos Municípios enfrenta problemas com a droga. Ao cadastrarem os dados locais da problemática, os gestores podem classificar o grau da situação. Assim, dentre as cidades que apresentam níveis preocupantes estão Vitória de Santo Antão e Ribeirão, na Zona da Mata, Pesqueira e Lajedo, no Agreste, e Serra Talhada, Ouricuri e Petrolândia, no Sertão do Estado. Alguns Municípios ainda não cadastram informações. No entanto, esses dados, que são usados nas pesquisas da CNM, podem ser coletados por meio de um questionário online disponível no hotsite Observatório do Crack. Além disso, os gestores também podem cadastrar as boas práticas de sua gestão, ressaltando as experiências de sucesso. As iniciativas voltadas a prevenção, ao tratamento ou a reinserção social podem ser usadas por outros gestores, com algumas adequações. Autor:OBID Fonte: Agência CNM
Blecaute ou amnésia alcoólica O consumo excessivo de álcool pode acarretar em um prejuízo na formação de memórias conhecido como “blecaute”. O blecaute alcoólico é definido como a incapacidade de lembrar-se de fragmentos ou períodos inteiros de eventos ocorridos enquanto se está acordado e bebendo. São períodos de amnésia durante os quais a pessoa realiza atividades como falar, caminhar, comer, praticar atividade sexual ou até mesmo se envolver em brigas, e o cérebro é incapaz de formar memórias de tais eventos.Diferente de quando a pessoa desmaia ou adormece por conta do consumo excessivo de álcool, durante períodos que ocasionam o blecaute a pessoa está acordada e, no momento da embriaguez, o indivíduo tem consciência dos seus atos, apesar de prejuízo importante no julgamento.Classifica-se a amnésia neste caso como anterógrada, pois a ingestão excessiva de álcool impossibilita a formação de memórias de novos eventos, ocorridos após a intoxicação, não causando prejuízo para o resgate de memórias anteriores a este momento. Pode ser dividida em dois tipos: quando há incapacidade de lembrar-se de fragmentos do período (mais comum) ou quando a pessoa é incapaz de lembrar-se de toda a ocasião na qual esteve bebendo, também conhecido como blecautes en bloc. Estima-se que ao menos 50% dos bebedores adultos já tiveram alguma forma de amnésia alcoólica.Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool
Num dia de verão...
Num dia de verão estava observando duas crianças brincando na praia.Elas trabalhavam muito, construindo um castelo de areia, com torres, passarelas e passagens internas.Quando estavam quase acabando, veio uma onda e destruiu tudo, reduzindo o castelo a um monte de areia e espuma.Achei que, depois de tanto esforço e cuidado, as crianças cairiam no choro.Mas tive uma surpresa!Em vez de chorar, correram pela praia, fugindo da água, rindo de mãos dadas e começaram a construir outro castelo.Compreendi que havia aprendido uma grande lição!Gastamos muito tempo da nossa vida construindo alguma coisa e, mais cedo ou mais tarde, uma onda poderá vir e destruir tudo o que levamos tanto tempo para construir.Mas quando isso acontecer, se isso acontecer, somente aquele que tem as mãos de alguém para segurar, será capaz de sorrir!!!"Só o que permanece é a amizade, o amor e o carinho... O resto é feito de areia!"
fonte: www.antidrogas.com.br
As bebidas alcoólicas e seus efeitos InfoNetos danos do uso inadequado do álcool Dados do Ministério da Saúde mostram que grande parte dos pacientes acompanhados em clínicas de saúde mental são alcoolistas e muitas das mortes em acidentes de trânsito tinham alcoolemia positiva (alto teor de álcool no sangue) da vítima ou do consumidor. Há uma relação causal entre o álcool e mais de 60 tipos de doenças. Ele é apontado como a causa de 20% a 30% dos cânceres de esôfago, pâncreas e fígado; cirrose; ataques epiléticos. Está sendo apontado também como um importante fator de vulnerabilidade para transmissão das Doenças Sexualmente Transmissíveis.O ÁLCOOL É UMA DROGAPor se tratar de uma droga liberada, algumas pessoas tentam minimizar o conceito de que o álcool seja uma droga. As bebidas alcoólicas são drogas, isto é, são substâncias que modificam o comportamento das pessoas, atuando não apenas no cérebro, como também em outros órgãos, causando danos às pessoas que consomem e também a sociedade.Por atuarem no cérebro, modificando o modo de sentir, pensar ou de se comportar, as bebidas alcoólicas são consideradas substâncias psicoativas, do grupo das depressoras, isto é, que provocam um funcionamento mais lento do organismo, afetando as diversas funções cerebrais. O efeito negativo do álcool para a saúde em geral pode estar associado a uma substância conhecida como acetaldeído – produto tóxico em que o álcool é transformado após ser digerido pelo organismo. O álcool também é uma considerada droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central, provocando uma mudança no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência.O ÁLCOOL PODE PROVOCAR A MORTEO álcool mata porque exerce efeito depressivo sobre o sistema nervoso central e "desliga" as áreas cerebrais que controlam a consciência, a respiração e os batimentos cardíacos, levando ao coma e à morte. Como o corpo é sábio, ele dá o alerta sobre esse risco iminente fazendo você se sentir mal e parar de beber. Pelo vômito, ele tenta jogar para fora o álcool antes que caia na corrente sanguínea. A intoxicação alcoólica grave provoca distúrbios metabólicos, como desidratação, hipotensão - a queda da pressão arterial - e arritmia, levando à parada cardíaca. Outro perigo mortal nesse quadro é a asfixia pelo vômito - no caso daqueles que apagam e, de tão intoxicados, não conseguem acordar.O ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS: UMA COMBINAÇÃO PERIGOSAEstudos mostram que o álcool é a substância mais frequentemente envolvida nas situações de uso múltiplo (usar álcool com crack, com energéticos, com maconha e outras drogas). Esse tipo de uso combinado traz ainda mais efeitos penosos para o organismo: os danos aos mecanismos cerebrais e a liberação de substâncias tóxicas se tornam ainda mais intensos. O uso de álcool é frequentemente empregado para prolongar ou intensificar os efeitos de outra droga. Outra função do álcool, relatada por pacientes, é a de combater os sintomas persistentes da ansiedade induzidos pela outra droga. O uso combinado de bebidas alcoólicas e os energéticos aumenta o perigo de consumir mais álcool mascarando os seus efeitos e dando uma falsa sensação de resistência ao álcool.OS EFEITOS SOCIAIS DO ÁLCOOLO consumo de álcool está ligado a diversas consequências para o indivíduo que o consome para aqueles que estão à sua volta e para a sociedade como um todo. Consequências como acidentes de trânsito, problemas no trabalho e com a família e violência interpessoal têm sido o foco de interesse e de atenção pública.O ÁLCOOL NO TRABALHONo trabalho, o consumo de bebidas alcoólicas pode, potencialmente, diminuir a produtividade. O absenteísmo (faltas ao trabalho) associado com o uso e dependência de álcool representa um alto custo para empregadores e para o Estado. É evidente a ligação entre o uso abusivo de álcool e desemprego, com uma relação causal sendo estabelecida em ambos os sentidos, ou seja, com o uso abusivo de bebidas alcoólicas levando ao desemprego e com a perda de trabalho resultando em consumo abusivo de bebidas alcoólicas. Muitos acidentes de trabalho são devidos ao consumo de álcool.O ÁLCOOL E A FAMÍLIAEm muitas famílias, jovens tiveram o primeiro contato com a bebida alcoólica na própria casa. O intuito dessas famílias ao dar bebida alcoólica aos menores é permitir que o jovem iniciasse o consumo em ambiente controlado da casa, mas isso parece ser um erro. O que eles fazem é autorizar que o adolescente comece a beber cada vez mais cedo. O ideal é retardar ao máximo o contato com a bebida. Os danos do álcool à família podem vir de diversas formas, seja pela saúde física e mental de seus membros, seja pela saúde financeira do lar. Vale salientar também o surgimento de violência no lar e os acidentes domésticos em decorrência do uso de álcool no contexto familiar.O ÁLCOOL E A SEXUALIDADEO álcool influencia no comportamento e desempenho sexual, favorecendo as situações de violência sexual. Estudos sobre fertilidade indicam que mesmo o consumo moderado das bebidas alcoólicas, pode diminuir a probabilidade de uma mulher engravidar. Nos homens, o consumo excessivo diminui a qualidade e quantidade de esperma. O uso do álcool é considerado como fator de risco para infecção das DST/HIV/AIDS, visto que pessoas que consomem bebidas alcoólicas em contextos nos quais praticam sexo, tendem a não utilizar preservativo nos atos sexuais, a trocar de parceiros com mais frequência, a ter parceiro casual e até praticar sexo em grupo.O ÁLCOOL E A VIOLÊNCIAA relação entre consumo de álcool e crime é reconhecida como um sério problema social em todo o mundo. O consumo inadequado de bebidas alcoólicas tem produzido efeitos prejudiciais em diversos setores da vida dos bebedores. São diversos fatores que levam ao crime, entretanto, a interface entre o consumo de bebidas alcoólicas e o comportamento violento ou agressivo, é bastante evidente. Além disso, o consumo inadequado de bebidas alcoólicas tem sido associado ao maior risco de reincidência criminal. De maneira geral, o álcool etílico está relacionado a 50% de todos os homicídios, 30% dos suicídios e das tentativas de suicídio e à maioria dos acidentes fatais de trânsito. Agressores e vítimas de crimes violentos frequentemente relatam consumo de álcool antes dos atos ilícitos, como estupro, roubos e homicídios. É importante lembrar de que, nos casos de violência sexual, as bebidas podem ser utilizadas pelos agressores como uma “desculpa” para a concretização do comportamento inadequado e ilícito. O agressor, atribuindo o comportamento inadequado ao uso do álcool, acaba por se eximir de qualquer responsabilidade ou culpa diante de seu comportamento sexualmente patológico já previamente existente.O ÁLCOOL E OS COMPORTAMENTOS ANTISSOCIAISO álcool, sendo depressor do sistema nervoso central, interfere no controle do comportamento exercido normalmente por centros inibitórios cerebrais, provocando desinibição e atitudes antissociais. A desinibição leva a pessoa a perder a vergonha de fazer coisas que até então, jamais seriam feitas quando sóbria. Cientistas descobriram que o álcool pode danificar a capacidade das pessoas de formar seu julgamento sobre uma determinada situação. Possivelmente, as pessoas sob o efeito do álcool não se incomodam com as implicações ou consequências das situações antissociais. Por exemplo, sóbrias, as pessoas não têm coragem de falar o que dizem quando estão embriagadas e se tornam até desagradáveis, dormem em locais inadequados e se envolvem em situações muito constrangedoras. Recentemente, o final da festa de um casamento da classe média-alta foi um cortejo pelas ruas do Bairro Atalaia com mini trio e muita bebida. Vários convidados e padrinhos de terno e gravata alcoolizados fizerem necessidades fisiológicas nas calçadas e postes, sem o mínimo de pudor e com a maior naturalidade, como se estivessem em suas residências e sem ninguém por perto. Jamais elas agiriam assim se estivessem sóbrias.Fonte: InfoNet
Dependência de crack é maior e mais prejudicial entre mulheres, diz estudo G1Série da EPTV, afiliada da Rede Globo, aborda o sofrimento das usuárias. Estudo revela que as mulheres usam em média 21 pedras de crack por dia.A dependência química é uma doença que atinge principalmente as mulheres. O índice do vício, principalmente do crack, é maior em comparação aos homens. Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), entre as mulheres é de 74%, enquanto o índice de homens é de 29%. A EPTV, afiliada da TV Globo, inicia nesta terça-feira (7) uma série especial sobre este drama vivido por milhares de brasileiros.O vício é um doença crônica que se multiplica. Na "cracolândia", região central de São Paulo (SP), os usuários andam por todos os lados consumindo a droga de dia ou de noite. Os homens são a maioria, mas o vício é maior entre as mulheres.No estado de São Paulo, as mulheres usam em média 21 pedras de crack por dia, e os homens, 13. O estudo da Unifesp foi realizado com 131 mulheres usuárias de crack durante 12 anos, e apontou que 60% delas foram assassinadas. A maioria das mortes acontecem nos primeiros cinco anos de uso da droga, e 10% das mulheres analisadas foram presas por crimes de roubo e homicídio.Em oito segundos o vapor do crack chega ao cérebro e desperta o prazer passageiro. Depois de cinco minutos o efeito passa. Tão grave quanto o efeito que a droga causa no organismo é o ambiente violento criado pelo crack.Segundo a psicóloga Laura Fracasso, o ambiente de violência e o uso de substâncias deixa a mulher muito fragilizada. "Não é só uma fragilidade orgânica, de debilidade física, mas também social, porque temos ainda muito forte o preconceito contra a mulher usuária de droga", afirma.Em Campinas (SP), uma usuária de 32 anos e mãe de quatro filhos tem a calçada como casa e afirma que usa a pedra quase todos os dias. Outra usuária, com 23 anos e três filhos, a jovem também não tem casa e para comer depende de doação.Um mulher, que prefere não ser identificada, luta contra o vício e está internada a um mês em uma clínica. "Eu tinha 14 para 15 anos quando conheci o álcool, com a turminha eu conheci a maconha, depois a cocaína, e depois infelizmente eu conheci o crack. Foi a destruição", relata a dependente.No Centro de Campinas, a comerciante Edneia Silva Sene e mãe de oito filhos, perdeu tudo por cauda da dependência de crack, inclusive a auto-estima. "Um cachorro tem mais valor do que eu", conta chorando. "É mais forte do que a gente, quando eu fico uns dias sem, eu fico doente, fico mal, não consigo nem sair do lugar. Eu não aguento mais essa vida", diz Edneia.Ela apela por ajuda."Me ajudem, eu preciso sair dessa, voltar para a sociedade, eu tenho boas referências, nunca fui presa, as pessoas não me tratam com carinho como antigamente", conta a usuária.Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)