quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Conheça os métodos mais eficazes para a prevenção às drogas ...

Prevenção

Muito se tem feito nos últimos tempos para que as pessoas se previnam contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou ilegalmente, para que elas sejam usadas. O resultado final é que as pessoas estão consumindo cada vez mais drogas.
Usar drogas, significa em primeira instância, buscar prazer. É muito difícil lutar contra o prazer, porque foi ele que sempre norteou o comportamento dos seres vivos para se autopreservarem e perpetuarem sua espécie. A droga provoca o prazer que engana o organismo, que então passa a querê-lo mais, como se fosse bom. Mas o prazer provocado pela droga não é bom, porque ele mais destrói a vida do que ajuda na sobrevivência. A prevenção tem de mostrar a diferença que há entre o que é gostoso e o que é bom.
Todo usuário e principalmente sua família têm arcado com as consequências decorrentes desse tipo de busca de prazer.
Pela disposição de querer ajudar outras pessoas, parte da sociedade procura caminhos para previnir o maior mal evitável deste final de milênio.

Caminhos disponíveis

1. Do medo - Os jovens não se aproximarão das drogas se as temerem. Para se criar o medo, basta mostrar somente o lado negativo das drogas. Pode funcionar para crianças enquanto elas acreditarem no adultos.

2. Das informações científicas - Quanto mais alguém souber sobre as drogas, mais condições terá para decidir usá-las ou não. Uma informação pode ser trocada por outra mais convincente e que atenda aos interesses imediatos da pessoa.

3. Da legalidade - Não se deve usar drogas porque elas são ilegais. Mas e as drogas legais? E todas as substâncias adquiridas livremente que podem ser transformadas em drogas?

4. Do princípio moral - A droga fere os princípios éticos e morais. Esses valores entram em crise exatamente na juventude.

5. Do maior controle da vida dos jovens - Mais vigiados pelos pais e professores, os jovens teriam maiores dificuldades em se aproximar das drogas. Só que isso não é totalmente verdadeiro. Não adianta proteger quem não se defende.

6. Do afeto - Quem recebe muito amor não sente necessidade de drogas. Fica aleijado afetivamente que só recebe amor e não o retribui. Droga é usufruir prazer sem ter de devolver nada.

7. Da auto-estima - Quem tem boa auto-estima não engole qualquer "porcaria". Ocorre que algumas drogas não são consideradas "porcarias", mas "aditivos" para curtir melhor a vida.

8. Do esporte - Quem faz esporte não usa drogas. Não é isso o que a sociedade tem presenciado. Reis do esporte perdem sua majestade devido às drogas.

9. Da união dos vários caminhos - É um caminho composto de vários outros, cada qual com sua própria indicação. Cada jovem escolhe o mais adequado para si. Por enquanto, é o que tem dado os resultados mais satisfatórios.

10. Da Integração relacional - Contribuição para enriquecer o caminho 9. Nesse trajeto, o jovem é uma pessoa integrada consigo mesmo (corpo e psique), com as pessoas com as quais se relaciona (integração social) e com o ecossistema (ambiente), valorizando a disciplina, a gratidão, a religiosidade, a ética e a cidadania.
(Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição)


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Frases para reflexão...

... "Violência gera violência, os fracos julgam e condenam, porêm os fortes perdoam e compreendem." (Augusto Cury)

... "Construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: Não tenho medo de vivê-la." (Augusto Cury)

... "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena." (Fernando Pessoa)

... "Digno de admiração é aquele que tendo tropeçado ao dar o primeiro passo, levanta-se e segue em frente." (Carlos Fox)

... "Um punhado de paciência vale mais do que um barril de talentos." (Provérbio holandês)

Conheça um pouco mais sobre os Anabolizantes...

Anabolizantes 

Os esteróides anabolizantes, mais conhecidos apenas com o nome de anabolizantes, são drogas relacionadas ao hormônio masculino Testosterona fabricado pelos testículos. Os anabolizantes possuem vários usos clínicos, nos quais sua função principal é a reposição da testosterona nos casos em que, por algum motivo patológico, tenha ocorrido um déficit.
Além desse uso médico, eles têm a propriedade de aumentar os músculos e por esse motivo são muito procurados por atletas ou pessoas que querem melhorar a performance e a aparência física. Segundo especialistas, o problema do abuso dessas drogas não está com o atleta consagrado, mas com aquela "pessoa pequena que é infeliz em ser pequena". Esse uso estético não é médico, portanto é ilegal e ainda acarreta problemas à saúde.
Os esteróides anabolizantes podem ser tomados na forma de comprimidos ou injeções e seu uso ilícito pode levar o usuário a utilizar centenas de doses a mais do que aquela recomendada pelo médico. Freqüentemente, combinam diferentes esteróides entre si para aumentar a sua efetividade. Outra forma de uso dessas drogas, é toma-las durante 6 a 12 semanas, ou mais e depois parar por várias semanas e recomeçar novamente.
No Brasil não se tem estimativa deste uso ilícito, mas sabe-se que o consumidor preferencial está entre 18 a 34 anos de idade e em geral é do sexo masculino.
Nos USA, em 1994, mais de um milhão de jovens já tinham feito uso de esteróides anabolizantes.
No comércio brasileiro, os principais medicamentos à base dessas drogas e utilizados com fins ilícitos são: Androxon® Durateston®, Deca-Durabolin®. Porém, além desses, existem dezenas de outros produtos que entram ilegalmente no país e são vendidos em academias e farmácias. Muitas das substâncias vendidas como anabolizantes são falsificadas e acondicionadas em ampolas não esterilizadas, ou misturadas a outras drogas.
Alguns usuários chegam a utilizar produtos veterinários à base de esteróides, sobre os quais não se tem nenhuma idéia sobre os riscos do uso em humanos.

Efeitos adversos
Alguns dos principais efeitos do abuso dos esteróides anabolizantes são: tremores, acne severa, retenção de líquidos, dores nas juntas, aumento da pressão sangüínea, DHL baixo (a forma boa do colesterol), icterícia e tumores no fígado. Além desses, aqueles que se injetam ainda correm o perigo de compartilhar seringas e contaminar-se com o vírus da Aids ou hepatite.

Outros efeitos
Além dos efeitos mencionados, outros também graves podem ocorrer:
No homem: os testículos diminuem de tamanho, a contagem de espermatozóides é reduzida, impotência, infertilidade, calvície, desenvolvimento de mamas, dificuldade ou dor para urinar e aumento da próstata.
Na mulher: crescimento de pêlos faciais, alterações ou ausência de ciclo menstrual, aumento do clitóris, voz grossa, diminuição de seios.
No adolescente: maturação esquelética prematura, puberdade acelerada levando a um crescimento raquítico.
O abuso de anabolizantes pode causar ainda uma variação de humor incluindo agressividade e raiva incontroláveis que podem levar a episódios violentos. Esses efeitos são associados ao número de doses semanais utilizadas pelos usuários.
Usuários, freqüentemente, tornam-se clinicamente deprimidos quando param de tomar a droga. Um sintoma de síndrome de abstinência que pode contribuir para a dependência.
Ainda podem experimentar um ciúme patológico, extrema irritabilidade, ilusões, podendo ter uma distorção de julgamento em relação a sentimentos de invencibilidade, distração, confusão mental e esquecimentos.
Atletas, treinadores físicos e mesmo médicos relatam que os anabolizantes aumentam significantemente a massa muscular, força e resistência. Apesar dessas afirmações, até o momento não existe nenhum estudo científico que comprove que essas drogas melhoram a capacidade cardiovascular, agilidade, destreza ou performance física.
Devido a todos esses efeitos o Comitê Olímpico Internacional colocou 20 esteróides anabolizantes e compostos relacionados a eles, como drogas banidas, ficando o atleta que fizer uso deles sujeito a duras penas.
Os principais esteróides anabolizantes são: oximetolona, metandriol, donazol, fluoximetil testosterona, mesterolona, metil testosterona, sendo os mais utilizados no Brasil a Testosterona e Nandrolona.
Fonte: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - CEBRID

Álcool e atividades físicas


 

A relação entre atividades físicas e álcool é discutida há muito tempo e comumente observamos notícias sobre o uso dessa substância por atletas profissionais.

Alguns aspectos importantes devem ser observados, e o primeiro é que bebidas alcoólicas podem gerar aumento de peso. Elas fornecem uma quantidade importante de calorias, apesar de não fornecer nutrientes (proteínas, vitaminas ou minerais) - por este motivo são chamadas de “calorias vazias”. Cada grama de álcool puro fornece 7 calorias; porém, o total de calorias nas bebidas alcoólicas varia amplamente de acordo com o tipo da bebida (saiba mais aqui). Por exemplo, 1 lata de cerveja possui quantidade de calorias aproximadamente equivalente a 1 barra de 30g de chocolate ou a 1 unidade de pão francês.

Outra questão refere-se à influência negativa que o consumo de álcool pode causar na performance dos atletas. O processamento de informações e, portanto, uma ampla variedade de habilidades psicomotoras são prejudicadas, tais como tempo de reação, precisão, equilíbrio, coordenação complexa e a capacidade de tomar de decisões mais rápidas e racionais. Em esportes que envolvem rápida mudança de estímulos, o desempenho será ainda mais prejudicado.

Ainda, dados da literatura científica envidenciam que ingerir álcool pode levar à diminuição do uso de glicose e aminoácidos pelos músculos, interferindo no depósito de energia e no metabolismo durante o exercício. Sabe-se também que o álcool tem propriedades inflamatórias, podendo prejudicar a disponibilidade de nutrientes e diminuir a secreção de hormônio do crescimento.

Por outro lado, existem evidências que a atividade física pode atenuar os efeitos do álcool (estudos mostraram que as mitocôndrias, que são as unidades celulares responsáveis pela produção de energia, aumentaram sua capacidade de metabolizar o álcool em pessoas que praticavam exercícios), e reduzir seus efeitos oxidantes.

Cabe lembrar que muitos atletas de provas longas fazem uso posterior de medicamentos como anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares, e alguns de seus componentes, como o paracetamol, não devem ser consumidos concomitantemente com álcool pelos potenciais efeitos tóxicos para o fígado. Ainda, uma série de anti-inflamatórios não esteroidais (ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e naproxeno) expõem a mucosa do estômago a efeitos adversos potencialmente graves, assim como álcool, o que implica em risco ainda maior quando usados ao mesmo tempo.

Para fins de efeitos psicoativos e métricas, os tipos de bebida não diferem entre si quando usados volumes com quantidade de álcool equivalente (330 ml de cerveja, 100 ml de vinho ou30 ml de destilado possuem a mesma quantidade de álcool puro: 10 a 12 g – veja mais aqui). Alguns estudos apontam para efeitos particulares com relação à cerveja, com ou sem álcool, por conter antioxidantes da fermentação (polifenois) e poder colaborar na reidratação pós exercícios físicos. Por exemplo, um estudo verificou que o consumo de 1 a 1,5 L de cerveja sem álcool por maratonistas ao longo de três semanas antes da corrida reduziu a inflamação e problemas decorrentes da prova.

Apesar do álcool fazer parte de relações sociais saudáveis há milhares de anos, o atleta que almeja atingir grandes resultados tende a se beneficiar por restringir seu consumo. De acordo com o documento intitulado “Self-help strategies for cutting down or stopping substance use: a guide (2010)”, da Organização Mundial de Saúde, não existe um nível seguro para o consumo de álcool. Se a pessoa bebe, há risco de problemas de saúde e outros, especialmente se bebe mais de 2 doses* por dia e não deixa de beber pelo menos dois dias na semana..

Por fim, na relação entre álcool e esporte, outro ponto de vista que interessa particularmente aos profissionais de saúde, familiares e demais envolvidos com pacientes com transtornos por uso de álcool é o benefício complementar que a prática de atividade física tem no tratamento - estudo indicou que exercícios moderados colaboram com a recuperação de dependentes, diminuindo o número de recaídas e de episódios de uso nocivo.

*A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que uma unidade de bebida ou dose padrão contém aproximadamente de 10 g a 12 g de álcool puro, o equivalente a uma lata de cerveja (330 ml) ou uma dose de destilados (30 ml) ou ainda a uma taça de vinho (100 ml).
Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool

sábado, 16 de janeiro de 2016

Saiba mais sobre os Males do Crack...

Crack

Leva 10 segundos para fazer o efeito, gerando euforia e excitação; respiração e batimentos cardíacos acelerados, seguido de depressão, delírio e "fissura" por novas doses. "Crack" refere-se à forma não salgada da cocaína isolada numa solução de água, depois de um tratamento de sal dissolvido em água com bicarbonato de sódio. Os pedaços grossos secos têm algumas impurezas e também contêm bicarbonato. Os últimos estouram ou racham (crack) como diz o nome.
Cinco a sete vezes mais potente do que a cocaína, o crack é também mais cruel e mortífero do que ela. Possui um poder avassalador para desestruturar a personalidade, agindo em prazo muito curto e criando enorme dependência psicológica. Assim como a cocaína, não causa dependência física, o corpo não sinaliza a carência da droga.
As primeiras sensações são de euforia, brilho e bem-estar, descritas como o estalo, um relâmpago, o "tuim", na linguagem dos usuários. Na segunda vez, elas já não aparecem. Logo os neurônios são lesados e o coração entra em descompasso (de 180 a 240 batimentos por minuto). Há risco de hemorragia cerebral, fissura, alucinações, delírios, convulsão, infarto agudo e morte.
O pulmão se fragmenta. Problemas respiratórios como congestão nasal, tosse insistente e expectoração de mucos negros indicam os danos sofridos.
Dores de cabeça, tonturas e desmaios, tremores, magreza, transpiração, palidez e nervosismo atormentam o craqueiro. Outros sinais importantes são euforia, desinibição, agitação psicomotora, taquicardia, dilatação das pupilas, aumento de pressão arterial e transpiração intensa. São comuns queimaduras nos lábios, na língua e no rosto pela proximidade da chama do isqueiro no cachimbo, no qual a pedra é fumada.
O crack induz a abortos e nascimentos prematuros. Os bebês sobreviventes apresentam cérebro menor e choram de dor quando tocados ou expostos à luz. Demoram mais para falar, andar e ir ao banheiro sozinhos e têm imensa dificuldade de aprendizado.

O caminho da droga no organismo

Do cachimbo ao cérebro

1. O crack é queimado e sua fumaça aspirada passa pelos alvéolos pulmonares
2. Via alvéolos o crack cai na circulação e atinge o cérebro
3. No sistema nervoso central, a droga age diretamente sobre os neurônios. O crack bloqueia a recaptura do neurotransmissor dopamina, mantendo a substância química por mais tempo nos espaços sinápticos. Com isso as atividades motoras e sensoriais são superestimuladas. A droga aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca. Há risco de convulsão, infarto e derrame cerebral
4. O crack é distribuído pelo organismo por meio da circulação sanguínea
5. No fígado, ele é metabolizado
6. A droga é eliminada pela urina

Ação no sistema nervoso

Em uma pessoa normal, os impulsos nervosos são convertidos em neurotransmissores, como a dopamina (1), e liberados nos espaços sinápticos. Uma vez passada a informação, a substância é recapturada (2). Nos usuários de crack, esse mecanismo encontra-se alterado.
A droga (3) subverte o mecanismo natural de recaptação da substância nas fendas sinápticas. Bloqueado esse processo, ocorre uma concentração anormal de dopamina na fenda (4), superestimulando os receptores musculares - daí a sensação de euforia e poder provocada pela droga. A alegria, entretanto, dura pouco. Os receptores ajustam-se às necessidades do sistema nervoso. Ao perceber que existem demasiados receptores na sinapse, eles são reduzidos. Com isso as sinapses tornam-se lentas, comprometendo as atividades cerebrais e corporais

O crack nasceu nos guetos pobres das metrópoles, levando crianças de rua ao vício fácil e a morte rápida. Agora chega à classe média, aumentando seu rastro de destruição

Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição
Fonte: Globo Ciência/1996 Ano 5 nº 58

Sessão de fumo por narguilé equivale a alcatrão de 25 cigarros, diz estudo


 


O bocal e o frasco de um conjunto de narguilé típico de Amã, na Jordânia (Foto: Jan Krömer/CC)

Dispositivo que canaliza tabaco pela água não detém substâncias nocivas. ´Xixa` tem 2,5 vezes a nicotina e 10 vezes o monóxido de carbono do cigarro.
G1 em São Paulo

Uma única sessão de fumo por narguilé -- dispositivo que mistura fumaça a vapor fazendo-a passar por um frasco de água -- equivale em média ao consumo do alcatrão de 25 cigarros, conclui um novo estudo.

Popular no Sul da Ásia, no Oriente Médio e no Norte da África, -- conhecido também pelo nome de ´xixa` -- o dispositivo tem ganhado popularidade no Ocidente. Médicos e sanitaristas acham preocupante, porém, que muitas pessoas não fumantes têm experimentado narguilé com a percepção de que é menos nocivo que o cigarro.

Normalmente usado para consumo de tabaco aromatizado, porém, o dispositivo não é capaz de filtrar a fumaça, e acaba incorrendo em um consumo maior de algumas substâncias presentes no tabaco.
Além do alcatrão extra, uma sessão de narguilé equivale a 2,5 vezes a nicotina de um cigarro, e cerca de 10 vezes o monóxido de carbono.

Esses números foram extraídos de uma análise que avaliou 542 artigos científicos publicados sobre a xixa. O grupo acabou se concentrando nos 17 trabalhos mais relevantes, que de fato tinham dados para estimar a concentração de substâncias tóxicas envolvidas no consumo do produto.

Hábito e vício

"Nossos resultados mostram que o fumo de tabaco por narguilé implica preocupações de saúde reais e deveria ser monitorado mais de perto do que é hoje", afirmou Brian Primack, sanitarista da Universidade de Pittsburgh (EUA) que liderou o trabalho. O estudo foi publicado na revista médica "Public Health Reports".

Segundo o pesquisador, porém, apesar das comparações feitas com o tabaco de cigarros, ainda é difícil avaliar se o hábito de usar o narguilé é pior. Um fumante compulsivo tipicamente consome mais de 20 cigarros por dia, enquanto um usuário frequente de narguilé não costuma chegar a tanto.

"As estimativas às quais chegamos não nos dizem exatamente o que é pior", declarou Primack, em comunicado à imprensa. "Elas sugerem, porém, que usuários de narguilé são expostos a muito mais substâncias tóxicas do que eles provavelmente acham que são."

O narguilé está se tornando uma preocupação maior de saúde pública nos EUA porque tem ganhado popularidade entre adolescentes. Pela primeira vez, os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA registraram um uso de xixa mais disseminado que o de cigarros entre estudantes do ensino médio, apesar de muitos o usarem só ocasionalmente.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas



Estresse e longas jornadas tornam profissional mais vulnerável a drogas


 


UOL - Mulher - Comportamento
A partir de março, motoristas profissionais terão de passar por exames toxicológicos

A combinação de longas jornadas de trabalho e excesso de pressão tem tornado alguns profissionais mais suscetíveis ao abuso de drogas, legais ou não. É o que constatam estudos como o da bióloga Daniele Mayumi, que realizou testes toxicólogos em 1.316 caminhoneiros parados pela Polícia Rodoviária Federal nas estradas paulistas, entre os anos de 2008 e 2012.

A pesquisadora, especialista do Laboratório de Toxicologia do Departamento de Medicina Legal da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), encontrou drogas em 7,8% das amostras de urina coletadas, principalmente maconha, anfetamina e cocaína. "Outras três que também apareceram nas amostras foram morfina, metanfetamina e benzodiazepínicos", diz Daniele.

"O consumo da maconha é feito para relaxar, nos momentos de descanso. Já o uso de drogas estimulantes (como cocaína e anfetaminas) ocorre com o propósito de mantê-los acordados e dirigindo por mais horas seguidas sem descanso, a fim de cumprir as entregas em um menor período de tempo", diz Daniele. Esse foi o caso do caminhoneiro Lucas*, 40, de Minas Gerais. Ele diz que usou "rebite" durante três anos e não tinha dificuldade em encontrar a droga. "Muitos frentistas, bares e restaurantes à beira da estrada vendem."

A situação é tão grave que motivou o Ministério do Trabalho e Previdência a publicar no Diário Oficial da União (em 16 de novembro de 2015) uma portaria regulamentando a realização dos exames toxicológicos antes da contratação de motoristas profissionais de ônibus e caminhões. A norma entra em vigor em 2 de março de 2016.

Médicos doentes

Não são apenas os caminhoneiros que recorrem às drogas para suportarem à dura rotina de trabalho. Outra categoria bastante vulnerável à dependência química é a dos profissionais de saúde, pelo fácil acesso a todo tipo de medicamentos, segundo um estudo publicado por médicos do Grupo Interdisciplinar de Estudos em Álcool e Drogas (GREA), da Faculdade de Medicina da USP, em 2012.

A técnica de enfermagem Clarice*, 37, de Minas Gerais, foi uma dessas profissionais que viveu o drama da dependência química. Ela começou a usar um analgésico fortíssimo, que lhe dava condições de suportar os longos plantões do hospital onde trabalhava. "No início me ajudou muito, pois aumentou minha produtividade. Trabalhava em média 36 horas sem sentir cansaço. Com o decorrer do tempo, perdi o controle sobre a quantidade que consumia, o que me levou a usar cada vez mais", conta Clarice.

Dos remédios, a técnica de enfermagem passou para a maconha e, depois, para a cocaína e o crack. "Perdi o emprego, minha família e até a guarda da minha filha. Quando me vi morando praticamente na rua, decidi parar", diz Clarice.

A técnica de enfermagem precisou enfrentar várias internações até a superação do vício e, hoje, procura conscientizar outras pessoas: "Gostaria de dizer a todo mundo que passa por isso que não vale a pena, pois, mesmo que tenhamos um bom rendimento no trabalho, a droga sempre nos tirará tudo."

Do vício à ajuda

Felipe Andrade, 30, coordenador terapêutico em uma clínica de dependência química de Belo Horizonte, conhece os danos causados pelo uso de drogas por experiência própria. Antes de se tornar terapeuta, foi empresário do setor de calçados, vivendo uma rotina de trabalho que começava as seis da manhã e só terminava às 11 da noite.

O consumo de álcool e crack era o jeito que encontrava para fugir da jornada estafante. "Acabei perdendo o controle da minha vida, não tinha horário para dormir, para comer, responsabilidade ou disciplina", diz Felipe. Ele viveu nesse ritmo entre os 20 e os 23 anos.

Ao vencer o vício, a experiência de retomar o controle sobre a própria vida foi tão marcante que lhe determinou novos rumos profissionais: tornou-se terapeuta. "Ter conhecido algo que foi destruidor na minha vida me capacitou a ajudar outras pessoas", diz o ex-empresário.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas