quarta-feira, 23 de março de 2016

Largar cigarro de repente é mais fácil do que redução gradual, diz estudo

Largar cigarro de repente é mais fácil do que redução gradual, diz estudo   
 



(Foto: Patrik Stollarz/AFP)
G1
Redução gradual dificulta tentativa de cessar o tabagismo, sugere estudo

Pessoas que deixam de fumar de repente têm mais chance de obter sucesso na tentativa de largar o cigarro do que aquelas que reduzem o consumo de tabaco gradualmente, afirma um novo estudo.

"Para muitas pessoas, a maneira mais óbvia de largar o fumo parece ser reduzindo gradualmente, até parar", afirma Nicola Lindson-Hawley, pesquisadora da Universidade de Oxford (Reino Unido), autora do estudo.

"Com o tabagismo, porém a norma é aconselhar as pessoas a pararem tudo de uma vez, e nosso estudo encontrou apoio para tal", afirmou. "O que descobrimos é que mais pessoas conseguiram parar quando deixaram de fumar de uma vez do que tentando reduzir a dose gradualmente para tentar parar."

A pesquisa da cientista acompanhou quase 700 fumantes adultos divididos em dois grupos: um tentaria largar o cigarro de maneira abrupta, outro de maneira gradual. Cada pessoa determinava um prazo para zerar o consumo de cigarro, dentro de até duas semanas, e tinha encontros com uma enfermeira uma vez por semana.

Metade das pessoas preferiram a redução gradual, um terceiro preferiu o corte brusco, e o restante não manifestou preferência de estratégia antes de o estudo começar. A preferência pessoal não foi levada em conta pelos cientistas na hora de designar que tipo de estratégia (brusca ou gradual) cada voluntário teria de adotar.

Nicotina de substituição

No grupo gradual, a enfermeira criou uma agenda de redução para os participantes cortarem 75% dos cigarros ao longo de duas semanas, antes da data limite para deixar o cigarro. Forneceram a eles também adesivos de nicotina, além de outros substitutos. Os voluntários poderiam escolher entre um chiclete de reposição de nicotina, um spray nasal, tabletes sublinguais, inalador ou spray bucal durante o período de redução.

No grupo de corte abrupto, os participantes também receberam adesivos de nicotina de 21 mg por dia, já que há alguma evidência de que isso aumentava as chances de sucesso da interrupção. Os voluntários não tiveram acesso a produtos de ação curta, e podiam fumar como sempre fizeram até a data da interrupção.

Quatro semanas após o dia em que o prazo se encerrou, 40% do grupo que tentou abandonar o cigarro gradualmente ainda conseguia se manter longe do fumo. Entre aqueles que passaram por um corte abrupto, 49% mantiveram abstinência por esse período. Aqueles que disseram preferir uma mudança gradual antes de o estudo começar eram, no geral, menos propensos a obter sucesso até aquele ponto.

Seis meses depois, apenas 15% do grupo gradual conseguiu manter a decisão, contra 22% do grupo abrupto. O resultado foi descrito em estudo na revista médica "Annals of Internal Medicine".
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

sábado, 19 de março de 2016

Chá de ayahuasca pode, sim, causar psicose e até matar

Chá de ayahuasca pode, sim, causar psicose e até matar 
 


Veja - Por: Giulia Vidale
O consumo do chá teria contribuído para a morte do neto de Chico Anysio. Especialistas ouvidos pelo site de VEJA explicam que a substância é alucinógena e, como qualquer outra droga com esse efeito, pode causar distúrbios psiquiátricos permanentes e até matar

Rian Brito, neto de Chico Anysio, foi encontrado morto em uma praia do Rio de Janeiro. Segundo seus pais, o rapaz passou a apresentar distúrbios psiquiátricos após consumir chá de ayahuasca em reuniões da seita Porta do Sol(Reprodução/Facebook)

Recentemente, Brita Brazil e Nizo Neto - filho de Chico Anysio - atribuíram a morte do filho Rian Brito ao chá de ayahuasca. De acordo com a família, o rapaz teria mudado muito após tomar a bebida.

"Começou com uma questão espiritual. Ele logo entrou num delírio que tinha uma missão e que para essa missão não podia comer. Consumindo o mínimo para sobreviver, chegou a pesar 45 quilos. Existe o Rian antes e depois da ayahuasca, embora ele só tenha tomado quatro doses. Com toda certeza foi uma coisa que o levou a esse final. Três psiquiatras também fizeram essa afirmação", disse Nizo Neto, em entrevista ao site Ego.

O chá de ayahuasca ou Santo Daime, como é conhecido, é uma bebida alucinógena feita a partir de uma combinação de duas plantas amazônicas: o cipó jagube e o arbusto chacrona. Embora seja considerado um alucinógeno, seu uso em cultos religiosos como o Santo Daime , Porta do Sol (frequentada por Rian), Céu de Maria (fundada pelo cartunista Glauco e onde seu assassino, Carlos Eduardo,consumia a bebida) e União do Vegetal é permitido no Brasil pelo Conselho Nacional de Políticas sobre Droga (Conad).

Apesar da liberação, o Conad impõe algumas regras para o consumo do chá: pessoas com histórico de transtornos mentais ou sob efeito de bebidas alcoólicas ou outras substâncias psicoativas estão proibidas de ingerir a droga. Também é obrigatório que as seitas do Daime "exerçam rigoroso controle sobre o sistema de ingresso de novos adeptos".

Para Ronaldo Laranjeira, professor titular de psiquiatria da Unifesp, essa autorização é bastante problemática. Segundo ele, os integrantes da seita não têm capacidade para discriminar quem pode ou não ingerir a substância sem apresentar problemas. Além disso, como acontece com o uso de qualquer outra droga, não é possível afirmar quem vai ficar psicótico ou, caso já tenha algum problema mental, quem vai piorar.

"O grande problema dessa resolução é que não é possível prever quem terá problemas psiquiátricos após beber o chá ou quem ficará viciado. Claro que algumas pessoas, por seu histórico médico ou familiar, já têm predisposição, mas qualquer um pode ser afetado. É uma questão de genética e vulnerabilidade sobre a qual ainda não temos um conhecimento sólido", afirma o psiquiatra.

A combinação de plantas e ervas do líquido espesso e amarronzado contém DMT (n-dimetiltriptamina) e inibidores da monoamina oxidase. Essas substâncias agem no sistema nervoso central promovendo visões psicodélicas e euforia. Seus usuários acreditam que o chá proporciona iluminações transcendentais.
"A ideia é promover uma comunhão com a natureza, uma união com o universo. O efeito alucinógeno altera a percepção sensorial de todos os sentidos permitindo aos usuários essa sensação de fazer de parte um todo no universo", explica Analice Gigliotti chefe do Setor de Dependência Química da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro e diretora da clínica psiquiátrica Espaço Clif.

Embora o chá de ayahuasca possa desencadear surtos psicóticos em qualquer indivíduo, alguns grupos são considerados de risco, como pessoas com depressão, transtorno bipolar e esquizofrenia. "As substâncias presentes no chá, como o DMT, agem como perturbadores do sistema nervoso central, alterando a percepção sensorial de todos os sentidos. Isso faz com que a pessoa possa ter alucinação, o que pode desencadear quadros psicóticos", diz Analice.

Além da deflagração de surtos psicóticos, quando combinado com outras substâncias, o chá pode causar confusão e tremores - em usuários de antidepressivos, devido ao excesso de serotonina no sistema nervoso central - e até mesmo morte súbita. A função cardiovascular de pessoas que já têm problemas cardíacos também pode ser alterada, o que traz riscos para a saúde destes indivíduos.

Estudos - Nos últimos anos houve uma popularização do chá de ayahuasca, aumentando o interesse, inclusive científico, em relação aos efeitos da substância. Um estudo publicado em 2014 na Revista Brasileira de Psiquiatria mostrou que o líquido pode ser um potencial tratamento para depressão.

De acordo com pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (SP), a ingestão de uma dose do chá (2,2ml/kg de peso) ajuda a reduzir em 66% os sintomas da doença. O estudo foi realizado com seis pacientes com histórico de depressão. Sete dias após o uso, a diminuição dos sintomas foi superior a 72%. Em relação aos efeitos adversos, os participantes relataram apenas vômito, que é comum em usuários do chá.

Outras linhas preliminares de pesquisa realizadas por cientistas espanhóis analisam o uso do chá no tratamento de vícios de outras drogas. Entretanto, todos os estudos, inclusive o brasileiro, ainda são limitados e preliminares, e os pesquisadores ainda estão tentando entender o modo como a substância afeta o cérebro.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas 


Privação de sono tem impacto no apetite semelhante à maconha

Privação de sono tem impacto no apetite semelhante à maconha   
 

Revista Veja
Um experimento mostrou que noites mal dormidas aumentam o desejo por alimentos “gordos” e têm efeito similar ao da fome excessiva comum em usuários da droga


A maconha ativa o sistema endocanabinoide e leva as pessoas a comerem demais quando não estão com fome. A privação de sono pode causar excessos na dieta ao agir da mesma maneira. (Getty Images/VEJA)

A privação do sono aumenta a vontade por alimentos com excesso de sal, açúcar ou gordura, em um efeito similar ao da fome excessiva ou "larica" comum em usuários de maconha. É o que diz um estudo publicado recentemente na revista científica Sleep.
Pesquisadores da Universidade de Chicago submeteram 14 voluntários com cerca de 20 anos de idade a um experimento para analisar os efeitos da privação do sono no apetite. Durante oito dias, os participantes ficaram "internados" em um laboratório da universidade. Nos primeiros quatro dias, eles puderam dormir, em média, sete horas e meia por noite. Já nas últimas quatro noites, o tempo de sono foi reduzido para quatro horas e 15 minutos.

Durante todo o estudo eles receberam as mesmas porções de café da manhã, almoço e jantar. No último dia, porém, os participantes relataram sentir fome, mesmo após terem ingerido 90% das calorias diárias recomendadas. Os pesquisadores, então, ofereceram diversos lanches, entre alimentos saudáveis e gordurosos e os quitutes foram mais populares. A ingestão destes alimentos correspondeu a um consumo de calorias 50% maior e duas vezes mais gordurosos em relação aos dias em que eles haviam dormido bem.

Os pesquisadores também mediram os níveis de grelina e leptina, hormônios respectivamente associados ao estímulo do apetite e à sensação de saciedade e, pela primeira vez, do endocanabinoide 2-araquidonoilglicerol (2-AG). Este componente amplifica o desejo pela ingestão de alimentos e faz parte do mesmo sistema que é alvo do ingrediente ativo da maconha. Os resultados mostraram que o 2-AG estava 33% mais alto após os voluntários dormirem pouco.

Normalmente, os níveis de 2-AG atingem seu pico por volta de meio-dia e diminuem ao longo do dia. Entretanto, entre as pessoas que dormem poucas horas, esse índice é mais elevado desde cedo -- chega ao pico por volta das 14h00 e permanece alto até às 21h00, o que aumenta a tentação pelos "lanchinhos" gordurosos.

"Sabemos que a maconha ativa o sistema endocanabinoide e leva as pessoas a comerem demais quando não estão com fome, e normalmente elas se alimentam de doces saborosos e gordurosos. A privação de sono pode causar excessos na dieta ao agir da mesma maneira", disse Erin Hanlon, principal autora do estudo.
(Da redação)
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas 

Qual é a droga mais viciante do mundo?

Qual é a droga mais viciante do mundo?   
 


Revista Galileu
Especialistas prepararam um ranking de entorpecentes mais perigosos ao ser humano
POR LUCAS ALENCAR*
MERCADO MUNDIAL DE DROGAS MOVIMENTA CENTENAS DE BILHÕES DE DÓLARES ANUALMENTE (FOTO: REPRODUÇÃO)

Quais são as drogas mais viciantes do mundo? A pergunta parece simples, mas a reposta para ela depende do ponto de vista. A mais viciante é a que tem mais potencial de danos à saúde do usuário, a que tem preços mais baixos (e, consequentemente, mais facilidade de ser comprada), a que mais age no sistema de dopamina do cérebro, a que mais deixa o usuário fora de si ou a que causa mais sintomas?

O pesquisador David Nutt juntou uma equipe de estudiosos com o objetivo de perguntar a diversos especialistas quais eram as drogas mais viciantes, independentemente de qual critério usaram para construir seus próprios rankings. Com isso, o grupo conseguiu determinar as cinco drogas mais viciantes e por que são tão perigosas:

5º lugar: Nicotina

A nicotina é o ingrediente mais viciante do tabaco. Quando alguém fuma um cigarro, a nicotina é rapidamente absorvida pelos pulmões e entregue ao cérebro. Embora não pareça tão perigosa quanto outras drogas mais pesadas, a nicotina tem altos índices de desenvolvimento de vício.

Um estudo oficial do governo dos Estados Unidos concluiu que mais de dois terços dos norte-americano que fumaram mais de duas vezes na vida se tornaram dependentes. Em 2002, a Organização Mundial da Saúde estimou que o mundo tinha mais de um bilhão de fumantes e que cerca de oito milhões de pessoas morreriam anualmente por causa dos efeitos do tabaco. Testes feitos para testar os efeitos da nicotina no cérebro estimam que os níveis de dopamina crescem entre 25% e 40% quando a substância entra na corrente sanguínea.

4º lugar: Barbitúricos (calmantes)

A função primário dos barbitúricos é combater males como a ansiedade e a insônia. Estas drogas têm o efeito de “desligar” diversas regiões do cérebro. Em pequenas quantidades, causam euforia, mas, em grandes quantidades, podem até ser letais, porque travam o sistema respiratório. O vício em barbitúricos é preocupante porque estas são drogas facilmente adquiridas, visto que o dependente precisa apenas de uma prescrição.

3º lugar: Cocaína

A cocaína interfere diretamente no modo como o cérebro usa a dopamina para enviar mensagens entre um neurônio e outro. Basicamente, a cocaína evita que os neurônios “desliguem” o sinal receptivo de dopamina, resultando numa ativação anormal dos caminhos de recompensa. Em experimentos com animais, a cocaína eleva em três vezes os níveis de cocaína. Estima-se que entre 14 e 20 milhões de pessoas sejam dependentes de cocaína, droga que movimenta cerca de 75 bilhões de dólares anualmente. O entorpecente é tão perigoso que cerca de 21% das pessoas que o experimentam uma única vez tornam-se dependentes.

2º lugar: Álcool

Alguns especialistas colocam o álcool na primeira posição do ranking de drogas mais viciantes,não só por seus efeitos, mas também pelo acesso fácil à droga. Legalizado em boa parte dos países ocidentais, o álcool pode aumentar os níveis de dopamina do dependente em até 360%. A Organização Mundial da Saúde estima que 22% das pessoas que consumirem álcool se tornarão dependentes. Além disso, OMS concluiu que cerca de três milhões de pessoas morrem anualmente devido aos efeitos causados pela droga no corpo.

1º lugar: Heroína

Numa escala que varia de 0 a 3, a heroína recebeu 2,5 pontos, de acordo com os especialistas consultados na pesquisa. A droga é altamente viciante porque uma pequena dose aumenta os níveis de dopamina do usuário em cerca de 200%. Além de causar vício, a heroína é perigosa porque uma quantidade considerada alta aumenta em até cinco vezes as chances do dependente de ter uma overdose. Dados da OMS estimam que esta droga movimenta um mercado de cerca de 68 bilhões de dólares, anualmente.
*Com supervisão de Cláudia Fusco
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas 

domingo, 13 de março de 2016

Você Sabia?????

... Crack mata, mesmo se misturado à maconha[+]
... Psiquiatras aplicam ondas magnéticas em regiões específicas do cérebro para tratar dependentes de cocaína[+]
... Psiquiatra argentino defende que ação do crack no cérebro transforma humanos em animais[+]
... Falhas no cérebro podem interferir na dependência das drogas[+]
... Uso de crack ganha espaço em classes altas[+]

Ações de prevenção são fundamentais nas universidades


 

Segundo o Censo da Educação Superior, do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), no Brasil, os chamados “calouros” entram na faculdade por volta dos 18 anos. Com o ingresso e o regresso às aulas, o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool – CISA, uma das principais fontes no país em relação ao binômio saúde e álcool, alerta para a necessidade de prevenção ao uso excessivo de álcool por universitários.

Para os jovens, a entrada na universidade simboliza o início de uma nova fase repleta de mudanças e curiosidades e de expectativas nos âmbitos pessoal e profissional. “Naturalmente, o aluno tende a procurar ser socialmente aceito e viver intensamente as ocasiões para aproveitar esta etapa tão promissora. Entre outros desafios, existe o de reconhecer seus próprios limites – inclusive o de consumo de bebidas alcoólicas, para que não se exponha ao risco de uma trajetória de abuso de álcool”, afirma Dr. Arthur Guerra, Presidente Executivo do CISA.

Nesse contexto, não são raras as festas universitárias nas quais o consumo de bebidas alcoólicas é realizado entre alunos, e deve-se considerar sua exposição às chamadas pressões de grupos, quando o comportamento dos pares é capaz de influenciar o jovem. Por exemplo, após as primeiras doses, se o coletivo continuar bebendo, o jovem pode tender a fazer o mesmo, perdendo sua capacidade de controle e apreciação do momento. Este quadro merece especial atenção quando há envolvimento de calouros menores de 18 anos, uma vez que a oferta de álcool para este público é proibida em todo Brasil.

“As consequências do consumo excessivo de álcool abrangem desde queda no desempenho acadêmico, perda de vivências sociais e cognitivas apropriadas, relações sexuais sem proteção ou ainda indesejadas, até a morte, seja por acidentes, lesões ou mesmo coma alcoólico – grau tão severo de intoxicação que afeta de forma fatal o funcionamento de todo o corpo e do cérebro”, alerta Guerra.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os padrões de consumo de álcool mais nocivos, como o “beber para se embriagar” e o beber pesado episódico (correspondente ao consumo de 4/5 ou mais doses* em uma ocasião), estão fortemente associados aos comportamentos de risco, como dirigir alcoolizado, violência, sexo desprotegido, entre outros. Estes são padrões de consumo frequentes entre os jovens, o que merece atenção. Dados do I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras revelam que 25% dos estudantes relataram o padrão de beber pesado episódico em pelo menos uma ocasião no mês anterior à entrevista, ou seja, um em cada quatro estudantes está frequentemente exposto a comportamentos de risco e outros prejuízos.

Dessa forma, o CISA ressalta a importância do papel de todos na sociedade junto aos estudantes, especialmente com uma maior orientação e supervisão nas festas; através do exemplo, por meio de atitudes responsáveis; e a implementação de programas sérios de prevenção, acolhimento e atendimento clínico dentro das universidades.

* A OMS estabelece que uma dose padrão contém aproximadamente de 10 g a 12 g de álcool puro, o equivalente a uma lata de cerveja (330 ml) ou uma dose de destilados (30 ml) ou uma taça de vinho (100 ml).
Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool


Padrões de consumo de álcool e drogas em jovens torcedores de futebol

  
 



O consumo de álcool e drogas entre jovens torcedores tem sido associado à violência no contexto do futebol. Este estudo buscou determinar os padrões de consumo das substâncias álcool, maconha e cocaína numa amostra de 1.130 torcedores de futebol residentes no Estado do Rio Grande do Sul, bem como verificar se existem diferenças relacionadas ao gênero, à faixa etária e ao pertencimento ou não a torcidas organizadas. A partir de um questionário disponibilizado na internet, os torcedores determinaram a frequência de consumo habitual e em dias de jogos de futebol. Adota-se metodologia quantitativa, e são realizadas análises descritivas, correlacionais e multivariadas
dos dados.

Os resultados apontam diferenças significativas nos padrões de consumo dos torcedores, sendo os homens na faixa etária de 23 a 25 anos, em dias de jogos, os que apresentam maior consumo. Verificam-se ainda diferenças significativas entre integrantes de torcidas organizadas e não integrantes.

Veja Aqui Publicação Completa

Fonte: Revista Psicologia: Teoria e Prática, 17(3), 52-65. São Paulo, SP, set.-dez. 2015. ISSN 1516-3687 (impresso), ISSN 1980-6906 (on-line).
http://dx.doi.org/10.15348/1980-6906/psicologia.v17n3p52-65. Sistema de avaliação: às cegas por pares (double blind review).
Universidade Presbiteriana Mackenzie.