quinta-feira, 20 de junho de 2013

Entre a liberdade de escolha e o direito à vida (sobre a internação compulsória dos usuários de crack)

Entre a liberdade de escolha e o direito à vida (sobre a internação compulsória dos usuários de crack) 

Diário da manhã - Ari Queiroz
Apesar de defasados, os números estão aí para não deixar ninguém em dúvida acerca do crescimento do crack por todo o território nacional, principalmente nas regiões sul e sudeste, as duas mais ricas e desenvolvidas. Segundo dados do Cebrid – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, órgão do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp, obtidos pelo Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, realizada com cerca de oito mil pessoas de 12 a 65 anos de idade, o número de usuários dessa praga praticamente dobrou em quatro anos, passando de 0,4 para 0,7%. Na região sudeste, saiu do mesmo piso e chegou a 0,9%, enquanto no sul foi de 0,5% para 1,1%, mais que o sobro.

Logicamente, além de defasados, esses dados não espelham a realidade. Certamente, ninguém pode esperar que os usuários se cadastrem e mantenham seus dados atualizados, informando às autoridades a quantidade de pedras que consomem a cada dia. São números estimados, mas que em falta de outros mais seguros servem como alerta da necessidade de providências urgentes, antes que devasse nossa juventude de todas as classes sociais. Isso mesmo. Foi-se o tempo em que crack era coisa de gente pobre, a despeito da baixa do preço, não faz muito tempo, de cerca de dez reais por pedra para um real ou até menos, dependendo das circunstâncias.

Jovens de classe média ou alta, assim como o maltrapilho dos becos, consomem crack igualmente, todos buscando a mesma sensação de falso poder, liberdade e alegria passageiras. O conhecido médico Drauzio Varella, com a experiência de quem atua com dependentes químicos a mais de duas décadas nos presídios paulistas, afirma que os efeitos danosos do crack percorrem dos pulmões ao cérebro em menos de 10 segundos. Entre esses efeitos, para os que não morrem de infarto logo na primeira vez, conforme apontam alguns especialistas, estão a intoxicação, a perda do apetite e do sono, o emagrecimento exagerado, a degeneração irreversível dos músculos esqueléticos, oscilações de humor e a inevitável diminuição do desejo sexual.

Ninguém precisa disso para ser feliz. Aliás, isso não traz felicidade alguma, senão apenas tristeza, muita tristeza, particularmente para pai e mãe, que quando chegam a perceber praticamente nada mais podem fazer sozinhos para resolver o problema. Bater, não podem, ou se o fazem, não basta. Amarrar no fundo do quintal, menos ainda. Enfiar o dependente num casulo, de onde não possa ver, ouvir ou falar com outros iguais, ou fornecedores, também não parecer ser medida fácil, embora fosse eficaz.

Sim, eficaz. Creio que sem algum estímulo vindo de terceiro ninguém, por sua conta e risco, entraria para esse mundo da infelicidade. O vício, ou dependência, dois institutos diferentes, mas aqui utilizados como sinônimos, decorre pelo menos de três fatores: contato com a droga, contato com usuário da droga ou contato com ambiente onde há droga, segundo lição do mesmo Dr. Drauzio Varella, com quem concordo piamente, embora não tendo a infelicidade de conviver com alguém desse ramo.

Então, se as drogas estão por aí, e o crack, em particular, mais ainda, podendo ser comprado por centavos em qualquer esquina, não vejo outro remédio senão – digamos – internar o drogado, ou pretenso, logicamente, contra sua vontade, porque se depender dela isso jamais ocorrerá. Claro. É preciso separar o joio do trigo, ou melhor, o usuário de crack, de quem tem crack para fornecer e precisa de clientela, assim como de locais onde possa encontrá-lo. Muitos taxarão de arbitrárias medidas como essa; dirão que seus defensores não respeitam o livre arbítrio ou direito de liberdade dos outros.

Poderia até ser, mas não é. Principalmente quando menor de idade o viciado, mas também o maior. Direitos fundamentais não se anulam, nem quando aparentemente se chocam. Se de um lado reside o direito de liberdade do drogado, do outro se encontra seu direito à vida, ambos irrenunciáveis, inalienáveis e imprescritíveis. Justamente por isso, as autoridades devem intervir para, sacrificando momentaneamente o primeiro, possibilitar a salvação definitiva do segundo.

Preso em local de onde não possa ter acesso ao crack, tenderá o usuário a deixar de sê-lo, ainda que na marra. No começo, vai espernear; alegar crise de abstinência, e pode até ser verdade. Mas, passa. Do alto de sua experiência, o Dr. Drauzio Varella, citando presas da penitenciária feminina, disse ter perdido “a conta de quantas vezes as vi dar graças a Deus por ter vindo para a cadeia, porque se continuassem na vida que levavam estariam mortas. Jamais ouvi delas os argumentos usados pelos defensores do direito de fumar pedra até morrer, em nome do livre arbítrio.”.

Somente isso não basta. Assim como as prisões jamais serviram para reeducar algum criminoso, por nada de útil lhes ensinar, a internação de usuários de crack também não resolverá o problema sem que seja acompanhada de providências complementares, como tratamento médico e psicológico. De qualquer forma, é um começo. Melhor, bem melhor mesmo, ver o usuário internado compulsoriamente em alguma clínica de reabilitação que “internado” pelos mocós ou becos que formam as “cracolândias”, fedorento e doente esperando na curta e invisível, mas certeira fila da morte.

Seria bom se houvesse lei específica disciplinando a questão. Não há ainda, mas nossos juízes podem lançar mão da analogia para aplicar a lei nº 10.216, de 06 de abril de 2001, que permite a internação compulsória de pessoas portadoras de transtornos mentais. Aliás, permite até mesmo a internação a pedido de terceiro, por isso denominada de “internação involuntária”, sem necessidade de ordem judicial.

Pode-se presumir, no entanto, que o dependente de crack não reagirá passivamente como o doente mental ante a iminência de sua segregação, devendo ser internado “na marra”, para o seu próprio bem, de sua família e de toda a sociedade, tanto em razão do perigo que representa, como por ser mais econômico tratá-lo e recuperá-lo que, por vezes, enterrá-lo e depois pendurar seus dependentes no caixa da previdência social.

Implicando supressão de direito fundamental, a internação compulsória se submete ao princípio da reserva de jurisdição, só podendo ser decretada por autoridade judiciária. Ainda analogicamente, esse juiz deve ser o da vara de família. No silêncio da lei, pode-se conferir legitimidade para requerer a internação forçada aos parentes, ao Ministério Público ou aos responsáveis pelo sistema público de saúde. Quem sabe assim salvaremos nossos “crackeiros”.

(Ari Queiroz, doutor e mestre em Direito Constitucional, juiz de Direito e professor universitário e de pós-graduação na PUC-GO e diretor da Faculdade Esup)
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

Estudantes participam de palestra sobre os males do álcool

Estudantes participam de palestra sobre os males do álcool                                                                                                

Ric Mais
Ação do Grupo RIC visa incentivar o poder público para que a Lei Seca realmente seja cumprida

Nesta segunda-feira (17) uma palestra denominada: “Álcool e Juventude”, movimentou o colégio Santos Anjos de Joinville em mais uma ação do Grupo RIC a favor da lei seca. Na oportunidade foram entregues adesivos divulgando a iniciativa para os mais de 200 alunos presentes.

O palestrante é o professor Ubirajara da Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul. O profissional usa música e situações do cotidiano do mundo do adolescente para criar um ambiente informal, um grande bate-papo na verdade. O conteúdo nada mais é do que uma explanação sobre os efeitos do álcool no corpo. A metodologia trabalha de forma que os alunos identifiquem o mal que traz o consumo da bebida. A ideia é que eles reflitam sobre estes efeitos e decidam sobre o consumo do álcool com muito mais consciência.

A campanha tem o intuito de sensibilizar as pessoas a incentivar o poder público a promover ações para que a Lei Seca realmente seja cumprida. A iniciativa promove blitze com distribuição de material educativo em bares, restaurantes, casas noturnas, estádios de futebol e instituições de ensino. Todos os detalhes da campanha podem ser conferidos no site da Lei Seca dentro do RIC Mais.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Reflexão do dia 20 de Junho

Reflexão do dia 20 de Junho
 
libertação do medo
O problema de acabar com o medo apresenta dois aspectos.
      Vamos ter que tentar nos libertar de todo o medo que foi possível. Depois, vamos precisar encontrar tanto a coragem como a graça para lidar construtivamente com qualquer espécie de medo que ainda reste.
NA OPINIÃO DO BILL PG. 61
 
 
      A maioria de minhas decisões eram baseadas no medo. O álcool tornou a vida mais fácil de encarar, mas chegou a hora em que o álcool não era mais uma alternativa para o medo.
      Uma das maiores dádivas em A.A. para mim foi a coragem para agir, o que posso fazer com a ajuda de Deus. Após cinco anos de sobriedade, precisei tratar com uma pesada dose de medo. Deus colocou pessoas na minha vida para me ajudar a fazer isso e, praticando os Doze Passos, estou me tornando a pessoa completa que desejo ser e, por isto, sou profundamente grato.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 20-06...

Meditação do Dia

Quinta, 20 de Junho de 2013


Meditação para iniciados
"Para alguns a prece é pedir a ajuda de Deus; a meditação é escutar a resposta de Deus... Quando acalmamos a mente através da meditação, sentimos uma paz interior que nos põe em contacto com o Deus dentro de nós." Texto Básico, p. 53

A muitos de nós disseram, "Tem paciência quando estiveres a aprender a meditar. É preciso prática para se reconhecer aquilo que é preciso 'escutar'." É bom que nos tenham dito isto, ou muitos de nós teriam desistido após a primeira ou segunda semana de meditação. Ao longo das primeiras semanas, é provável que nos tenhamos sentado de manhã, acalmado os pensamentos, e "escutado", como diz o Texto Básico - mas sem "ouvir" nada. Poderão ter passado mais algumas semanas antes de algo realmente acontecer. Mesmo então, aquilo que aconteceu era por vezes dificilmente detectável. Acabávamos as nossas meditações matinais a sentir-nos um pouco melhor connosco próprios, a sentir um pouco mais de empatia por aqueles que íamos encontrando ao longo do dia, e um pouco mais em contado com o nosso Poder Superior. Para a maioria de nós não houve nada de dramático nessa consciencialização - não houve relâmpagos ou trovões. Em vez disso foi algo silencioso, mas com imenso poder. Estávamos a arranjar tempo para colocar os nossos egos e as nossas ideias fora do caminho. Nesse espaço de claridade, estávamos a melhorar o nosso contacto consciente com a fonte da nossa recuperação diária, o Deus da nossa concepção. A meditação era uma coisa nova, e exigia tempo e prática. Mas, como todos os passos, resultava - quando a praticávamos.

Só por hoje: Vou praticar "escutar" o conhecimento da vontade de Deus para mim, mesmo que ainda não saiba aquilo que devo "escutar".
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O que é SKANK?

Skank

A SUPERMACONHA



O que é
O skank é uma espécie de maconha (cannabis sativa), cultivada em laboratório, com efeito concentrado. Não chega a ser uma maconha transgênica, porque a estrutura molecular da semente não é modificada. A diferença está no cultivo, feito em estufas com tecnologia hidropônica — plantação em água, como ocorre com algumas espécies de alface.

As diferenças
O que diferencia o skank da maconha comum é a capacidade entorpecente. Em ambos, o princípio psico-ativo é o tetra-hidro-canabinol (THC). Na maconha, a concentração percentual nas folhas, flores e frutos prensados fica em torno de 2,5%. No skank, estudos apontam que o índice de THC pode ser de até 17,5%. Com isso, a quantidade necessária para a planta modificada produzir a mesma sensação da normal é muito menor.

Por que é tão caro
Os cuidados com a produção fazem com que a droga tenha um alto preço no mercado.Não há levantamentos de cultivo no Brasil.A droga consumida vem da Europa, principalmente da Holanda.

Como age
Em geral, a droga é fumada e processada pelo fígado até que o THC seja absorvido pelo cérebro e aparelho reprodutor. Pesquisas recentes apontam ainda que o alto teor de THC usa uma substância produzida pelos neurônios (a anandamina) para se fixar no organismo.

Conseqüências
Da mesma forma como o TCH é potencializado, os efeitos do skank no organismo também são. O entorpecente provoca os mesmos distúrbios da maconha: altera o funcionamento dos neurônios e diminui a concentração. As alterações de cerotonina e dopamina no organismo provocam lapsos de memória e de coordenação motora. Os usuários desenvolvem ansiedade e a possibilidade de dependência é bem maior, se comparado com a maconha comum.

FONTE: Site antidrogas.com

Cigarro e álcool agravam casos de câncer, diz estudo

Cigarro e álcool agravam casos de câncer, diz estudo  Notícias sobre drogas e alcool - Site Antidrogas

Um levantamento do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) divulgado no Dia Mundial de Combate ao Câncer, revelou que boa parte dos tumores na bexiga, cabeça e pescoço tem relação com cigarro ou álcool. Setenta por cento dos casos de câncer na bexiga tem ligação com o tabagismo.

Segundo o levantamento do Icesp, um em cada sete pacientes com câncer de bexiga informaram aos médicos que fumam ou já fumaram. O tabagismo é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença.

Já 30% dos pacientes operados de tumores na cabeça e pescoço podem ter desenvolvido o câncer na orofaringe (boca, garganta e faringe) em decorrência de infecção pelo HPV (papiloma vírus humano). Anualmente, o Icesp recebe cerca de 1.200 novos casos cirúrgicos de câncer relacionados ao HPV. Parte destas notificações poderia ser evitada com o uso de preservativos nas relações sexuais.

Álcool

A ingestão de bebida alcoólica também tem relação com os casos de câncer diagnosticados no instituto. Entre todos os pacientes atendidos na unidade, 11% assumiram ter adotado (ou ainda manter) um perfil de dependência alcoólica. Destes, um em cada sete desenvolveram tumores na região da boca e garganta.

Semanalmente, o setor de oncologia clínica recebe de 5 a 10 novos casos de câncer nesta região do corpo. Apesar dos tumores apresentarem detecção precoce facilitada, por estarem em locais visíveis, a grande maioria dos pacientes do Icesp descobre a doença quando ela já está em estágio avançado.
Autor:
OBID Fonte: SP Notícias

26 de junho – Dia Internacional de Combate às Drogas

26 de junho – Dia Internacional de Combate às Drogas  Notícias sobre drogas e alcool - Site Antidrogas

SEGS Portal Nacional Seguros e Saúde
Segundo a última pesquisa divulgada pelo LENAD - Levantamento Nacional de Álcool e Drogas - sobre o consumo de cocaína no Brasil, só na região Sudeste são mais de 1,4 milhão de pessoas o que corresponde a 46% dos usuários ativos no país.

Para o consumo de álcool, os números também são alarmantes. O LENAD comparou os dados apresentados em 2006 com o de 2012 e mostrou que houve um aumento de 20% nas pessoas que bebem ao menos uma vez por semana (ou mais), sendo que, entre as mulheres nesse mesmo período, o índice cresceu em 34,5%, passando de 29% (2006) para 39% (2012).

Mas é importante lembrar que o crack, apesar de ser muito agressivo, não é a única droga a causar dependência como a maconha e o álcool – que apesar de ser liberado traz tantos danos colaterais quanto às drogas ilícitas.

Em 1987, a Organização das Nações Unidas (ONU) determinou 26 de junho como o Dia Internacional de Combate às Drogas. Para a coordenadora terapêutica especialista em dependência química da Clínica Maia Prime, Ana Cristina Fraia, essa é uma data em que a população deve discutir e refletir sobre um tema que assusta tanto as pessoas. “Atualmente, as drogas não está apenas nas classes menos favorecidas. Elas fazem parte do cotidiano de qualquer família, de todos os níveis socioeconômicos. Por isso, abordar o tema é de extrema importância”.

Para o psiquiatra Isidoro Cobra, o acompanhamento clínico multidisciplinar e o apoio da família são muito importantes para a recuperação do usuário. “A desintoxicação depende de indivíduo para indivíduo, do tempo de uso e do tipo de droga consumida”.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)