domingo, 21 de julho de 2013

Só por hoje 21-07...

Meditação do Dia

Domingo, 21 de Julho de 2013


A rendição é para todos
"Se, após algum tempo, sentirmos dificuldades com a nossa recuperação, é porque provavelmente parámos de fazer uma ou mais das coisas que nos ajudaram no início da nossa recuperação." Texto Básico, p. 107

A rendição é apenas para os recém-chegados, não é? Não, isso é falso! Depois de já cá estarmos há algum tempo, alguns de nós sofrem de um sintoma particular. Julgamos saber algo sobre recuperação, sobre Deus, sobre NA, sobre nós próprios - e sabemos. O problema é que julgamos saber o suficiente, e julgamos que o simples facto de saber é suficiente. Mas é aquilo que aprendemos e aquilo que fazemos depois de julgarmos que sabemos tudo, que faz realmente toda a diferença. A presunção e a complacência podem trazer-nos grandes problemas. Quando descobrimos que a "aplicação dos princípios" por nossa exclusiva vontade não está a resultar, poderemos praticar aquilo que resultou para nós no início: a rendição. Quando descobrimos que ainda somos impotentes, e que ainda não temos domínio sobre as nossas vidas, precisamos de procurar os cuidados de um Poder superior a nós próprios. E quando descobrimos que a autoterapia não é, afinal, assim tão terapêutica, precisamos de aproveitar "o valor terapêutico da ajuda de um adicto a outro."

Só por hoje: Preciso de orientação, de apoio, e de um Poder Superior a mim mesmo. Hoje vou a uma reunião, vou falar com um recém-chegado, vou telefonar ao meu padrinho ou madrinha, vou rezar ao meu Poder Superior - vou fazer algo que demonstre que me rendo.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Reflexão do dia 21 de Julho

Reflexão do dia 21 de Julho
 
uma dádiva sem preço
A esta altura com toda a probabilidade, já teremos adotado, de certo modo, medidas capazes de remover os obstáculos que mais nos prejudicam. Desfrutamos momentos em que sentimos algo parecido à verdadeira paz de espírito. Para aqueles de nós que, até então, conheceram somente a excitação, a depressão ou a ansiedade - em outras palavras, para todos nós - esta nova paz conquistada é uma dádiva inestimável.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES PG. 66
 
 
 
Estou aprendendo a soltar-me e deixar Deus agir, a ter uma mente aberta e um coração disposto a receber a graça de Deus em todos os meus assuntos; desta maneira posso experimentar a paz e liberdade que vêm como resultado da minha entrega. Tem sido provado que um ato de entrega, originado do desespero e da derrota, pode crescer num progressivo ato de fé e esta fé significa liberdade e vitória.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton  Bernardes

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Parábola do Cavalo

Parábola do Cavalo 

Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos em sua pequena fazenda. Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de que um dos cavalos havia caído num velho poço abandonado. O poço era muito profundo e seria extremamente difícil tirar o cavalo de lá.

O fazendeiro foi rapidamente até o local do acidente, avaliou a situação, certificando-se de que o animal não se havia machucado. Mas, pela dificuldade de alto custo para retirá-lo do fundo do poço, achou que não valia a pena investir na operação de resgate. Tomou, então a difícil decisão: determinou ao capataz que se sacrificasse o animal jogando terra no poço até enterrá-lo, ali mesmo.

Os empregados, comandados pelo capataz, começaram a lançar terra pra dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo. Mas, à medida que a terra ia caindo em seu dorso, o animal a sacudia e ela ia se acumulando no fundo, possibilitando o cavalo subir.

Logo os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar, mas ao contrário, estava subindo à medida que a terra enchia o poço, até que finalmente, conseguiu subir!!! Se você tiver "lá em baixo", sentindo-se pouco valorizado, quando, certos de seu "desaparecimento", os outros jogarem sobre você terra da incompreensão, da falta de oportunidade e de apoio, lembre-se do cavalo desta historia. Não aceite a terra que jogarem sobre você, sacuda-a e suba sobre ela. E quanto mais jogarem, mais você vai subindo, subindo, subindo... sorrindo, sorrindo, sorrindo...

Reabilitação cognitiva ajuda a tratar dependentes químicos

Reabilitação cognitiva ajuda a tratar dependentes químicos                                                                                             

Exame
Neuropsicólogo mostra como a reabilitação por meio de estímulos como o jogo de xadrez pode ajudar a recuperar habilidades perdidas pelo consumo de drogas

O efeito da maconha, da cocaína e do crack no cérebro e o dano causado por essas drogas em funções cognitivas como memória, atenção, capacidade de planejamento e de tomada de decisões foram os temas de uma palestra apresentada pelo neuropsicólogo Paulo Jannuzzi Cunha, do Laboratório de Neuroimagem da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), no World Congress on Brain, Behavior and Emotions.

Durante o evento, realizado em São Paulo no fim de junho, Cunha apresentou dados de pesquisas recentes que mostram como a reabilitação cognitiva – feita por meio de estímulos como o jogo de xadrez – pode ajudar a recuperar parte das habilidades perdidas pelo consumo de drogas e ser fundamental para evitar a recaída de dependentes químicos em tratamento.

Leia a seguir trechos da entrevista concedida por Cunha:

De que forma a maconha, a cocaína e o crack afetam o cérebro?

Cunha – Cada droga tem seu mecanismo de ação particular, mas todas atingem de alguma forma o sistema de recompensa cerebral, que envolve o córtex pré-frontal, a área tegmentar ventral, onde há um conjunto de neurônios responsáveis pela liberação do neurotransmissor dopamina, e o núcleo accumbens.

Quando sentimos prazer – seja por um estímulo físico, como comida, seja por um estímulo emocional –, ocorre a liberação de dopamina na sinapse, que é o espaço de conexão entre um neurônio e outro. Mas não ficamos alegres o tempo todo e, para retornar à situação de equilíbrio, essa dopamina precisa ser recapturada pelo neurônio que a liberou inicialmente. As drogas impedem esse processo de recaptura e fazem com que um excesso de dopamina permaneça na fenda sináptica, estimulando a comunicação entre os neurônios do sistema de recompensa, intensificando e prolongando a sensação de prazer.

Agência FAPESP – De que maneira isso pode ser prejudicial?

Cunha – Como as drogas estimulam muito o sistema de recompensa, mas de maneira artificial, o cérebro começa a ficar preguiçoso para produzir e liberar dopamina. Na medida em que o uso da droga vai se tornando crônico, a pessoa literalmente começa a perder os prazeres da vida e a sensação de bem-estar vai ficando cada vez mais restrita ao uso da droga.

Mas como isso afeta as funções cognitivas?

Cunha – Tudo o que fazemos precisa envolver um certo grau de prazer e bem-estar; caso contrário, não conseguimos manter a atenção por muito tempo na atividade. Então o sistema de recompensa está de alguma forma relacionado com funções executivas, memória, atenção, planejamento e tomada de decisões. Além disso, no uso agudo da cocaína e do crack, ocorre uma vasoconstrição e aumento da pressão arterial. Isso aumenta o risco de um acidente vascular cerebral e de entupimentos de pequenos vasos sanguíneos (isquemias). O uso crônico dessas drogas faz com que várias regiões do cérebro fiquem mal irrigadas, o que também pode afetar o processamento cognitivo.

Os danos são ainda maiores quando a cocaína é associada ao consumo de álcool, pois a mistura das duas drogas causa a formação no fígado de um metabólito chamado cocaetileno, que intoxica os neurônios e pode causar danos ao coração. O crack, por ser absorvido mais rapidamente, causa os mesmos efeitos da cocaína e de forma ainda mais intensa. Já a maconha não causa a vasoconstrição, mas há estudos que mostram outras alterações vasculares, aumento no risco de derrame e a diminuição de certas regiões do cérebro como a amígdala e o hipocampo, que são ricas em receptores para o tetrahidrocanabinol (THC). Isso pode afetar diretamente a capacidade de memorização e a regulação de emoções como medo e agressividade.

É por esse motivo que a maconha é considerada um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos psicóticos?

Cunha – A maconha aumenta o risco de desenvolver sintomas psicóticos, mas os mecanismos relacionados a esse fato ainda estão sendo estudados. A suscetibilidade parece estar ligada tanto a características genéticas como ao histórico de vida do usuário de maconha, a forma como ocorreu seu desenvolvimento neuropsicológico e seu estado psicológico no momento em que faz uso da droga. Há estudos que indicam que portadores de um determinado polimorfismo no gene que codifica a enzima catecol-O-metiltransferase (COMT) apresentam risco maior de desenvolver sintomas psicóticos se consumirem maconha. Um estudo do nosso grupo reforça a hipótese de que o cérebro de portadores de transtornos psicóticos – entre eles esquizofrenia e transtorno bipolar – que usam maconha é diferente do cérebro de portadores de psicoses sem história de uso de maconha.

Como foi feito esse estudo?

Cunha – Os dados foram coletados durante o doutorado da Maristela Schaufelberger, na FMUSP, hoje docente na USP de Ribeirão Preto, e parte deles foi analisada durante meu pós-doutorado, que conta com apoio da FAPESP. Os resultados foram divulgados na edição de julho da revista Schizophrenia Research. Nós comparamos, por meio de exames de neuroimagem, o volume de certas áreas cerebrais de 80 voluntários sadios e não usuários de drogas, com 78 portadores de transtornos psicóticos não usuários de droga e com 28 portadores de transtornos psicóticos com histórico de uso de maconha. Também comparamos o desempenho de cada grupo em testes que mediam fluência verbal, memória operacional e a amplitude da atenção.

Quais foram os resultados?

Cunha – Era de se esperar que os psicóticos usuários de maconha se saíssem pior nas duas avaliações, mas curiosamente eles tiveram resultados mais parecidos com os do grupo controle. Os psicóticos não usuários da droga apresentaram volume cerebral menor, principalmente no córtex pré-frontal – ligado às funções executivas – e nas áreas hipocampais – ligadas à memória. Outros estudos recentes também estão apontando essa relação.

Haveria algum efeito benéfico da maconha?

Cunha – Não parece ser o caso. Do ponto de vista dos efeitos cerebrais, a maconha fumada está cada vez mais potente e mais rica em THC, que é o princípio ativo da droga e que está associado fortemente com problemas cognitivos e sintomas psicóticos. Por outro lado, há autores que defendem a hipótese de que o canabidiol (CBD), outra substância presente na maconha, poderia ter algum efeito neuroprotetor. Mas nossos dados não permitem afirmar isso, até porque não temos informações sobre a concentração de CBD e THC na maconha que os pacientes fumaram. Além disso, quem fuma maconha não absorve apenas canabidiol, mas também altas doses de THC, que conhecidamente causa danos cerebrais.

Nossa hipótese é de que as pessoas que desenvolvem algum tipo de transtorno psicótico mesmo sem usar nenhum tipo de droga já apresentam algum prejuízo anterior no neurodesenvolvimento, talvez desde a infância, que faz com que o quadro inicial seja mais severo e as anormalidades cerebrais também. Já o paciente psicótico com história de uso de uso de maconha teria inicialmente um perfil neuropsicológico mais preservado, mas com a desestruturação funcional decorrente da psicose, em sua fase inicial. Mas, à medida que a doença avança, o quadro se torna igualmente grave nos dois grupos, pior ainda se o uso de maconha persistir. Os usuários de maconha não apresentam uma psicose mais leve que os demais.

Por que certas pessoas são mais suscetíveis aos prejuízos causados pelas drogas e outras mais resistentes?

Cunha – Há fatores genéticos e ambientais. Todos os estímulos que recebemos ao longo da vida, a cultura adquirida, o aprendizado de línguas e de novas habilidades, fazem com que o cérebro forme um maior número de sinapses e isso gera uma reserva cognitiva. Quanto maior for essa reserva, maior é a resistência ao déficit causado pelas drogas ou por doenças como Alzheimer nas funções executivas e na memória. Agora estamos estudando como a reabilitação cognitiva, que é uma espécie de musculação cerebral, pode ajudar a compensar o déficit funcional causado pelas drogas. Já temos dados que indicam que, quanto maior o prejuízo às funções executivas, maior o risco de um dependente em tratamento voltar a usar a droga.

Como foi feito esse estudo?

Cunha – Participaram 32 pacientes com diagnóstico de dependência de cocaína ou de crack, entre 18 e 45 anos, internados na Enfermaria do Comportamento Impulsivo do HC-FMUSP. Após a semana de desintoxicação, quando o teste toxicológico deixou de detectar os metabólitos da droga na urina dos pacientes, eles foram submetidos a diversos testes de avaliação das funções executivas, como atenção sustentada (manter o foco por período prolongado), atenção alternada (observar dois estímulos sequenciais, como números e letras, ao mesmo tempo), capacidade de abstração, flexibilidade cognitiva (adaptar-se a novos padrões de raciocínio), planejamento e tomada de decisões pensando no futuro.

Após o período de internação de aproximadamente cinco semanas, o seguimento foi feito por telefone durante um mês. Os pacientes que recaíram durante esse período de seguimento foram os que apresentaram no início do tratamento o pior desempenho nos testes de avaliação das funções executivas. Dessa forma, os déficits cognitivos podem ser interpretados como indicadores da probabilidade de recaída dos dependentes. A pesquisa foi desenvolvida durante o mestrado da neuropsicóloga Priscila Dib Gonçalves, que contou com apoio da FAPESP e foi orientada por Arthur Guerra de Andrade. Agora, durante o doutorado, ela está avaliando o impacto da reabilitação cognitiva no tratamento, a partir de um novo modelo de reabilitação cognitiva que nós criamos, chamado “Xadrez Motivacional”.

Como funciona esse modelo?

Cunha – Usamos o jogo de xadrez aliado a técnicas de uma abordagem científica conhecida como Entrevista Motivacional, em que a terapeuta ajuda o dependente a entender as motivações que o levam a usar drogas e o auxilia a traçar metas para o futuro e estratégias para manter-se longe das drogas. Por meio de exames de ressonância magnética, estamos também investigando as regiões cerebrais ativadas durante a reabilitação, com apoio de Geraldo Busatto, que coordena o Laboratório de Neuroimagem da USP, com auxílio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Sabemos que os dependentes químicos têm danos generalizados em várias regiões, mas pensamos que aqueles da região pré-frontal – que coordena as funções executivas – são os mais relacionados com as recaídas e a dificuldade de aderir ao tratamento. Por isso, focamos na reabilitação dessas áreas pré-frontais. Nosso objetivo é investigar se o treinamento de fato faz com que essas regiões cerebrais funcionem melhor.

Como a reabilitação cognitiva atua sobre o cérebro?

Cunha – Trazer de volta os neurônios que já morreram é impossível, mas podemos estimular as áreas que continuam preservadas e deixá-las mais fortes para compensar o déficit cognitivo. É a chamada neuroplasticidade. Os dados preliminares já evidenciam melhoria cognitiva nesses pacientes, mas precisamos ir além e entender de que forma isso representaria melhoria na vida diária e na recuperação deles a longo prazo.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Breve história das drogas

História das Drogas

Breve história das drogas
A longa trajetória das substâncias psicotrópicas com o passar dos milênios

5400 - 5000 A.C.
Um jarro de cerâmica descoberto no norte do Irã, com resíduos de vinho resinado, é considerado a mais antiga evidência da produção de bebida alcoólica

4000 A.C.
Os chineses são, provavelmente um dos primeiros povos a usar a maconha. Fibras de cânhamo descobertas no país datam dessa época

3500 A.C.
Os sumérios, na Mesopotâmia, são considerados o primeiro povo a usar ópio. O nome dado por eles à papoula pode ser traduzido como "flor do prazer"

3000 A.C.
A folha de coca é costumeiramente mastigada na América do Sul. A coca é tida como um presente dos deuses

2100 A.C.
Médicos sumérios receitam a cerveja para a cura de diversos males, segundo inscrições em tabuletas de argila

2000 A.C.
Hindus, mesopotâmios e gregos usam o cânhamo como planta medicinal. Na Índia, a maconha é considerada um presente dos deuses, uma fonte de prazer e coragem

100 A.C.
Depois de séculos, o cânhamo cai em desuso na China e é empregado apenas como matéria-prima para a produção de papel

Século 11
Hassan Bin Sabah funda a Ordem dos Haximxim, uma horda de guerreiros que recebia, em sua iniciação, uma grande quantidade de haxixe, a resina da Cannabis

1492
O navegador Cristóvão Colombo descobre os índios usando tabaco durante suas viagens ao Caribe

Século 16
Américo Vespúcio faz na Europa os primeiros relatos sobre o uso da coca. Com a conquista das Américas, os espanhóis passam a taxar as plantações

Século 16
Durante a expansão marítima para o Oriente, os portugueses adotam a prática de fumar ópio

1550
Jean Nicot, embaixador francês em Portugal, envia sementes de tabaco para Paris

Século 17
O gim é inventado na Holanda e sua popularização na Inglaterra no século 18 cria um grave problema social de alcoolismo

Século 18
O cânhamo volta a ser usado no Ocidente, como planta medicinal. Alguns médicos passam a usá-lo no tratamento da asma, tosse e doenças nervosas

Século 19
Surgem os charutos e cigarros. Até então, o tabaco era fumado principalmente em cachimbos e aspirado na forma de rapé

1845
O pesquisador francês Moreau de Tours publica o primeiro estudo sobre drogas alucinógenas, descrevendo seus efeitos sobre a percepção humana

1850-1855
A coca passa a ser usada como uma forma de anestesia em operações de garganta. A cocaína é extraída da planta pela primeira vez.

1852
O botânico Richard Spruce identifica o cipó Banisteriopsis caapi como a matéria-prima de onde é extraída a ayahuasca

1874
Com a mistura de morfina e um ácido fraco semelhante ao vinagre, a heroína é inventada na Inglaterra por C.R.A. Wright

1874
A prática de fumar ópio é proibida em San Francisco (EUA). A Sociedade para a Supressão do Comércio do Ópio é fundada na Inglaterra, e só quatro anos depois as primeiras leis contra o uso de ópio são adotadas

1884
O uso anestésico da cocaína é popularizado na Europa. Dois anos depois, John Pemberton lança nos EUA uma beberagem contendo xarope de cocaína e cafeína: a Coca-Cola. A cocaína só seria retirada da fórmula em 1901

1896
A mescalina, princípio ativo do peyote, é isolada em laboratório

1898
A empresa farmacêutica Bayer começa a produção comercial de heroína, usada contra a tosse

1905
Cheirar cocaína torna-se popular. Os primeiros casos médicos de danos nasais por uso de cocaína são relatados em 1910. Em 1942, o governo dos EUA estima em 5.000 as mortes relacionadas ao uso abusivo da droga

1912
A indústria farmacêutica alemã Merck registra o MDMA (princípio ativo do ecstasy) como redutor de apetite. A substância, porém, não chega a ser comercializada.

1914
A cocaína é banida dos EUA

1930
Num movimento que começa nos Estados Unidos, a proibição da maconha alcança praticamente todos os países do Ocidente

1943
O químico suíço Albert Hofmann ingere, por acidente, uma dose de LSD-25, substância que havia descoberto em 1938. Com isso, ele descobre os efeitos da mais potente droga alucinógena

1950-1960
Cientistas fazem as primeiras descobertas da relação do fumo com o câncer do pulmão

1953
O exército norte-americano realiza testes com ecstasy em animais. O objetivo era investigar a utilidade do agente em uma guerra química

1956
Os EUA banem todo e qualquer uso de heroína

1965
O LSD é proibido nos EUA. Seus maiores defensores, como os americanos Timothy Leary e Ken Kesey, começam a ser perseguidos

1965
Alexander Shulgin sintetiza o MDMA em seu laboratório. Ao mastigá-lo, sente "leveza de espírito" e apresenta a droga a psicoterapeutas

Anos 70
O uso da cocaína torna-se popular e passa a ser glamourizado. Nos anos 80, o preço de 1 Kg de cocaína cai de US$ 55 mil (1981) para US$ 25 mil (1984), o que contribui para sua disseminação

1977
Início da "Era de Ouro" do ecstasy. Terapeutas experimentais fazem pesquisas em segredo para não chamar a atenção do governo

Década de 80
Surge o crack , a cocaína na forma de pedra. A droga, acessível às camadas mais pobres da população tem um alto poder de de pendência

1984
A Holanda libera a venda e consumo da maconha em estabelecimentos específicos - os coffee shops

1984
O uso recreativo do MDMA ganha as ruas. Um ano depois, a droga é proibida nos EUA e inserida na categoria dos psicotrópicos mais perigosos

2001
Os EUA dão apoio financeiro de mais de US$ 2 bilhões ao combate ao tráfico e à produção de cocaína na Colômbia

2003
O governo canadense anuncia que vai vender maconha para doentes em estado terminal. É a primeira vez que um governo admite o plantio e comercialização da droga

Fonte: Revista Galileu Especial nº3 - Agosto/2003

Só por hoje 19-07...

Meditação do Dia

Sexta, 19 de Julho de 2013


Realizar os nossos sonhos
"Os sonhos que há muito abandonámos podem agora tornar-se realidade." Texto Básico, p. 80

Tudo começa com um sonho. Mas quantos de nós realizaram os seus sonhos quando usavam? Mesmo que conseguíssemos completar algo que tivéssemos começado, a nossa adicção acabava por tirar-nos todo o orgulho pelo nosso sucesso. É possível que quando usávamos sonhássemos vir um dia a estar limpos. Esse dia chegou. Podemos aproveitá-lo para realizarmos os nossos sonhos. Para realizarmos os nossos sonhos temos de agir, mas a nossa falta de confiança poderá impedir-nos de tentar. Podemos começar por fixar metas realistas. O sucesso que experimentamos quando alcançamos as nossas metas iniciais permite-nos alimentar sonhos maiores da vez seguinte. Alguns dos nossos membros contam que, quando comparam as ambições que tinham quando entraram em recuperação com aquilo que de facto vieram a alcançar, ficam boquiabertos. Em recuperação são geralmente mais os sonhos que se tomam realidade do que aqueles que alguma vez imaginámos.

Só por hoje: Vou lembrar-me de que tudo começa com um sonho. Hoje vou permitir-me realizar os meus sonhos.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Reflexão do dia 19 de Julho

Reflexão do dia 19 de Julho
      
...falso orgulho...
Muitos de nós, que nos havíamos considerado religiosos, despertamos para as limitações desta atitude. Recusando colocar Deus em primeiro lugar, havíamos nos privado de Sua ajuda.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES PG. 67
 
 
 
      Muitas noções falsas operam no falso orgulho. A necessidade de orientação para viver uma vida decente é satisfeita pela esperança experimentada na irmandade de A.A. Aqueles que trilharam este caminho por muitos anos, um dia de cada vez, dizem que uma vida centrada em Deus tem possibilidades ilimitadas para o crescimento pessoal. Sendo assim, muita esperança é transmitida pelos veteranos em A.A.
      Agradeço ao meu Poder Superior por deixar-me saber que Ele funciona através de outras pessoas, e agradeço a Ele por nossos servidores de confiança na Irmandade, que ajudam os novos membros a rejeitar falsos ideais e a adotar aqueles que levam à vida de compaixão e confiança. Os veteranos em A.A. desafiam os novos a "despertar-se" - assim eles podem "vir a acreditar". Peço a Deus que me ajude em minha descrença.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes