quinta-feira, 15 de março de 2018

Álcool com refrigerante diet acelera embriaguez

Misturar álcool com refrigerante diet em vez do normal deixa mais bêbado, diz estudo

Escrito Por Paulo Nobuo
Na tentativa de deixar seu happy hour menos calórico você pode acreditar ser uma boa ideia misturar a bebida alcoólica com refrigerante diet, em vez do normal. A escolha, no entanto, pode trazer efeitos desagradáveis.

Álcool com refrigerante diet acelera embriaguez

De acordo com um estudo publicada no jornal científico Alcoholism: Clinical & Experimental Research, a combinação entre álcool e refrigerante diet deixa a pessoa bêbada mais rapidamente.
Testes feitos com 16 jovens mostraram que beber vodca com refrigerante de limão diet, por exemplo, fazia com que os participantes da pesquisa ficassem mais propensas a ultrapassar o limite de embriaguez para dirigir, mesmo quando eles não se sentiam bêbados.
Segundo os estudiosos, o fato ocorre porque estômago reage a bebidas açucaradas como se fossem comida, ou seja, faz com que ele trabalhe para digerir calorias. Desta forma, o organismo mantém o álcool no estômago por mais tempo, retardando sua liberação para a corrente sanguínea.
Com o refrigerante diet, no entanto, o fenômeno acontece de maneira oposta: o estômago não percebe que deve fazer a digestão, levando a bebida diretamente ao intestino delgado, onde a maior parte do álcool é absorvida pela corrente sanguínea. O resultado, então, é uma embriaguez mais acelerada.
Fonte: Vix

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Por que o organismo tolera menos o álcool à medida que se envelhece


Ao envelhecermos, a diluição do álcool no sangue é menor, daí a sensação de estar embriagado com doses cada vez menores (Foto:commons.wikimedia)
Beber tem impacto no sistema de defesa e na capacidade de combater infecções, sem falar nos danos causados ao cérebro
Por Mariza Tavares, Rio de Janeiro
O corpo é sábio, por isso preste atenção e obedeça quando ele der sinais de que não aceita a mesma quantidade de bebida que você costumava consumir. À medida que envelhecemos, o organismo diminui sua tolerância ao álcool, portanto é hora de incluir o comedimento no seu dia a dia. Esse blog inclusive já tratou do tema quando falou dos excessos etílicos das festas de fim de ano, mas o carnaval é uma boa oportunidade para voltar ao assunto e mostrar as mudanças que ocorrem com a idade. Em entrevista ao jornal “The New York Times”, Lara Ray, professora de psicologia clínica na Universidade de Los Angeles, afirmou: “o envelhecimento pode ser encarado como um fiel da balança para se aprender a dosar a bebida”.
A mesma quantidade de álcool causa uma intoxicação mais severa num corpo com índices maiores de gordura – o que ocorre conforme envelhecemos, quando também perdemos massa e líquido corporal. A diluição do álcool no sangue é menor, daí a sensação de estar embriagado com doses cada vez menores. É exatamente o que está acontecendo em seu organismo, proteja-o optando por moderação acompanhada da ingestão de água. Pense nas calorias contidas numa bebida: uma taça de vinho tem cerca de 100 calorias; uma latinha de cerveja, 150; uma caipirinha com vodca e açúcar, 300! Sem contar que os acompanhamentos quase sempre são pouco saudáveis e engordativos.
Não imagine que beber antes de dormir vai melhorar a qualidade do seu sono. Embora tenha efeitos sedativos, o álcool abrevia estágios importantes do sono profundo e o repouso não será completo. Por causa dos efeitos diuréticos, é bem provável que você tenha que ir ao banheiro – se estiver tonto, o risco de queda aumenta. O excesso de bebida neutraliza qualquer efeito benéfico que sua ingestão moderada possa ter (e o que é ingestão moderada tem que ser discutido com seu médico): em grandes quantidades, altera a pressão sanguínea, afeta o músculo cardíaco e aumenta o risco de desenvolver diabetes. Mais: impacta seu sistema de defesa e, consequentemente, sua capacidade de combater infecções, sem falar nos danos causados ao cérebro, com prejuízo intelectual intenso. Depressão e dependência podem vir a reboque.
Na Grã-Bretanha, é considerado consumo pesado de álcool a ingestão de oito doses seguidas, para os homens, e de seis doses para as mulheres. Pelos padrões americanos, essa contagem é de cinco drinques para eles e quatro para elas num período de duas horas, e se isso acontece cinco ou mais vezes por mês o risco de alcoolismo é alto. No Brasil, os parâmetros são mais severos: consumo de mais de sete drinques por semana para as mulheres e de 14 para os homens. O médico Dráuzio Varella já recomendou, em uma de suas colunas, a leitura das obras “O revólver que sempre dispara” e “O livro das respostas: alcoolismo”, escritas pelo jornalista Ricardo Vespucci e o médico Emanuel Vespucci, que podem ser encontradas em sebos digitais.
Fonte: G1, Bem estar.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Oncologistas pedem diminuição do consumo de álcool para evitar câncer


 


O consumo de álcool está associado diretamente e indiretamente ao aumento do risco de vários tipos de câncer (Foto: Marcelo Ikeda Tchelão/Pixabay)

Uma das sociedades de oncologia mais influentes do mundo, a ASCO, exorta médicos a orientarem sobre os efeitos negativos que o consumo tem sobre a doença.

O uso de álcool, seja leve, moderado ou pesado, está associado ao aumento do risco de vários tipos de câncer, incluindo os da mama, do cólon, do esôfago, e da cabeça e do pescoço. É assim que começa um informe de evidências sobre o uso de álcool e câncer de uma das sociedades de oncologia mais influentes no mundo, a American Society of Clinical Oncology (ASCO).

A orientação, divulgada essa semana, é importante porque coloca o álcool como um fator de risco definitivo para o câncer, de forma indireta ou indireta. Diretamente, a ASCO cita que cerca de 6% das mortes no mundo estão associadas diretamente ao consumo de álcool. Ainda, segundo a entidade, não só o consumo pode levar ao câncer, mas também ele afeta negativamente o tratamento.

"As pessoas geralmente não associam beber cerveja, vinho e licor com o aumento do risco de desenvolver câncer em suas vidas", disse Bruce Johnson, presidente da ASCO, em nota. "No entanto, a ligação entre o aumento do consumo de álcool e o câncer está muito bem estabelecida", diz.

O estudo aponta que o etanol danifica o DNA de células saudáveis, o que pode fazer com que elas cresçam desordenadamente, provocando tumores. Também o acetaldeído -- produto da digestão do álcool -- contribui para essa influência negativa do álcool no genoma.

No caso de mulheres, o álcool também contribui para o aumento da quantidade de estrógeno no corpo -- o que é um fator de risco para câncer de útero, ovário e mama. "Isso é particularmente importante para mulheres adeptas de tratamento hormonal na menopausa", diz a ASCO.

O consumo de álcool também prejudica a absorção de vitaminas no corpo e leva ao aumento de peso, fatores também associados a uma maior chance de desenvolver câncer.

Em pesquisa sobre a percepção do americano sobre o câncer, a entidade mostrou que apenas 38% deles estavam limitando sua ingestão de álcool como forma de reduzir seu risco de câncer. No Brasil, pesquisa da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica mostrou que o brasileiro desconhece fatores de risco comuns: como a obesidade, o uso do cigarro e doenças sexualmente transmissíveis.

O relatório da ASCO também publicou diretrizes para contribuir para a diminuição do consumo de álcool:

* Limitar a venda em alguns horários e dias;
* Aumentar os impostos e o preço;
* Fiscalizar a aplicação da lei que proíbe a venda a menores de 18 anos;
* Restringir a exposição dos jovens à publicidade de bebidas alcoólicas;
* Incluir estratégias de controle de álcool em planos abrangentes de controle de câncer.

Por fim, a entidade também pediu o desencorajamento de que indústrias de bebidas se engajem em campanhas de prevenção contra o câncer -- como, por exemplo, o outubro rosa -- "já que o consumo de bebida está associado a um risco aumentado do câncer, principalmente o de mama", disse a entidade.
Fonte: Bem Estar, G1.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Por que beber na frente dos filhos é um péssimo hábito


 


Na pesquisa, cerca de uma em cada cinco crianças disse sentir vergonha dos pais quando eles estão alcoolizados. (//iStock)

Ingerir bebidas alcoólicas perto das crianças pode torná-las mais tristes, ansiosas e preocupadas, mesmo se o consumo for moderado

Um em cada dez pais afirma ter ingerido álcool na frente de seus filhos e metade deles já ficou embriagada, de acordo com uma nova pesquisa do Institute of Alcohol Studies, do Reino Unido. Esse comportamento, independentemente da quantidade consumida, pode impactar a saúde mental das crianças, tornando-as mais retraídas e preocupadas.

Dessa forma, mesmo os pais que não possuem dependência alcoólica podem causar problemas aos filhos – menos de catorze unidades de álcool por semana (140 mililitros ou 112 gramas) – o consumo moderado, equivalente a sete pints de cerveja, por exemplo – é suficiente para desencadear efeitos negativos nos pequenos.

Efeitos negativos

Segundo os especialistas, ao notar os pais alterados pela bebida as crianças ficam preocupadas com o comportamento imprevisível dos adultos e se sentem menos confortáveis do que o habitual, o que pode atrapalhar a rotina e o sono delas.

Além disso, o estudo mostrou que os filhos perdem a confiança e tendem a não considerar os pais como modelos a ser seguidos. Para os cientistas, as novas descobertas surgem como um alerta para os pais que podem estar, inconscientemente, banalizando as consequências físicas e psicológicas do consumo do álcool.

A pesquisa

Esse é o primeiro estudo do gênero a examinar os efeitos que o consumo de bebidas alcoólicas pelos pais pode ter nas crianças. Os pesquisadores utilizaram dados de cerca de 1.000 pais e seus filhos a partir de questionários on-line, grupos de foco e consultas públicas com profissionais da área.

Pais e filhos

Os resultados mostraram que 29% dos pais acreditam que não há problema em beber perto dos filhos, desde que não seja algo recorrente. Por outro lado, 51% afirmaram já ter se embriagado na frente das crianças.

Já pelo ponto de vista das crianças entrevistadas, de 11 e 12 anos, o álcool é como se fosse um “açúcar para adultos“. Cerca de uma em cada cinco crianças disse sentir vergonha dos pais quando eles estão alcoolizados, 15% das crianças disseram ter dormido muito mais cedo ou muito mais tarde que o normal, 12% disseram que os pais prestam menos atenção neles, 11% se sentiam preocupadas e 7% disseram brigar mais com os pais nesses momentos.

“Vivemos em uma cultura que celebra o álcool”, disse Viv Evans, da instituição britânica Alcohol and Families Alliance. “Esperamos que este estudo seja um meio de alertar os pais e a todos sobre a importância de prevenir problemas com o álcool antes que eles surjam.”
Fonte: Veja

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Efeitos do álcool no corpo: excesso causa demência, pancreatite, infertilidade e mais


 


Por Ligia Lotério
Engana-se quem acha que os efeitos do álcool no organismo se resumem ao enjoo e sociabilidade que ele confere. O consumo frequente dessa substância afeta todo o corpo e aumenta o risco de desenvolver doenças graves. Entenda:

Como o álcool é processado pelo corpo?

O cardiologista Laercio Natal Fonseca Júnior, da Clínica Megamed, explica que, após a bebida alcoólica ser ingerida, ela passa pelo estômago de maneira muito rápida e é encaminhada para o intestino delgado. Lá, entra na corrente sanguínea e é distribuída para todas as partes do corpo.

Uma parcela da substância passa pelo fígado, em que é metabolizada e eliminada pela urina, suor e respiração. Já outra demora mais para ser processada, sendo necessárias diversas passagens por este órgão até que seja totalmente eliminada.

Efeitos do excesso de álcool no organismo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, não há níveis seguros de consumo de álcool. No entanto, o risco de problemas de saúde é ainda maior quando a ingestão ultrapassa duas doses por dia ou nos casos em que o indivíduo não para de beber ao menos dois dias na semana.

A seguir, veja efeitos prejudiciais do álcool:

No cérebro



Resistência à substância

Segundo o cardiologista Laercio, o álcool interfere no neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA), que controla a ansiedade, o que explica a sensação calmante que ele confere.

Apesar do benefício momentâneo, o consumo excessivo e/ou constante faz com que os neurônios se tornem resistentes à influência dessa substância, criando a necessidade de beber cada vez mais para conseguir a esperada sensação de relaxamento.

"Isso explica por que muitas pessoas bebem volumosas quantias de álcool e ainda parecerem sóbrias", exemplifica o médico.

Demência e problemas de memória

A cognição também é afetada pelo álcool, gerando problemas que vão desde a perda de memória até demência.

Além disso, a pessoa pode perder a sensibilidade dos nervos espalhados pelo corpo, sentindo dormência e formigamento.

No estômago

O tecido do estômago sofre com o etanol, pois ele aumenta a produção de ácido gástrico e predispõe o desenvolvimento de úlceras e doenças como a síndrome de Mallory-Weiss, que causa ferida e sangramento nas paredes que unem o estômago ao esôfago.

No fígado



Esteatose hepática

Os efeitos do álcool no corpo geram acúmulo de gordura no fígado. A condição é chamada de esteatose hepática e tem risco de evoluir para cirrose.

Hepatite

Como modifica diversas estruturas celulares, o álcool ainda leva à inflamação celular crônica do fígado que resulta em hepatite, doença causadora de dor ou desconforto abdominal, inchaço e falta de apetite.

Cirrose hepática

Em alguns casos, as células não resistem à ação do etanol e morrem, sendo substituídas por um tecido fibroso que reprime a função do fígado. Esse quadro é grave e a falta de cuidado pode levar à morte.

Nos olhos

O alcoolismo gera deficiência de vitamina B1 e zinco. A carência dessas substâncias causa inflamação do nervo óptico, quadro que provoca dor e problemas de visão, como cegueira parcial ou total e vista embaçada.

Pâncreas



Ainda pode haver pancreatite, que é a inflamação crônica do pâncreas. Em casos graves, a doença gera tecido necrosado que compromete as atividades do órgão.

No aparelho reprodutor

O etanol ainda aumenta a acidez e eleva a velocidade pela qual as células se reproduzem, o que afeta a fertilidade.

Nos rins



A função renal também sofre interferência: o fluxo de urina e a concentração de eletrólitos no sangue são aumentados. Com isso, pode haver doença renal crônica.
Fonte: Vix.com

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Como pais estão contribuindo para o consumo de álcool dos filhos


 


Prevenção do alcoolismo começa em casa (Foto: Dercílio//Como pais estão contribuindo para o consumo de álcool dos filhos/SAÚDE é Vital)

Revisão brasileira desvenda os principais fatores familiares por trás do abuso de cerveja e afins entre jovens
Por Vand Vieira

Pouco mais da metade dos alunos que estão no primeiro ano do ensino médio no Brasil já experimentaram algum tipo de bebida alcoólica, segundo o levantamento mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São, para sermos exatos, 55% dos jovens entrevistados, o que representa 1,44 milhão de adolescentes e um aumento de quase 5% em comparação a 2012.

Motivados por pesquisas internacionais como essa, um grupo de cientistas australianos e holandeses se debruçou sobre 131 estudos relacionados ao assunto para descobrir o papel que pais e mães desempenham nessas estatísticas. Pois dois pontos se sobressaíram: a quantidade de álcool disponível em casa e a relação que os adultos têm com cerveja, uísque e companhia influenciam bastante na idade dos primeiros goles.

De acordo com os responsáveis pela análise, se os pais costumam compartilhar experiências engraçadas ou agradáveis regadas a drinques, os filhos criam expectativas positivas sobre o hábito. E, claro, isso favorece a experimentação precoce.

“É fundamental orientar os mais novos sobre as consequências do consumo de bebidas alcoólicas para que eles façam escolhas saudáveis no presente e no futuro”, avalia Arthur Guerra, presidente executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), em São Paulo.

A questão é especialmente importante quando essa ingestão se torna abusiva ou se incita, anos pra frente, condutas perigosas, como dirigir bêbado. O que se pede, em resumo, é sinceridade sobre os efeitos do álcool.

Para facilitar essa tarefa, Guerra e seus colegas desenvolveram o livreto “Como Falar Sobre Uso de Álcool com Seus Filhos”, disponível no site http://www.cisa.org.br. O principal recado é evitar sermões, sendo claro, didático e imparcial na medida do possível.
Fonte: Saude Abril

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Quais os riscos de consumir álcool na gravidez?


 


Pesquisadores britânicos buscaram evidências sobre possíveis danos causados pelo consumo de álcool por gestantes (Foto: Pixabay)

Estudo aponta escassez de evidências sobre possíveis danos fetais causados pelo baixo consumo de álcool por mulheres grávidas. Especialistas chamam a atenção para falta de pesquisas sobre o assunto.
Por Deutsche Welle

Ao mesmo tempo que há uma grande conscientização sobre a chamada síndrome do alcoolismo fetal – danos fetais em caso de ingestão de bebidas alcoólicas pela mãe durante a gravidez –, não se sabe ao certo se o álcool deveria ser completamente vetado ou se há um limite seguro para o consumo durante a gestação.

Em artigo publicando nesta terça-feira (12) pelo periódico científico britânico BMJ Journal, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Bristol afirma ter encontrado um número "surpreendentemente limitado" de estudos sobre o baixo consumo de álcool durante a gravidez e "escassez de evidências" sobre possíveis danos fetais.

A equipe realizou uma ampla pesquisa sobre dados de mulheres grávidas que consumiram quatro unidades de bebidas alcoólicas por semana – um total de 40 mililitros de álcool puro – o que, no Reino Unido, é considerado um consumo leve. Uma unidade corresponde a um copo de cerveja, meia taça de vinho, ou meia dose de bebidas destiladas mais fortes.

Para os britânicos, o limite recomendado a adultos é de 14 unidades semanais, mas para as grávidas, aconselha-se a abstinência total. As recomendações variam de país para país. Segundo os autores, até 80% das mulheres no Reino Unido, Nova Zelândia e Austrália consomem alguma bebida alcoólica durante a gravidez.

Neste ano, o Serviço Britânico de Aconselhamento sobre a Gravidez pediu que as autoridades não "exagerem sobre os risco de consumir pequenas quantidades de álcool" durante a gestação.

Na França, vinicultores se queixaram dos planos do governo de ampliar avisos nas garrafas sobre o consumo de álcool durante a gravidez. Alguns ativistas nas redes sociais acusaram as autoridades de "aterrorizarem" mulheres grávidas.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou em maio deste ano uma campanha para alertar mulheres para a síndrome alcoólica fetal. O Ministério da Saúde, no entanto, reconhece a dificuldade de diagnóstico e o consumo significativo de bebidas alcoólicas pelas gestantes no país.

Melhor prevenir que remediar

O estudo divulgado nesta terça, baseado em 26 pesquisas sobre o assunto, afirma que foram encontradas evidências de que consumir até quatro unidades de álcool por semana pode estar associado a um risco mais alto de que o bebê venha a nascer em tamanho menor ou prematuramente. No entanto, os pesquisadores afirmam que os dados não são conclusivos.

"Ficamos surpresos com o fato de esse tema tão importante não ter sido pesquisado tão amplamente quanto esperávamos", afirmou Loubaba Mamluk, da Faculdade de Medicina Social e Comunitária da Universidade de Bristol.

"Na falta de provas mais contundentes, a recomendação às mulheres de se manterem longe do álcool durante a gravidez deve ser mantida como medida de precaução, sendo a opção mais segura", afirmou.

No entanto, mulheres que beberam pequenas quantidades de álcool durante a gravidez, talvez inadvertidamente, "devem ser asseguradas de que é muito pouco provável que tenham causado danos consideráveis a seus bebês", afirmam os pesquisadores.

Ainda que não esclareça a questão, a pesquisa chama a atenção para a falta de evidências dos danos causados pelo álcool em fetos.
Fonte: Bem Estar G1