domingo, 10 de fevereiro de 2013

Domingo com o padre Otair!!!!!


Somos vítimas? Ou somos vítimas e vilões?

 

       Viver e conviver é sempre um desafio. Somos surpreendidos a todo instante com a novidade do outro, um universo a ser descoberto, e é nesse encontro com o diferente que descobrimos e revelamos quem somos.

 

            Há algum tempo tenho meditado sobre como nos comportamos frente aos embates da convivência e percebi que,  na maioria das vezes, nos posicionamos na condição de vítimas, perante a ação implacável de um outro. Examinei  que esse papel assumido nem sempre corresponde à experiência vivida.

 

            Justifico.

 

            Certamente você, meu caro leitor, já observou que em um conflito entre pessoas nossa tendência é de eleger a vítima e o vilão. A vítima será sempre aquele que sofreu o duro golpe do vilão, e este será aquele, que de maneira perversa, disparou sobre a vítima as piores infâmias.

 

            Essa eleição da vítima e do vilão vai gerar partidários que sustentam um e outra. No entanto, a vítima agregará um volume maior de adeptos dada a fragilização em que se encontra, desprovida de toda a sorte frente ao opressor. Não é estranho que essa identificação com o que padece provoque comoção no grupo. Afinal, não queremos ser vistos como bruxas nem lobo mau de qualquer história.

 

            Para o bem da verdade, e guardadas as devidas proporções, nenhuma pessoa é só vítima. Somos vítimas e vilões, e nessa sucessão de papéis corremos o risco de esquecer-se do vilão que também age em nós. Por exemplo: observa-se que ao estar num papel de vítima o indivíduo ou a pessoa vitimada, ao perceber o apoio e o resguardo social da maioria do grupo, pode usar mal esse respaldo, procurando desmerecer, desmoralizar e desqualificar a imagem do outro frente ao ocorrido. Ao agir assim, torna-se visível a inversão de papéis: aquele que na ocasião era vítima assume agora o papel de vilão.

 

            Na teia das relações sociais, é preciso encontrar os fios que se entrelaçam entre vítimas e vilões. Há um limite entre essas fronteiras que caracterizam nossas maldades ou virtudes. É preciso, portanto, reconheçamos que não somos apenas vítimas dos outros, mas vítimas e vilões e tenhamos a ousadia de admitirmos a verdade dolorosa do espelho da vida refletir nossa feiura, e de posse do que é feio em nós, permitamos que a beleza infinita nos transforme.

 

 

 

 

Padre  Otair Cardoso.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

 REFLEXÃO DIÁRIA - 9 DE FEVEREIRO


ALCANÇANDO O "LADO ESPIRITUAL"

Quantas vezes sentamos em reuniões de A.A. e ouvimos o orador declarar:
"Porém, ainda não alcancei o lado espiritual". Antes desta declaração, ele descreveu o milagre da transformação que ocorreu com ele - não somente sua libertação do álcool, mas também uma completa mudança em sua atitude perante a vida e como vivê-la. É aparente para quase todos os demais que ele recebeu uma grande dádiva, "... exceto que ele parece não se aperceber disto ainda!" Nós sabemos muito bem que este questionamento individual, no prazo de seis meses ou um ano nos dirá que ele encontrou a fé em Deus".
LINGUAGEM DO CORAÇÃO, p. 275


Uma experiência espiritual pode ser a realização de uma vida que no passado parecia vazia e desprovida de significado e é agora alegre e plena. Hoje na minha vida a prece e a meditação diárias, juntamente com a vivência dos Doze Passos, trouxe-me uma paz interior e um sentimento de pertencer que faltava quando estava bebendo.

Força, fé e eperança,
Clayton Bernardes

Remédio para driblar o bafômetro

Remédio para driblar o bafômetro Notícias sobre drogas e alcool - Site Antidrogas

Em medicamento para o tratamento de alcoolismo é usado por jovens depois das baladas para apagar sinais de embriaguez. Especialistas desaconselham e o próprio fabricante afirma que a droga não funciona para esse fim.

O estudante de 23 anos que preferiu o anonimato ficou sabendo da existência da droga por um médico.

Um comprimido recém-chegado às farmácias brasileiras virou moda entre os que, desde o início da lei seca, em junho, procuravam uma maneira de continuar bebendo sem a ameaça de cair nas garras do bafômetro. O Metadoxil, derivado da vitamina B6, foi criado para ajudar pessoas em tratamento contra o alcoolismo crônico ou agudo. Jovens de Brasília e de várias capitais brasileiras, no entanto, estão usando a droga para assumir o volante depois de "baladas" regadas a cerveja, vodca e uísque. A idéia, garantem especialistas, não é recomendável. A automedicação pode significar riscos à saúde e não há garantia alguma de que o remédio seja capaz de suspender a embriaguez a ponto de livrar o motorista do bafômetro.

O medicamento possui tarja vermelha e, portanto, deveria ser vendido apenas sob prescrição médica. Só que a regra não é seguida à risca. A reportagem do Correio conseguiu comprar, sem receita, uma caixa do remédio na primeira farmácia em que entrou. Com o desconto, os 30 comprimidos saíram por R$ 32,53. Um balconista na comercial das quadras 102/302 Sul, conhecida como Rua das Farmácias, chegou a fazer propaganda: "Dizem que em meia hora zera o efeito do álcool." As pílulas também estão à venda na internet, em até três vezes sem juros. Em blogs, virou tema de discussão. "Se funcionar, vai deixar muito dono de farmácia rico", previu um internauta.

Um estudante de 23 anos, que preferiu não se identificar, conta que conheceu o remédio por indicação de um médico. "Ele me disse que era um antibafômetro, que cortava o efeito do álcool em 45 minutos", relatou o jovem. Segundo ele, a primeira vez que tomou não percebeu mudança. Na segunda, o remédio teria impedido que ficasse embriagado. "Tomei antes de ir a uma festa. Mesmo depois de beber muito, não fiquei alterado", citou.

A euforia do jovem não condiz com a realidade, segundo especialistas ouvidos pelo Correio. "O remédio só acelera mecanismos metabólicos da degradação do álcool, mas não é mágico. Achar que vai ficar sóbrio é ridículo", comentou o professor da Universidade de Brasília (UnB) e gerente de risco sanitário do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Carlos César Schleicher. O medicamento, comercializado em países da Europa e Ásia, começou a ser vendido no Brasil em agosto e é pouco conhecido entre a classe médica. O laboratório Baldacci, responsável pela comercialização, estima que 3 mil caixas já foram vendidas no Brasil.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) credenciou o remédio em setembro de 2007. A droga, de acordo com a avaliação da Anvisa, oferece aos usuários mais benefícios que malefícios. Por isso, recebeu o aval para ser comercializada. O farmacêutico Rogério Hoefler, do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos, uma seção do Conselho Federal de Farmácia (CFF), é cauteloso ao falar do novo medicamento. "Ainda estou com um pé atrás. A própria bula não é clara", comentou Hoefler, que pediu mais informações ao laboratório, cuja matriz fica em São Paulo. "Mas é claro que um médico em sã consciência não prescreveria o remédio para esse fim (beber e depois dirigir)", completou.

Um grande risco

Os médicos têm receitado o derivado da vitamina B6, substância já presente no organismo humano, para pacientes ainda dependentes do álcool ou para quem já parou de beber e está em fase de desintoxicação. Ao acelerar a eliminação do álcool, a droga ajuda a recuperar as funções do fígado. Recomenda-se de um a quatro comprimidos por dia, a depender do paciente. O tratamento dura de um a três meses. "O Metadoxil é para ser usado dentro desse contexto. Usá-lo para dirigir sossegado não é eficaz. Até porque o usuário nunca terá certeza de que eliminou todo o álcool do corpo", ressaltou a psiquiatra e professora da Universidade de São Paulo (USP) Camila Magalhães, coordenadora do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa).

"Correr o risco de usá-lo sem prescrição é colocar a saúde em risco", reforçou o psiquiatra Augusto César Marques, do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da Secretaria de Saúde do DF. "Não é aconselhável de maneira alguma usá-lo sem orientação", emendou o toxicologista Otávio Brasil, diretor do Centro de Atendimento Toxicológico de Brasília, que já se manifestou contrário à lei seca.

O diretor do laboratório Baldacci, Ronaldo Abud, afirmou que a droga é destinada ao tratamento de alcoolismo. Mas não mostrou-se preocupado com o uso sem a orientação médica. "Não é de todo ruim. Ele está tentando ficar sóbrio. Melhor do que dirigir embriagado", justificou. "Mas ele (o medicamento) não engana bafômetro nenhum", completou.

Problema no Sul

O Conselho Regional de Farmárcia (CRF) do Rio Grande do Sul notificou ontem uma farmácia, em Porto Alegre, que fazia propaganda do Metadoxil. Um cartaz afixado no estabelecimento incentivava clientes a comprar o remédio para driblar o bafômetro. O CRF notificou a farmácia sob a alegação de propaganda enganosa e de falta ética do profissional farmacêutico. O caso será analisado pela Vigilância Sanitária da capital gaúcha.

O remédio só acelera os mecanismos metabólicos da degradação do álcool, mas não é mágico. Achar que vai ficar sóbrio é ridículo

Carlos César Schleicher, gerente de risco sanitário do Hospital Universitário de Brasília (HUB)

Detran não estranha

O uso de artifícios para tentar se livrar do bafômetro não surpreendeu o gerente de fiscalização do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), Silvaim Fonseca: "Tem de tudo, lamentavelmente. A gente já esperava atitudes como essa." Ele garantiu que a fiscalização não dará moleza aos motoristas. "Estamos atentos a sinais como a fala enrolada e o equilíbrio. As pessoas fazem de tudo para burlar a fiscalização sem pensar nas conseqüências", afirmou Fonseca.

A lei seca entrou em vigor em 20 de junho. Desde então, surgiram algumas tentativas de escapar da fiscalização, como mensagens de celular para avisar os colegas sobre os locais das blitzes e pedidos na Justiça por parte de gente que não queria ser obrigada a soprar o bafômetro. O diretor-geral do Detran-DF, Jair Tedeschi, não acredita que o medicamento fará o condutor escapar do bafômetro e se mostra otimista com a lei. "A cultura está mudando. Só que cultura não se muda da noite para o dia."
Autor: Diego Amorim
OBID Fonte: Correio Braziliense-DF
Força, fé e esperança,
Clayton B'ernardes

Frases para seu dia!!!!!!

Pense nisso!!!!
... Ajuda teu semelhante a levantar sua carga, mas não a carregues. (Tales de Mileto)
... Se pudéssemos aceitar nossos fracassos com serenidade, não seria tão difícil levantar-nos (Gordon)
... "Feliz de quem atravessa a vida inteira tendo mil razões para viver." (Dom Hélder Câmara)
... "O trabalho espanta três males: o vício, a pobreza e o tédio." (Voltaire)
... "Faça todo o bem que puder
Por todos os meios que puder
De todas as maneiras que puder
Em todos os lugares que puder
Todas as horas que puder
Para todas as pessoas que puder
Enquanto você puder."
(John Wesley)

Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Perguntas e respostas sobre...

1) Quais as drogas mais consumidas?

As pesquisas brasileiras mostram que as drogas legais, como o álcool e o tabaco, são as mais consumidas. Um levantamento realizado em 107 cidades brasileiras, em 2001, pelo Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pelo Centro Brasileiro de informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) avaliou o uso na vida e dependência de álcool e drogas em 47.045.907 habitantes.

O uso de álcool na vida ficou em primeiro lugar e foi encontrado em 68,7% da população, dos quais 11,2 % são dependentes desta substância. Este uso é bastante difundido na nossa sociedade e incentivado pelos meios de comunicação e até pelas famílias, como um hábito social aceito e que faz parte das festas e comemorações. O álcool é, entretanto, a droga que maiores danos traz à sociedade, tanto pelo fato de cerca de 10% da população mundial ser dependente dele, como pelo número de acidentes e de violência ocasionados em decorrência de seus efeitos.

O tabaco aparece como a segunda droga mais consumida. O uso na vida desta substância foi encontrado em 41,1% pela população brasileira, sendo que 9% já é dependente desta substância. Seu uso inicial também é precoce. A pesquisa revela que cerca de 15,7% adolescentes entre 12 e 17 anos já experimentou cigarro, ao menos uma vez, e que 2,2% já são dependentes da mesma.

A droga que aparece em terceiro lugar entre as mais consumidas pela população pesquisada é a maconha cujo uso, pelo menos uma vez na vida, foi relatado por 6,9% pessoas o que corresponde a mais de três milhões de pessoas nas cidades em que foi feita a pesquisa.

A pesquisa revelou também dados significativos quanto ao uso indevido, sem receita e acompanhamento médico, de medicamentos para dormir, calmantes e xaropes: 3,3% da população brasileira já usou benzodiazepinicos e 2,0% xaropes.

Por outro lado, a dependência destes medicamentos ocupa o terceiro lugar com 1,1% da população.

Os solventes (ou inalantes), que incluem substâncias ilegais, como o lança-perfume e algumas outras substâncias vendidas para outras finalidades, como esmalte, cola de sapateiro, fluidos, tintas, etc, ocupam o quarto lugar para o uso na vida. Esta classe de substância foi utilizada por 5,8% dos brasileiros pelo menos uma vez na vida. A pesquisa revelou que 2,3% da população já fez uso de cocaína e 0,4% de crack ocupando o quarto e o décimo primeiro lugar das drogas mais consumidas pelos brasileiros.

Fonte:Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein
2)Como agir quando o usuário nega estar usando drogas?

Negar a existência do problema é um comportamento comum entre os usuários abusivos de álcool e outras drogas. A negação não deve ser definida como um traço de personalidade do dependente, mas como uma recusa em admitir problemas, mesmo quando engano e mentira são conscientes.

Diante deste fato, é bastante comum que os familiares e amigos do usuário comecem a fazer acusações e a enfrentá-lo, colocando-o contra a parede e fazendo ameaças. A experiência mostra que este comportamento reforça as resistências, as racionalizações, as evasivas e as defensivas do dependente.

O terapeutas e especialistas mais atuais têm afirmado que o que leva a pessoa a mudar seus comportamentos é a motivação, que pode ser explicada como um estado de prontidão ou de avidez para a mudança. Ela pode oscilar de tempos em tempos ou de uma situação para outra, mas também pode ser influenciada por outras pessoas.

Por isso, o recomendável é evitar o confronto e explorar a ambivalência que geralmente está presente no dependente em relação ao seu comportamento. Ele tem fissura pelo consumo da droga e, ao mesmo tempo, apresenta insatisfação com isso e desejo de mudança.

A melhor maneira de fazer essa insatisfação vir à tona é adotar uma atitude de empatia, de compreensão, evitando acusações mas pontuando de modo claro os problemas que o comportamento do usuário está trazendo para si e para os outros, sem julgamento moral e sem receitas. Explorar com ele esse sentimento que no fundo o faz sofrer e discuti-lo com solidariedade.

É possível levantar dúvidas, aumentar a percepção da pessoa sobre os riscos e problemas do seu estilo de vida.

Acreditando que o usuário pesado, ou dependente, tem em si próprio, o germe do desejo de mudar, embora possa negar esta necessidade, aqueles que desejam ajudá-lo podem auxiliá-lo a inclinar a balança para este lado, evocando as razões para a mudança e os riscos da não mudança, com fundamento em fatos do cotidiano, fortalecendo a visão da possibilidade da mudança e de que existem recursos para isto.

É preciso escolher a pessoa mais adequada para esse tipo de conversa que, em geral, é aquela que tem uma relação de confiança, afeto e respeito com o usuário, e que deve ajudá-lo também a encontrar os caminhos, pessoais e profissionais para a sua recuperação.

Fonte:Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein

3)O que fazer quando alguém passa muito mal por causa de droga?

Os amigos não devem perder tempo e precisam levar a pessoa a um hospital o mais rápido possível. Só assim estarão garantidas as condições adequadas para enfrentar problemas sérios, como convulsões, parada respiratória, infarto, etc. Muitas vezes, o que se vê é que os amigos ficam com medo de procurar o hospital porque a pessoa usou uma droga ílicita. Fique sabendo que o médico está preocupado apenas em garantir a saúde da pessoa.
4)Quem se encontra em situação de risco ao uso de drogas?

"Todos os adolescentes". O fumo, o álcool e as drogas estão disponíveis, e a maioria dos jovens são objeto de pressão para o início de seu uso. Sem dúvida, alguns adolescentes estão em maior risco do que outros. Os três fatores mais importantes são a história familiar, o uso por parte dos pais e certas características individuais.

A história familiar de alcoolismo indicaria uma predisposição genética, teoria sustentada em estudos de filhos adotivos. Não só é fator de risco o uso por parte dos pais, mas a atitude, a educação e as medidas disciplinares inconsistentes com relação ao uso de substâncias aos seus filhos.

Quando uma família está socialmente isolada é maior o perigo de uso de substâncias e aumenta o índice de abuso físico e sexual ou de fuga do lar. Outros fatores familiares predisponentes são o estresse causado por uma separação, divórcio, novas uniões conjugais, desemprego e doença ou morte de um dos pais.

Um dos mais poderosos fatores predisponentes ao uso de substâncias é a influência do grupo de iguais. Um adolescente cujos melhores amigos usam o fumo, o álcool e outras drogas será mais facilmente levado a experimentar do que aquele cujos amigos evitam as drogas e não estão de acordo com seu uso.
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 09-02...

Meditação do Dia

Sábado, 09 de Fevereiro de 2013


Auto-aceitação
"Quando nos aceitamos a nós mesmos, podemos aceitar os outros nas nossas vidas, incondicionalmente, provavelmente pela primeira vez." IP nº 19, A

Desde as nossas mais remotas recordações, muitos de nós têm a sensação de nunca terem pertencido. Não importa quantas pessoas estivessem à nossa volta, sentíamo-nos sempre à parte. Tínhamos grande dificuldade em nos integrar. No fundo, acreditávamos que se deixássemos realmente, que nos conhecessem, iriamos ser rejeitados. Talvez tenha sido neste clima de egocentrismo que a nossa adicção começou a germinar. Muitos de nós cobriram a dor do isolamento com uma atitude de desafio. Com efeito, dizíamos ao mundo, "Vocês não precisam de mim? Bom, eu também não preciso de nenhum de vocês. Tenho as minhas drogas e posso tomar conta de mim!" Quanto mais a nossa adicção progredia, mais altos eram os muros que construíamos à nossa volta. Esses muros começam a cair quando começamos a encontrar aceitação nos outros adictos em recuperação. Com esta aceitação dos outros, começamos a aprender o importante princípio da auto-aceitação. E quando começamos a aceitar-nos a nós próprios, podemos permitir que outros façam parte das nossas vidas, sem medo de rejeição.

Só por hoje: Eu sou aceite em NA; eu pertenço. Hoje, posso com segurança começar a deixar os outros entrarem na minha vida.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Reflexão diária 08-02....

REFLEXÃO DIÁRIA - 8 DE FEVEREIRO


CONVENCENDO O "MR. HYDE"

Mesmo assim, à medida em que talhávamos esses princípios, a paz e a alegria ainda nos fugiam. É esse o estágio a que muitos de nós AAs veteranos chegamos. E é um lugar crítico, literalmente. Como poderá o nosso inconsciente - do qual ainda jorram tantos dos nossos medos, compulsões e falsas aspirações - ser levado a alinhar-se com o que nós realmente acreditamos, sabemos e queremos? De que maneira convencer nosso tolo, raivoso e oculto "Mr. Hyde" torna-se a nossa principal tarefa.
O MELHOR DO BILL, p. 49


Assistência regular às reuniões, servir e ajudar aos outros, é a receita que muitos tentaram e acharam que funciona.
Quando me afasto destes princípios básicos, meus velhos hábitos brotam de novo, e meu antigo ego reaparece com todos os seus medos e defeitos. O objetivo final de cada membro de A.A. é a sobriedade permanente, conseguida Um Dia de Cada Vez.

Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes