domingo, 28 de abril de 2013

O buraco !


O buraco !

Aquela cidade não era habitada por pessoas, mas por buracos.

Buracos viventes.

Havia buracos ostentosos, de mármore e buracos humildes, de tijolos.

Um dia chegou uma nova moda: o importante é o interior, não o exterior!

E foi assim que os buracos começaram a se encher de coisas...

De ouro e jóias.

Outros, mais práticos, de eletrodomésticos.

Alguns, de arte ou instrumentos musicais.

Os intelectuais encheram-se de livros.

A maioria dos buracos encheu-se a tal ponto que não cabia mais nada e para solucionar a situação, começaram a alargar-se.

Mas um pequeno buraco percebeu que se todos fizessem o mesmo, em pouco tempo a cidade se transformaria em um único buraco...

E todo mundo perderia a sua identidade.


Teve então uma idéia: pensou que uma outra forma de aumentar a sua capacidade seria aprofundar-se em lugar de alargar-se.

Mas percebeu que isso ser-lhe-ia impossível por causa de tantas coisas que ele já continha!

Decidiu, então, esvaziar seu conteúdo.

Primeiro teve medo do vazio, mas quando percebeu que não existia outra possibilidade, assim o fez.

Um dia, de tão profundo, achou água. Nunca antes outro buraco tinha achado água!

Nesse lugar quase nem chovia e a água extra permitiu que as paredes do buraco se cobrissem de verde, e assim, chamaram-no O Manancial.

Os outros buracos queriam a água, mas quando perceberam que teriam que se esvaziar, preferiram continuar a alargar e encher-se de coisas inúteis.

Outro buraco, no outro lado da cidade,conseguiu esvaziar e chegar à água, criando assim um oásis.

Os dois buracos perceberam que a água que tinham achado era a mesma.

Tinham, então, um novo ponto de contato...

A comunicação profunda que só conseguem entre si aqueles que tem a coragem de esvaziar-se de seus conteúdos e buscar, no fundo do seu ser, aquilo que têm para dar e compartilhar.

Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 28-04...

Meditação do Dia

Domingo, 28 de Abril de 2013


Quem é que de facto melhora?
"Podemos também usar os passos para melhorar as nossas atitudes. Foram as nossas melhores ideias que nos meteram em problemas. Reconhecemos a necessidade de mudar." Texto Básico, p. 62

Quando entrámos em recuperação, a maioria de nós tinha pelo menos uma pessoa que detestava. Achávamos que ela era a pessoa mais mal educada e detestável do programa. Sabíamos que havia algo que podíamos fazer, um princípio qualquer de recuperação que podíamos praticar para ultrapassar aquilo que sentíamos por essa pessoa - mas o quê? Pedimos orientação ao nosso padrinho ou madrinha. Se calhar garantiram-nos, com um sorriso nos lábios, que se continuássemos a voltar, veríamos essa pessoa melhorar. Isso fez sentido. Acreditávamos que os passos de NA funcionavam nas vidas de todos. Se resultaram para nós, poderiam resultar também para essa pessoa "horrenda". O tempo foi passando, e chegou uma altura em que notámos que aquela pessoa não nos parecia tão mal educada ou detestável como antes. Ela tomara-se, na verdade, francamente tolerável, talvez até simpática. Sentimos um agradável choque quando realizámos quem é que de facto melhorara. Dado que fomos voltando, dado que continuámos a trabalhar os passos, a nossa percepção dessa pessoa tinha mudado. A pessoa que nos incomodava tomara-se "tolerável" porque nós próprios havíamos desenvolvido alguma tolerância; tornara-se "simpática" porque nós próprios havíamos desenvolvido a capacidade para amar. Por isso, quem é que na verdade melhora? Nós! À medida que praticamos o programa, construímos uma visão totalmente nova daqueles à nossa volta, ao construirmos uma visão nova de nós próprios.

Só por hoje: À medida que eu melhoro, também os outros irão melhorando. Hoje vou praticar tolerância e tentar amar aqueles que eu encontrar.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

sexta-feira, 26 de abril de 2013

REFLEXÃO DIÁRIA - 26 DE ABRIL

REFLEXÃO DIÁRIA - 26 DE ABRIL


FELICIDADE NÃO É O PONTO PRINCIPAL

Não acho que a felicidade ou a infelicidade seja o ponto principal. Como enfrentamos os problemas que chegam a nós?
Como aprendemos através deles, e transmitimos o que aprendemos aos outros, se é que querem aprender?
NA OPINIÃO DO BILL, p. 306


Na minha busca "para ser feliz" mudei de empregos, casei e me divorciei, tentei curas geográficas e me endividei - financeiramente, emocionalmente e espiritualmente. Em A.A. estou aprendendo a crescer. Ao invés de exigir que pessoas, lugares e coisas me façam feliz, posso pedir a Deus que me faça aceitar a mim mesmo. Quando um problema me domina, os Doze Passos de A.A. me ajudam a crescer através da dor. O conhecimento que ganho pode ser um presente para outros que sofrem do mesmo problema. Como disse Bill: "Quando chega a dor, se espera que aprendamos a lição com boa vontade, e ajudamos os outros a aprenderem. Quando a felicidade chega, a aceitamos como uma dádiva e agradecemos a Deus por obtê-la".


Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Frases para seu dia!!!

... Ajuda teu semelhante a levantar sua carga, mas não a carregues. (Tales de Mileto)

... Se pudéssemos aceitar nossos fracassos com serenidade, não seria tão difícil levantar-nos (Gordon)
... "Feliz de quem atravessa a vida inteira tendo mil razões para viver." (Dom Hélder Câmara)
... "O trabalho espanta três males: o vício, a pobreza e o tédio." (Voltaire)
... "Faça todo o bem que puder
Por todos os meios que puder
De todas as maneiras que puder
Em todos os lugares que puder
Todas as horas que puder
Para todas as pessoas que puder
Enquanto você puder."
(John Wesley)

Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Saúde amplia Rede de Atenção Psicossocial com prioridade a dependentes de álcool e drogas

Saúde amplia Rede de Atenção Psicossocial com prioridade a dependentes de álcool e drogas 

Portal Planalto
O Ministério da Saúde vai investir R$ 50 milhões para ampliar a Rede de Atenção Psicossocial no Sistema Único de Saúde, com prioridade ao atendimento de dependentes de álcool e drogas.

O recurso reservado é suficiente para construir 65 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) ou 100 Unidades de Acolhimento (UA) e será repassado aos municípios interessados que se habilitarem, de acordo com os termos da Portaria nº 615, publicada no Diário Oficial da União do dia 16 de abril.

É a primeira vez que o Ministério da Saúde repassa recursos para a construção destas unidades de saúde. Antes, a edificação ou aluguel do imóvel cabia aos municípios, o que dificultou a expansão da rede. O incentivo financeiro para a construção varia de R$ 500 mil a R$ 1 milhão, de acordo com o tipo e porte do estabelecimento.

“Com a medida, poderemos aumentar nossos serviços nas cidades que ainda não possuem os Centros de Atenção Psicossocial e Unidades de Acolhimento. Estes equipamentos são fundamentais no atendimento de pacientes psiquiátricos e usuários de drogas, como o crack”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A expansão representará um aumento da capacidade de atendimento dos Caps, de 38,8 milhões de procedimentos por ano para cerca de 40,5 milhões. Com as Unidades de Acolhimento, a previsão é um acréscimo de aproximadamente 1,2 mil novos leitos. “Mas a ampliação destes serviços vai depender de os estados e municípios apresentarem projetos”, destaca o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães.

Os municípios que já dispõem dos serviços também podem pleitear os recursos. “O prefeito que, por exemplo, aluga um espaço e deseja um local melhor, pode solicitar esse recurso. Entretanto, só poderá desativar o serviço atual quando o novo estiver pronto”, explica Magalhães.

Reinserção social

A Rede de Atenção Psicossocial conta com 1.891 Caps e 60 Unidades de Acolhimento em todo o país. Os objetivos dos Caps é oferecer atendimento, realizar acompanhamento clínico e contribuir para a reinserção social dos usuários, por meio de acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis, além de fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

Nas Unidades de Acolhimento são ofertados cuidados contínuos a pessoas com necessidades decorrentes do uso do crack, álcool e outras drogas e que estejam em situação de vulnerabilidade social e familiar, demandando, por isso, acompanhamento terapêutico. Possuem caráter residencial transitório e funcionam em sistema de 24 horas.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)


Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Consumo excessivo e frequente de álcool na faculdade pode causar doença cardíaca

Consumo excessivo e frequente de álcool na faculdade pode causar doença cardíaca 

Jornal do Povo
O consumo frequente e em excesso de bebidas na época da faculdade pode causar mudanças imediatas na circulação que aumentam o risco de desenvolver doença cardiovascular mais tarde na vida, de acordo com pesquisa publicada no Journal of American College of Cardiology.

A pesquisa revela que bebedores compulsivos tinham comprometimento da função dos dois principais tipos de células (endotélio e músculo liso) que controlam o fluxo de sangue.

"Bebedeira regular é um dos mais graves problemas de saúde pública enfrentados nos campus universitários. Esse hábito é neurotóxico e nossos dados confirmam que pode haver consequências cardiovasculares graves em jovens adultos", afirma o autor sênior Shane A. Phillips, da Universidade de Illinois, em Chicago.

Estudantes universitários com idades entre 18 e 25 anos têm as maiores taxas de episódios de bebedeira, com mais da metade se envolvendo no consumo excessivo de bebidas regularmente.

Estudos anteriores descobriram que consumo excessivo entre adultos em idades de 40 a 60 anos está associado com aumento do risco de acidente vascular cerebral, morte súbita cardíaca e ataque cardíaco, mas o efeito sobre os adultos mais jovens não foi estudado.

Os pesquisadores analisaram dois grupos de estudantes universitários não fumantes saudáveis: um que tinha um histórico de bebedeiras e outro que se abstiveram de álcool.

A bebedeira foi definida como consumo de cinco ou mais bebidas de tamanho padrão, em um período de duas horas para homens e quatro ou mais bebidas de tamanho padrão em um período de duas horas para o sexo feminino.

Em média, os alunos que consumiam bebidas em excesso fizeram isso seis vezes por mês a cada mês ao longo de quatro anos. Abstêmios foram definidos como não tendo consumido mais de cinco bebidas no ano anterior.

Os alunos também foram questionados sobre sua história médica, dieta, histórico de abuso de álcool na família e frequência de consumo excessivo de álcool.

Os resultados mostraram que os bebedores compulsivos tinham comprometimento da função dos dois principais tipos de células (endotélio e músculo liso) que controlam o fluxo de sangue. Estas alterações vasculares foram equivalentes a deficiência encontrada em indivíduos com histórico de consumo pesado diário de álcool e pode ser um precursor para o desenvolvimento de aterosclerose, ou endurecimento das artérias, e outras doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames.

Bebedores em excesso não tiveram aumento da pressão arterial ou colesterol, que são fatores de risco bem estabelecidos para doença cardíaca, no entanto, tanto a pressão arterial elevada quanto o colesterol causam alterações na função vascular semelhante às que os alunos demonstraram.

"É importante que os jovens entendam que o consumo excessivo é uma forma extrema de bebedeira e está associada com consequências sociais e médicas graves", afirma a coautora Mariann Piano.

De acordo com os investigadores, mais estudos são necessários para determinar se o dano causado pelo consumo excessivo de álcool na vida adulta pode ser revertido antes do aparecimento da doença cardiovascular e para determinar o prazo de início da doença.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)


Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 26-04...

Meditação do Dia

Sexta, 26 de Abril de 2013


Auto-aceitação
"A forma mais eficaz de nos aceitarmos a nós próprios é através da aplicação dos Doze Passos de recuperação." IP n° 19, A auto-aceitação

A maioria de nós chegou a Narcóticos Anónimos com pouca auto-aceitação. Olhámos para a destruição que criámos durante a nossa adicção activa, e sentimos ódio por nós mesmos. Tínhamos dificuldade em aceitar o nosso passado e a imagem de nós próprios por ele criada. Alcançamos mais depressa a auto-aceitação quando começamos por aceitar que temos uma doença chamada adicção, pois é mais fácil aceitarmo-nos a nós próprios como pessoas doentes do que como pessoas más. E quanto mais fácil for aceitarmo-nos a nós mesmos, mais fácil será também aceitarmos responsabilidade por nós próprios. Começamos a aceitar-nos através do processo de recuperação. A prática dos Doze Passos de Narcóticos Anónimos ensina-nos a aceitarmo-nos e às nossas vidas. Princípios espirituais como a rendição, a honestidade, a fé, a humildade, ajudam-nos a aliviar o peso dos nossos erros passados. A nossa atitude muda com a aplicação diária desses princípios nas nossas vidas. A auto-aceitação cresce à medida que nós próprios crescemos em recuperação.

Só por hoje: A auto-aceitação constitui um processo iniciado pelos Doze Passos. Hoje vou confiar nesse processo, praticar os passos, e aprender a aceitar-me melhor.
 
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes