terça-feira, 30 de julho de 2013

Novas drogas, novos riscos

Novas drogas, novos riscos                                                                                          

O Estado de S. Paulo
No último fim de semana uma adolescente de 15 anos morreu em Oxford, no Reino Unido, após ter consumido um comprimido que ela supunha ser ecstasy. No entanto, seus amigos afirmaram que se tratava de PMA (parametoxianfetamina), uma nova droga que tem sido recentemente associada à morte súbita de muitos jovens na Inglaterra.

O PMA é vendido na forma de uma pílula, em geral com um símbolo de coroa ou um "M", de cor rosa. Os efeitos são similares aos do ecstasy (mais energia, sensação de bem-estar, sensibilidade exacerbada aos estímulos externos, taquicardia, aumento de temperatura corporal), mas podem demorar até uma hora para aparecer, o que leva muitas pessoas a tomar uma dose extra, achando que a primeira não fez efeito, com risco muito maior de uma superdosagem.

O PMA é um potente liberador de serotonina (transmissor químico do sistema nervoso central, ligado a sensações de felicidade e bem-estar) e, também, a droga parece inibir as enzimas que degradam esse neurotransmissor, o que leva a uma duração ainda maior dos efeitos da substância.

Esse aumento de serotonina pode causar uma hipertermia (temperatura muito elevada), ainda mais grave se a pessoa usar uma dose muito alta ou misturar drogas diferentes. A hipertermia pode causar falência de órgãos e trazer risco de infarto.

A droga apareceu nos Estados Unidos, nos anos 1970, reapareceu na Austrália na década de 1990 e voltou à Europa, principalmente ao Reino Unido, recentemente. Não se sabe exatamente como nem de onde veio.

No fim de junho, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) divulgou relatório em que já alertava sobre um aumento importante (de quase 50%) das novas substâncias psicoativas (NSP) no mundo, nos últimos dois anos e meio, principalmente na Europa. Segundo o UNODC, o número dessas drogas sintéticas pulou de 166, em 2009, para 251 em 2012, mais do que o número das drogas tradicionais, que já estão sob controle internacional. Na Europa, 75% do consumo está em poucos países, como Reino Unido, França e Alemanha. Em função do aumento das NSPs, o consumo das drogas tradicionais (maconha e cocaína, por exemplo) caiu na Europa e nos EUA.

No Brasil, o relatório do UNODC não detectou um aumento nas NSPs, mas, sim, de cocaína (crack incluído). Mas as NSPs também estão presentes no País, e as apreensões têm detectado diferentes drogas, muitas delas trazidas da Europa, na mala de jovens de classe média, com a presença de diversos contaminantes (substâncias não previstas nem quantificadas), que aumentam os riscos.

Os jovens parecem ter dificuldade em enxergar que esses comprimidos (vendidos com apelidos singelos como "doces" ou "balas") são drogas com riscos potencias à saúde. Muitos são até prescritos como drogas lícitas (calmantes, anestésicos, etc) mas, tomados fora de indicação habitual - ou misturados com álcool -, trazem sensações distintas e efeitos colaterais incomuns nas dosagens habituais.

No momento em que muitos especialistas discutem a falência da política de combate às drogas nas últimas décadas como tentativa de diminuir o tráfico e o consumo das substâncias ilícitas, muita gente no Reino Unido acredita que, se houvesse um controle oficial da qualidade das NSPs, com regulamentação de sua venda, o número de mortes e acidentes com os jovens poderia diminuir.

O jornal inglês The Independent, na semana passada, revelou em um artigo sobre a morte da jovem de Oxford, um site (pillreports.com), desenvolvido não por um especialista - nem por nenhum governo -, mas por um leigo, técnico de teatro na Austrália, que tem se tornado uma espécie de rede de informação global, que tenta identificar pílulas e trazer os potenciais riscos que essas substâncias podem trazer aos usuários. Na Holanda, onde usuários podem levar drogas aos centros de testagem do governo para saber exatamente do que se trata, nenhuma morte por PMA ou outras NSPs foi notificada.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Pesquisa nega que maconha tenha benefício contra esclerose múltipla progressiva

Pesquisa nega que maconha tenha benefício contra esclerose múltipla progressiva                                                                                             

É mito que a maconha tenha benefícios contra os efeitos da esclerose múltipla progressiva. A afirmação é de pesquisadores britânicos que conduziram um amplo estudo clínico com cerca de 500 portadores da doença autoimune, em que foram testados os efeitos da substância ativa da planta, o tetraidrocanabiol (THC, na sigla em inglês). A exceção, ponderam os cientistas é para pacientes que apresentam a menor escala entre os graus de danos causados pela enfermidade.

O estudo foi publicado na revista “The Lancet Neurology”, uma das mais conceituadas no mundo científico. Pacientes de 26 centros de referência da doença em todo o Reino Unido foram estudados por oito anos. Os voluntários foram divididos em dois grupos: parte recebeu cápsulas com o THC e outra recebeu as mesmas cápsulas, mas sem a substância. Nenhum paciente sabia se a pílula tinha ou não o THC e todos receberam as cápsulas por três anos.

Em geral, o estudo não encontrou nenhuma evidência para apoiar um efeito do THC sobre a progressão da esclerose múltipla no resultado principal da pesquisa. No entanto, houve alguns indícios que sugerem um efeito benéfico nos participantes que estavam no extremo inferior da escala de incapacidade no início da pesquisa, mas, como o benefício só foi encontrado em um pequeno grupo de pessoas, e não em todo o grupo, mais estudos serão necessários para avaliar a robustez deste resultado.

Os atuais tratamentos para a esclerose múltipla são limitados, tanto quando destinados para o sistema imunológico nas fases mais iniciais da doença quanto em sintomas específicos, como espasmos musculares, fadiga e problemas na bexiga, disse o professor de neurociências clínicas John Zajicek, da Universidade de Plymouth.

- Atualmente, não há tratamento disponível para retardar os efeitos da esclerose múltipla quando ela se torna progressiva. Experimentos em laboratório já sugeriram que alguns derivados da cannabis podem ser neuroproterores. Nosso estudo não confirmou as descobertas feitas em laboratório, apesar de haver algum indício de benefício que aqueles no menor grau na escala de evolução, há pouca evidência para sugerir que o THC tem um impacto a longo prazo no retardamento da progressão da esclerose múltipla.

A forma progressiva é um dos subtipos da esclerose múltipla. A forma mais comum é a remitente-recorrente, caracterizada por surtos que duram dias ou semanas e, em seguida, desaparecem.

O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade de Plymouth e financiado pelo Conselho de Pesquisa Médica, do Reino Unido, a Sociedade de Esclerose Múltipla, do mesmo país e gerenciado pelo Instituto britânico de Pesquisa em Saúde.
Autor:
OBID Fonte: O Globo

Só por hoje 30-07...

Meditação do Dia

Terça, 30 de Julho de 2013


Inventário regular
"Continuarmos a fazer um inventário pessoal significa formarmos um hábito de olhar regularmente para nós mesmos, as nossas acções, atitudes e relações." II Texto Básico, p. 48

Fazer um inventário regular constitui um elemento-chave no nosso novo padrão de vida. Na nossa adicção olhávamos o menos possível para nós mesmos. Não nos sentíamos felizes com a forma como vivíamos as nossas vidas, mas não achávamos que podíamos mudá-la. Um auto-exame seria, na nossa opinião, um doloroso exercício de futilidade. Hoje, tudo isso está a mudar. Onde antes éramos impotentes perante a nossa adicção, encontrámos um Poder superior a nós mesmos que nos ajudou a parar de usar. Onde antes nos sentíamos perdidos, encontrámos orientação na experiência dos nossos companheiros em recuperação e no contacto crescente com o nosso Poder Superior. Não precisamos de sentir-nos prisioneiros dos nossos velhos padrões destrutivos. Temos a escolha de poder viver de forma diferente. Ao estabelecermos um padrão regular para fazermos o nosso próprio inventário, damos a nós próprios a oportunidade de mudar tudo aquilo que nas nossas vidas esteja mal. Se tivermos começado a fazer algo que cause problemas, podemos começar a modificar o nosso comportamento antes que isso fique fora de controlo. E se estivermos a fazer algo que evite que aconteçam problemas, podemos também tomar nota disso e encorajar-nos a nós próprios a continuar a fazer aquilo que resulta.

Só por hoje: Vou comprometer-me a incluir um inventário regular no meu novo padrão de vida.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton  Bernardes

Reflexão do dia 30 de Julho

Reflexão do dia 30 de Julho
      
devolvendo~
 
... encontrou algo mais valioso que o ouro... Pode não perceber, de início, que apenas tocou a superfície de uma mina infinita que só pagará dividendos se a explorar para o resto da vida e insistir em distribuir toda a produção.
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 145
 
      Minha parte na Sétima Tradição significa muito mais do que dar dinheiro para pagar o café. Significa se aceito por mim mesmo, ao pertencer a um Grupo. Pela primeira vez posso ser responsável, porque tenho uma escolha. Posso aprender os princípios para resolver os problemas de minha vida diária participando nos serviços de A.A. o que A.A. me deu! Devolver a A.A. não somente assegura minha sobriedade, mas me permite adquirir a garantia de que A.A. estará aqui para meus netos.
 
Força, fé e esperança,
 Clayton  Bernardes
 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Facilidade de conseguir crack atrapalha programa contra a droga

Facilidade de conseguir crack atrapalha programa contra a droga                                                                                               

Bom Dia Brasil
Um ano após a ocupação da cracolândia, em São Paulo, a droga continua um problema de saúde pública, de segurança e social.

A alta dependência de crack é considerada um problema de saúde pública e de segurança, principalmente nas maiores cidades. Mas o maior problema ainda é a facilidade pra conseguir a droga e se o crack chegou às ruas é porque o combate ao tráfico falhou pelo caminho.

Na cidade de São Paulo, vários pontos de crack atraem milhares de pessoas. É um problema de segurança, de saúde pública e social.

Cracolândia vem do inglês: terra do crack. Um mundo à parte aqui ao nosso lado, onde tudo gira em órbita dessa droga. “Aqui é fácil de conseguir o crack. É fácil de conseguir dinheiro”, diz um usuário. O repórter pergunta como ele consegue dinheiro, e ele responde: “Roubando”.

No começo do ano passado, a polícia ocupou a cracolândia, prendeu suspeitos, recolheu droga e acabou espalhando usuários de crack por outros pontos da cidade. Este ano, o Governo do Estado e a Justiça montaram um plantão pra agilizar os pedidos de internação dos dependentes.
Até agora, apenas uma pessoa foi internada compulsoriamente, ou seja, por ordem do juiz:
96 a pedido da família e mais de mil por vontade própria. Voluntários de uma ONG tentam convencer os usuários de crack a buscar tratamento.

O governo também anunciou a distribuição de um cartão com crédito para que as famílias pudessem pagar o tratamento em clínicas. O cartão deveria ser distribuído a partir deste mês, mas o programa ainda está em fase de implantação.
Para a coordenadora do trabalho contra as drogas no estado de São Paulo, falta mais estrutura para atender os dependentes.

“Tem um imaginário aí que se pegar as pessoas à força e colocar dentro de um hospital. O mundo vai ficar bonito. Não vai funcionar desse jeito. Hoje a gente tem vários dispositivos de saúde que os municípios podem dispor, os centros de atenção psicossocial, as unidades de acolhimento são fundamentais para a organização da rede de atenção. As enfermarias em hospitais gerais, os leitos de saúde mental em hospital geral”, declara Rosângela Elias, coordenadora de álcool e drogas da Secretaria Estadual da Saúde.

O médico Arthur Guerra acha que a internação é fundamental como o primeiro passo, mas não há leitos suficientes. Diz que falta também investir na ressocialização.

“Falta um braço social. Falta um braço que dê ao usuário de crack a possibilidade de ter uma carteira de trabalho, de buscar emprego”, diz Guerra, chefe do grupo de álcool e drogas da USP.

A chegada do crack até o usuário, nas ruas, significa que houve uma falha de segurança ao longo de centenas, milhares de quilômetros. Significa que a matéria-prima, a pasta-base de cocaína, entrou no país, atravessou uma parte dele e nenhuma polícia foi capaz de interceptar. Os nossos vizinhos especialistas na produção da droga são bem conhecidos.

Colômbia, Peru e Bolívia produzem praticamente toda a cocaína do mundo. Ela entra no Brasil pelas fronteiras em Roraima, Amazonas, Acre, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A Polícia Federal desarticulou 42 quadrilhas nas fronteiras em um intervalo de um ano e meio e apreendeu 40 toneladas de cocaína. Mas a secretária nacional de Segurança Pública diz que é impossível vigiar 17 mil quilômetros de fronteiras.

“Nós elencamos 60 pontos de vulnerabilidade. Temos tentado aportar a esses pontos para além de homens equipamentos de vigilância, de tecnologia para que os policiais possam para além da força física, usarem também a inteligência para combaterem o tráfico de drogas”, declara Regina Miki, da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

A Missão Belém trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo na recuperação de dependentes de drogas. Desde o final de 2012 a ONG já acolheu três mil pessoas e 540 estão nas casas da instituição. Apenas 200 pessoas que foram acolhidas voltaram às ruas.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Frases para sua semana!!!!!!

... "Quem mata o tempo não é assassino mas sim um suicida." (Millôr Fernandes)

... "O verdadeiro significado das coisas é encontrado ao se dizer as mesmas coisas com outras palavras." (Charles Chaplin)
... "Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror." (Charles Chaplin)
... "Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar." (Carlos Drummond de Andrade)
... "Todos fecham seu olhos quando morrem, mas nem todos enxergam quando estão vivos." (Augusto Cury)
... "Violência gera violência, os fracos julgam e condenam, porêm os fortes perdoam e compreendem." (Augusto Cury)
... "Construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: Não tenho medo de vivê-la." (Augusto Cury)
... "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena." (Fernando Pessoa)

Reflexão do dia 29 de Julho

Reflexão do dia 29 de Julho
 
      
dádivas anônimas de bondade
Como alcoólicos ativos estávamos sempre procurando um donativo de um e de outro.
AS DOZE TRADIÇÕES ILUSTRADAS PG. 14
 
 
 
      O desafio da Sétima Tradição é um desafio pessoal, lembrando-me para compartilhar e dar de mim mesmo. Antes da sobriedade a única coisa que eu sempre sustentei foi o meu hábito de beber. Agora meus esforços são um sorriso, uma palavra amável e bondosa.
      Vi que precisava carregar meu próprio peso e permitir aos meus novos amigos caminhar comigo porque, pela prática dos Doze Passos e das Doze Tradições, nunca havia tido algo tão bom.
 
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes