Crack ainda entorta boca na cracolândia
Diário de S. Paulo
Secretário de Saúde visitou o Centro e deu uma olhada no reflexo do programa De Braços Abertos
O secretário municipal de Saúde, José de Filippi Junior, visitou, nesta segunda, o Centro da cidade para ver de perto como anda o programa De Braços Abertos, que dá trabalho de varredor de rua ou zelador de praça, comida, moradia e R$ 15 por dia ao usuário de crack beneficiado pela ação. A dois metros dele, um grupo de jovens usava a droga, descaradamente. Secretário, é isso o que o senhor esperava ver?, perguntou o DIÁRIO. “Não dá para acabar em dez dias com um problema de dez anos”, respondeu.
Consumo da droga corre sem controle dentro dos quartos
Quem luta para sair do vício do crack e aderiu ao programa municipal De Braços Abertos reclama que a ação da Prefeitura é “o lobo vestido de cordeiro”.
“Eu estou nesse De Braços Abertos há uma semana. No meu quarto são cinco pessoas. Todas fumam crack dentro do quarto. Eu até peço para a galera não fumar, mas ninguém me ouve. Como é que eu posso parar de usar desse jeito? É óbvio que acabo fumando porque a fissura aumenta ao sentir o cheiro, ao ver a fumaça do crack“, desabafou Vanderlei da Silva, de 38 anos, usuário de crack há 25 anos, pai de cinco filhos, o mais novo com 2 anos de idade.
Ele está hospedado em um dos quartos do hotel Seoul, localizado numa esquina da Rua Helvétia, Centro, ponto nevrálgico da Cracolândia.
Morador de Barueri, Grande São Paulo, antes de viver nas ruas da capital Vanderlei trabalhava como operador de máquinas numa empresa de cabides. “Estou me esforçando nesse trabalho de varredor. Com os R$ 15 que vou ganhar (como ele está no programa há uma semana, Vanderlei diz que ainda não ganhou a quantia), pretendo comprar uns cremes para mim”, disse, dando a entender que ainda mantém a vaidade.
Outro beneficiado pelo programa De Braços Abertos é Alex do Carmo, de 35 anos. Ele e a mulher também moram em um hotel pago pela Prefeitura. O estabelecimento fica numa esquina da Rua Helvétia e é conhecido na região como hotel do Seu Cícero.
Alex admite que usa crack dentro do quarto. “Tem um cachimbo lá no quarto. A gente, às vezes, usa mesmo. Não vou negar. É mais forte do que a gente. Só quem já usou sabe o quanto é difícil largar o vício do crack. Mas não fico mais no fluxo, no movimento. Esse trabalho está me ajudando a sair, aos poucos, do crack”, afirmou.
O QUE DISSE A PREFEITURA
Troca de hotel é pontual Em nota, a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, uma das pastas responsáveis pelo programa De Braços Abertos, informou que os casos de mudanças de hotéis pelos beneficiários do programa são pontos isolados, que não atrapalham o desenvolvimento do projeto. “Há casos pontuais de beneficiários que mudaram de hotéis em razão de desavenças com outros beneficiários. Essas mudanças não impediram o acompanhamento deles pelas assistentes sociais”, afirmou a pasta. Dependentes químicos mudam de hotéis à vontade Não é apenas o uso de crack nos quartos dos hotéis, que ficam dentro do perímetro da Cracolândia, que gera insatisfação entre os beneficiados pelo programa e até mesmo entre quem trabalha no projeto De Braços Abertos. O DIÁRIO apurou que a falta de controle de quem fica e sai dos estabelecimentos é outro ponto crítico da operação.
Até agora, passado quase um mês de sua implantação, ainda não existe um cadastro completo de qual usuário mora em cada hotel. Há um troca-troca generalizado, motivado por brigas entre os beneficiados ou simplesmente pela vontade de mudar de hotel.
A situação dificulta o acompanhamento dos técnicos da Prefeitura, como, por exemplo, os assistentes sociais, que não conseguem aferir se os beneficiados estão cumprindo as regras do programa. Estava marcada para ontem uma reunião entre integrantes da administração municipal e os donos dos hotéis que fazem parte do programa. O objetivo do encontro seria justamente mudar esse quadro de rotatividade.
A maneira seria a criação de um sistema de controle que impeça um beneficiário mudar de quarto e, sobretudo, de hotel, sem que haja uma justificativa plausível.
Quem trabalha no programa quer que haja um congelamento dessas mudanças. Assim, o cadastro de quem faz parte da ação da Prefeitura poderá ser concluído com mais rapidez. Além das mudanças constantes de hotel, a ausência de portaria 24 horas em alguns deles dificulta um maior controle dos beneficiados. A situação agrava-se principalmente na madrugada.
O QUE DISSE A PREFEITURA
Ação é resgate de dignidade Mesmo sendo indagada sobre o consumo de crack dentro dos quartos, a Prefeitura preferiu não entrar diretamente na questão. Em nota, a administração municipal disse: “O objetivo da operação De Braços Abertos em um primeiro momento é o resgate da autoestima e da dignidade do dependente, por meio de alternativas como a oferta de postos nas frentes de trabalho remunerado, cursos de qualificação, moradia e alimentação, com acompanhamento da assistência social. A Prefeitura também oferece tratamento de saúde, com encaminhamento aos Centros de Atenção Psicossocial ou para internação em leitos de hospital ou de comunidades terapêuticas. Viciados reclamam falta de creche aos filhos A falta de creches às crianças filhas dos beneficiados também incomoda tanto quem trabalha como quem é beneficiado pela operação De Braços Abertos.
Em reunião entre membros da administração municipal e representante de uma ONG que atua no programa e tem até base na Cracolândia, as crianças dos beneficiários foram mencionadas.
“Existem os beneficiários e um subgrupo, que são os filhos deles. É preciso criar vagas em creches para colocar essas crianças enquanto os pais delas estão trabalhando no programa De Braços Abertos. Do jeito que está não pode (continuar)”, afirmou uma integrante da Prefeitura durante a reunião, acompanhada pelo DIÁRIO.
Um dos beneficiados participava da reunião. Identificado apenas como Teodoro, ele dizia não saber o que fazer com seu bebê, enquanto varre as ruas.
Os trabalhos desenvolvidos pelos usuários de crack ocorrem no período matutino. Outro problema é a alimentação das crianças nos fins de semana. Como o Bom Prato da Rua Dino Bueno, no meio da Cracolândia, funciona apenas de segunda-feira a sexta-feira e é lá que os beneficiados comem, as crianças ficam sem alternativa de uma refeição “saudável” aos sábados e domingos, relataram usuários aos integrantes da Prefeitura. “Meu bebê está comendo comida muito pesada de sábado e domingo”, reclamou Tedooro.
O QUE DISSE A PREFEITURA
Creche está em análise Apesar de ter sido questionada pelo DIÁRIO sobre os motivos que fazem os beneficiários do programa De Braços Abertos não conseguirem vagas para seus filhos em creches municipais, a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo limitou-se a responder “que o assunto está em análise”. A administração municipal, contudo, não informou quando o problema será resolvido, quantas vagas serão abertas, para quais creches serão levadas as crianças filhas dos usuários de crack que fazem parte do programa nem o investimento que aportará.
análise: Dartiu Xavier da Silveira, psiquiatra e diretor do Programa a Dependentes da Unifesp Programa é o melhor de todos
É preciso ter paciência com a operação De Braços Abertos. Ela ataca nos principais focos do vício em crack e de todos os outros vícios. São eles o desemprego, a ausência de moradia, a quebra da autoestima. É claro que existem pontos a serem acertados, como, por exemplo, essa rotatividade de hotéis. Mas sobre os hotéis serem na Cracolândia, não vejo problemas. Em qual ponto da cidade não existe traficante? De todas as ações já implantadas para acabar com a Cracolândia, essa é a melhor.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Crescem o consumo e as mortes por overdose de heroína nos EUA
Crescem o consumo e as mortes por overdose de heroína nos EUA
The Wall Street Journal
A morte do ator Philip Seymour Hoffman devido a uma aparente overdose de heroína assinala o recente ressurgimento da droga nos Estados Unidos, alimentado por um suprimento crescente vindo da América Latina e uma fiscalização maior dos narcóticos para uso medicinal — que dificulta o acesso a eles e empurra os viciados para as drogas ilegais.
O número de usuários de heroína nos EUA saltou quase 80% entre 2007 e 2012, para estimados 669.000, segundo pesquisas da Administração de Serviços de Saúde Mental e Abuso de Substâncias, a Samhsa, uma repartição do Departamento de Saúde e Serviços Humanos do país. O número anual de mortes por overdose atribuídas à heroína chegou a 3.094 em 2010 (ano mais recente para o qual há dados disponíveis), um aumento de 55% em relação a 2000, segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças.
Ao contrário da invasão da heroína ocorrida entre o fim dos anos 60 e o começo dos 80, que se concentrou nos centros urbanos, a epidemia atual está se alastrando pelas cidades menores e pelas áreas rurais. Num evento realizado em janeiro no Instituto Nacional de Abuso de Drogas, 17 entre 20 pesquisadores de todo o país relataram que a heroína era o seu maior problema emergente, diz James Hall, um epidemiologista do Centro de Pesquisa Aplicada sobre Uso de Substâncias e Disparidades de Saúde da Universidade Nova Southeastern, em Miami.
"A heroína não tem nenhum tipo de fronteira geográfica ou demográfica", disse Rusty Payne, um porta-voz da agência de combate às drogas dos EUA, a DEA, em Washington. "Ela atinge basicamente todos os segmentos da sociedade."
Um fator importante por trás do retorno da heroína são os viciados em analgésicos narcóticos que mudaram para a heroína à medida que os remédios se tornaram "caros demais ou menos acessíveis", diz Gil Kerlikowske, diretor do Escritório de Política Nacional de Controle de Drogas (ONDCP).
Cerca de 80% das pessoas que experimentam heroína pela primeira vez usaram analgésicos antes, segundo um relatório divulgado no ano passado pela Samhsa. Novos usuários geralmente começam fumando ou cheirando o pó da heroína e então passam para o uso intravenoso, o que acelera e aumenta a intensidade do estímulo.
Outro fator a considerar é que os produtores de heroína do México vêm ampliando sua produção nos últimos anos, dizem autoridades. Os traficantes estão cada vez mais distribuindo a heroína mexicana não apenas nas cidades do oeste dos EUA, onde a droga sempre esteve presente, mas também do leste, uma região antes dominada pela heroína colombiana.
As apreensões de heroína ao longo da fronteira entre EUA e México saltaram 232% entre 2008 e 2012, para 1.855 quilos, segundo dados da DEA.
A droga também está de modo geral se tornando mais potente, em parte devido a métodos de produção mais sofisticados, dizem autoridades.
Embora a heroína ainda seja misturada a outras substâncias antes de ser vendida nas ruas, os compradores geralmente obtêm um produto mais puro do que no passado, diz James Hunt, agente especial que dirige a divisão da DEA em Nova York. Enquanto a heroína dos anos 80 podia ter uma pureza de 5%, hoje não é incomum achar um papelote com uma droga 50% pura, o que a torna potencialmente letal, diz ele.
Além disso, a heroína é às vezes combinada com outras drogas perigosas, como o opioide sintético fentanil. Esta combinação está sendo responsabilizada pelo surto de mortes ocorrido nos últimos meses na costa leste dos EUA, incluindo 37 no Estado de Maryland e 22 na Pensilvânia.
Os usuários "pensam que estão recebendo uma dose normal de heroína", diz Thomas Carr, diretor da Área de Tráfico de Drogas de Alta Intensidade na região de Washington e Baltimore. "Em vez disso, eles estão recebendo algo que poderia matar um cavalo."
Os resultados da autópsia de Hoffman, realizada na segunda-feira, eram esperados a qualquer momento ontem. A polícia encontrou vários papelotes no seu apartamento em Nova York que continham o que parecia ser heroína.
O fornecimento de heroína em Nova York vem crescendo desde 2009, diz Bridget Brennan, uma promotora especial da cidade para a área de narcóticos. "Começamos a ver laboratórios que eram capazes de produzir centenas de milhares" de papelotes por dia, diz ela. A epidemia atual se equipara à dos anos 70 em dimensão, mas "a diferença é o novo usuário", acrescenta. "Esse novo usuário tende a ser mais jovem e mais afluente."
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
The Wall Street Journal
A morte do ator Philip Seymour Hoffman devido a uma aparente overdose de heroína assinala o recente ressurgimento da droga nos Estados Unidos, alimentado por um suprimento crescente vindo da América Latina e uma fiscalização maior dos narcóticos para uso medicinal — que dificulta o acesso a eles e empurra os viciados para as drogas ilegais.
O número de usuários de heroína nos EUA saltou quase 80% entre 2007 e 2012, para estimados 669.000, segundo pesquisas da Administração de Serviços de Saúde Mental e Abuso de Substâncias, a Samhsa, uma repartição do Departamento de Saúde e Serviços Humanos do país. O número anual de mortes por overdose atribuídas à heroína chegou a 3.094 em 2010 (ano mais recente para o qual há dados disponíveis), um aumento de 55% em relação a 2000, segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças.
Ao contrário da invasão da heroína ocorrida entre o fim dos anos 60 e o começo dos 80, que se concentrou nos centros urbanos, a epidemia atual está se alastrando pelas cidades menores e pelas áreas rurais. Num evento realizado em janeiro no Instituto Nacional de Abuso de Drogas, 17 entre 20 pesquisadores de todo o país relataram que a heroína era o seu maior problema emergente, diz James Hall, um epidemiologista do Centro de Pesquisa Aplicada sobre Uso de Substâncias e Disparidades de Saúde da Universidade Nova Southeastern, em Miami.
"A heroína não tem nenhum tipo de fronteira geográfica ou demográfica", disse Rusty Payne, um porta-voz da agência de combate às drogas dos EUA, a DEA, em Washington. "Ela atinge basicamente todos os segmentos da sociedade."
Um fator importante por trás do retorno da heroína são os viciados em analgésicos narcóticos que mudaram para a heroína à medida que os remédios se tornaram "caros demais ou menos acessíveis", diz Gil Kerlikowske, diretor do Escritório de Política Nacional de Controle de Drogas (ONDCP).
Cerca de 80% das pessoas que experimentam heroína pela primeira vez usaram analgésicos antes, segundo um relatório divulgado no ano passado pela Samhsa. Novos usuários geralmente começam fumando ou cheirando o pó da heroína e então passam para o uso intravenoso, o que acelera e aumenta a intensidade do estímulo.
Outro fator a considerar é que os produtores de heroína do México vêm ampliando sua produção nos últimos anos, dizem autoridades. Os traficantes estão cada vez mais distribuindo a heroína mexicana não apenas nas cidades do oeste dos EUA, onde a droga sempre esteve presente, mas também do leste, uma região antes dominada pela heroína colombiana.
As apreensões de heroína ao longo da fronteira entre EUA e México saltaram 232% entre 2008 e 2012, para 1.855 quilos, segundo dados da DEA.
A droga também está de modo geral se tornando mais potente, em parte devido a métodos de produção mais sofisticados, dizem autoridades.
Embora a heroína ainda seja misturada a outras substâncias antes de ser vendida nas ruas, os compradores geralmente obtêm um produto mais puro do que no passado, diz James Hunt, agente especial que dirige a divisão da DEA em Nova York. Enquanto a heroína dos anos 80 podia ter uma pureza de 5%, hoje não é incomum achar um papelote com uma droga 50% pura, o que a torna potencialmente letal, diz ele.
Além disso, a heroína é às vezes combinada com outras drogas perigosas, como o opioide sintético fentanil. Esta combinação está sendo responsabilizada pelo surto de mortes ocorrido nos últimos meses na costa leste dos EUA, incluindo 37 no Estado de Maryland e 22 na Pensilvânia.
Os usuários "pensam que estão recebendo uma dose normal de heroína", diz Thomas Carr, diretor da Área de Tráfico de Drogas de Alta Intensidade na região de Washington e Baltimore. "Em vez disso, eles estão recebendo algo que poderia matar um cavalo."
Os resultados da autópsia de Hoffman, realizada na segunda-feira, eram esperados a qualquer momento ontem. A polícia encontrou vários papelotes no seu apartamento em Nova York que continham o que parecia ser heroína.
O fornecimento de heroína em Nova York vem crescendo desde 2009, diz Bridget Brennan, uma promotora especial da cidade para a área de narcóticos. "Começamos a ver laboratórios que eram capazes de produzir centenas de milhares" de papelotes por dia, diz ela. A epidemia atual se equipara à dos anos 70 em dimensão, mas "a diferença é o novo usuário", acrescenta. "Esse novo usuário tende a ser mais jovem e mais afluente."
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Reflexão diária 06-02-2014
Reflexão diária 06-02-2014
Portanto, o Segundo Passo é o ponto de reagrupamento para todos nós. Sejamos agnósticos, ateus ou ex-crentes, podemos nos agrupar neste Passo.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
So por hoje 06-02...
Meditação do Dia
Quinta, 06 de Fevereiro de 2014
Eu não consigo - nós conseguimos
"Estávamos convencidos de que conseguiríamos resolver o problema sozinhos e prosseguimos pela vida nessa base. Os resultados foram desastrosos e, por fim, cada um de nós teve de admitir que a auto-suficiência era uma mentira." Texto Básico, p. 71
"Eu não consigo, mas nós conseguimos." Esta verdade simples mas profunda começa por aplicar-se à nossa primeira necessidade como membros de NA: Juntos conseguimos mantermo-nos limpos, mas quando nos isolamos estamos em má companhia. Para recuperarmos precisamos do apoio de outros adictos. A auto-suficiência retira-nos mais do que apenas a nossa capacidade de nos mantermos limpos. Com ou sem drogas, viver em vontade própria conduz inevitavelmente ao desastre. Dependemos de outras pessoas para tudo, desde bens e serviços, a amor e companhia. Todavia a vontade própria, põe-nos em constante, em constante conflito com essas mesmas pessoas. Para vivermos uma vida plena, precisamos de estar em harmonia com os outros. Nós não dependemos apenas de outros adictos e de outras pessoas da nossa comunidade. O poder não é uma característica humana, mas nós precisamos do poder para viver. Encontramo-lo num Poder superior a nós próprios, que nos dá a orientação e a força que nos falta, quando estamos sozinhos. Quando fingimos ser auto-suficientes, isolamo-nos da única fonte de poder capaz de guiar-nos eficazmente pela vida: o nosso Poder Superior. A auto-suficiência não funciona. Precisamos de outros adictos, precisamos de outras pessoas e, para vivermos plenamente, precisamos de um Poder superior a nós mesmos.
Só por hoje: Vou procurar o apoio de outros adictos em recuperação, a harmonia com os outros na minha comunidade, e o carinho do meu Poder Superior. Eu não consigo, mas nós conseguimos.
Só por hoje: Vou procurar o apoio de outros adictos em recuperação, a harmonia com os outros na minha comunidade, e o carinho do meu Poder Superior. Eu não consigo, mas nós conseguimos.
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Risco de derrame dobra na primeira hora após consumo de álcool
Risco de derrame dobra na primeira hora após consumo de álcool
Minha Vida
Na segunda hora, risco continua 60% maior do que o normal, diz estudo
O exagero no consumo de bebidas que contenham álcool como cerveja, vinho ou licor, pode dobrar o risco de derrame durante a primeira hora e continuar elevado depois de duas horas, de acordo com um estudo publicado no jornal Stroke. Os pesquisadores entrevistaram 390 pessoas três dias após elas terem um derrame.
O tipo mais comum de derrame, o acidente vascular cerebral (AVC), ocorreu quando o fluxo sanguíneo para o cérebro foi bloqueado por um coágulo. Pessoas que tiveram sua habilidade de falar prejudicada pelo derrame não foram incluídas nesse estudo. Durante a entrevista, 14 pessoas falaram que consumiram bebidas alcoólicas uma hora antes do derrame, 104 disseram que tinham bebido nas últimas 24 horas, e 248 disseram que tinham bebido no último ano.
O risco de AVC foi duas vezes mais alto durante a primeira hora depois de consumir álcool e continuou 60% maior do que o normal na segunda hora. É considerado elevado o consumo acima de 500 mililitros de cerveja ou 100 mililitros de vinho por dia.
O resultado da pesquisa se manteve igual mesmo após os cientistas levarem em conta outros fatores que aumentam a chance de problemas vasculares como diabetes, obesidade ou maus hábitos alimentares. Estudos anteriores já mostraram que um consumo moderado de álcool, 500 mililitros de cerveja ou 100 mililitros de vinho por dia, pode ser benéfico para a saúde, diminuindo o risco do desenvolvimento de doenças do coração.
Ainda não se sabe exatamente por que isso ocorre, mas o álcool pode aumentar a pressão sanguínea e ajudar na formação de um coágulo. "Essas mudanças acontecem rapidamente e podem ser as responsáveis pelo aumento da chance de ter uma hemorragia. Depois de algumas horas, as alterações causadas pelo álcool desaparecem", diz Murray A. Mitlleman, da Harvard Medical School, em Boston.
"Nós sabemos que, mesmo ocasionalmente, ter uma taxa alta de álcool na corrente sanguínea traz problemas para o corpo", diz Mitlleman. "Pessoas que consomem múltiplas doses de álcool por dia tem mais chances de ter problemas cardíacos, além de desenvolver outras complicações como câncer de mama e câncer de garganta."
O que se deve saber sobre derrames
Os derrames podem ocorrer como um ataque repentino, ou podem ser um processo de várias horas, com piora progressiva do paciente. Os coágulos sanguíneos (ou trombos) que causam o derrame podem ser dissolvidos ou desintegrados, para que o sangue volte a circular pelo cérebro.
Por isso, o socorro imediato pode significar a diferença entre um dano leve e uma incapacidade maior. Com o uso de medicamentos, stents e outras tecnologias, os médicos podem interromper o derrame antes que se espalhe e limitar bastante os danos. Os sintomas do derrame incluem:
- Dormência repentina, debilidade, paralisia do rosto, braço ou perna, normalmente em um lado do corpo
- Dificuldade repentina para falar ou entender uma conversação (afasia)
- Visão subitamente embaçada, dupla ou debilitada
- Vertigem, perda repentina de equilíbrio ou de coordenação.
- Dor de cabeça grave, súbita, sem explicação ou incomum, que pode vir acompanhada de rigidez do pescoço (torcicolo), dor facial, dor entre os olhos, vômito e consciência alterada
- Confusão ou problemas com a memória, orientação espacial ou percepção
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Minha Vida
Na segunda hora, risco continua 60% maior do que o normal, diz estudo
O exagero no consumo de bebidas que contenham álcool como cerveja, vinho ou licor, pode dobrar o risco de derrame durante a primeira hora e continuar elevado depois de duas horas, de acordo com um estudo publicado no jornal Stroke. Os pesquisadores entrevistaram 390 pessoas três dias após elas terem um derrame.
O tipo mais comum de derrame, o acidente vascular cerebral (AVC), ocorreu quando o fluxo sanguíneo para o cérebro foi bloqueado por um coágulo. Pessoas que tiveram sua habilidade de falar prejudicada pelo derrame não foram incluídas nesse estudo. Durante a entrevista, 14 pessoas falaram que consumiram bebidas alcoólicas uma hora antes do derrame, 104 disseram que tinham bebido nas últimas 24 horas, e 248 disseram que tinham bebido no último ano.
O risco de AVC foi duas vezes mais alto durante a primeira hora depois de consumir álcool e continuou 60% maior do que o normal na segunda hora. É considerado elevado o consumo acima de 500 mililitros de cerveja ou 100 mililitros de vinho por dia.
O resultado da pesquisa se manteve igual mesmo após os cientistas levarem em conta outros fatores que aumentam a chance de problemas vasculares como diabetes, obesidade ou maus hábitos alimentares. Estudos anteriores já mostraram que um consumo moderado de álcool, 500 mililitros de cerveja ou 100 mililitros de vinho por dia, pode ser benéfico para a saúde, diminuindo o risco do desenvolvimento de doenças do coração.
Ainda não se sabe exatamente por que isso ocorre, mas o álcool pode aumentar a pressão sanguínea e ajudar na formação de um coágulo. "Essas mudanças acontecem rapidamente e podem ser as responsáveis pelo aumento da chance de ter uma hemorragia. Depois de algumas horas, as alterações causadas pelo álcool desaparecem", diz Murray A. Mitlleman, da Harvard Medical School, em Boston.
"Nós sabemos que, mesmo ocasionalmente, ter uma taxa alta de álcool na corrente sanguínea traz problemas para o corpo", diz Mitlleman. "Pessoas que consomem múltiplas doses de álcool por dia tem mais chances de ter problemas cardíacos, além de desenvolver outras complicações como câncer de mama e câncer de garganta."
O que se deve saber sobre derrames
Os derrames podem ocorrer como um ataque repentino, ou podem ser um processo de várias horas, com piora progressiva do paciente. Os coágulos sanguíneos (ou trombos) que causam o derrame podem ser dissolvidos ou desintegrados, para que o sangue volte a circular pelo cérebro.
Por isso, o socorro imediato pode significar a diferença entre um dano leve e uma incapacidade maior. Com o uso de medicamentos, stents e outras tecnologias, os médicos podem interromper o derrame antes que se espalhe e limitar bastante os danos. Os sintomas do derrame incluem:
- Dormência repentina, debilidade, paralisia do rosto, braço ou perna, normalmente em um lado do corpo
- Dificuldade repentina para falar ou entender uma conversação (afasia)
- Visão subitamente embaçada, dupla ou debilitada
- Vertigem, perda repentina de equilíbrio ou de coordenação.
- Dor de cabeça grave, súbita, sem explicação ou incomum, que pode vir acompanhada de rigidez do pescoço (torcicolo), dor facial, dor entre os olhos, vômito e consciência alterada
- Confusão ou problemas com a memória, orientação espacial ou percepção
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Drogas ficaram mais potentes ao longo dos anos
Drogas ficaram mais potentes ao longo dos anos
O Globo
Cocaína, maconha e opiáceos foram afetados pela mudança de formulação em favor da conquista de mercado na década de 60 a maconha tinha 0,5% de THC, a substância psicoativa; atualmente esta concentração é de 5%
Não foi apenas o cigarro que se tornou mais potente e viciante ao longo das últimas décadas. Mudanças na formulação ou na tecnologia também afetaram outras drogas como maconha, cocaína e opiáceos (heroína), segundo estudo publicado na “British Medical Journal” no ano passado. A conquista de mercados é tida como o principal fator para estas transformações.
- Sem dúvida as drogas estão mais fortes. O crack não existia há 40 anos, a maconha era bem mais fraca e mesmo o álcool mudou. A tendência é com certeza torná-los mais eficientes e viciantes - afirmou Ronaldo Laranjeira, da Unifesp.
Um dos casos mais notórios é o da maconha, que recebeu um acréscimo significativo de tetrahidrocarbinol (THC), a substância psicoativa. Em média, na década de 60 ela tinha uma concentração de 0,5% de THC e atualmente é de 5%, dez vezes mais, segundo Laranjeira. Outros relatórios, como o do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), apontam para um aumento mais intenso nas últimas décadas: de 1,5% para 4% entre 1980 e 1990. Além disso, óleos com maconha regularizados nos EUA podem conter até 50% de THC.
- O mercado lá é mais dinâmico e está se diversificando - disse Laranjeira, que acrescentou: - Como no caso do cigarro, há aditivos. Plantadores de maconha costumam fazer xixi nela porque sabem que a ureia torna a droga mais forte.
Segundo o estudo britânico, enquanto o preço das drogas ilícitas despencou, a sua pureza aumentou entre 1990 e 2007. No caso da cocaína, mais de 60%. Há mais de três mil anos povos incas passaram a consumir folhas de coca para ter efeitos estimulantes. No final do século XIX, ela foi sintetizada. Freud chegou a fazer experimentos com a droga. De lá para cá, foi injetável, virou pó e virou base para a produção do crack, uma das drogas mais devastadoras e viciantes. Com o álcool, curiosamente, não foi tão diferente.
- O álcool só existia em forma fermentada, como vinho e cerveja, em que o teor de álcool não ultrapassava os 18%. No século XV, passou pelo primeiro processo de destilação, e no século XVII surgiu o gim, com teor alcoólico de mais de 40%. A partir daí aumentaram os problemas com a bebida.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
O Globo
Cocaína, maconha e opiáceos foram afetados pela mudança de formulação em favor da conquista de mercado na década de 60 a maconha tinha 0,5% de THC, a substância psicoativa; atualmente esta concentração é de 5%
Não foi apenas o cigarro que se tornou mais potente e viciante ao longo das últimas décadas. Mudanças na formulação ou na tecnologia também afetaram outras drogas como maconha, cocaína e opiáceos (heroína), segundo estudo publicado na “British Medical Journal” no ano passado. A conquista de mercados é tida como o principal fator para estas transformações.
- Sem dúvida as drogas estão mais fortes. O crack não existia há 40 anos, a maconha era bem mais fraca e mesmo o álcool mudou. A tendência é com certeza torná-los mais eficientes e viciantes - afirmou Ronaldo Laranjeira, da Unifesp.
Um dos casos mais notórios é o da maconha, que recebeu um acréscimo significativo de tetrahidrocarbinol (THC), a substância psicoativa. Em média, na década de 60 ela tinha uma concentração de 0,5% de THC e atualmente é de 5%, dez vezes mais, segundo Laranjeira. Outros relatórios, como o do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), apontam para um aumento mais intenso nas últimas décadas: de 1,5% para 4% entre 1980 e 1990. Além disso, óleos com maconha regularizados nos EUA podem conter até 50% de THC.
- O mercado lá é mais dinâmico e está se diversificando - disse Laranjeira, que acrescentou: - Como no caso do cigarro, há aditivos. Plantadores de maconha costumam fazer xixi nela porque sabem que a ureia torna a droga mais forte.
Segundo o estudo britânico, enquanto o preço das drogas ilícitas despencou, a sua pureza aumentou entre 1990 e 2007. No caso da cocaína, mais de 60%. Há mais de três mil anos povos incas passaram a consumir folhas de coca para ter efeitos estimulantes. No final do século XIX, ela foi sintetizada. Freud chegou a fazer experimentos com a droga. De lá para cá, foi injetável, virou pó e virou base para a produção do crack, uma das drogas mais devastadoras e viciantes. Com o álcool, curiosamente, não foi tão diferente.
- O álcool só existia em forma fermentada, como vinho e cerveja, em que o teor de álcool não ultrapassava os 18%. No século XV, passou pelo primeiro processo de destilação, e no século XVII surgiu o gim, com teor alcoólico de mais de 40%. A partir daí aumentaram os problemas com a bebida.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Consumo de álcool e gordura aumenta risco de câncer em brasileiras
Consumo de álcool e gordura aumenta risco de câncer em brasileiras
Midia News
Pesquisa promovida pela Fiocruz traça um panorama dos hábitos alimentares das brasileiras com mais de 35 anos e sugere mudanças na dieta diária
O consumo de álcool e de alimentos gordurosos – que tem aumentado entre as brasileiras – eleva os riscos para o desenvolvimento do câncer de mama. Pesquisa realizada na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) avaliou a correlação entre hábitos alimentares e o câncer, além de traçar o perfil alimentar das brasileiras com mais de 35 anos, possíveis alvos da doença.
Motivada pelo aumento do número de casos de câncer no Brasil e no mundo, Rita de Cássia Albuquerque decidiu estudar o tema durante o doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente da Ensp. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, só este ano, 580 mil novos casos da doença serão identificados no Brasil: 57 mil serão de câncer de mama. O tipo mais comum entre as mulheres ainda mata cerca de 13 mil ao ano.
Rita espera contribuir para a definição de políticas públicas de promoção à saúde que considerem esse cenário. “As elevadas incidência e mortalidade por câncer de mama no País justificam a implantação de estratégias efetivas de controle, que incluam ações de promoção à saúde, prevenção e detecção precoce, tratamento e cuidados paliativos. Conhecer aspectos dietéticos de grupos populacionais contribui para a melhor compreensão da relação entre hábitos alimentares e de estilo de vida”, diz.
Conheça a dieta anticâncer:
Abacate: rico em ácidos-graxos poli-insaturados e em vitaminas do grupo B, essenciais no combate ao câncer .
A pesquisadora acredita que a promoção da saúde é a maneira mais econômica de prevenir doenças crônicas, como o câncer. “As intervenções dietéticas têm impacto positivo nos desfechos de saúde em todo o ciclo da vida”, diz. Rita ressalta ainda que o governo precisa alertar a população para os riscos da má alimentação.
“A população brasileira está mudando seu consumo alimentar. Deixando de consumir alimentos típicos, como arroz, feijão e tubérculos, e consumindo muito sal, gordura e álcool. Esses alimentos podem desencadear muitas doenças crônicas, como o câncer. É preciso alertar a população”, afirma.
O estudo
Rita diz que a pesquisa foi desenhada para mostrar uma “fotografia”. Primeiro, a pesquisadora revisou as evidências científicas encontradas em trabalhos desenvolvidos em diferentes populações de todos os continentes do mundo sobre a relação entre padrões de consumo alimentar e câncer de mama.
Os padrões alimentares encontrados nas 26 pesquisas avaliadas por ela mostram que o consumo de vegetais, frutas, peixes, crustáceos, soja e derivados, azeite, frango e os hábitos típicos das regiões pesquisadas reduzem os riscos de desenvolver a doença. Por outro lado, o consumo de bebidas alcoólicas e comidas gordurosas aumentam os riscos.
Na sequência, a pesquisadora investigou os padrões de consumo alimentar das mulheres brasileiras com mais de 35 anos – possíveis alvos da doença – a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fez um levantamento sobre consumo alimentar individual com as famílias pesquisadas. As dietas relatadas por 8.325 mulheres foram analisadas.
Os padrões alimentares das brasileiras podem ser divididos em: tradicional brasileiro (composto por arroz, feijão, legumes e carnes vermelhas); lanches (pães, bolos e biscoitos, queijos gordos, carnes processadas, café e chá); gorduras e álcool (bebidas alcoólicas, refrigerantes, sanduíches, pizza, salgados e salgados fritos) e lacto-vegetariano (cereais matinais, laticínios e preparações à base de leite, leite desnatado e queijos magros, frutas, legumes e verduras).
Dividida a amostra, ela percebeu que 20% das mulheres da amostra têm como menor consumo médio o padrão tradicional brasileiro, que é o mais comum a apenas 10% delas. Outras 838 mulheres declararam um alto consumo de álcool e gorduras.
“Os resultados reforçam a importância da conservação de hábitos alimentares tradicionais, que estimulam o consumo de vegetais e frutas e desestimulam o consumo de alimentos gordurosos, ricos em açúcar e sal e o consumo de álcool”, diz.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Midia News
Pesquisa promovida pela Fiocruz traça um panorama dos hábitos alimentares das brasileiras com mais de 35 anos e sugere mudanças na dieta diária
O consumo de álcool e de alimentos gordurosos – que tem aumentado entre as brasileiras – eleva os riscos para o desenvolvimento do câncer de mama. Pesquisa realizada na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) avaliou a correlação entre hábitos alimentares e o câncer, além de traçar o perfil alimentar das brasileiras com mais de 35 anos, possíveis alvos da doença.
Motivada pelo aumento do número de casos de câncer no Brasil e no mundo, Rita de Cássia Albuquerque decidiu estudar o tema durante o doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente da Ensp. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, só este ano, 580 mil novos casos da doença serão identificados no Brasil: 57 mil serão de câncer de mama. O tipo mais comum entre as mulheres ainda mata cerca de 13 mil ao ano.
Rita espera contribuir para a definição de políticas públicas de promoção à saúde que considerem esse cenário. “As elevadas incidência e mortalidade por câncer de mama no País justificam a implantação de estratégias efetivas de controle, que incluam ações de promoção à saúde, prevenção e detecção precoce, tratamento e cuidados paliativos. Conhecer aspectos dietéticos de grupos populacionais contribui para a melhor compreensão da relação entre hábitos alimentares e de estilo de vida”, diz.
Conheça a dieta anticâncer:
Abacate: rico em ácidos-graxos poli-insaturados e em vitaminas do grupo B, essenciais no combate ao câncer .
A pesquisadora acredita que a promoção da saúde é a maneira mais econômica de prevenir doenças crônicas, como o câncer. “As intervenções dietéticas têm impacto positivo nos desfechos de saúde em todo o ciclo da vida”, diz. Rita ressalta ainda que o governo precisa alertar a população para os riscos da má alimentação.
“A população brasileira está mudando seu consumo alimentar. Deixando de consumir alimentos típicos, como arroz, feijão e tubérculos, e consumindo muito sal, gordura e álcool. Esses alimentos podem desencadear muitas doenças crônicas, como o câncer. É preciso alertar a população”, afirma.
O estudo
Rita diz que a pesquisa foi desenhada para mostrar uma “fotografia”. Primeiro, a pesquisadora revisou as evidências científicas encontradas em trabalhos desenvolvidos em diferentes populações de todos os continentes do mundo sobre a relação entre padrões de consumo alimentar e câncer de mama.
Os padrões alimentares encontrados nas 26 pesquisas avaliadas por ela mostram que o consumo de vegetais, frutas, peixes, crustáceos, soja e derivados, azeite, frango e os hábitos típicos das regiões pesquisadas reduzem os riscos de desenvolver a doença. Por outro lado, o consumo de bebidas alcoólicas e comidas gordurosas aumentam os riscos.
Na sequência, a pesquisadora investigou os padrões de consumo alimentar das mulheres brasileiras com mais de 35 anos – possíveis alvos da doença – a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fez um levantamento sobre consumo alimentar individual com as famílias pesquisadas. As dietas relatadas por 8.325 mulheres foram analisadas.
Os padrões alimentares das brasileiras podem ser divididos em: tradicional brasileiro (composto por arroz, feijão, legumes e carnes vermelhas); lanches (pães, bolos e biscoitos, queijos gordos, carnes processadas, café e chá); gorduras e álcool (bebidas alcoólicas, refrigerantes, sanduíches, pizza, salgados e salgados fritos) e lacto-vegetariano (cereais matinais, laticínios e preparações à base de leite, leite desnatado e queijos magros, frutas, legumes e verduras).
Dividida a amostra, ela percebeu que 20% das mulheres da amostra têm como menor consumo médio o padrão tradicional brasileiro, que é o mais comum a apenas 10% delas. Outras 838 mulheres declararam um alto consumo de álcool e gorduras.
“Os resultados reforçam a importância da conservação de hábitos alimentares tradicionais, que estimulam o consumo de vegetais e frutas e desestimulam o consumo de alimentos gordurosos, ricos em açúcar e sal e o consumo de álcool”, diz.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
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