domingo, 10 de abril de 2016
Crack a DROGA... Saiba como tudo começou e as consequências...
COMPOSIÇÃO E AÇÃO NO ORGANISMO
O crack é obtido a partir da mistura da pasta-base de coca ou cocaína refinada (feita com folhas da planta Erythroxylum coca), com bicarbonato de sódio e água. Quando aquecido a mais de 100ºC, o composto passa por um processo de decantação, em que as substâncias líquidas e sólidas são separadas. O resfriamento da porção sólida gera a pedra de crack, que concentra os princípios ativos da cocaína.
Segundo o químico e perito criminal da Polícia Federal (PF) Adriano Maldaner o nome ‘crack’ vem do barulho que as pedras fazem ao serem queimadas durante o uso. “A diferença entre a cocaína em pó e o crack é apenas a forma de uso, mas o princípio ativo é o mesmo”, afirma Maldaner.
Por ser produzido de maneira clandestina e sem qualquer tipo de controle, há diferença no nível de pureza do crack, que também pode conter outros tipos de substâncias tóxicas - cal, cimento, querosene, ácido sulfúrico, acetona, amônia e soda cáustica são comuns. “A pureza vai depender do valor pago na matéria-prima pelo produtor. Se a cocaína for cara, é misturada com outras substâncias, para render mais. Se for de uma qualidade inferior, pouca coisa ou nada é adicionado”, diz Maldaner.
Forma de uso e ação no organismo
O crack geralmente é fumado com cachimbos improvisados, feitos de latas de alumínio e tubos de PVC (policloreto de vinila), que permitem a aspiração de grande quantidade de fumaça. A pedra, geralmente com menos de 1 grama, também pode ser quebrada em pequenos pedaços e misturada a cigarros de tabaco ou maconha – o chamado mesclado, pitico ou basuco. “Ao aquecer a pedra, ela se funde e vira gás, que depois de inalado é absorvido pelos alvéolos pulmonares e chega rapidamente à corrente sanguínea”, conta Maldaner. Enquanto a cocaína em pó leva cerca 15 minutos para chegar ao cérebro e fazer efeito depois de aspirada, a chegada do crack ao sistema nervoso central é quase imediata: de 8 a 15 segundos, em média. É por esta razão que o crack pode ocasionar dependência mais rapidamente.
A ação do crack no cérebro dura entre cinco e dez minutos, período em que é potencializada a liberação de neurotransmissores como dopamina, serotonina e noradrenalina. “O efeito imediato inclui sintomas como euforia, agitação, sensação de prazer, irritabilidade, alterações da percepção e do pensamento, assim como alterações cardiovasculares e motoras, como taquicardia e tremores”, explica o psiquiatra Felix Kessler, do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
COMO SURGIU
O crack surgiu nos Estados Unidos na década de 1980 em bairros pobres de Nova Iorque, Los Angeles e Miami. O baixo preço da droga e a possibilidade de fabricação caseira atraíram consumidores que não podiam comprar cocaína refinada, mais cara e, por isso, de difícil acesso. Aos jovens atraídos pelo custo da droga juntaram-se usuários de cocaína injetável, que viram no crack uma opção com efeitos igualmente intensos, porém sem risco de contaminação pelo vírus da Aids, que se tornou epidemia na época.
No Brasil, a droga chegou no início da década de 1990 e se disseminou inicialmente em São Paulo. “O consumo do crack se alastrou no País por ser uma droga de custo mais baixo que o cloridrato de coca, a cocaína refinada (em pó). Para produzir o crack, os traficantes utilizam menos produtos químicos para fabricação, o que a torna mais barata", explica Oslain Santana, diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal.
Segundo estudo dos pesquisadores Solange Nappo e Lúcio Garcia de Oliveira, ambos da Universidade Federal de são Paulo (Unifesp), o primeiro relato do uso do crack em São Paulo aconteceu em 1989. Dois anos depois, em 1991, houve a primeira apreensão da droga, que avançou rapidamente: de 204 registros de apreensões em 1993 para 1.906 casos em 1995. Para popularizar o crack e aquecer as vendas, os traficantes esgotavam as reservas de outras drogas nos pontos de distribuição, disponibilizando apenas as pedras. Logo, diante da falta de alternativas, os usuários foram obrigados a optar e aderir ao uso.
Hoje, a droga está presente nos principais centros urbanos do País. Os dados mais recentes sobre o consumo do crack estão sendo coletados e indicarão as principais regiões afetadas, bem como o perfil do usuário. Segundo, no entanto, pesquisa domiciliar realizada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD, em parceria com o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) em 2005, 0,1% da população brasileira consumia a droga.
FATORES DE RISCO
Curiosidade pela experiência, influência do meio e de questões psicológicas e sociais são algumas situações que podem levar ao consumo do crack. Droga de efeito rápido e intenso, o crack leva o usuário rapidamente à dependência e, por isso, é fundamental prevenir o seu consumo. Veja no infográfico abaixo quais são os principais fatores de risco para o uso do crack.
SINAIS DE DEPENDÊNCIA
Como saber se uma pessoa próxima está usando crack
O usuário de crack apresenta mudanças evidentes de hábitos, comportamentos e aparência física. Um dos sintomas físicos mais comuns que ajudam a identificar o uso da droga é a redução drástica do apetite, que leva à perda de peso rápida e acentuada – em um mês de uso contínuo, o usuário pode emagrecer até 10 quilos. Fraqueza, desnutrição e aparência de cansaço físico também são sintomas relacionados à perda de apetite.
É comum ainda que o usuário tenha insônia enquanto está sob o efeito do crack, assim como sonolência nos períodos sem a droga. “Os períodos utilizando a droga prolongam-se e os usuários começam a ficar períodos maiores fora de casa, gastando, em média, três dias e noites inteiros destinados ao consumo do crack. Neste contexto, atividades como alimentação, higiene pessoal e sono são completamente abandonadas, comprometendo gravemente o estado físico do usuário”, afirma o psiquiatra Felix Kessler.
Sinais físicos como queimaduras e bolhas no rosto, lábios, dedos e mãos podem ser sinais do uso da droga, em função da alta temperatura que a queima da pedra requer. “Também se notam em alguns casos sintomas como flatulência, diarréia, vômitos, olhos vermelhos, pupilas dilatadas, além de contrações musculares involuntárias e problemas na gengiva e nos dentes”, aponta Fátima Sudbrack, coordenadora do Programa de Estudos e Atenção às Dependências Químicas (Prodequi) da Universidade de Brasília (UnB).
Comportamento
Falta de atenção e concentração são sintomas comuns, que levam o usuário de crack a deixar de cumprir atividades rotineiras, como freqüentar trabalho e escola ou conviver com a família e amigos. “O dependente apresenta algumas atitudes características, como mentir e ter dificuldades de estabelecer e manter relações afetivas. Muitas vezes apresenta comportamentos atípicos e repetitivos, como abrir e fechar portas e janelas ou apagar e acender luzes”, afirma Laura Fracasso, psicóloga da Instituição Padre Haroldo.
O usuário de crack também pode experimentar alucinações, sensações de perseguição (paranóia) e episódios de ansiedade que podem culminar em ataques de pânico, por exemplo. Isolamento e conflitos familiares são comuns. O dependente pode, ainda, passar a furtar objetos de valor de sua própria casa ou trabalho para comprar e consumir a droga. “O humor pode ficar desequilibrado em função do uso ou falta da droga. O usuário alterna entre estados de apatia e agitação”, diz Fátima Sudbrack.
Fonte: Ministério da Justiça
quarta-feira, 6 de abril de 2016
VOCÊS SABIAM??????
... O consumo exagerado de álcool de uma vez só,como a ingestão de 4 a 5 doses de bebida num período de 2 horas,é suficiente para elevar o risco da pessoa desenvolver diabetes[+]
... O abuso de drogas afeta negativamente o desempenho sexual nos homens, mesmo depois de anos de abstinência[+]
... Jovens que começam a beber antes de completar 15 anos são mais susceptíveis a abusar do álcool ou a tornar-se dependentes depois[+]
... Drogas internam 2,4 mil pessoas e custam 2,5 milhões por mês à Saúde de SP[+]
O que é drunkorexia?
O que é drunkorexia?
O termo “drunkorexia” foi inicialmente utilizado por veículos de comunicação, e apesar de não ser considerado um termo médico, se refere à sobreposição do consumo nocivo de álcool com tendências a transtornos alimentares, e vem sendo alvo de pesquisas nos últimos anos. É um fenômeno presente principalmente em estudantes universitários, na maioria do sexo feminino, embora também possa ocorrer em homens. O indivíduo com este problema faz restrição significativa da dieta quando é planejado consumo de álcool, para “poupar” calorias, ou ainda, adota comportamentos compensatórios, como a indução de vômitos, uso de diuréticos/laxantes ou atividade física extenuante. Em países como Austrália, por exemplo, a drunkorexia foi declarada como problema de saúde publica, tendo em vista rápido crescimento entre universitárias.
A maioria das pessoas que apresenta este transtorno de comportamento relatam como principal motivação o controle de peso, mas também existe a intenção de potencializar os efeitos do álcool. Em geral, são pessoas que consomem álcool com frequência e de maneira abusiva (comumente praticam BPE*), e acreditam que este uso levará ao ganho de peso. Sendo assim, se também apresentarem medo patológico de ganhar peso, preocupação obsessiva com magreza e alimentação ou distorção da imagem corporal, serão mais propensos ao desenvolvimento de drunkorexia. Vale lembrar que aspectos socioculturais também participam do entendimento do problema, com o culto em larga escala feito a pessoas magras, especialmente mulheres, na sociedade ocidental contemporânea.
A substituição de alimentos por bebidas alcoólicas é bastante perigosa, assim como as outras formas de compensação. Bebidas alcóolicas contêm calorias vazias, isto é, apesar de fornecerem energia, não oferecem nutrientes, e com a dieta inadequada, pode ocorrer uma carência de elementos essenciais ao funcionamento do corpo. Dependendo do caso, podem ocorrer alterações no equilíbrio de elementos básicos do sangue, sem o qual o coração e o cérebro adoecem de forma grave.
O uso abusivo de álcool é associado a muitas consequências negativas, e quando o quadro de drunkorexia acontece, o risco para tais consequências é ainda maior. Portanto, medidas que contribuam para a conscientização das pessoas sobre o problema, além de pesquisas capazes de mensurá-lo, especialmente entre as mulheres, são necessárias para conter e prevenir esta tendência.
*BPE: Padrão definido pela Organização Mundial de Saúde como consumo de 60 ou mais gramas (cerca de 5-6 doses) de álcool puro em uma única ocasião, ao menos uma vez por mês. Uma (1) dose padrão contém aproximadamente de 10 g a 12 g de álcool puro, o equivalente a uma lata de cerveja (330 ml) ou uma dose de destilados (30 ml) ou ainda a uma taça de vinho (100 ml).
Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool
O termo “drunkorexia” foi inicialmente utilizado por veículos de comunicação, e apesar de não ser considerado um termo médico, se refere à sobreposição do consumo nocivo de álcool com tendências a transtornos alimentares, e vem sendo alvo de pesquisas nos últimos anos. É um fenômeno presente principalmente em estudantes universitários, na maioria do sexo feminino, embora também possa ocorrer em homens. O indivíduo com este problema faz restrição significativa da dieta quando é planejado consumo de álcool, para “poupar” calorias, ou ainda, adota comportamentos compensatórios, como a indução de vômitos, uso de diuréticos/laxantes ou atividade física extenuante. Em países como Austrália, por exemplo, a drunkorexia foi declarada como problema de saúde publica, tendo em vista rápido crescimento entre universitárias.
A maioria das pessoas que apresenta este transtorno de comportamento relatam como principal motivação o controle de peso, mas também existe a intenção de potencializar os efeitos do álcool. Em geral, são pessoas que consomem álcool com frequência e de maneira abusiva (comumente praticam BPE*), e acreditam que este uso levará ao ganho de peso. Sendo assim, se também apresentarem medo patológico de ganhar peso, preocupação obsessiva com magreza e alimentação ou distorção da imagem corporal, serão mais propensos ao desenvolvimento de drunkorexia. Vale lembrar que aspectos socioculturais também participam do entendimento do problema, com o culto em larga escala feito a pessoas magras, especialmente mulheres, na sociedade ocidental contemporânea.
A substituição de alimentos por bebidas alcoólicas é bastante perigosa, assim como as outras formas de compensação. Bebidas alcóolicas contêm calorias vazias, isto é, apesar de fornecerem energia, não oferecem nutrientes, e com a dieta inadequada, pode ocorrer uma carência de elementos essenciais ao funcionamento do corpo. Dependendo do caso, podem ocorrer alterações no equilíbrio de elementos básicos do sangue, sem o qual o coração e o cérebro adoecem de forma grave.
O uso abusivo de álcool é associado a muitas consequências negativas, e quando o quadro de drunkorexia acontece, o risco para tais consequências é ainda maior. Portanto, medidas que contribuam para a conscientização das pessoas sobre o problema, além de pesquisas capazes de mensurá-lo, especialmente entre as mulheres, são necessárias para conter e prevenir esta tendência.
*BPE: Padrão definido pela Organização Mundial de Saúde como consumo de 60 ou mais gramas (cerca de 5-6 doses) de álcool puro em uma única ocasião, ao menos uma vez por mês. Uma (1) dose padrão contém aproximadamente de 10 g a 12 g de álcool puro, o equivalente a uma lata de cerveja (330 ml) ou uma dose de destilados (30 ml) ou ainda a uma taça de vinho (100 ml).
Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool
Tráfico de Drogas Inicia Crianças e Adolescentes na Criminalidade
Correio de Uberlândia - Por Diogo Machado
Número de jovens ligados ao tráfico cresceu mais de 14% entre 2014 e 2015 (Foto: Marcos RIbeiro)
Ítalo, Eduardo, Beatriz e Samara são nomes fictícios de adolescentes reais com idade entre 14 e 16 anos, que têm histórias parecidas de vida, marcadas pelo envolvimento com drogas, crimes ou conflitos domésticos. Os quatro jovens moram em casas simples, têm mais de dois irmãos e tiveram contato ainda na infância com pessoas ligadas ao tráfico. Eles fazem parte de uma estatística que mostrou, entre 2014 e 2015, um aumento acima dos 14% na quantidade de jovens envolvidos com o mundo das drogas, número considerado preocupante por organizações e instituições que integram o Sistema de Proteção à Criança e ao Adolescente. A reportagem do CORREIO de Uberlândia saiu às ruas para conhecer um pouco da realidade de jovens envolvidos com drogas e, por consequência, com a delinquência.
Aos 14 anos de idade, introspectivo e de pouca conversa, Ítalo repete, pela segunda vez, o 6º ano do ensino fundamental. A educação do adolescente foi interrompida duas vezes de 2014 para cá. Em ambas, o motivo foi seu envolvimento com crimes e drogas. Em 2015, ele foi apreendido e ficou 20 dias no Centro Socioeducativo de Uberlândia (Ceseu), o maior tempo que passou na unidade. “Fui apreendido a primeira vez com um celular que eu e um amigo pegamos de uma menina no Terminal Central. A segunda vez também foi por furto”, disse.
A mãe de Ítalo, Maria, de 50 anos, que tem outros seis filhos, contou que quando ele foi pego pela segunda vez toda a família foi abalada. “Foram os piores dias da minha vida. Muito humilhante ir até o Ceseu, ter que tirar a roupa para passar por revista para visitar o meu próprio filho. Foram dias muito ruins e difíceis. Graças a Deus agora ele regenerou”, afirmou a mãe em lágrimas e com a voz embargada.
Ítalo usou maconha pela primeira vez aos 11 anos e conta que espera parar, inclusive, abandonando os amigos que lhe apresentaram o vício. “Meus amigos me ofereceram e eu aceitei, daí comecei a fumar. Hoje eu estou parando, mas continuo com o cigarro normal”, afirmou o adolescente que fuma, em média, 10 cigarros por dia. Atualmente, Ítalo cumpre serviço comunitário e frequenta semanalmente o Crescer Socioeducativo, onde consulta com psicólogo e aprende informática.
Elas
A situação de garotas envolvidas com a criminalidade não é muito diferente da dos garotos. Elas, embora não passem internação, dizem sofrer tanto quanto eles. É o caso de Beatriz. Grávida do segundo filho, aos 16 anos de idade, ela ainda fuma maconha. Beatriz disse que foi usuária de crack, mas que conseguiu parar com esta droga quando engravidou pela primeira vez. A adolescente perdeu o primeiro filho. Ela foi encontrada pela reportagem na praça da Bíblia, no bairro Martins, setor central de Uberlândia. Ela fumava um cigarro quando concedeu entrevista. “Nunca cometi nenhum crime. Peço dinheiro na rua e assim eu vou vivendo”, disse a garota tentando esconder o sorriso sem alguns dentes. Ela reclamou da falta de apoio da família, contou que o irmão está preso por tráfico e que a mãe os abandonou há cerca de 8 anos. Eles vivem com a avó paterna.
A jovem Samara, por sua vez, virou o jogo. Literalmente. Aos 15 anos, a garota que já usou loló, maconha e cocaína, joga futebol para uma equipe de um bairro na zona leste. “A bola mudou minha vida. O professor cobrava muito e eu vinha na quadra só para fumar (maconha), agora é só bola. Sou boa nisso”, disse a adolescente que retomou os estudos e se inspira na seleção brasileira feminino, Marta.
CORREIO Infografia
Pouco me importa ser apreendido, diz o menor Eduardo de 14 anos
Se a jovem Samara conseguiu largar as drogas e se vangloria disso, o mesmo não acontece com Eduardo, de 14 anos. Acostumado com o “pessoal”, ele conta que não se importou em ir para o Ceseu no ano passado duas vezes. Segundo ele, a primeira vez, por 53 dias, foi dolorosa, pela distância da família e da filha de 6 meses que já tinha. “A segunda vez, foi no ano passado mesmo. Fiquei 5 meses e agora estou pagando de fora, com serviço comunitário”, afirmou o menor, que começou a usar drogas aos 11 anos.
Suas duas prisões foram por tráfico, mas ele explicou que para traficar é preciso dinheiro e, para isso, cometeu outros crimes. “Tenho ainda um roubo, um furto e uma receptação. Mas não fui pego em nenhuma dessas, eles só me apontaram com a galera”, disse o adolescente que vive em união estável com uma jovem de 17 anos e planeja estudar e ter outros filhos. Ele afirmou que está em busca de um emprego, mas que, para isso, precisava fazer o documento de identidade que ainda não tem.
Números em outros crimes tem queda
Crianças e adolescentes em Uberlândia correspondem a 28,9% das pessoas envolvidas com tráfico de drogas, conforme estudo divulgado pela Polícia Militar (PM). Ao todo, 749 dos 2.572 detidos em flagrante, no ano passado, por este tipo de crime, tinham menos de 18 anos. A comparação entre os anos de 2014 e 2015 mostrou aumento de 14,9% na quantidade de menores envolvidos com tráfico, de 644 para 749, respectivamente.
Nos dois últimos anos, outros crimes, como furto, ameaça, e receptação, por exemplo, apresentaram queda de 7,2%, 44,44% e 10,08%, respectivamente. Porém esses adolescentes ainda representam, em média, 16,9% dos detidos neste tipo de crime.
Neste ano, 294 adolescentes cumprem medidas socioeducativas nas unidades do Crescer, 98 delas cumprem serviço comunitário e 196 estão em liberdade assistida. Em 2015, foram 859 adolescentes cumprindo essas medidas. No ano anterior, 2014 foram 785.
Uberlândia tem crianças e adolescentes em acompanhamento constante
A cidade de Uberlândia tem três das quatro medidas socioeducativas aplicadas em Minas Gerais. O Meio Aberto, composto pela Liberdade Assistida e a Prestação de Serviços à Comunidade, é administrado pelo Município, por meio dos Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), Crescer Socioeducativo e Crescer Protetivas. Sob tutela do Estado, estão a internação e a internação provisória, feitas no Centro Socioeducativo de Uberlândia. Considerado o último recurso pelo o promotor da Infância e Juventude, Jadir Cerqueira.
Ele revela que todo o esforço do sistema protetivo da criança e do adolescente na cidade é para que o menor não termine no Ceseu. “Ali nós estamos falando de isolamento social, de um ambiente fora da família, quando na realidade a gente identifica que o trabalho não precisa ser feito só com o adolescente. Tem que ser com toda a família, que, em sua maioria, vive em vulnerabilidade social”, afirmou.
Segundo ele, para reduzir o número de menores infratores, é preciso a ampliação dos serviços de identificação e redução de riscos, como a abertura de novos conselhos tutelares. “Antes de se tornar um infrator, esse menor teve algum direito violado. Seja o da educação, seja o da família, ao desenvolvimento físico, moral e espiritual. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é perfeito em sua constituição, mas sua aplicação é que precisa ser melhorada”, disse o promotor.
Acesso à educação pode mudar a realidade de jovens delinquentes
Denise diz que a capacitação é a melhor ferramenta de combate (Foto: Marcos Ribeiro)
É consenso entre os grupos que formam o sistema de proteção à criança na cidade que a educação é o elemento fundamental na formação de profissionais melhor capacitados para o atendimento de menores envolvidos com drogas e o afastamento deles da criminalidade. “Entramos com uma ação em que o juiz decidiu que nenhuma criança ou adolescente pode ficar fora da escola. A escola, além de regenerar para quem está ruim, ela impede que você vá para o crime”, afirmou Jadir Cerqueira, promotor da Infância.
Pesquisa feita pelo promotor em 2009 apontou que a cada 100 adolescentes que praticaram crimes, que tinham seus casos levados à Promotoria, 70 deles cometeram os delitos quando deveriam estar na escola. Ao mesmo tempo, o promotor aponta que a capacitação dos profissionais que faz a identificação das crianças vítimas de violência deve ser maior. “A criança vítima de qualquer privação de direito, que vive em um ambiente instável, de vulnerabilidade, tende a criminalidade”, disse.
Para a secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho, Denise Ferreira Portes de Lima, todo o processo tem como objetivo mudar a trajetória de vida desses adolescentes. “O comprometimento dos profissionais da rede aumentou, o atendimento à família em vulnerabilidade melhorou e a possibilidade de mudança da realidade dessa criança está sendo alcançada. Tudo é um resgate e ampliar esse atendimento e identificação das crianças com os direitos violados é nossa melhor ferramenta para não ter um adolescente infrator”, afirmou.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
sábado, 2 de abril de 2016
Vocês Sabiam????????????
... O estigma - ou forte desaprovação social - do alcoolismo faz com que dois terços das pessoas diagnosticadas com dependência do álcool não procurem o tratamento adequado[+]
... Apesar da lei, os estudantes brasileiros têm o primeiro contato com álcool, em média, aos 12 anos[+]
... Começar a fumar maconha na adolescência pode afetar o desenvolvimento cognitivo[+]
Los Angeles - Califórnia aumenta para 21 anos idade mínima para comprar cigarro
Zero Hora
AFP
O Senado da Califórnia aprovou nesta quinta-feira um pacote de medidas que aumentam para 21 anos a idade mínima para comprar tabaco e regulam o uso de cigarros eletrônicos neste estado no oeste dos Estados Unidos.
As leis foram aprovadas na semana passada pela Câmara dos Representantes e agora devem ser ratificadas pelo governador democrata Jerry Brown para entrar em vigor.
Senadores deram sua aprovação à norma que aumenta de 18 a 21 a idade legal para comprar tabaco, fazendo da Califórnia o segundo estado do país a adotar essa decisão depois do Havaí.
"Esta é a oportunidade para a Califórnia para fazer história reduzindo drasticamente a possibilidade de contacto e veneno jovens", comemorou o senador Ed Hernandez, autor da legislação "Tobacco 21".
"O tabaco é a principal causa de morte nos Estados Unidos, com 480.000 pessoas morrendo a cada ano, incluindo 40.000 fumantes passivos", disse em comunicado.
O pacote de medidas aprovadas também enfatiza a regulação dos cigarros eletrônicos, que seguem as mesmas leis do tabaco normal, o que implica que o uso é proibido em locais públicos, assim como a venda a menores de 21 anos.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
Pesquisa: Uso de Inalantes é maior que de Maconha nas Escolas
O Globo
POR MARIANA ALVIM
Levi Siuzdak | Wikimedia Commons
Foi de 5,2% o percentual dos estudantes de ensino fundamental e médio que, entrevistados numa pesquisa do Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas)/Unifesp, declararam já ter utilizado solventes e inalantes no período de um ano.
O percentual fica atrás dos 42,4% que disseram ter usado álcool e 9,6%, tabaco, mas à frente da maconha, usada por 3,7% no período.
O levantamento, mais recente da série iniciada em 1986, foi publicado em 2010, com dados de todas as capitais.
Editoria de Arte | O Globo
No sábado, uma jovem de 18 anos morreu após inalar gás de buzina em São Paulo. Foi a terceira morte pelo mesmo motivo este ano no estado.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
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