domingo, 3 de fevereiro de 2013

Domingo com o PADRE OTAIR!!!!!!!


Todo ponto de vista é visto de um ponto

 

No decorrer de minha trajetória comunitária, seja como leigo ou sacerdote, pude constatar uma diversidade de atitudes e comportamentos que se contrapunham entre si nas relações interpessoais, dada a compreensão individual da realidade que cada ser humano possui e seu padrão de comportamento específico. Isto posto, considerarei alguns perfis e a maneira de atuação destes na comunidade/ sociedade, com objetivo de ampliar a compreensão sobre o universo do Eu e do Tu.

Observa-se que entre os membros de uma comunidade ou sociedade, há sempre aquelas pessoas cujas características estão associadas á passividade. São de um ritmo lento e dificilmente colocam suas opiniões. Acatam o que for decidido sem murmurar e, na maioria das vezes, assisti como espectadoras às discussões do grupo. Suas ações estão limitadas às ordens de uma liderança, preferem ser direcionados e não encontram dificuldades para executar.

Outra maneira de expressão dos indivíduos na vida comunitária é a de atividade intensa. Normalmente são rápidos e exigentes, dotados de muitas idéias e perfeccionistas assumidos. Por possuírem um padrão de rigidez próprio, acabam por exigir que os demais membros da comunidade/ sociedade ajam e pensem como eles. São de paciência curta e se irritam com a falta de ação e a lentidão dos companheiros. Esperam ansiosos os elogios alheios e são implacáveis diante do erro.

Entretanto, existe ainda outra maneira conhecida de agir na comunidade/sociedade: são os de postura moderada, os conciliadores. Esses procuram harmonizar os aspectos da individualidade de cada membro do grupo, com a intenção de encontrar um consenso de opiniões, freando a euforia dos mais acelerados e despertando os de comportamento passivo para o envolvimento e a participação. São dotados de grande habilidade política e também são afetados diretamente pela postura radical dos companheiros.

Dado isso, nos perguntamos: qual seria a melhor maneira de agir comunitariamente/ socialmente? Não podemos encarar a questão dizendo o que é certo ou errado; no entanto, há algumas atitudes que não estão em desuso. Estar aberto à novidade do outro e permitir que ela contribua para nosso crescimento. Conhecer a história pessoal de cada um e os motivos que o levaram a agir de tal modo. Entender que há pontos de vista diversos e que não somos o centro do universo. Reconhecer que não só ensinamos, mas também aprendemos. É essa postura humilde diante da vida que certamente nos faz melhores, e não permite que o distanciamento provocado pelo conflito de idéias acabe por menosprezar o que existe de mais humano entre nós, a relação com a alteridade.

                                                                               Pe  Otair Cardoso

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Reflexão diária 01-02...

REFLEXÃO DIÁRIA - 1 DE FEVEREIRO


ALVO: SANIDADE

 "... o Segundo Passo, sutil e gradualmente, começou a se infiltrar em minha vida. Não posso dizer a ocasião e a data em que vim a acreditar num Poder Superior a mim mesmo, mas certamente tenho essa crença agora".
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES, p. 23


"Viemos a acreditar". Eu acreditava da boca para fora quando sentia vontade ou quando pensava que ficaria bem. Eu realmente não confiava em Deus. Não acreditava que Ele se preocupava comigo. Continuei tentando mudar as coisas que eu não podia mudar. Aos poucos, de má vontade, comecei a colocar tudo nas mãos Dele, dizendo: "Você é onipotente, então tome conta disto". Ele tomou. Comecei a ter respostas para os meus problemas mais profundos, algumas vezes nas horas mais inesperadas: dirigindo para o trabalho, comendo um lanche, ou quando estava quase adormecido. Percebi que eu não tinha pensado naquelas soluções - um Poder Superior a mim mesmo as estava dando.
Eu vim a acreditar.

Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
,

Perguntas e respostas!!!!!!

1) O que é tolerância à drogas?

A tolerância acontece quando o organismo acaba por se acostumar ou fica tolerante à droga, ou seja, a droga faz a cada dia menos efeito. Assim para se obter o que se deseja, é preciso ir aumentando cada vez mais as doses.


Autor: Centro Brasileiro de Drogas Psicotrópicas - CEBRID/UNIFESP
Fonte:http://www.adolec.br/adolecfaq/index.php?action=artikel&cat=2&id=136&artlang=pt-br

2) No que se refere à maconha, a sociedade divide-se entre os que são contra seu uso e os a favor.

Da mesma forma que o vinho tinto, a maconha vem sendo estudada para o tratamento de algumas doenças, como o glaucoma e também, para o alívio de certos sintomas de doenças graves, como as dores espásticas da esclerose múltipla e as náuseas decorrentes da aplicação de quimioterapias. Estas investigações ainda carecem de metodologia rigorosa, da replicação dos estudos e acompanhamento longitudinal. Devemos participar de forma pró-ativa, integrando as equipes de pesquisa ou de forma expectante, acompanhando seus resultados.
Fonte:http://www.ippad.com.br/ippad/site/principal/entrevistas.asp?var_chavereg=16

3) Mito e Fato

Mito: O alcoolista é uma pessoa fraca e irresponsável.

Fato: O alcoolismo é uma doença crônica que compreende os seguintes sintomas: desejo incontrolável de beber, perda de controle (não conseguir parar de beber depois da pessoa ter começado), dependência física (sintomas físicos como sudorese, tremedeira e ansiedade quando a pessoa está sem o álcool) e tolerância (a pessoa com o tempo passa a precisar de doses maiores de álcool). A dependência de álcool não está associada ao caráter do indivíduo e muito dos problemas que ele apresenta são decorrentes da própria doença.

Fonte: National Istitute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA)
http://www.niaaa.nih.gov/FAQs/General-English/FAQ2.htm

4) O alcoolismo é hereditário?

A herança genética pode explicar parcialmente a vulnerabilidade de alguns indivíduos à dependência do álcool, já que outros fatores também demonstraram estar relacionados. Entre eles podemos citar: estilo de vida, influência do meio, presença de eventos estressores e capacidade de enfrentamento frente aos problemas ou dificuldades.


Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS) - Neuroscience of Psychoactive Substance Use
and Dependence, 2004.

Maneiras de prevenção a drogas!!!!

Prevenção

Muito se tem feito nos últimos tempos para que as pessoas se previnam contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou ilegalmente, para que elas sejam usadas. O resultado final é que as pessoas estão consumindo cada vez mais drogas.
Usar drogas, significa em primeira instância, buscar prazer. É muito difícil lutar contra o prazer, porque foi ele que sempre norteou o comportamento dos seres vivos para se autopreservarem e perpetuarem sua espécie. A droga provoca o prazer que engana o organismo, que então passa a querê-lo mais, como se fosse bom. Mas o prazer provocado pela droga não é bom, porque ele mais destrói a vida do que ajuda na sobrevivência. A prevenção tem de mostrar a diferença que há entre o que é gostoso e o que é bom.
Todo usuário e principalmente sua família têm arcado com as consequências decorrentes desse tipo de busca de prazer.
Pela disposição de querer ajudar outras pessoas, parte da sociedade procura caminhos para previnir o maior mal evitável deste final de milênio.

Caminhos disponíveis

1. Do medo - Os jovens não se aproximarão das drogas se as temerem. Para se criar o medo, basta mostrar somente o lado negativo das drogas. Pode funcionar para crianças enquanto elas acreditarem no adultos.

2. Das informações científicas - Quanto mais alguém souber sobre as drogas, mais condições terá para decidir usá-las ou não. Uma informação pode ser trocada por outra mais convincente e que atenda aos interesses imediatos da pessoa.

3. Da legalidade - Não se deve usar drogas porque elas são ilegais. Mas e as drogas legais? E todas as substâncias adquiridas livremente que podem ser transformadas em drogas?

4. Do princípio moral - A droga fere os princípios éticos e morais. Esses valores entram em crise exatamente na juventude.

5. Do maior controle da vida dos jovens - Mais vigiados pelos pais e professores, os jovens teriam maiores dificuldades em se aproximar das drogas. Só que isso não é totalmente verdadeiro. Não adianta proteger quem não se defende.

6. Do afeto - Quem recebe muito amor não sente necessidade de drogas. Fica aleijado afetivamente que só recebe amor e não o retribui. Droga é usufruir prazer sem ter de devolver nada.

7. Da auto-estima - Quem tem boa auto-estima não engole qualquer "porcaria". Ocorre que algumas drogas não são consideradas "porcarias", mas "aditivos" para curtir melhor a vida.

8. Do esporte - Quem faz esporte não usa drogas. Não é isso o que a sociedade tem presenciado. Reis do esporte perdem sua majestade devido às drogas.

9. Da união dos vários caminhos - É um caminho composto de vários outros, cada qual com sua própria indicação. Cada jovem escolhe o mais adequado para si. Por enquanto, é o que tem dado os resultados mais satisfatórios.

10. Da Integração relacional - Contribuição para enriquecer o caminho 9. Nesse trajeto, o jovem é uma pessoa integrada consigo mesmo (corpo e psique), com as pessoas com as quais se relaciona (integração social) e com o ecossistema (ambiente), valorizando a disciplina, a gratidão, a religiosidade, a ética e a cidadania.
(Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição)

Exames Toxicológicos!!!!!!

Exames Toxicológicos

Quais tipos de exames toxicológicos existentes? Eles detectam qualquer droga? A partir de quando eles dão positivo?

A análise toxicológica para verificação do consumo de drogas vem sendo utilizada no meio profissional, no esporte, no auxílio e acompanhamento da recuperação de usuários em clínicas de tratamento e em pesquisas. Há testes disponíveis para a detecção de qualquer tipo de substância psicoativa (maconha, cocaína, barbitúricos, opiáceos, anfetaminas e êxtase).

Atualmente há três tipos de exames capazes de detectar a presença de drogas no organismo:

Exame de Urina

As drogas são geralmente destruídas (metabolizadas) pelo fígado e eliminadas pela urina. Portanto, analisar a urina em busca de metabólitos das drogas é um dos métodos para se detectar a presença do consumo de drogas. A urina é geralmente aceita como amostra para verificar o uso recente de drogas de abuso, mas não permite distinguir o usuário ocasional do abusivo ou do dependente.

O período de duração da detectabilidade das drogas varia de acordo com a freqüência e intensidade do uso das mesmas. Este período pode variar de poucas horas até 27 dias (ver tabela abaixo). A análise de amostras de urina podem detectar o uso de maconha e de cocaína em períodos mais longos. Já o álcool é metabolizado e eliminado rapidamente e os exames toxicológicos detectam somente o uso feito nas últimas horas.

A exata concentração da droga ou de seu metabólito presente na urina não pode ser estimada; oferecendo um resultado preliminar. A quantificação da droga é realizada, quando solicitada, por metodologia específica em centros especializados. Portanto, a interpretação do resultado desta triagem deve ser submetida à consideração clínica e ao julgamento profissional do médico. Ainda, as concentrações de detecção do método seguem as recomendações da "Substance Abuse and Mental Health Services Administration" SAMHSA, EEUU.

Exame de Sangue

Pesquisa direta da droga no sangue. O exame de sangue possibilita apenas verificar o uso recente de substâncias (algumas horas). Este exame é realizado em centros especializados.

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É importante salientar que os teste de detecção de drogas só podem ser realizados após autorização do indivíduo por escrito ou em condições de urgência clínica. No ambiente hospitalar a triagem para drogas de abuso é realizada exclusivamente para avaliação e suporte da conduta médica, não podendo ser utilizado como subsídio para outras ações.

Duração da Detectabilidade das Drogas de Abuso na Urina:
  
SubstânciaDuração da Detectabilidade
Anfetamina48 horas
Metanfetamina48 horas
  
Barbitúricos: 
Ação curta24 horas
Ação IntermediáriaDe 48 a 72 horas
Ação Prolongada7 dias ou mais
  
Benzodiazepínicos3 dias (dose terapêutica)
Metabólitos da CocaínaDe 2 a 3 dias
Metadona3 dias aproximadamente
Codeína / Morfina48 horas
  
Canabinóides (maconha):3 dias
Uso Único4 dias
Uso Moderado10 dias
Uso Intenso (diário)10 dias
Uso Crônicode 21 a 27 dias
Metaquoalona7 dias ou mais
Feniciclidina (PCP)8 dias aproximadamente
Fonte: Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas)/Programa Álcool e Drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert Einstein


FORÇA, FÉ E ESPERANÇA
CLAYTON BERNARDES.

Frases para seu dia!!!!!!

É mais alegre contarmos as estrelas do céu do que as pedras do caminho." (Gonçalves Ribeiro)

... "Pelo erros dos outros, o homem sensato corrige os seus". (Oswaldo Cruz)
... "Uma longa viagem começa com um único passo." (Lao-Tsé)
... "Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional." (Roger Crawford)
... "Quando vejo alguém fazer algo que julgo errado; cuido para não fazer o mesmo" (Prof. Kilme Bezerra)
... "Quanto maior for à crença em seus objetivos, mais depressa você os conquistará" (Maxwell Maltz)
... "A vitória pertence ao mais perseverante" (Napoleão Bonaparte)
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 01-02...

Meditação do Dia

Sexta, 01 de Fevereiro de 2013


Dificuldades
"Sentíamo-nos diferentes ... Só depois de nos entregarmos é que conseguiremos ultrapassar a loucura da adicção." Texto Básico, p. 26

"Mas vocês não percebem!", gaguejávamos, tentando disfarçar. "Eu sou diferente! Eu estou mesmo com problemas!" Dissemos isto vezes sem conta durante a nossa adicção activa, quer fosse para tentar escapar às consequências das nossas acções, quer fosse para evitar seguir as regras que se aplicavam a toda a gente. Talvez tenhamos falado assim na nossa primeira reunião. Talvez até tenhamos dado por nós a lamentar-nos assim recentemente. Muitos de nós sentem-se diferentes ou únicos. Como adictos, podemos utilizar quase tudo para nos isolarmos, mas não há desculpas para fugirmos da recuperação. Não há nada que possa incapacitar-nos para o programa - nem uma doença perigosa, nem a pobreza, nada. Existem milhares de adictos que encontraram recuperação apesar das dificuldades que enfrentaram. Ao praticarem o programa, a sua consciência espiritual aumentou, apesar dessas dificuldades, ou como resposta a elas. As circunstâncias e as diferenças de cada indivíduo são irrelevantes quando se trata de recuperação. Ao deixarmos de achar que somos únicos e ao rendermo-nos a este simples modo de vida, mais tarde ou mais cedo iremos descobrir que nos sentimos parte de algo. E sentirmo-nos parte de algo dá-nos a força para caminhar pela vida, com dificuldades e tudo.

Só por hoje: Vou deixar de achar que sou único e vou abraçar os princípios de recuperação que tenho em comum com tantos outros. As minhas dificuldades não me excluem da recuperação; pelo contrário, atraem-me para ela.
 
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes