Pela 1ª vez, Curitiba zera número de crianças nascidas com o vírus HIV
Pela primeira vez nos últimos 20 anos, Curitiba zerou o número de crianças nascidas com o vírus HIV, causador da Aids. Segundo a prefeitura, nenhum novo caso foi registrado na cidade ao longo de 2013.
Dados da Secretaria de Saúde de 1994 a 2013 mostraram oscilações na quantidade de casos, com índices altos em 1996 e 1998, seguido de queda e estabilidade na quantidade de infecções a partir de 2001 – até zerar no ano passado.
A redução das infecções se deve, em grande parte, a um maior acompanhamento médico e tratamento adequado das mães grávidas com o medicamento antirretroviral, o que permitiu o nascimento da criança com carga viral negativa, ou seja, livre da doença.
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão do vírus de mãe para filho (denominada vertical) caiu 35% entre 2003 e 2012. A taxa de detecção no país há dois anos era de 3,4 para cada 100 mil habitantes. Em 2003, era de 5,1 para cada 100 mil habitantes.
Tratamento com antirretroviral na gravidez
De acordo com o médico infectologista José Luiz de Andrade Neto, professor dos cursos de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e da Universidade Federal do Paraná, para que a mulher portadora de HIV tenha um filho livre do vírus é preciso recorrer à inseminação artificial ou fertilização in vitro -- pela qual o óvulo é fertilizado fora do organismo da mulher antes de ser implantado no útero.
No caso de ambos serem soropositivos, é recomendada uma avaliação mais complexa para saber a possibilidade da gravidez, segundo o especialista. “É importante saber da infecção e tratá-la antes da gravidez, já que é alto o risco o bebê nascer com o vírus. Quanto mais tarde você começa com o medicamento [antirretroviral], maior o risco da criança ter o vírus”, explicou.
O médico, que também é consultor para Aids do Ministério da Saúde, disse que estudos realizados já apontaram a possibilidade da mulher com Aids praticamente zerar o risco de transmitir o vírus para o filho. Em contrapartida, quando as gestações não são assistidas, 30% das crianças nascem com a doença.
O especialista destaca a importância do pré-natal e a realização de exames para detectar não só o vírus da Aids, mas outras doenças sexualmente transmissíveis.
Se a mulher descobrir o HIV após constatar a gravidez, ela deve iniciar o tratamento imediatamente. A mãe soropositiva não poderá amamentar o filho no seio, já que existe a possibilidade de contágio pelo leite materno. Todo o tratamento para a Aids pode ser realizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Falta de diagnóstico na gravidez
A empregada doméstica M.D., de 49 anos, descobriu só ao longo de sua terceira gravidez que era portadora do vírus HIV. Moradora da capital paranaense, seus dois primeiros filhos nasceram com Aids por ela não ter sido diagnosticada com a doença nas gestações.
Ela lembra com angústia quando descobriu ser soropositiva quando aguardava o nascimento da filha caçula. “Me desesperei quando perguntei para a médica se poderia repetir o exame e se tinha chance de dar negativo. Ela disse que não tinha”, disse a mulher, que preferiu não se identificar.
A partir daquele dia, a doméstica iniciou o tratamento e, como ela diz, salvou a vida da filha mais nova. “Ela é muito inteligente e me ajuda aqui em casa”. Os filhos mais velhos também foram diagnosticados e já fazem o tratamento, assim como o pai dos filhos, com quem ela é casada até hoje.
Por conta das dificuldades que enfrentou, M.D. ajudou a fundar em Curitiba uma unidade da organização não-governamental Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids, que ajuda portadores do vírus e faz diversos trabalhos de conscientização pela cidade.
Sobre a gestação de mulheres com Aids, a curitibana avalia que com a evolução da medicina e a disseminação das informações é possível uma soropositiva ter filhos sem o vírus. “Não tenham medo”, recomenda.
Autor:
OBID Fonte: G1 PR
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Reflexão diária 12-02-2014
Reflexão diária 12-02-2014
Egoísmo, egocentrismo! Acreditamos que esta é a fonte de nossos problemas.
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
Só por hoje 12-02...
Meditação do Dia
Quarta, 12 de Fevereiro de 2014
Viver no momento
"Lamentávamos o passado, receávamos o futuro, e não sentíamos grande entusiasmo pelo presente." Texto Básico, p. 8
Até termos vivido o processo de recuperação que se dá quando trabalhamos os Doze Passos, dificilmente encontraremos uma frase mais verdadeira do que a citação acima. A maioria de nós chegou a NA de cabeça baixa, com vergonha, a pensar no passado e a desejar poder voltar atrás e mudá-lo. As nossas fantasias e expectativas sobre o futuro podem ser tão exageradas que, logo num primeiro encontro com alguém, damos connosco a pensar qual o advogado que contrataríamos para um divórcio. Quase todas as experiências fazem com que recordemos algo do passado ou comecemos a projectar o futuro. De início, é difícil mantermo-nos no momento. Parece que os nossos pensamentos não param. Temos grande dificuldade em nos divertirmos. Cada vez que percebermos que os nossos pensamentos não estão centrados naquilo que esteja a acontecer no momento, podemos rezar e pedir a um Deus amantíssimo que nos ajude a sairmos de nós. Se lamentamos o passado, fazemos reparações ao vivermos hoje de modo diferente; se receamos o futuro, trabalhamos para vivermos hoje responsavelmente. Se cada vez que descobrirmos que não estamos a viver o presente praticarmos os passos e rezarmos, vamos reparar que isso já não irá acontecer com a mesma frequência que antes. A nossa fé irá ajudar-nos a viver só por hoje. Iremos ter horas, até mesmo dias, em que a nossa atenção está totalmente centrada no momento presente, e não num passado de que nos arrependamos, ou num futuro que receemos.
Só por hoje: Quando vivo plenamente cada momento, abro-me às alegrias que de outra forma me escapariam. Se estou com problemas, vou pedir ajuda a um Deus amantíssimo.
Só por hoje: Quando vivo plenamente cada momento, abro-me às alegrias que de outra forma me escapariam. Se estou com problemas, vou pedir ajuda a um Deus amantíssimo.
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Pensem nisso!!!!!
... "A mais profunda raiz do fracasso em nossas vidas é pensar, Como sou inútil e fraco. É essencial pensar poderosa e firmemente, Eu consigo, sem ostentação ou preocupação."(Dalai Lama)
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
... "O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo."(Friedrich Nietzsche)
... "Uma pequena fé levará tua alma ao céu; uma grande fé trará o céu para sua alma."(Charles Spurgeon)
... "Se os homens tivessem dentro da alma a humildade e a gratidão, viveriam em perfeita paz."(Vicente Espinel)
... "O carinho é responsável por nove-décimos de qualquer felicidade sólida e durável existente em nossas vidas."(C. S. Lewis)
... "Quem tem uma batalha mais difícil do que aquele que se esforça para vencer a si mesmo?"(Tomás de Kempis)
... "A medida do amor é não ter medida."(Santo Agostinho)
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
Como e onde tratar adolescentes usuários de drogas?
Como e onde tratar adolescentes usuários de drogas?
UNIAD
Adolescentes usuários de drogas não são todos iguais. As drogas de abuso também não. Existe um sem-número de possibilidades de combinação entre os diversos indivíduos adolescentes e as diversas drogas de abuso e as formas de usá-las.
Entender essa diversidade de diagnóstico é fundamental para não incorrer no risco de ser simplista e ingênuo ao achar que existe um tipo de tratamento único que atenda a todos os perfis e subgrupos de usuários. Existe o grupo dos usuários experimentais; dos usuários frequentes; dos usuários que tiveram problemas social, familiar e educacional; dos que têm suporte familiar; dos que não têm nenhum suporte etc.
Portanto, o leitor deve desconfiar de qualquer política que se proponha a resolver o problema de uso de drogas com ações simples e únicas. É preciso formar uma rede de proteção e tratamento que atenda o adolescente de forma integral: saúde física, psíquica, educação e proteção social; de preferência que isso seja feito no mesmo espaço e de forma integrada. Não adianta planejar a psicoterapia em um lugar, com o médico em outro endereço, o esporte em outro bairro. A logística complicada piora a adesão e os resultados.
A meta deve ser abstinência. Não existem, até o momento, pesquisas que mostrem que qualquer quantidade de droga – de qualquer droga, mesmo álcool e tabaco – seja segura para a saúde do adolescente.
Qual é o tipo de equipamento de saúde existente no Brasil, hoje, com essas características? Nenhum.
Os Centros de Assistência Psicossocial (CAPS) se propõem a realizar a assistência de saúde e suporte social utilizando os recursos existentes na comunidade. Mas as conexões com os diversos serviços de saúde, lazer, educação e sociais são frágeis e de logística de difícil execução, senão impraticáveis, principalmente para aquele grupo de pacientes cujas famílias já estão desagregadas e a figura do cuidador é frágil ou ausente.
É preciso então inovar e pensar em outro modelo que complemente os serviços dos CAPS. Não que substitua, e sim que complemente. Mas não podemos criar um modelo com base apenas no que acreditamos ou confiando em uma lógica teórica e idealizada. É preciso investir em modelos que sejam custo-efetivos, isto é, que sejam testados na prática e comparados com outros modelos para determinar a efetividade. E esses serviços precisam ter um valor que possa ser custeado pela sociedade. De nada adianta um serviço efetivo que custe tão caro que seja inviável. Assim como nossa conta bancária, os recursos públicos também são finitos.
Nos próximos posts,vou discorrer aqui sobre alguns modelos inovadores para o tratamento de adolescentes que encontram base em evidências científicas.
Hoje gostaria apenas de lembrar que é preciso ter uma gama de serviços e/ou que esses serviços sejam o mais completos e abrangentes possível, já que existem vários subgrupos de adolescentes usuários de drogas. Vou ainda descrever os princípios científicos que qualquer serviço para tratar adolescentes deve possuir. Esses princípios foram escritos com base em inúmeras pesquisas científicas, pelo National Institute on Drug Abuse(NIDA), instituto americano que congrega hoje o maior número de pesquisadores em dependência química do mundo e reúne recursos financeiros alocados na ordem do que é gasto com todas as pesquisas em todas as áreas do conhecimento aqui no Brasil. São 13 princípios descritos a seguir.
Princípio 1: O uso de substâncias psicoativas na adolescência precisa ser identificado e tratado o mais rápido possível.
Princípio 2: Os adolescentes usuários de substâncias psicoativas podem se beneficiar de uma intervenção para o uso de drogas mesmo que eles não sejam dependentes ainda.
Princípio 3: Consultas de rotina podem ser boas oportunidades para rastrear o uso de drogas na adolescência.
Princípio 4: Intervenções judiciais e pressão familiar desempenham importante papel na admissão e na manutenção do adolescente no tratamento.
Princípio 5: O tratamento deve ser adaptado às necessidades específicas de cada adolescente. O tratamento deve ser individualizado e um plano deve ser traçado com base nas necessidades específicas. Alguns precisarão de monitoramento do uso de droga, outros não. Alguns precisarão de medicamentos, outros não, e assim por diante.
Princípio 6: O tratamento deve atender às necessidades integrais dos adolescentes, e não apenas ter foco no uso de substância. É preciso pensar em educação, tratamento familiar etc. Não adianta manter o adolescente internado em um hospital por seis meses sem escola, por exemplo.
Princípio 7: Terapia comportamental é eficaz no tratamento do uso de drogas na adolescência. Os adolescentes respondem bem aos incentivos motivacionais, principalmente os reforços positivos, que recompensam comportamentos positivos, como a abstinência.
Princípio 8: Incluir a família e a comunidade é um aspecto importante do tratamento. A família é responsável pelo adolescente. Não é possível transferir essa responsabilidade para o Estado, para o médico, para o psicólogo, para a escola ou para o professor. Mas a família às vezes adoece junto e precisa ser incentivada e ajudada para que possa cumprir a responsabilidade de cuidar de seus adolescentes e seguir as orientações dos profissionais.
Princípio 9: Para que o tratamento seja efetivo, é importante identificar e tratar quaisquer outras condições de saúde mental que os adolescentes possam ter. Uma avaliação médica é muito importante. Existem doenças que tratadas melhoram muito o prognóstico.
Princípio 10: Questões sensíveis, como violência, abuso e risco de suicídio, devem ser pesquisadas, identificadas e tratadas em todos os adolescentes usuários de substância.
Princípio 11: É importante monitorar o uso de drogas durante o tratamento de adolescentes. Existem testes rápidos de urina ou de fio de cabelo, que ajudam nesse monitoramento.
Princípio 12: Permanecer em tratamento por um período de tempo adequado e manter continuidade são aspectos importantes. O adolescente e a família precisam ser incentivados a se manter em tratamento. Tratamentos que não têm controles eficazes de frequência e busca ativa têm baixa adesão e falham.
Princípio 13: É importante realizar testes para doenças sexualmente transmissíveis, principalmente HIV, hepatite B e hepatite C.
Qualquer serviço precisa desses ingredientes básicos. Nas próximas semanas, prosseguiremos essa discussão aprofundando dois assuntos: os diversos subgrupos de adolescentes usuários de drogas e as possibilidades de serviços para tratá-los.
Dr. Cláudio Jerônimo da Silva – psiquiatra e Diretor Técnico do UNAD
UNIAD
Adolescentes usuários de drogas não são todos iguais. As drogas de abuso também não. Existe um sem-número de possibilidades de combinação entre os diversos indivíduos adolescentes e as diversas drogas de abuso e as formas de usá-las.
Entender essa diversidade de diagnóstico é fundamental para não incorrer no risco de ser simplista e ingênuo ao achar que existe um tipo de tratamento único que atenda a todos os perfis e subgrupos de usuários. Existe o grupo dos usuários experimentais; dos usuários frequentes; dos usuários que tiveram problemas social, familiar e educacional; dos que têm suporte familiar; dos que não têm nenhum suporte etc.
Portanto, o leitor deve desconfiar de qualquer política que se proponha a resolver o problema de uso de drogas com ações simples e únicas. É preciso formar uma rede de proteção e tratamento que atenda o adolescente de forma integral: saúde física, psíquica, educação e proteção social; de preferência que isso seja feito no mesmo espaço e de forma integrada. Não adianta planejar a psicoterapia em um lugar, com o médico em outro endereço, o esporte em outro bairro. A logística complicada piora a adesão e os resultados.
A meta deve ser abstinência. Não existem, até o momento, pesquisas que mostrem que qualquer quantidade de droga – de qualquer droga, mesmo álcool e tabaco – seja segura para a saúde do adolescente.
Qual é o tipo de equipamento de saúde existente no Brasil, hoje, com essas características? Nenhum.
Os Centros de Assistência Psicossocial (CAPS) se propõem a realizar a assistência de saúde e suporte social utilizando os recursos existentes na comunidade. Mas as conexões com os diversos serviços de saúde, lazer, educação e sociais são frágeis e de logística de difícil execução, senão impraticáveis, principalmente para aquele grupo de pacientes cujas famílias já estão desagregadas e a figura do cuidador é frágil ou ausente.
É preciso então inovar e pensar em outro modelo que complemente os serviços dos CAPS. Não que substitua, e sim que complemente. Mas não podemos criar um modelo com base apenas no que acreditamos ou confiando em uma lógica teórica e idealizada. É preciso investir em modelos que sejam custo-efetivos, isto é, que sejam testados na prática e comparados com outros modelos para determinar a efetividade. E esses serviços precisam ter um valor que possa ser custeado pela sociedade. De nada adianta um serviço efetivo que custe tão caro que seja inviável. Assim como nossa conta bancária, os recursos públicos também são finitos.
Nos próximos posts,vou discorrer aqui sobre alguns modelos inovadores para o tratamento de adolescentes que encontram base em evidências científicas.
Hoje gostaria apenas de lembrar que é preciso ter uma gama de serviços e/ou que esses serviços sejam o mais completos e abrangentes possível, já que existem vários subgrupos de adolescentes usuários de drogas. Vou ainda descrever os princípios científicos que qualquer serviço para tratar adolescentes deve possuir. Esses princípios foram escritos com base em inúmeras pesquisas científicas, pelo National Institute on Drug Abuse(NIDA), instituto americano que congrega hoje o maior número de pesquisadores em dependência química do mundo e reúne recursos financeiros alocados na ordem do que é gasto com todas as pesquisas em todas as áreas do conhecimento aqui no Brasil. São 13 princípios descritos a seguir.
Princípio 1: O uso de substâncias psicoativas na adolescência precisa ser identificado e tratado o mais rápido possível.
Princípio 2: Os adolescentes usuários de substâncias psicoativas podem se beneficiar de uma intervenção para o uso de drogas mesmo que eles não sejam dependentes ainda.
Princípio 3: Consultas de rotina podem ser boas oportunidades para rastrear o uso de drogas na adolescência.
Princípio 4: Intervenções judiciais e pressão familiar desempenham importante papel na admissão e na manutenção do adolescente no tratamento.
Princípio 5: O tratamento deve ser adaptado às necessidades específicas de cada adolescente. O tratamento deve ser individualizado e um plano deve ser traçado com base nas necessidades específicas. Alguns precisarão de monitoramento do uso de droga, outros não. Alguns precisarão de medicamentos, outros não, e assim por diante.
Princípio 6: O tratamento deve atender às necessidades integrais dos adolescentes, e não apenas ter foco no uso de substância. É preciso pensar em educação, tratamento familiar etc. Não adianta manter o adolescente internado em um hospital por seis meses sem escola, por exemplo.
Princípio 7: Terapia comportamental é eficaz no tratamento do uso de drogas na adolescência. Os adolescentes respondem bem aos incentivos motivacionais, principalmente os reforços positivos, que recompensam comportamentos positivos, como a abstinência.
Princípio 8: Incluir a família e a comunidade é um aspecto importante do tratamento. A família é responsável pelo adolescente. Não é possível transferir essa responsabilidade para o Estado, para o médico, para o psicólogo, para a escola ou para o professor. Mas a família às vezes adoece junto e precisa ser incentivada e ajudada para que possa cumprir a responsabilidade de cuidar de seus adolescentes e seguir as orientações dos profissionais.
Princípio 9: Para que o tratamento seja efetivo, é importante identificar e tratar quaisquer outras condições de saúde mental que os adolescentes possam ter. Uma avaliação médica é muito importante. Existem doenças que tratadas melhoram muito o prognóstico.
Princípio 10: Questões sensíveis, como violência, abuso e risco de suicídio, devem ser pesquisadas, identificadas e tratadas em todos os adolescentes usuários de substância.
Princípio 11: É importante monitorar o uso de drogas durante o tratamento de adolescentes. Existem testes rápidos de urina ou de fio de cabelo, que ajudam nesse monitoramento.
Princípio 12: Permanecer em tratamento por um período de tempo adequado e manter continuidade são aspectos importantes. O adolescente e a família precisam ser incentivados a se manter em tratamento. Tratamentos que não têm controles eficazes de frequência e busca ativa têm baixa adesão e falham.
Princípio 13: É importante realizar testes para doenças sexualmente transmissíveis, principalmente HIV, hepatite B e hepatite C.
Qualquer serviço precisa desses ingredientes básicos. Nas próximas semanas, prosseguiremos essa discussão aprofundando dois assuntos: os diversos subgrupos de adolescentes usuários de drogas e as possibilidades de serviços para tratá-los.
Dr. Cláudio Jerônimo da Silva – psiquiatra e Diretor Técnico do UNAD
No INSS, pedidos de auxílio-doença para usuários de drogas triplicam em oito anos
No INSS, pedidos de auxílio-doença para usuários de drogas triplicam em oito anos
O Globo
No mesmo período, o benefício concedido a viciados em cocaína e seus derivados, como crack e merla, também mais do que triplicou
Por anos, o eletricista Cléber Wilson do Prado Franchi, de 35 anos, conciliou a rotina de trabalho com o vício do álcool e da cocaína. Em 2011, um aumento no consumo das duas drogas levou o profissional a apresentar sintomas como perda de raciocínio e coordenação, e fez com que ele fosse demitido da multinacional onde trabalhava. Nessa época, ele ingeria três litros de álcool por dia e chegou a ter duas overdoses. Em busca de ajuda, internou-se em uma clínica de reabilitação e, desde 2012, recebe um auxílio-doença mensal no valor de R$ 1.500. Isso fez com que ele entrasse em uma estatística preocupante que vêm crescendo nos últimos anos. O consumo de drogas no Brasil não só cresce, como também afasta cada vez mais brasileiros do mercado de trabalho.
Nos últimos oito anos, o total de auxílios-doença relacionados à dependência química simultânea de múltiplas drogas teve um aumento de 256%, pulando de 7.296 para 26.040. No mesmo período, o benefício concedido a viciados em cocaína e seus derivados, como crack e merla, também mais do que triplicou. Passou de 2.434, em 2006, para 8.638, em 2013, num crescimento de 254%. O uso de maconha e haxixe resultou, por sua vez, em auxílio para 337 pessoas, em 2013, contra 275, há oito anos.
Os dados inéditos foram obtidos pelo GLOBO com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ao todo, nos últimos oito anos, a soma de auxílios-doença concedidos a usuários de drogas em geral, como maconha, cocaína, crack, álcool, fumo, alucinógenos e anfetaminas, passou de um milhão. Só em 2013, essa soma alcançou 143.451 usuários.
Segundo o INSS, o total gasto em 2013 com auxílios-doença relacionados a cocaína, crack e merla foi de R$ 9,1 milhões. Os benefícios pagos a usuários de mais de uma droga somaram R$ 26,2 milhões. E a cifra total, relativa a todas as drogas (incluindo álcool e fumo), chegou a R$ 162,5 milhões.
O auxílio-doença varia de R$ 724 a R$ 4.390,24, de acordo com o salário de contribuição do segurado. O valor mensal médio pago a um dependente químico de cocaína e seus derivados é de R$ 1.058, e a duração média de recebimento é de 76 dias.
Para ter direito, o segurado precisa de autorização de uma perícia médica e de atestados e exames que comprovem tanto a dependência química quanto a incapacidade para o trabalho.
O tempo de recebimento do benefício é determinado pelo perito.
Uso de cocaína cresce no Brasil
A presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), a psiquiatra Ana Cecilia Petta Roselli Marques, observou que, por conta do aumento do consumo de cocaína e crack, era esperado que houvesse um impacto também no mercado de trabalho brasileiro. A última edição do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), promovido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostrou que, entre 2006 e 2012, duplicou o consumo de cocaína e seus derivados no Brasil. A pesquisa mostrou ainda que um em cada cem adultos consumiu crack em 2012, o que faz do país o maior mercado mundial do entorpecente. Na avaliação da psiquiatra, o consumo da droga já se tornou epidemia.
— Era esperado que tivesse um impacto no mercado de trabalho do país, com repercussões, por exemplo, em auxílios-doença para cuidar da saúde. Por conta do uso, o trabalhador adoece cada vez mais cedo, principalmente do sistema cardiovascular. E há também a questão da mortalidade precoce. É uma epidemia, o que é visto pelo número de casos novos na população ao longo dos anos —explicou Ana Cecília.
No ano passado, apenas os estados de Alagoas, Roraima e Sergipe não tiveram aumento do número de auxílios-doença relacionados ao uso de drogas em relação a 2012. Em São Paulo, estado que historicamente concentra o maior número de beneficiados, o total de auxílios-doença passou de 41 mil para 42.649. Na sequência, estão Minas Gerais (de 18.527 para 20.411), Rio Grande do Sul (de 16.395 para 16.632), Santa Catarina (de 13.561 para 14.176) e Paraná (de 9.407 para 10.369).
O diretor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas (Inpad), o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, observa que o Brasil é um dos poucos países em que o consumo de crack e cocaína têm aumentado nos últimos anos.
— As pesquisas mostram que há, nos domicílios brasileiros, um milhão de usuários de crack e 2,6 milhões de usuários de cocaína. E uma parcela dessas pessoas trabalha. Então, não há dúvida de que tem um impacto no mercado de trabalho.
Em virtude do aumento da dependência química, o Ministério da Saúde informou que aumentará neste ano a capacidade de atendimento dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) 24 horas. Atualmente, o Brasil tem 47 unidades em funcionamento, com capacidade para 1,6 milhão de atendimentos por ano. O governo federal afirma que vai construir mais 132 unidades até o fim do ano, elevando a capacidade para 6,1 milhões de atendimentos anuais.
No Rio, concessão de benefício cresce 25% em um ano
No Rio de Janeiro, que historicamente é o sexto estado que mais concede auxílios-doença relativos a drogas, o pagamento do benefício cresceu 10% em 2013, passando de 6.577, em 2012, para 7.234. No mesmo período, a quantidade de benefícios concedidos a dependentes químicos de cocaína e crack teve um aumento de 25,2%, crescendo de 471 para 590.
No estado, sete de cada dez pacientes que procuram o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas da Uerj — uma das principais referências no assunto — são dependentes de crack. Em geral, eles têm a opção de aderir a um tratamento em um dos 27 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) existentes na capital fluminense. Os Caps são unidades especializadas em saúde mental e buscam a reinserção social dos indivíduos que padecem de transtornos mentais graves e persistentes. Eles estão abertos ao usuário que quiser ajuda, mas também recebe pessoas encaminhadas pela assistência social ou por ordem judicial.
Sua equipe é multidisciplinar e reúne médicos, assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras.
Mas os espaços para acolhida costumam ser pequenos para a demanda. Nesse cenário, sofrem até os bebês que são abandonados por mães viciadas em crack e superlotam os abrigos existentes.
Em 2013, em entrevista ao GLOBO, a juíza titular da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da capital, Ivone Ferreira Caetano, alertou que os abrigos oferecidos pela prefeitura tinham virado verdadeiros depósitos de crianças. Em resposta, a Secretaria municipal de Desenvolvimento Social informou que a “lotação da rede pública para crianças de zero a 4 anos estava diretamente ligada à diminuição da capacidade de atendimento em clínicas e abrigos particulares” e que o abrigo Ana Carolina, em Ramos, seria reaberto.
Para atuação policial nas cracolândias do Rio, o Ministério da Justiça encaminhou ao estado, em novembro, armamento de baixa letalidade. A polícia recebeu 250 kits com pistolas de eletrochoque e spray de pimenta.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
O Globo
No mesmo período, o benefício concedido a viciados em cocaína e seus derivados, como crack e merla, também mais do que triplicou
Por anos, o eletricista Cléber Wilson do Prado Franchi, de 35 anos, conciliou a rotina de trabalho com o vício do álcool e da cocaína. Em 2011, um aumento no consumo das duas drogas levou o profissional a apresentar sintomas como perda de raciocínio e coordenação, e fez com que ele fosse demitido da multinacional onde trabalhava. Nessa época, ele ingeria três litros de álcool por dia e chegou a ter duas overdoses. Em busca de ajuda, internou-se em uma clínica de reabilitação e, desde 2012, recebe um auxílio-doença mensal no valor de R$ 1.500. Isso fez com que ele entrasse em uma estatística preocupante que vêm crescendo nos últimos anos. O consumo de drogas no Brasil não só cresce, como também afasta cada vez mais brasileiros do mercado de trabalho.
Nos últimos oito anos, o total de auxílios-doença relacionados à dependência química simultânea de múltiplas drogas teve um aumento de 256%, pulando de 7.296 para 26.040. No mesmo período, o benefício concedido a viciados em cocaína e seus derivados, como crack e merla, também mais do que triplicou. Passou de 2.434, em 2006, para 8.638, em 2013, num crescimento de 254%. O uso de maconha e haxixe resultou, por sua vez, em auxílio para 337 pessoas, em 2013, contra 275, há oito anos.
Os dados inéditos foram obtidos pelo GLOBO com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ao todo, nos últimos oito anos, a soma de auxílios-doença concedidos a usuários de drogas em geral, como maconha, cocaína, crack, álcool, fumo, alucinógenos e anfetaminas, passou de um milhão. Só em 2013, essa soma alcançou 143.451 usuários.
Segundo o INSS, o total gasto em 2013 com auxílios-doença relacionados a cocaína, crack e merla foi de R$ 9,1 milhões. Os benefícios pagos a usuários de mais de uma droga somaram R$ 26,2 milhões. E a cifra total, relativa a todas as drogas (incluindo álcool e fumo), chegou a R$ 162,5 milhões.
O auxílio-doença varia de R$ 724 a R$ 4.390,24, de acordo com o salário de contribuição do segurado. O valor mensal médio pago a um dependente químico de cocaína e seus derivados é de R$ 1.058, e a duração média de recebimento é de 76 dias.
Para ter direito, o segurado precisa de autorização de uma perícia médica e de atestados e exames que comprovem tanto a dependência química quanto a incapacidade para o trabalho.
O tempo de recebimento do benefício é determinado pelo perito.
Uso de cocaína cresce no Brasil
A presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), a psiquiatra Ana Cecilia Petta Roselli Marques, observou que, por conta do aumento do consumo de cocaína e crack, era esperado que houvesse um impacto também no mercado de trabalho brasileiro. A última edição do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), promovido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostrou que, entre 2006 e 2012, duplicou o consumo de cocaína e seus derivados no Brasil. A pesquisa mostrou ainda que um em cada cem adultos consumiu crack em 2012, o que faz do país o maior mercado mundial do entorpecente. Na avaliação da psiquiatra, o consumo da droga já se tornou epidemia.
— Era esperado que tivesse um impacto no mercado de trabalho do país, com repercussões, por exemplo, em auxílios-doença para cuidar da saúde. Por conta do uso, o trabalhador adoece cada vez mais cedo, principalmente do sistema cardiovascular. E há também a questão da mortalidade precoce. É uma epidemia, o que é visto pelo número de casos novos na população ao longo dos anos —explicou Ana Cecília.
No ano passado, apenas os estados de Alagoas, Roraima e Sergipe não tiveram aumento do número de auxílios-doença relacionados ao uso de drogas em relação a 2012. Em São Paulo, estado que historicamente concentra o maior número de beneficiados, o total de auxílios-doença passou de 41 mil para 42.649. Na sequência, estão Minas Gerais (de 18.527 para 20.411), Rio Grande do Sul (de 16.395 para 16.632), Santa Catarina (de 13.561 para 14.176) e Paraná (de 9.407 para 10.369).
O diretor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas (Inpad), o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, observa que o Brasil é um dos poucos países em que o consumo de crack e cocaína têm aumentado nos últimos anos.
— As pesquisas mostram que há, nos domicílios brasileiros, um milhão de usuários de crack e 2,6 milhões de usuários de cocaína. E uma parcela dessas pessoas trabalha. Então, não há dúvida de que tem um impacto no mercado de trabalho.
Em virtude do aumento da dependência química, o Ministério da Saúde informou que aumentará neste ano a capacidade de atendimento dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) 24 horas. Atualmente, o Brasil tem 47 unidades em funcionamento, com capacidade para 1,6 milhão de atendimentos por ano. O governo federal afirma que vai construir mais 132 unidades até o fim do ano, elevando a capacidade para 6,1 milhões de atendimentos anuais.
No Rio, concessão de benefício cresce 25% em um ano
No Rio de Janeiro, que historicamente é o sexto estado que mais concede auxílios-doença relativos a drogas, o pagamento do benefício cresceu 10% em 2013, passando de 6.577, em 2012, para 7.234. No mesmo período, a quantidade de benefícios concedidos a dependentes químicos de cocaína e crack teve um aumento de 25,2%, crescendo de 471 para 590.
No estado, sete de cada dez pacientes que procuram o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas da Uerj — uma das principais referências no assunto — são dependentes de crack. Em geral, eles têm a opção de aderir a um tratamento em um dos 27 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) existentes na capital fluminense. Os Caps são unidades especializadas em saúde mental e buscam a reinserção social dos indivíduos que padecem de transtornos mentais graves e persistentes. Eles estão abertos ao usuário que quiser ajuda, mas também recebe pessoas encaminhadas pela assistência social ou por ordem judicial.
Sua equipe é multidisciplinar e reúne médicos, assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras.
Mas os espaços para acolhida costumam ser pequenos para a demanda. Nesse cenário, sofrem até os bebês que são abandonados por mães viciadas em crack e superlotam os abrigos existentes.
Em 2013, em entrevista ao GLOBO, a juíza titular da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da capital, Ivone Ferreira Caetano, alertou que os abrigos oferecidos pela prefeitura tinham virado verdadeiros depósitos de crianças. Em resposta, a Secretaria municipal de Desenvolvimento Social informou que a “lotação da rede pública para crianças de zero a 4 anos estava diretamente ligada à diminuição da capacidade de atendimento em clínicas e abrigos particulares” e que o abrigo Ana Carolina, em Ramos, seria reaberto.
Para atuação policial nas cracolândias do Rio, o Ministério da Justiça encaminhou ao estado, em novembro, armamento de baixa letalidade. A polícia recebeu 250 kits com pistolas de eletrochoque e spray de pimenta.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Só po hoje 11-02....
Meditação do Dia
Terça, 11 de Fevereiro de 2014
De maldição a benção
"Com a recuperação fomos encontrando a gratidão ... Temos uma doença, mas é possível recuperar dela." Texto Básico, p. 9
A adicção ativa não era nenhuma festa; muitos de nós quase não saíram com vida. Mas lamentarmos a doença, queixando-nos daquilo que ela nos fez, e lamentando-nos pelas condições em que nos deixou - isso apenas nos mantém fechados na amargura e no ressentimento. O caminho para a liberdade e o crescimento espiritual começa onde acaba a amargura, com aceitação. Não queremos com isto negar o sofrimento que a adicção causou. No entanto, foi esta doença que nos trouxe para Narcóticos Anónimos; sem ela, não teríamos procurado, nem tão-pouco encontrado, a dádiva de recuperação. Ao isolar-nos, forçou-nos a procurar uma irmandade. Ao causar-nos sofrimento, deu-nos a experiência necessária para ajudarmos os outros, ajuda que mais ninguém está tão capacitada para dar. Ao deixar-nos de joelhos, a adicção deu-nos a oportunidade de nos rendermos aos cuidados de um Poder Superior amantíssimo. Não desejamos a ninguém a doença da adicção. Mas acontece que nós, adictos, já temos esta doença - mais ainda, sem esta doença provavelmente nunca teríamos embarcado na nossa viagem espiritual. Milhares de pessoas procuram durante toda a sua vida aquilo que nós encontrámos em Narcóticos Anónimos: uma irmandade, um propósito, e um contacto consciente com um Poder Superior. Hoje, estamos gratos por tudo aquilo que esta dádiva nos trouxe.
Só por hoje: Vou aceitar o fato de ter uma doença, e vou seguir a dádiva da minha recuperação.
Só por hoje: Vou aceitar o fato de ter uma doença, e vou seguir a dádiva da minha recuperação.
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
Reflexão do dia 11 de Fevereiro
Reflexão do dia 11 de Fevereiro
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OS LIMITES DA AUTO-CONFIANÇA
Perguntamos-nos por que os tínhamos ( os medos). Não foi por falta de auto-confiança?
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 88
Todos os meus defeitos de caráter me separam da vontade de Deus. Quando ignoro minha ligação com Ele, me encontro sozinho enfrentando o mundo e o meu alcoolismo e não me resta outro recurso senão a auto-confiança.
Nunca achei segurança e felicidade através da teimosia, e o único resultado obtido é uma vida de medo e descontentamento. Deus fornece o caminho de volta para Ele e à sua dádiva de serenidade e conforto. Porém, primeiro devo estar disposto a conhecer meus medos e entender suas origens e poder sobre mim. Frequentemente peço a Deus para ajudar-me a entender como me separo Dele.
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
O dia mais belo...
O dia mais belo...
O dia mais belo?
HOJE
A coisa mais fácil?
ERRAR
O maior obstáculo?
O MEDO
O maior erro?
O ABANDONO
A raiz de todos os males?
O EGOíSMO
A distração mais bela?
O TRABALHO
A pior derrota?
O DESÂNIMO
Os melhores professores?
AS CRIANÇAS
A primeira necessidade?
COMUNICAR-SE
O que mais lhe faz feliz?
SER ÚTIL AOS DEMAIS
O maior mistério?
A MORTE
O pior defeito?
O MAU HUMOR
A pessoa mais perigosa?
A MENTIROSA
O sentimento mais ruim?
O RANCOR
O presente mais belo?
O PERDÃo
O mais imprescindível?
O LAR
A rota mais rápida?
O CAMINHO CERTO
A sensação mais agradável?
A PAZ INTERIOR
A proteção mais afetiva?
O SORRISO
O melhor remédio?
O OTIMISMO
A maior satisfação?
O DEVER CUMPRIDO
A força mais potente do mundo?
A FÉ
As pessoas mais necessárias?
OS PAIS
A mais bela de todas as coisas?
O AMOR
Madre Teresa de Calcutá
Fonte: Jornal Ação - Ano VII - nº 64
O dia mais belo?
HOJE
A coisa mais fácil?
ERRAR
O maior obstáculo?
O MEDO
O maior erro?
O ABANDONO
A raiz de todos os males?
O EGOíSMO
A distração mais bela?
O TRABALHO
A pior derrota?
O DESÂNIMO
Os melhores professores?
AS CRIANÇAS
A primeira necessidade?
COMUNICAR-SE
O que mais lhe faz feliz?
SER ÚTIL AOS DEMAIS
O maior mistério?
A MORTE
O pior defeito?
O MAU HUMOR
A pessoa mais perigosa?
A MENTIROSA
O sentimento mais ruim?
O RANCOR
O presente mais belo?
O PERDÃo
O mais imprescindível?
O LAR
A rota mais rápida?
O CAMINHO CERTO
A sensação mais agradável?
A PAZ INTERIOR
A proteção mais afetiva?
O SORRISO
O melhor remédio?
O OTIMISMO
A maior satisfação?
O DEVER CUMPRIDO
A força mais potente do mundo?
A FÉ
As pessoas mais necessárias?
OS PAIS
A mais bela de todas as coisas?
O AMOR
Madre Teresa de Calcutá
Fonte: Jornal Ação - Ano VII - nº 64
Saúde aumenta número de leitos para dependentes químicos no SUS
Saúde aumenta número de leitos para dependentes químicos no SUS
Portal Brasil
Serão adicionados 27 leitos ao total oferecido pelos hospitais de referência. Além disso, dez unidades de acolhimento são autorizadas a prestar serviços
A Secretaria de Atenção à Saúde informa, por meio de duas portarias, o aumento do número de leitos disponíveis em hospitais de referência e na rede de atenção psicossocial para tratamento de dependentes químicos e pessoas com transtornos mentais pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
As portarias nº 76 e nº 80 foram publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira (6).
Ao todo, serão adicionados 27 leitos ao montante já existente. Os hospitais de referência relacionados estão situados nos estados de Minas Gerais (7) e Rio de Janeiro (2). Confira a relação de hospitais de referência.
A Secretaria também autorizou o funcionamento de dez unidades de acolhimento. As instituições serão administradas pelas cidades e estão localizadas nos estados de Sergipe (1), Ceará (8) e Minas Gerais (1). Confira as unidades de acolhimento da rede de atenção Psicossocial relacionadas
Fonte:site antidrogas.com.br
Portal Brasil
Serão adicionados 27 leitos ao total oferecido pelos hospitais de referência. Além disso, dez unidades de acolhimento são autorizadas a prestar serviços
A Secretaria de Atenção à Saúde informa, por meio de duas portarias, o aumento do número de leitos disponíveis em hospitais de referência e na rede de atenção psicossocial para tratamento de dependentes químicos e pessoas com transtornos mentais pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
As portarias nº 76 e nº 80 foram publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira (6).
Ao todo, serão adicionados 27 leitos ao montante já existente. Os hospitais de referência relacionados estão situados nos estados de Minas Gerais (7) e Rio de Janeiro (2). Confira a relação de hospitais de referência.
A Secretaria também autorizou o funcionamento de dez unidades de acolhimento. As instituições serão administradas pelas cidades e estão localizadas nos estados de Sergipe (1), Ceará (8) e Minas Gerais (1). Confira as unidades de acolhimento da rede de atenção Psicossocial relacionadas
Fonte:site antidrogas.com.br
EUA inicia campanha para prevenir tabagismo entre jovens
EUA inicia campanha para prevenir tabagismo entre jovens
Exame
Governo lançou sua primeira campanha de educação para reduzir o consumo de tabaco entre jovens
O governo dos Estados Unidos lançou nesta terça-feira sua primeira campanha de educação para reduzir o consumo de tabaco entre jovens, pois o fumo é a principal causa prevenível de doenças, incapacidades e mortes no país.
A campanha, realizada pela Administração de Alimentos e Remédios (FDA), chamada "O verdadeiro custo", quer prevenir o consumo de tabaco entre os jovens e reduzir o número de adolescentes entre 12 e 17 anos que se tornam em fumantes frequentes.
Segundo a FDA, o consumo de cigarros e outros produtos derivados do tabaco causa mais de 480 mil mortes a cada ano e, todos os dias, mais de 3.200 jovens menores de 18 anos fumam o primeiro cigarro e mais de 700 se transformam em fumantes habituais antes de chegar a maioridade.
O esforço da educação pública está voltado para os cerca de dez milhões de jovens que nunca fumaram um cigarro, mas "podem considerar fazê-lo, e aos jovens que já experimentaram o cigarro e correm o risco de se transformar em fumantes frequentes", resaltou a agência.
A comissária do FDA, Margaret Hamburgo, disse que "a intervenção antecipada é crítica, já que quase nove em cada 10 fumantes frequentes adultos fumaram seu primeiro cigarro até os 18 anos".
E acrescentou que esta é "a primeira campanha educativa nacional de prevenção do tabagismo para os jovens" realizada nos EUA, para trazer à luz "os verdadeiros custos que mais preocupam estes jovens".
A campanha "O verdadeiro custo" emprega técnicas multimídia integrais, com depoimentos convincentes e imagens, com o objetivo de mudar as crenças e os comportamentos.
Uma estratégia da campanha dramatiza as consequências de fumar para a saúde, descrevendo graficamente algumas delas, como a perda dos dentes e o prejuízo para a pele, para demonstrar que cada cigarro vem acompanhado de um "custo" maior que o meramente financeiro.
Outro aspecto da campanha apresenta a dependência ao cigarro como "uma perda de controle, que rompe as crenças dos jovens que pensam que não ficarão viciados ou sentem que podem deixar o vício a qualquer momento", explicou a agência.
Os anúncios serão veiculados em mais de 200 mercados de todo os Estados Unidos, por 12 meses e a campanha custará mais de US$ 115 milhões, financiada com os impostos recolhidos da indústria do tabaco.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Exame
Governo lançou sua primeira campanha de educação para reduzir o consumo de tabaco entre jovens
O governo dos Estados Unidos lançou nesta terça-feira sua primeira campanha de educação para reduzir o consumo de tabaco entre jovens, pois o fumo é a principal causa prevenível de doenças, incapacidades e mortes no país.
A campanha, realizada pela Administração de Alimentos e Remédios (FDA), chamada "O verdadeiro custo", quer prevenir o consumo de tabaco entre os jovens e reduzir o número de adolescentes entre 12 e 17 anos que se tornam em fumantes frequentes.
Segundo a FDA, o consumo de cigarros e outros produtos derivados do tabaco causa mais de 480 mil mortes a cada ano e, todos os dias, mais de 3.200 jovens menores de 18 anos fumam o primeiro cigarro e mais de 700 se transformam em fumantes habituais antes de chegar a maioridade.
O esforço da educação pública está voltado para os cerca de dez milhões de jovens que nunca fumaram um cigarro, mas "podem considerar fazê-lo, e aos jovens que já experimentaram o cigarro e correm o risco de se transformar em fumantes frequentes", resaltou a agência.
A comissária do FDA, Margaret Hamburgo, disse que "a intervenção antecipada é crítica, já que quase nove em cada 10 fumantes frequentes adultos fumaram seu primeiro cigarro até os 18 anos".
E acrescentou que esta é "a primeira campanha educativa nacional de prevenção do tabagismo para os jovens" realizada nos EUA, para trazer à luz "os verdadeiros custos que mais preocupam estes jovens".
A campanha "O verdadeiro custo" emprega técnicas multimídia integrais, com depoimentos convincentes e imagens, com o objetivo de mudar as crenças e os comportamentos.
Uma estratégia da campanha dramatiza as consequências de fumar para a saúde, descrevendo graficamente algumas delas, como a perda dos dentes e o prejuízo para a pele, para demonstrar que cada cigarro vem acompanhado de um "custo" maior que o meramente financeiro.
Outro aspecto da campanha apresenta a dependência ao cigarro como "uma perda de controle, que rompe as crenças dos jovens que pensam que não ficarão viciados ou sentem que podem deixar o vício a qualquer momento", explicou a agência.
Os anúncios serão veiculados em mais de 200 mercados de todo os Estados Unidos, por 12 meses e a campanha custará mais de US$ 115 milhões, financiada com os impostos recolhidos da indústria do tabaco.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Reflexão diária 10-02-2014
Quando nos tornamos alcoólicos, abatidos por uma crise auto-imposta que não podíamos adiar ou evitar, tivemos que encarar, sem medo, a proposição de que Deus é tudo ou nada. Deus existe ou não existe. Qual seria a nossa opção?
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
Só por hoje 10-02...
Meditação do Dia
Segunda, 10 de Fevereiro de 2014
Divertimento!
"Em recuperação as nossas noções de divertimento mudam." Texto Básico, p. 118
Em retrospectiva, muitos de nós apercebem-se de que, quando usavam, as suas ideias de divertimento eram algo estranhas. Alguns de nós arranjavam-se e iam para a discoteca. Dançávamos, bebíamos e tomávamos drogas até de madrugada. Mais do que uma vez, houve lutas que se tornaram violentas. Aquilo a que antes chamávamos divertimento, chamamos agora insanidade. Hoje, o nosso conceito de divertimento mudou. Divertimento é agora para nós um passeio junto ao mar a ver as crianças a brincar enquanto o sol se põe no horizonte. Divertimento é ir a um piquenique de NA ou a um espectáculo de comédia numa convenção de NA. Divertimento é arranjarmo-nos para ir ao jantar e não nos preocuparmos que haja insultos e violência. Pela graça de um Poder Superior e da Irmandade de Narcóticos Anónimos, as nossas ideias de divertimento mudaram radicalmente. Hoje, quando estamos acordados a ver o nascer do sol é geralmente porque nos deitámos cedo na noite anterior, e não por termos estado na discoteca até às seis da manhã, com os olhos inchados de uma noite de uso de drogas. E se isto fosse tudo aquilo que temos recebido de Narcóticos Anónimos, seria já suficiente.
Só por hoje: Vou divertir-me na minha recuperação.
Só por hoje: Vou divertir-me na minha recuperação.
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Salvar vidas é nossa vocação!!!
Nós da Clínica terapêutica Santa Edwiges, desejamos um ótimo final de semana!!!
Entre em contato com agente e nos ajude a salvar vidas !!!
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
Coordenador terapêutico
Dois estudos mostram os artifícios da indústria para tornar os cigarros mais viciantes
Dois estudos mostram os artifícios da indústria para tornar os cigarros mais viciantes
O Globo
Com cigarros fabricados hoje, a nicotina chega mais rápido aos pulmões
O ator americano Eric Lawson morreu recentemente, aos 72 anos. Era jovem, atraente, trazia um aspecto viril e seguro quando, como um caubói, fumava tranquilamente o seu cigarro em anúncios da indústria de tabaco dos anos 70. Difícil resistir ao apelo. Mas anos depois, Lawson foi diagnosticado com uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPCO), ocasionada provavelmente por este hábito que, no passado, agregava tantos adjetivos ao seu usuário. Propagandas deste tipo hoje são proibidas, seus riscos à saúde se tornaram inquestionáveis. E mais uma coisa mudou desde este período: os cigarros atuais aumentam as chances de câncer de pulmão, DPCO e outras doenças, além de serem mais viciantes, segundo dois novos estudos americanos.
Um destes é o relatório do “Office of the Surgeon General”, órgão do governo americano, que traz uma revisão de sua primeira edição, de 1964, quando os efeitos nocivos do fumo estavam começando a ser revelados. Cinquenta anos depois, além de associar o hábito a uma série de doenças, ele acrescenta que os cigarros hoje são mais viciantes do que os das décadas anteriores. Não porque tenham mais nicotina, mas porque o seu design vem sendo aperfeiçoado com o objetivo de levar mais desta substância aos pulmões.
A nicotina é o principal agente do cigarro e é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma droga psicoativa que causa dependência. Ao ser inalada, chega em poucos segundos ao cérebro e age no sistema nervoso central. O relatório se baseou em documentos da indústria apresentados num tribunal de 2006 mostrando como os cigarros foram projetados para este fim. As táticas incluem projetar filtros mais eficientes, selecionar papéis para maximizar a ingestão de nicotina e adicionar produtos químicos para tornar o fumo menos pesado e mais fácil de inalar. Outro estudo recente da Universidade de Massachusetts, publicado na revista “Nicotine and Tobacco Research” analisou marcas vendidas nos Estados Unidos entre 1998 e 2012. Ele mostrou que embora a quantidade de nicotina tenha se estabilizado neste período, a capacidade do cigarro de levar a substância aos pulmões do fumante aumentou em até 15%. O menor nível foi de 1,65 miligrama por cigarro em 1999, e o mais alto, de 1,89 miligrama, em 2011.
- Pelo menos com relação à recepção de nicotina, nossos resultados vão contra o argumento das indústrias de cigarro, que dizem estar estudando formas de garantir um cigarro menos prejudicial - observou, em entrevista ao GLOBO por e-mail, Wenjun Li, professor do setor de Medicina Preventiva e Comportamental da universidade e autor do estudo. A Souza Cruz, empresa brasileira de cigarro, ressalta que o estudo extrapola a realidade do país, uma vez que marcas e metodologias são distintas.
Disse ainda que há mais de dez anos a Anvisa exige que fabricantes informem os valores de nicotina, além das características físicas dos papéis e do filtro dos cigarros, tais como composição, permeabilidade e gramatura dos papéis, ventilação do filtro e etc. Cigarro ‘aperfeiçoado’ pela indústria Não é a primeira vez, no entanto, que este debate é suscitado.
Uma pesquisa de uma década atrás feita pela Escola de Medicina de Harvard mostrou que o avanço no mecanismo do cigarro havia levado ao aumento da inalação da substância em 11% em produtos fabricados entre 1997 e 2005, uma média de 1,6% ao ano. - O investimento que se faz na tecnologia do produto é muito grande e ocorre há muito tempo. O cigarro parece apenas uma porção de tabaco enrolado em papel, mas é mais sofisticado do que uma Ferrari - comenta Paula Johns, diretora-executiva da ONG Aliança de Controle do Tabagismo (ACT).
- Inclusive quando houve a primeira inciativa da FDA (agência reguladora de remédios dos EUA) de limitar as emissões de alcatrão, nicotina e outros aditivos, mais tarde foi descoberto que isto não significava nada, porque havia outras formas de otimizar a liberação de nicotina. Segundo Paula, “não existe um cigarro menos perigoso”. Ela cita estatísticas de que nove em cada dez pessoas que fumam se tornam dependentes, uma proporção inversa ao álcool, e o maior índice de vício entre todas as drogas. Uma história que se tornou famosa, aliás, e rendeu até o prêmio Pulitzer de Jornalismo de 1996 ao “Wall Street Journal”, é a de que os produtores evitavam elevar o conteúdo de nicotina nos cigarros, mas usavam produtos químicos, em especial a amônia, para aumentar a potência da substância inalada.
Cigarros com amônia, desta forma, liberavam mais nicotina, mas tinham a mesma quantidade química que outros produtos sem o aditivo. Interferência parecida com a que foi apontada nos estudos recém-divulgados, e que, na verdade, vêm ocorrendo desde o início da industrialização do tabaco, segundo Ronaldo Laranjeira, professor de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
- Há mais de um século, o tabaco era mascado ou fumado na forma de cigarro de palha. O consumo era pequeno e o impacto, restrito. O grande avanço veio com a industrialização do cigarro, quando a absorção ficou mais eficiente. E a indústria vem aperfeiçoando no ultimo século o produto no sentido de causar mais dependência - alerta. Debate sobre maior controle do cigarro Nos EUA, estas notícias levantaram a discussão sobre uma maior regulação da indústria por parte do governo. Mas, para Laranjeira, focar no controle do tabagismo pode trazer melhores resultados:
- O governo não consegue controlar o mercado lícito, nem ilícito. Intensificar políticas para reduzir o fumo seria uma ação mais sensata.
Já Paula defende a adoção de medidas de controle, como a proibição de aditivos dos cigarros (cuja resolução da Anvisa entrou ano passado em vigor) e restrições à propaganda e ao uso.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
O Globo
Com cigarros fabricados hoje, a nicotina chega mais rápido aos pulmões
O ator americano Eric Lawson morreu recentemente, aos 72 anos. Era jovem, atraente, trazia um aspecto viril e seguro quando, como um caubói, fumava tranquilamente o seu cigarro em anúncios da indústria de tabaco dos anos 70. Difícil resistir ao apelo. Mas anos depois, Lawson foi diagnosticado com uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPCO), ocasionada provavelmente por este hábito que, no passado, agregava tantos adjetivos ao seu usuário. Propagandas deste tipo hoje são proibidas, seus riscos à saúde se tornaram inquestionáveis. E mais uma coisa mudou desde este período: os cigarros atuais aumentam as chances de câncer de pulmão, DPCO e outras doenças, além de serem mais viciantes, segundo dois novos estudos americanos.
Um destes é o relatório do “Office of the Surgeon General”, órgão do governo americano, que traz uma revisão de sua primeira edição, de 1964, quando os efeitos nocivos do fumo estavam começando a ser revelados. Cinquenta anos depois, além de associar o hábito a uma série de doenças, ele acrescenta que os cigarros hoje são mais viciantes do que os das décadas anteriores. Não porque tenham mais nicotina, mas porque o seu design vem sendo aperfeiçoado com o objetivo de levar mais desta substância aos pulmões.
A nicotina é o principal agente do cigarro e é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma droga psicoativa que causa dependência. Ao ser inalada, chega em poucos segundos ao cérebro e age no sistema nervoso central. O relatório se baseou em documentos da indústria apresentados num tribunal de 2006 mostrando como os cigarros foram projetados para este fim. As táticas incluem projetar filtros mais eficientes, selecionar papéis para maximizar a ingestão de nicotina e adicionar produtos químicos para tornar o fumo menos pesado e mais fácil de inalar. Outro estudo recente da Universidade de Massachusetts, publicado na revista “Nicotine and Tobacco Research” analisou marcas vendidas nos Estados Unidos entre 1998 e 2012. Ele mostrou que embora a quantidade de nicotina tenha se estabilizado neste período, a capacidade do cigarro de levar a substância aos pulmões do fumante aumentou em até 15%. O menor nível foi de 1,65 miligrama por cigarro em 1999, e o mais alto, de 1,89 miligrama, em 2011.
- Pelo menos com relação à recepção de nicotina, nossos resultados vão contra o argumento das indústrias de cigarro, que dizem estar estudando formas de garantir um cigarro menos prejudicial - observou, em entrevista ao GLOBO por e-mail, Wenjun Li, professor do setor de Medicina Preventiva e Comportamental da universidade e autor do estudo. A Souza Cruz, empresa brasileira de cigarro, ressalta que o estudo extrapola a realidade do país, uma vez que marcas e metodologias são distintas.
Disse ainda que há mais de dez anos a Anvisa exige que fabricantes informem os valores de nicotina, além das características físicas dos papéis e do filtro dos cigarros, tais como composição, permeabilidade e gramatura dos papéis, ventilação do filtro e etc. Cigarro ‘aperfeiçoado’ pela indústria Não é a primeira vez, no entanto, que este debate é suscitado.
Uma pesquisa de uma década atrás feita pela Escola de Medicina de Harvard mostrou que o avanço no mecanismo do cigarro havia levado ao aumento da inalação da substância em 11% em produtos fabricados entre 1997 e 2005, uma média de 1,6% ao ano. - O investimento que se faz na tecnologia do produto é muito grande e ocorre há muito tempo. O cigarro parece apenas uma porção de tabaco enrolado em papel, mas é mais sofisticado do que uma Ferrari - comenta Paula Johns, diretora-executiva da ONG Aliança de Controle do Tabagismo (ACT).
- Inclusive quando houve a primeira inciativa da FDA (agência reguladora de remédios dos EUA) de limitar as emissões de alcatrão, nicotina e outros aditivos, mais tarde foi descoberto que isto não significava nada, porque havia outras formas de otimizar a liberação de nicotina. Segundo Paula, “não existe um cigarro menos perigoso”. Ela cita estatísticas de que nove em cada dez pessoas que fumam se tornam dependentes, uma proporção inversa ao álcool, e o maior índice de vício entre todas as drogas. Uma história que se tornou famosa, aliás, e rendeu até o prêmio Pulitzer de Jornalismo de 1996 ao “Wall Street Journal”, é a de que os produtores evitavam elevar o conteúdo de nicotina nos cigarros, mas usavam produtos químicos, em especial a amônia, para aumentar a potência da substância inalada.
Cigarros com amônia, desta forma, liberavam mais nicotina, mas tinham a mesma quantidade química que outros produtos sem o aditivo. Interferência parecida com a que foi apontada nos estudos recém-divulgados, e que, na verdade, vêm ocorrendo desde o início da industrialização do tabaco, segundo Ronaldo Laranjeira, professor de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
- Há mais de um século, o tabaco era mascado ou fumado na forma de cigarro de palha. O consumo era pequeno e o impacto, restrito. O grande avanço veio com a industrialização do cigarro, quando a absorção ficou mais eficiente. E a indústria vem aperfeiçoando no ultimo século o produto no sentido de causar mais dependência - alerta. Debate sobre maior controle do cigarro Nos EUA, estas notícias levantaram a discussão sobre uma maior regulação da indústria por parte do governo. Mas, para Laranjeira, focar no controle do tabagismo pode trazer melhores resultados:
- O governo não consegue controlar o mercado lícito, nem ilícito. Intensificar políticas para reduzir o fumo seria uma ação mais sensata.
Já Paula defende a adoção de medidas de controle, como a proibição de aditivos dos cigarros (cuja resolução da Anvisa entrou ano passado em vigor) e restrições à propaganda e ao uso.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Oficializar maconha é abrir fábrica de esquizofrênicos, diz psiquiatra
Oficializar maconha é abrir fábrica de esquizofrênicos, diz psiquiatra
UOL
Se o Brasil seguir a tendência de outros países e oficializar a indústria da maconha, nós teremos "uma fábrica de esquizofrênicos". A opinião é do psiquiatra Valentim Gentil Filho, professor titular da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), convidado desta segunda-feira (4) do programa Roda Viva, apresentado ao vivo na TV Cultura e reproduzido pelo UOL.
Para o psiquiatra, considerado um dos mais influentes do país, a sociedade tem sido conivente e omissa em relação à droga, e os riscos provocados por ela não têm sido bem divulgados. Gentil Filho contou no programa que, segundo estudos bem fundamentados, a maconha aumenta em 310% o risco de esquizofrenia quando consumida uma vez por semana na adolescência. E trata-se de uma doença incurável: "O esquizofrênico pode ter uma vida praticamente normal, mas sempre há uma sequela".
O psiquiatra sugeriu que, assim como pais permitem que seus filhos consumam álcool em festas, a informação distorcida de que maconha não faz mal fará com que eles deixem os jovens fumarem em casa. E o problema é que, nos adolescentes, que estão em uma fase de "poda" natural do cérebro para a entrada na idade adulta, a droga é especialmente prejudicial.
O professor também fez críticas à chamada luta antimanicomial, que fez o Brasil fechar milhares de leitos psiquiátricos sem proporcionar alternativas. Ele ressaltou que o atual modelo dos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) não tem como substituir o atendimento ambulatorial e as internações psiquiátricas. Para Gentil Filho, não se trata de abandonar os pacientes em manicômios, mas garantir o tratamento em fase aguda. Ele reforçou que, atualmente, só um terço dos pacientes psiquiátricos diagnosticados recebe tratamento.
Para o psiquiatra, tanto a luta antimanicomial quanto a vinda de cubanos (pelo programa Mais Médicos) fazem parte de uma visão mais ampla que a medicina, de uma mentalidade que persiste no Ministério da Saúde e tem raízes político-ideológicas. Na prática, segundo ele, o que acontece é que há um número absurdo de pessoas com transtornos graves nas ruas, rejeitadas por hospitais e por outras instituições. "Há uma desassistência fenomenal e nós temos recursos terapêuticos", lamentou.
Depressão e pânico
O convidado do Roda Viva também falou sobre o aumento no diagnóstico de depressão, que para ele é fruto de diversos fatores, como a ampliação dos conceitos sobre a doença e a descoberta de novas moléculas que se mostram mais eficazes que o placebo. Ao falar de outros transtornos que têm sido mais frequentes, ele também mencionou a síndrome do pânico. Entre as possíveis causas desse aumento, de acordo com o especialista, estão o maior consumo de estimulantes, cafeína e medicamentos com ação no sistema nervoso e atitudes como a privação de sono, capazes de deflagrar crises. Mas ele pondera que o estresse não é algo novo na humanidade, assim como os transtornos mentais. "Eu prefiro viver hoje do que nos tempos bíblicos", ironizou.
O programa apresentado pelo jornalista Augusto Nunes e a bancada de entrevistadores contou com Fernanda Bassette (repórter de saúde do jornal O Estado de São Paulo), Ulisses Capozzoli (editor-chefe da Revista Scientific American Brasil), Paulo Saldiva (professor titular da Faculdade de Medicina da USP, especialista em poluição atmosférica), Aureliano Biancarelli (jornalista da área de saúde) e Luciana Saddi (psicanalista, escritora e blogueira da Folha de São Paulo). O Roda Viva ainda teve a participação do cartunista Paulo Caruso.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
UOL
Se o Brasil seguir a tendência de outros países e oficializar a indústria da maconha, nós teremos "uma fábrica de esquizofrênicos". A opinião é do psiquiatra Valentim Gentil Filho, professor titular da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), convidado desta segunda-feira (4) do programa Roda Viva, apresentado ao vivo na TV Cultura e reproduzido pelo UOL.
Para o psiquiatra, considerado um dos mais influentes do país, a sociedade tem sido conivente e omissa em relação à droga, e os riscos provocados por ela não têm sido bem divulgados. Gentil Filho contou no programa que, segundo estudos bem fundamentados, a maconha aumenta em 310% o risco de esquizofrenia quando consumida uma vez por semana na adolescência. E trata-se de uma doença incurável: "O esquizofrênico pode ter uma vida praticamente normal, mas sempre há uma sequela".
O psiquiatra sugeriu que, assim como pais permitem que seus filhos consumam álcool em festas, a informação distorcida de que maconha não faz mal fará com que eles deixem os jovens fumarem em casa. E o problema é que, nos adolescentes, que estão em uma fase de "poda" natural do cérebro para a entrada na idade adulta, a droga é especialmente prejudicial.
O professor também fez críticas à chamada luta antimanicomial, que fez o Brasil fechar milhares de leitos psiquiátricos sem proporcionar alternativas. Ele ressaltou que o atual modelo dos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) não tem como substituir o atendimento ambulatorial e as internações psiquiátricas. Para Gentil Filho, não se trata de abandonar os pacientes em manicômios, mas garantir o tratamento em fase aguda. Ele reforçou que, atualmente, só um terço dos pacientes psiquiátricos diagnosticados recebe tratamento.
Para o psiquiatra, tanto a luta antimanicomial quanto a vinda de cubanos (pelo programa Mais Médicos) fazem parte de uma visão mais ampla que a medicina, de uma mentalidade que persiste no Ministério da Saúde e tem raízes político-ideológicas. Na prática, segundo ele, o que acontece é que há um número absurdo de pessoas com transtornos graves nas ruas, rejeitadas por hospitais e por outras instituições. "Há uma desassistência fenomenal e nós temos recursos terapêuticos", lamentou.
Depressão e pânico
O convidado do Roda Viva também falou sobre o aumento no diagnóstico de depressão, que para ele é fruto de diversos fatores, como a ampliação dos conceitos sobre a doença e a descoberta de novas moléculas que se mostram mais eficazes que o placebo. Ao falar de outros transtornos que têm sido mais frequentes, ele também mencionou a síndrome do pânico. Entre as possíveis causas desse aumento, de acordo com o especialista, estão o maior consumo de estimulantes, cafeína e medicamentos com ação no sistema nervoso e atitudes como a privação de sono, capazes de deflagrar crises. Mas ele pondera que o estresse não é algo novo na humanidade, assim como os transtornos mentais. "Eu prefiro viver hoje do que nos tempos bíblicos", ironizou.
O programa apresentado pelo jornalista Augusto Nunes e a bancada de entrevistadores contou com Fernanda Bassette (repórter de saúde do jornal O Estado de São Paulo), Ulisses Capozzoli (editor-chefe da Revista Scientific American Brasil), Paulo Saldiva (professor titular da Faculdade de Medicina da USP, especialista em poluição atmosférica), Aureliano Biancarelli (jornalista da área de saúde) e Luciana Saddi (psicanalista, escritora e blogueira da Folha de São Paulo). O Roda Viva ainda teve a participação do cartunista Paulo Caruso.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Só por hoje 08-02...
Meditação do Dia
Sábado, 08 de Fevereiro de 2014
O que é um padrinho ou madrinha?
"...sabemos que podemos ir ter com o nosso padrinho ou madrinha, mas é nossa a responsabilidade de entrar em contacto com ele ou ela nessas alturas." IP n° II, O apadrinhamento
O que é um padrinho ou madrinha? Nós sabemos; é aquela pessoa simpática com quem fomos beber um café depois da nossa primeira reunião. Essa alma generosa que continua a partilhar gratuitamente a sua experiência em recuperação. Aquele que continua a surpreender-nos com uma incrível percepção dos nossos defeitos de carácter. Aquele que está sempre a lembrar-nos de acabar o Quarto Passo, que escuta o nosso Quinto Passo, e que não diz a ninguém o quanto somos estranhos. É muito fácil começarmos a tomar tudo isto por garantido, uma vez que nos habituamos a ter alguém com quem podemos contar. Pode acontecer que percamos a cabeça e digamos a nós próprios: "Telefono ao meu padrinho mais logo, agora tenho de arrumar a casa, ir às compras, ir atrás daquela beleza..." E assim acabamos em sarilhos, sem percebermos bem onde falhámos. O nosso padrinho ou madrinha não consegue ler as nossas mentes. Somos nos que temos de os procurar e pedir ajuda. Ou porque precisamos de ajuda com os nossos passos, ou de um inventário à nossa realidade para nos ajudar a endireitar o nosso pensamento distorcido, ou apenas de um amigo, somos nós quem tem de estender a mão. Os padrinhos são carinhosos, sábios, pessoas maravilhosas, e a sua experiência em recuperação é nossa - tudo o que temos a fazer é pedir.
Só por hoje: Estou grato pelo tempo, amor e experiência que o meu padrinho ou madrinha partilhou comigo. Hoje vou telefonar-lhe.
Só por hoje: Estou grato pelo tempo, amor e experiência que o meu padrinho ou madrinha partilhou comigo. Hoje vou telefonar-lhe.
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Amigo
Amigo
Um filho perguntou a mãe:
- Mãe, posso ir no hospital ver meu amigo?
Ele está doente! A mãe responde com uma pergunta:
- Claro, mas o que ele tem?
O filho com a cabeça baixa, diz:
- Tumor no cérebro.
A mãe furiosa diz:
- E você quer ir lá pra quê? Vê-lo morrer?
O filho lhe dá as costas e vai...
Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar... dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!
A mãe com raiva:
- E agora?! Tá feliz?! Valeu a pena ter visto aquela cena?!
Uma última lágrima caiu de seus olhos e acompanhado de um sorriso,
ele disse:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer...
"EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ VIRIA!"
Fique com Deus!!
Fonte:(Autorizado por www.netmarkt.com.br)
Um filho perguntou a mãe:
- Mãe, posso ir no hospital ver meu amigo?
Ele está doente! A mãe responde com uma pergunta:
- Claro, mas o que ele tem?
O filho com a cabeça baixa, diz:
- Tumor no cérebro.
A mãe furiosa diz:
- E você quer ir lá pra quê? Vê-lo morrer?
O filho lhe dá as costas e vai...
Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar... dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!
A mãe com raiva:
- E agora?! Tá feliz?! Valeu a pena ter visto aquela cena?!
Uma última lágrima caiu de seus olhos e acompanhado de um sorriso,
ele disse:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer...
"EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ VIRIA!"
Fique com Deus!!
Fonte:(Autorizado por www.netmarkt.com.br)
Como e onde tratar adolescentes usuários de drogas?
Como e onde tratar adolescentes usuários de drogas?
UNIAD
Adolescentes usuários de drogas não são todos iguais. As drogas de abuso também não. Existe um sem-número de possibilidades de combinação entre os diversos indivíduos adolescentes e as diversas drogas de abuso e as formas de usá-las.
Entender essa diversidade de diagnóstico é fundamental para não incorrer no risco de ser simplista e ingênuo ao achar que existe um tipo de tratamento único que atenda a todos os perfis e subgrupos de usuários. Existe o grupo dos usuários experimentais; dos usuários frequentes; dos usuários que tiveram problemas social, familiar e educacional; dos que têm suporte familiar; dos que não têm nenhum suporte etc.
Portanto, o leitor deve desconfiar de qualquer política que se proponha a resolver o problema de uso de drogas com ações simples e únicas. É preciso formar uma rede de proteção e tratamento que atenda o adolescente de forma integral: saúde física, psíquica, educação e proteção social; de preferência que isso seja feito no mesmo espaço e de forma integrada. Não adianta planejar a psicoterapia em um lugar, com o médico em outro endereço, o esporte em outro bairro. A logística complicada piora a adesão e os resultados.
A meta deve ser abstinência. Não existem, até o momento, pesquisas que mostrem que qualquer quantidade de droga – de qualquer droga, mesmo álcool e tabaco – seja segura para a saúde do adolescente.
Qual é o tipo de equipamento de saúde existente no Brasil, hoje, com essas características? Nenhum.
Os Centros de Assistência Psicossocial (CAPS) se propõem a realizar a assistência de saúde e suporte social utilizando os recursos existentes na comunidade. Mas as conexões com os diversos serviços de saúde, lazer, educação e sociais são frágeis e de logística de difícil execução, senão impraticáveis, principalmente para aquele grupo de pacientes cujas famílias já estão desagregadas e a figura do cuidador é frágil ou ausente.
É preciso então inovar e pensar em outro modelo que complemente os serviços dos CAPS. Não que substitua, e sim que complemente. Mas não podemos criar um modelo com base apenas no que acreditamos ou confiando em uma lógica teórica e idealizada. É preciso investir em modelos que sejam custo-efetivos, isto é, que sejam testados na prática e comparados com outros modelos para determinar a efetividade. E esses serviços precisam ter um valor que possa ser custeado pela sociedade. De nada adianta um serviço efetivo que custe tão caro que seja inviável. Assim como nossa conta bancária, os recursos públicos também são finitos.
Nos próximos posts,vou discorrer aqui sobre alguns modelos inovadores para o tratamento de adolescentes que encontram base em evidências científicas.
Hoje gostaria apenas de lembrar que é preciso ter uma gama de serviços e/ou que esses serviços sejam o mais completos e abrangentes possível, já que existem vários subgrupos de adolescentes usuários de drogas. Vou ainda descrever os princípios científicos que qualquer serviço para tratar adolescentes deve possuir. Esses princípios foram escritos com base em inúmeras pesquisas científicas, pelo National Institute on Drug Abuse(NIDA), instituto americano que congrega hoje o maior número de pesquisadores em dependência química do mundo e reúne recursos financeiros alocados na ordem do que é gasto com todas as pesquisas em todas as áreas do conhecimento aqui no Brasil. São 13 princípios descritos a seguir.
Princípio 1: O uso de substâncias psicoativas na adolescência precisa ser identificado e tratado o mais rápido possível.
Princípio 2: Os adolescentes usuários de substâncias psicoativas podem se beneficiar de uma intervenção para o uso de drogas mesmo que eles não sejam dependentes ainda.
Princípio 3: Consultas de rotina podem ser boas oportunidades para rastrear o uso de drogas na adolescência.
Princípio 4: Intervenções judiciais e pressão familiar desempenham importante papel na admissão e na manutenção do adolescente no tratamento.
Princípio 5: O tratamento deve ser adaptado às necessidades específicas de cada adolescente. O tratamento deve ser individualizado e um plano deve ser traçado com base nas necessidades específicas. Alguns precisarão de monitoramento do uso de droga, outros não. Alguns precisarão de medicamentos, outros não, e assim por diante.
Princípio 6: O tratamento deve atender às necessidades integrais dos adolescentes, e não apenas ter foco no uso de substância. É preciso pensar em educação, tratamento familiar etc. Não adianta manter o adolescente internado em um hospital por seis meses sem escola, por exemplo.
Princípio 7: Terapia comportamental é eficaz no tratamento do uso de drogas na adolescência. Os adolescentes respondem bem aos incentivos motivacionais, principalmente os reforços positivos, que recompensam comportamentos positivos, como a abstinência.
Princípio 8: Incluir a família e a comunidade é um aspecto importante do tratamento. A família é responsável pelo adolescente. Não é possível transferir essa responsabilidade para o Estado, para o médico, para o psicólogo, para a escola ou para o professor. Mas a família às vezes adoece junto e precisa ser incentivada e ajudada para que possa cumprir a responsabilidade de cuidar de seus adolescentes e seguir as orientações dos profissionais.
Princípio 9: Para que o tratamento seja efetivo, é importante identificar e tratar quaisquer outras condições de saúde mental que os adolescentes possam ter. Uma avaliação médica é muito importante. Existem doenças que tratadas melhoram muito o prognóstico.
Princípio 10: Questões sensíveis, como violência, abuso e risco de suicídio, devem ser pesquisadas, identificadas e tratadas em todos os adolescentes usuários de substância.
Princípio 11: É importante monitorar o uso de drogas durante o tratamento de adolescentes. Existem testes rápidos de urina ou de fio de cabelo, que ajudam nesse monitoramento.
Princípio 12: Permanecer em tratamento por um período de tempo adequado e manter continuidade são aspectos importantes. O adolescente e a família precisam ser incentivados a se manter em tratamento. Tratamentos que não têm controles eficazes de frequência e busca ativa têm baixa adesão e falham.
Princípio 13: É importante realizar testes para doenças sexualmente transmissíveis, principalmente HIV, hepatite B e hepatite C.
Qualquer serviço precisa desses ingredientes básicos. Nas próximas semanas, prosseguiremos essa discussão aprofundando dois assuntos: os diversos subgrupos de adolescentes usuários de drogas e as possibilidades de serviços para tratá-los.
Dr. Cláudio Jerônimo da Silva – psiquiatra e Diretor Técnico do UNAD
UNIAD
Adolescentes usuários de drogas não são todos iguais. As drogas de abuso também não. Existe um sem-número de possibilidades de combinação entre os diversos indivíduos adolescentes e as diversas drogas de abuso e as formas de usá-las.
Entender essa diversidade de diagnóstico é fundamental para não incorrer no risco de ser simplista e ingênuo ao achar que existe um tipo de tratamento único que atenda a todos os perfis e subgrupos de usuários. Existe o grupo dos usuários experimentais; dos usuários frequentes; dos usuários que tiveram problemas social, familiar e educacional; dos que têm suporte familiar; dos que não têm nenhum suporte etc.
Portanto, o leitor deve desconfiar de qualquer política que se proponha a resolver o problema de uso de drogas com ações simples e únicas. É preciso formar uma rede de proteção e tratamento que atenda o adolescente de forma integral: saúde física, psíquica, educação e proteção social; de preferência que isso seja feito no mesmo espaço e de forma integrada. Não adianta planejar a psicoterapia em um lugar, com o médico em outro endereço, o esporte em outro bairro. A logística complicada piora a adesão e os resultados.
A meta deve ser abstinência. Não existem, até o momento, pesquisas que mostrem que qualquer quantidade de droga – de qualquer droga, mesmo álcool e tabaco – seja segura para a saúde do adolescente.
Qual é o tipo de equipamento de saúde existente no Brasil, hoje, com essas características? Nenhum.
Os Centros de Assistência Psicossocial (CAPS) se propõem a realizar a assistência de saúde e suporte social utilizando os recursos existentes na comunidade. Mas as conexões com os diversos serviços de saúde, lazer, educação e sociais são frágeis e de logística de difícil execução, senão impraticáveis, principalmente para aquele grupo de pacientes cujas famílias já estão desagregadas e a figura do cuidador é frágil ou ausente.
É preciso então inovar e pensar em outro modelo que complemente os serviços dos CAPS. Não que substitua, e sim que complemente. Mas não podemos criar um modelo com base apenas no que acreditamos ou confiando em uma lógica teórica e idealizada. É preciso investir em modelos que sejam custo-efetivos, isto é, que sejam testados na prática e comparados com outros modelos para determinar a efetividade. E esses serviços precisam ter um valor que possa ser custeado pela sociedade. De nada adianta um serviço efetivo que custe tão caro que seja inviável. Assim como nossa conta bancária, os recursos públicos também são finitos.
Nos próximos posts,vou discorrer aqui sobre alguns modelos inovadores para o tratamento de adolescentes que encontram base em evidências científicas.
Hoje gostaria apenas de lembrar que é preciso ter uma gama de serviços e/ou que esses serviços sejam o mais completos e abrangentes possível, já que existem vários subgrupos de adolescentes usuários de drogas. Vou ainda descrever os princípios científicos que qualquer serviço para tratar adolescentes deve possuir. Esses princípios foram escritos com base em inúmeras pesquisas científicas, pelo National Institute on Drug Abuse(NIDA), instituto americano que congrega hoje o maior número de pesquisadores em dependência química do mundo e reúne recursos financeiros alocados na ordem do que é gasto com todas as pesquisas em todas as áreas do conhecimento aqui no Brasil. São 13 princípios descritos a seguir.
Princípio 1: O uso de substâncias psicoativas na adolescência precisa ser identificado e tratado o mais rápido possível.
Princípio 2: Os adolescentes usuários de substâncias psicoativas podem se beneficiar de uma intervenção para o uso de drogas mesmo que eles não sejam dependentes ainda.
Princípio 3: Consultas de rotina podem ser boas oportunidades para rastrear o uso de drogas na adolescência.
Princípio 4: Intervenções judiciais e pressão familiar desempenham importante papel na admissão e na manutenção do adolescente no tratamento.
Princípio 5: O tratamento deve ser adaptado às necessidades específicas de cada adolescente. O tratamento deve ser individualizado e um plano deve ser traçado com base nas necessidades específicas. Alguns precisarão de monitoramento do uso de droga, outros não. Alguns precisarão de medicamentos, outros não, e assim por diante.
Princípio 6: O tratamento deve atender às necessidades integrais dos adolescentes, e não apenas ter foco no uso de substância. É preciso pensar em educação, tratamento familiar etc. Não adianta manter o adolescente internado em um hospital por seis meses sem escola, por exemplo.
Princípio 7: Terapia comportamental é eficaz no tratamento do uso de drogas na adolescência. Os adolescentes respondem bem aos incentivos motivacionais, principalmente os reforços positivos, que recompensam comportamentos positivos, como a abstinência.
Princípio 8: Incluir a família e a comunidade é um aspecto importante do tratamento. A família é responsável pelo adolescente. Não é possível transferir essa responsabilidade para o Estado, para o médico, para o psicólogo, para a escola ou para o professor. Mas a família às vezes adoece junto e precisa ser incentivada e ajudada para que possa cumprir a responsabilidade de cuidar de seus adolescentes e seguir as orientações dos profissionais.
Princípio 9: Para que o tratamento seja efetivo, é importante identificar e tratar quaisquer outras condições de saúde mental que os adolescentes possam ter. Uma avaliação médica é muito importante. Existem doenças que tratadas melhoram muito o prognóstico.
Princípio 10: Questões sensíveis, como violência, abuso e risco de suicídio, devem ser pesquisadas, identificadas e tratadas em todos os adolescentes usuários de substância.
Princípio 11: É importante monitorar o uso de drogas durante o tratamento de adolescentes. Existem testes rápidos de urina ou de fio de cabelo, que ajudam nesse monitoramento.
Princípio 12: Permanecer em tratamento por um período de tempo adequado e manter continuidade são aspectos importantes. O adolescente e a família precisam ser incentivados a se manter em tratamento. Tratamentos que não têm controles eficazes de frequência e busca ativa têm baixa adesão e falham.
Princípio 13: É importante realizar testes para doenças sexualmente transmissíveis, principalmente HIV, hepatite B e hepatite C.
Qualquer serviço precisa desses ingredientes básicos. Nas próximas semanas, prosseguiremos essa discussão aprofundando dois assuntos: os diversos subgrupos de adolescentes usuários de drogas e as possibilidades de serviços para tratá-los.
Dr. Cláudio Jerônimo da Silva – psiquiatra e Diretor Técnico do UNAD
Pediatras intensificam campanhas de prevenção e combate ao uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas
Pediatras intensificam campanhas de prevenção e combate ao uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas
Surgiu.com
Com todas estas estatísticas, não é mais possível permanecer passivo assistindo o perigo cada vez mais próximo de crianças e adolescentes
Mais de 6 milhões de usuários de tabaco morrem ao dia em todo o mundo. No Brasil, cerca de 10% da população é fumante. O consumo de álcool e drogas ilícitas também ocupa lugar de destaque na imprensa: a ingestão de bebidas alcoólicas cresceu 31,1% no Brasil em seis anos, e já somos o maior mercado mundial de crack.
Com todas estas estatísticas, não é mais possível permanecer passivo assistindo o perigo cada vez mais próximo de crianças e adolescentes. Para a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), profissionais de saúde podem e devem fazer frente a esta preocupante realidade.
Segundo o dr. João Coriolano Rego Barros, segundo vice-presidente da SPSP e coordenador do Grupo de Prevenção e Combate ao Uso de Álcool, Tabaco e Drogas por Crianças e Adolescentes, o primeiro grande passo dessa luta é envolver o maior número de profissionais ligados aos cuidados de crianças e adolescentes, oferecendo a eles conhecimentos e atualização profissional suficientes para se aprofundar nesse luta.
Um dos projetos da SPSP com este propósito inclui a criação de um grupo de estudo voltado ao aprofundamento dos conhecimentos relativos às causas e consequências do uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas.
“É preciso oferecer mais informações aos especialistas sobre este assunto, pois esse conhecimento não faz parte da formação geral do pediatra. Este fato acaba dificultando o reconhecimento do problema durante uma consulta rotineira. Com o devido treinamento, será possível orientar os pediatras sobre a correta abordagem do assunto junto à criança, adolescente e família, reconhecendo o eventual uso de algum destas substâncias”, explica.
Diversos departamentos científicos da Sociedade já vêm sendo convidados a participar deste projeto, como os de Adolescência, Bioética, Emergências, Neonatologia, Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários, Pediatria Legal, Saúde Escolar, Saúde Mental e Segurança da Criança e do Adolescente, além da Diretoria de Relações Comunitárias.
Iniciativas de sucesso
Já estão instaladas no país diversas campanhas e projetos em prol da conscientização e combate ao uso de drogas e álcool, especialmente entre os mais jovens.
Um deles é o Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD, uma adaptação brasileira do programa norte-americano Drug Abuse Resistence Education (DARE), surgido em 1983.
O programa brasileiro foi implantado em 1992, pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, e hoje leva policiais militares às salas de aula de escolas públicas e privadas, para orientação e esclarecimento de dúvidas das crianças. Como resultado, um alto índice de satisfação entre alunos, pais e professores.
Este tipo de iniciativa é uma grande aliada no combate a tais substancias e deve ser incentivada, afirma o dr. Coriolano.
Prevenção
De acordo com o dr. Mário Roberto Hirschheimer, presidente da SPSP, como para qualquer doença, a prevenção é a melhor abordagem. Isso inclui o uso de álcool, tabaco e drogas.
“Procurar identificar os fatores predisponentes a esse agravo é um dos grandes desafios desse grupo, visando desenvolver ações e campanhas, com comprometimento dos profissionais que atuam com crianças e adolescentes e das famílias, antes que o mal ocorra.”
Alguns destes fatores estão sendo identificados, como o uso de álcool e drogas durante a gestação, a interrupção precoce do aleitamento materno e o enfraquecimento dos papéis e valores familiares de dar afeto, carinho e atenção que resulta em negligência no cuidar, educar e civilizar os filhos, explica o especialista.
“Também pretendemos estabelecer parcerias com Universidades, Secretarias e afins do Governo do Estado e dos Municípios, Ministério Público e Coordenadoria da Infância e Juventude da Justiça, buscando trilhar um caminho conjunto”, revela o dr. Coriolano.
“Projetos como este não são colocados em prática se não houver a união de diversas instituições. Assim, também buscamos colaboração e apoio de diversos setores da sociedade civil organizada para agregar valor à nossa causa, por meio da união de esforços.”
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Surgiu.com
Com todas estas estatísticas, não é mais possível permanecer passivo assistindo o perigo cada vez mais próximo de crianças e adolescentes
Mais de 6 milhões de usuários de tabaco morrem ao dia em todo o mundo. No Brasil, cerca de 10% da população é fumante. O consumo de álcool e drogas ilícitas também ocupa lugar de destaque na imprensa: a ingestão de bebidas alcoólicas cresceu 31,1% no Brasil em seis anos, e já somos o maior mercado mundial de crack.
Com todas estas estatísticas, não é mais possível permanecer passivo assistindo o perigo cada vez mais próximo de crianças e adolescentes. Para a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), profissionais de saúde podem e devem fazer frente a esta preocupante realidade.
Segundo o dr. João Coriolano Rego Barros, segundo vice-presidente da SPSP e coordenador do Grupo de Prevenção e Combate ao Uso de Álcool, Tabaco e Drogas por Crianças e Adolescentes, o primeiro grande passo dessa luta é envolver o maior número de profissionais ligados aos cuidados de crianças e adolescentes, oferecendo a eles conhecimentos e atualização profissional suficientes para se aprofundar nesse luta.
Um dos projetos da SPSP com este propósito inclui a criação de um grupo de estudo voltado ao aprofundamento dos conhecimentos relativos às causas e consequências do uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas.
“É preciso oferecer mais informações aos especialistas sobre este assunto, pois esse conhecimento não faz parte da formação geral do pediatra. Este fato acaba dificultando o reconhecimento do problema durante uma consulta rotineira. Com o devido treinamento, será possível orientar os pediatras sobre a correta abordagem do assunto junto à criança, adolescente e família, reconhecendo o eventual uso de algum destas substâncias”, explica.
Diversos departamentos científicos da Sociedade já vêm sendo convidados a participar deste projeto, como os de Adolescência, Bioética, Emergências, Neonatologia, Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários, Pediatria Legal, Saúde Escolar, Saúde Mental e Segurança da Criança e do Adolescente, além da Diretoria de Relações Comunitárias.
Iniciativas de sucesso
Já estão instaladas no país diversas campanhas e projetos em prol da conscientização e combate ao uso de drogas e álcool, especialmente entre os mais jovens.
Um deles é o Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD, uma adaptação brasileira do programa norte-americano Drug Abuse Resistence Education (DARE), surgido em 1983.
O programa brasileiro foi implantado em 1992, pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, e hoje leva policiais militares às salas de aula de escolas públicas e privadas, para orientação e esclarecimento de dúvidas das crianças. Como resultado, um alto índice de satisfação entre alunos, pais e professores.
Este tipo de iniciativa é uma grande aliada no combate a tais substancias e deve ser incentivada, afirma o dr. Coriolano.
Prevenção
De acordo com o dr. Mário Roberto Hirschheimer, presidente da SPSP, como para qualquer doença, a prevenção é a melhor abordagem. Isso inclui o uso de álcool, tabaco e drogas.
“Procurar identificar os fatores predisponentes a esse agravo é um dos grandes desafios desse grupo, visando desenvolver ações e campanhas, com comprometimento dos profissionais que atuam com crianças e adolescentes e das famílias, antes que o mal ocorra.”
Alguns destes fatores estão sendo identificados, como o uso de álcool e drogas durante a gestação, a interrupção precoce do aleitamento materno e o enfraquecimento dos papéis e valores familiares de dar afeto, carinho e atenção que resulta em negligência no cuidar, educar e civilizar os filhos, explica o especialista.
“Também pretendemos estabelecer parcerias com Universidades, Secretarias e afins do Governo do Estado e dos Municípios, Ministério Público e Coordenadoria da Infância e Juventude da Justiça, buscando trilhar um caminho conjunto”, revela o dr. Coriolano.
“Projetos como este não são colocados em prática se não houver a união de diversas instituições. Assim, também buscamos colaboração e apoio de diversos setores da sociedade civil organizada para agregar valor à nossa causa, por meio da união de esforços.”
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Reflexão diária 07-02-2014
Reflexão diária 07-02-2014
A verdadeira humildade e a mente aberta poderão nos conduzir à fé. Toda reunião de A.A. é uma segurança de que Deus nos levará de volta à sanidade, se soubermos nos relacionar corretamente com Ele.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES
Força, fé e esperança ,
Clayton Bernardes
Sexta, 07 de Fevereiro de 2014
Isto não é um teste
"...encontrámos um Deus amantíssimo e pessoal a quem podemos recorrer." Texto Básico, p. 32
Alguns de nós entraram em recuperação com a impressão de que as dificuldades da vida eram uma série de testes cósmicos destinados a ensinar-nos algo. Esta ideia torna-se mais aparente quando nos acontece algo de traumático e nos queixamos de que o nosso Poder Superior está a testar-nos. Convencemo-nos de que a nossa recuperação está a ser testada quando alguém nos oferece drogas, ou que o nosso carácter está a ser testado quando nos surge a oportunidade de fazermos algo contrário aos nossos princípios, sem sermos apanhados. Podemos mesmo pensar que a nossa fé está a ser testada quando estamos a passar por uma grande dor devido a uma tragédia nas nossas vidas. Mas um Poder Superior amantíssimo não testa a nossa recuperação, o nosso carácter, ou a nossa fé. A vida simplesmente acontece, e por vezes é dolorosa. Muitos de nós perderam um amor sem ser por uma falha sua. Alguns de nós perderam todos os bens materiais. Alguns de nós até sofreram a perda de filhos. A vida pode ser, por vezes, terrivelmente dolorosa, mas a dor não nos é dada pelo nosso Poder Superior. O que acontece é que esse Poder está sempre ao nosso lado, pronto para nos pegar ao colo se não conseguirmos andar por nós próprios. Não há mal nenhum que possa acontecer na nossa vida, que o Deus da nossa concepção não possa sarar.
Só por hoje: Vou acreditar que a vontade do meu Poder Superior para mim é boa, e que eu sou amado. Vou procurar a ajuda do meu Poder Superior em momentos de necessidade.
Só por hoje: Vou acreditar que a vontade do meu Poder Superior para mim é boa, e que eu sou amado. Vou procurar a ajuda do meu Poder Superior em momentos de necessidade.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Você Aprende...
Você Aprende...
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguidae olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o Sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-las, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode
ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo, e se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas
simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que
realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. Que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
"Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."
Willian Shakespeare
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguidae olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o Sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-las, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode
ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo, e se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas
simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que
realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. Que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
"Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."
Willian Shakespeare
Crack ainda entorta boca na cracolândia
Crack ainda entorta boca na cracolândia
Diário de S. Paulo
Secretário de Saúde visitou o Centro e deu uma olhada no reflexo do programa De Braços Abertos
O secretário municipal de Saúde, José de Filippi Junior, visitou, nesta segunda, o Centro da cidade para ver de perto como anda o programa De Braços Abertos, que dá trabalho de varredor de rua ou zelador de praça, comida, moradia e R$ 15 por dia ao usuário de crack beneficiado pela ação. A dois metros dele, um grupo de jovens usava a droga, descaradamente. Secretário, é isso o que o senhor esperava ver?, perguntou o DIÁRIO. “Não dá para acabar em dez dias com um problema de dez anos”, respondeu.
Consumo da droga corre sem controle dentro dos quartos
Quem luta para sair do vício do crack e aderiu ao programa municipal De Braços Abertos reclama que a ação da Prefeitura é “o lobo vestido de cordeiro”.
“Eu estou nesse De Braços Abertos há uma semana. No meu quarto são cinco pessoas. Todas fumam crack dentro do quarto. Eu até peço para a galera não fumar, mas ninguém me ouve. Como é que eu posso parar de usar desse jeito? É óbvio que acabo fumando porque a fissura aumenta ao sentir o cheiro, ao ver a fumaça do crack“, desabafou Vanderlei da Silva, de 38 anos, usuário de crack há 25 anos, pai de cinco filhos, o mais novo com 2 anos de idade.
Ele está hospedado em um dos quartos do hotel Seoul, localizado numa esquina da Rua Helvétia, Centro, ponto nevrálgico da Cracolândia.
Morador de Barueri, Grande São Paulo, antes de viver nas ruas da capital Vanderlei trabalhava como operador de máquinas numa empresa de cabides. “Estou me esforçando nesse trabalho de varredor. Com os R$ 15 que vou ganhar (como ele está no programa há uma semana, Vanderlei diz que ainda não ganhou a quantia), pretendo comprar uns cremes para mim”, disse, dando a entender que ainda mantém a vaidade.
Outro beneficiado pelo programa De Braços Abertos é Alex do Carmo, de 35 anos. Ele e a mulher também moram em um hotel pago pela Prefeitura. O estabelecimento fica numa esquina da Rua Helvétia e é conhecido na região como hotel do Seu Cícero.
Alex admite que usa crack dentro do quarto. “Tem um cachimbo lá no quarto. A gente, às vezes, usa mesmo. Não vou negar. É mais forte do que a gente. Só quem já usou sabe o quanto é difícil largar o vício do crack. Mas não fico mais no fluxo, no movimento. Esse trabalho está me ajudando a sair, aos poucos, do crack”, afirmou.
O QUE DISSE A PREFEITURA
Troca de hotel é pontual Em nota, a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, uma das pastas responsáveis pelo programa De Braços Abertos, informou que os casos de mudanças de hotéis pelos beneficiários do programa são pontos isolados, que não atrapalham o desenvolvimento do projeto. “Há casos pontuais de beneficiários que mudaram de hotéis em razão de desavenças com outros beneficiários. Essas mudanças não impediram o acompanhamento deles pelas assistentes sociais”, afirmou a pasta. Dependentes químicos mudam de hotéis à vontade Não é apenas o uso de crack nos quartos dos hotéis, que ficam dentro do perímetro da Cracolândia, que gera insatisfação entre os beneficiados pelo programa e até mesmo entre quem trabalha no projeto De Braços Abertos. O DIÁRIO apurou que a falta de controle de quem fica e sai dos estabelecimentos é outro ponto crítico da operação.
Até agora, passado quase um mês de sua implantação, ainda não existe um cadastro completo de qual usuário mora em cada hotel. Há um troca-troca generalizado, motivado por brigas entre os beneficiados ou simplesmente pela vontade de mudar de hotel.
A situação dificulta o acompanhamento dos técnicos da Prefeitura, como, por exemplo, os assistentes sociais, que não conseguem aferir se os beneficiados estão cumprindo as regras do programa. Estava marcada para ontem uma reunião entre integrantes da administração municipal e os donos dos hotéis que fazem parte do programa. O objetivo do encontro seria justamente mudar esse quadro de rotatividade.
A maneira seria a criação de um sistema de controle que impeça um beneficiário mudar de quarto e, sobretudo, de hotel, sem que haja uma justificativa plausível.
Quem trabalha no programa quer que haja um congelamento dessas mudanças. Assim, o cadastro de quem faz parte da ação da Prefeitura poderá ser concluído com mais rapidez. Além das mudanças constantes de hotel, a ausência de portaria 24 horas em alguns deles dificulta um maior controle dos beneficiados. A situação agrava-se principalmente na madrugada.
O QUE DISSE A PREFEITURA
Ação é resgate de dignidade Mesmo sendo indagada sobre o consumo de crack dentro dos quartos, a Prefeitura preferiu não entrar diretamente na questão. Em nota, a administração municipal disse: “O objetivo da operação De Braços Abertos em um primeiro momento é o resgate da autoestima e da dignidade do dependente, por meio de alternativas como a oferta de postos nas frentes de trabalho remunerado, cursos de qualificação, moradia e alimentação, com acompanhamento da assistência social. A Prefeitura também oferece tratamento de saúde, com encaminhamento aos Centros de Atenção Psicossocial ou para internação em leitos de hospital ou de comunidades terapêuticas. Viciados reclamam falta de creche aos filhos A falta de creches às crianças filhas dos beneficiados também incomoda tanto quem trabalha como quem é beneficiado pela operação De Braços Abertos.
Em reunião entre membros da administração municipal e representante de uma ONG que atua no programa e tem até base na Cracolândia, as crianças dos beneficiários foram mencionadas.
“Existem os beneficiários e um subgrupo, que são os filhos deles. É preciso criar vagas em creches para colocar essas crianças enquanto os pais delas estão trabalhando no programa De Braços Abertos. Do jeito que está não pode (continuar)”, afirmou uma integrante da Prefeitura durante a reunião, acompanhada pelo DIÁRIO.
Um dos beneficiados participava da reunião. Identificado apenas como Teodoro, ele dizia não saber o que fazer com seu bebê, enquanto varre as ruas.
Os trabalhos desenvolvidos pelos usuários de crack ocorrem no período matutino. Outro problema é a alimentação das crianças nos fins de semana. Como o Bom Prato da Rua Dino Bueno, no meio da Cracolândia, funciona apenas de segunda-feira a sexta-feira e é lá que os beneficiados comem, as crianças ficam sem alternativa de uma refeição “saudável” aos sábados e domingos, relataram usuários aos integrantes da Prefeitura. “Meu bebê está comendo comida muito pesada de sábado e domingo”, reclamou Tedooro.
O QUE DISSE A PREFEITURA
Creche está em análise Apesar de ter sido questionada pelo DIÁRIO sobre os motivos que fazem os beneficiários do programa De Braços Abertos não conseguirem vagas para seus filhos em creches municipais, a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo limitou-se a responder “que o assunto está em análise”. A administração municipal, contudo, não informou quando o problema será resolvido, quantas vagas serão abertas, para quais creches serão levadas as crianças filhas dos usuários de crack que fazem parte do programa nem o investimento que aportará.
análise: Dartiu Xavier da Silveira, psiquiatra e diretor do Programa a Dependentes da Unifesp Programa é o melhor de todos
É preciso ter paciência com a operação De Braços Abertos. Ela ataca nos principais focos do vício em crack e de todos os outros vícios. São eles o desemprego, a ausência de moradia, a quebra da autoestima. É claro que existem pontos a serem acertados, como, por exemplo, essa rotatividade de hotéis. Mas sobre os hotéis serem na Cracolândia, não vejo problemas. Em qual ponto da cidade não existe traficante? De todas as ações já implantadas para acabar com a Cracolândia, essa é a melhor.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Diário de S. Paulo
Secretário de Saúde visitou o Centro e deu uma olhada no reflexo do programa De Braços Abertos
O secretário municipal de Saúde, José de Filippi Junior, visitou, nesta segunda, o Centro da cidade para ver de perto como anda o programa De Braços Abertos, que dá trabalho de varredor de rua ou zelador de praça, comida, moradia e R$ 15 por dia ao usuário de crack beneficiado pela ação. A dois metros dele, um grupo de jovens usava a droga, descaradamente. Secretário, é isso o que o senhor esperava ver?, perguntou o DIÁRIO. “Não dá para acabar em dez dias com um problema de dez anos”, respondeu.
Consumo da droga corre sem controle dentro dos quartos
Quem luta para sair do vício do crack e aderiu ao programa municipal De Braços Abertos reclama que a ação da Prefeitura é “o lobo vestido de cordeiro”.
“Eu estou nesse De Braços Abertos há uma semana. No meu quarto são cinco pessoas. Todas fumam crack dentro do quarto. Eu até peço para a galera não fumar, mas ninguém me ouve. Como é que eu posso parar de usar desse jeito? É óbvio que acabo fumando porque a fissura aumenta ao sentir o cheiro, ao ver a fumaça do crack“, desabafou Vanderlei da Silva, de 38 anos, usuário de crack há 25 anos, pai de cinco filhos, o mais novo com 2 anos de idade.
Ele está hospedado em um dos quartos do hotel Seoul, localizado numa esquina da Rua Helvétia, Centro, ponto nevrálgico da Cracolândia.
Morador de Barueri, Grande São Paulo, antes de viver nas ruas da capital Vanderlei trabalhava como operador de máquinas numa empresa de cabides. “Estou me esforçando nesse trabalho de varredor. Com os R$ 15 que vou ganhar (como ele está no programa há uma semana, Vanderlei diz que ainda não ganhou a quantia), pretendo comprar uns cremes para mim”, disse, dando a entender que ainda mantém a vaidade.
Outro beneficiado pelo programa De Braços Abertos é Alex do Carmo, de 35 anos. Ele e a mulher também moram em um hotel pago pela Prefeitura. O estabelecimento fica numa esquina da Rua Helvétia e é conhecido na região como hotel do Seu Cícero.
Alex admite que usa crack dentro do quarto. “Tem um cachimbo lá no quarto. A gente, às vezes, usa mesmo. Não vou negar. É mais forte do que a gente. Só quem já usou sabe o quanto é difícil largar o vício do crack. Mas não fico mais no fluxo, no movimento. Esse trabalho está me ajudando a sair, aos poucos, do crack”, afirmou.
O QUE DISSE A PREFEITURA
Troca de hotel é pontual Em nota, a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, uma das pastas responsáveis pelo programa De Braços Abertos, informou que os casos de mudanças de hotéis pelos beneficiários do programa são pontos isolados, que não atrapalham o desenvolvimento do projeto. “Há casos pontuais de beneficiários que mudaram de hotéis em razão de desavenças com outros beneficiários. Essas mudanças não impediram o acompanhamento deles pelas assistentes sociais”, afirmou a pasta. Dependentes químicos mudam de hotéis à vontade Não é apenas o uso de crack nos quartos dos hotéis, que ficam dentro do perímetro da Cracolândia, que gera insatisfação entre os beneficiados pelo programa e até mesmo entre quem trabalha no projeto De Braços Abertos. O DIÁRIO apurou que a falta de controle de quem fica e sai dos estabelecimentos é outro ponto crítico da operação.
Até agora, passado quase um mês de sua implantação, ainda não existe um cadastro completo de qual usuário mora em cada hotel. Há um troca-troca generalizado, motivado por brigas entre os beneficiados ou simplesmente pela vontade de mudar de hotel.
A situação dificulta o acompanhamento dos técnicos da Prefeitura, como, por exemplo, os assistentes sociais, que não conseguem aferir se os beneficiados estão cumprindo as regras do programa. Estava marcada para ontem uma reunião entre integrantes da administração municipal e os donos dos hotéis que fazem parte do programa. O objetivo do encontro seria justamente mudar esse quadro de rotatividade.
A maneira seria a criação de um sistema de controle que impeça um beneficiário mudar de quarto e, sobretudo, de hotel, sem que haja uma justificativa plausível.
Quem trabalha no programa quer que haja um congelamento dessas mudanças. Assim, o cadastro de quem faz parte da ação da Prefeitura poderá ser concluído com mais rapidez. Além das mudanças constantes de hotel, a ausência de portaria 24 horas em alguns deles dificulta um maior controle dos beneficiados. A situação agrava-se principalmente na madrugada.
O QUE DISSE A PREFEITURA
Ação é resgate de dignidade Mesmo sendo indagada sobre o consumo de crack dentro dos quartos, a Prefeitura preferiu não entrar diretamente na questão. Em nota, a administração municipal disse: “O objetivo da operação De Braços Abertos em um primeiro momento é o resgate da autoestima e da dignidade do dependente, por meio de alternativas como a oferta de postos nas frentes de trabalho remunerado, cursos de qualificação, moradia e alimentação, com acompanhamento da assistência social. A Prefeitura também oferece tratamento de saúde, com encaminhamento aos Centros de Atenção Psicossocial ou para internação em leitos de hospital ou de comunidades terapêuticas. Viciados reclamam falta de creche aos filhos A falta de creches às crianças filhas dos beneficiados também incomoda tanto quem trabalha como quem é beneficiado pela operação De Braços Abertos.
Em reunião entre membros da administração municipal e representante de uma ONG que atua no programa e tem até base na Cracolândia, as crianças dos beneficiários foram mencionadas.
“Existem os beneficiários e um subgrupo, que são os filhos deles. É preciso criar vagas em creches para colocar essas crianças enquanto os pais delas estão trabalhando no programa De Braços Abertos. Do jeito que está não pode (continuar)”, afirmou uma integrante da Prefeitura durante a reunião, acompanhada pelo DIÁRIO.
Um dos beneficiados participava da reunião. Identificado apenas como Teodoro, ele dizia não saber o que fazer com seu bebê, enquanto varre as ruas.
Os trabalhos desenvolvidos pelos usuários de crack ocorrem no período matutino. Outro problema é a alimentação das crianças nos fins de semana. Como o Bom Prato da Rua Dino Bueno, no meio da Cracolândia, funciona apenas de segunda-feira a sexta-feira e é lá que os beneficiados comem, as crianças ficam sem alternativa de uma refeição “saudável” aos sábados e domingos, relataram usuários aos integrantes da Prefeitura. “Meu bebê está comendo comida muito pesada de sábado e domingo”, reclamou Tedooro.
O QUE DISSE A PREFEITURA
Creche está em análise Apesar de ter sido questionada pelo DIÁRIO sobre os motivos que fazem os beneficiários do programa De Braços Abertos não conseguirem vagas para seus filhos em creches municipais, a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo limitou-se a responder “que o assunto está em análise”. A administração municipal, contudo, não informou quando o problema será resolvido, quantas vagas serão abertas, para quais creches serão levadas as crianças filhas dos usuários de crack que fazem parte do programa nem o investimento que aportará.
análise: Dartiu Xavier da Silveira, psiquiatra e diretor do Programa a Dependentes da Unifesp Programa é o melhor de todos
É preciso ter paciência com a operação De Braços Abertos. Ela ataca nos principais focos do vício em crack e de todos os outros vícios. São eles o desemprego, a ausência de moradia, a quebra da autoestima. É claro que existem pontos a serem acertados, como, por exemplo, essa rotatividade de hotéis. Mas sobre os hotéis serem na Cracolândia, não vejo problemas. Em qual ponto da cidade não existe traficante? De todas as ações já implantadas para acabar com a Cracolândia, essa é a melhor.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Crescem o consumo e as mortes por overdose de heroína nos EUA
Crescem o consumo e as mortes por overdose de heroína nos EUA
The Wall Street Journal
A morte do ator Philip Seymour Hoffman devido a uma aparente overdose de heroína assinala o recente ressurgimento da droga nos Estados Unidos, alimentado por um suprimento crescente vindo da América Latina e uma fiscalização maior dos narcóticos para uso medicinal — que dificulta o acesso a eles e empurra os viciados para as drogas ilegais.
O número de usuários de heroína nos EUA saltou quase 80% entre 2007 e 2012, para estimados 669.000, segundo pesquisas da Administração de Serviços de Saúde Mental e Abuso de Substâncias, a Samhsa, uma repartição do Departamento de Saúde e Serviços Humanos do país. O número anual de mortes por overdose atribuídas à heroína chegou a 3.094 em 2010 (ano mais recente para o qual há dados disponíveis), um aumento de 55% em relação a 2000, segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças.
Ao contrário da invasão da heroína ocorrida entre o fim dos anos 60 e o começo dos 80, que se concentrou nos centros urbanos, a epidemia atual está se alastrando pelas cidades menores e pelas áreas rurais. Num evento realizado em janeiro no Instituto Nacional de Abuso de Drogas, 17 entre 20 pesquisadores de todo o país relataram que a heroína era o seu maior problema emergente, diz James Hall, um epidemiologista do Centro de Pesquisa Aplicada sobre Uso de Substâncias e Disparidades de Saúde da Universidade Nova Southeastern, em Miami.
"A heroína não tem nenhum tipo de fronteira geográfica ou demográfica", disse Rusty Payne, um porta-voz da agência de combate às drogas dos EUA, a DEA, em Washington. "Ela atinge basicamente todos os segmentos da sociedade."
Um fator importante por trás do retorno da heroína são os viciados em analgésicos narcóticos que mudaram para a heroína à medida que os remédios se tornaram "caros demais ou menos acessíveis", diz Gil Kerlikowske, diretor do Escritório de Política Nacional de Controle de Drogas (ONDCP).
Cerca de 80% das pessoas que experimentam heroína pela primeira vez usaram analgésicos antes, segundo um relatório divulgado no ano passado pela Samhsa. Novos usuários geralmente começam fumando ou cheirando o pó da heroína e então passam para o uso intravenoso, o que acelera e aumenta a intensidade do estímulo.
Outro fator a considerar é que os produtores de heroína do México vêm ampliando sua produção nos últimos anos, dizem autoridades. Os traficantes estão cada vez mais distribuindo a heroína mexicana não apenas nas cidades do oeste dos EUA, onde a droga sempre esteve presente, mas também do leste, uma região antes dominada pela heroína colombiana.
As apreensões de heroína ao longo da fronteira entre EUA e México saltaram 232% entre 2008 e 2012, para 1.855 quilos, segundo dados da DEA.
A droga também está de modo geral se tornando mais potente, em parte devido a métodos de produção mais sofisticados, dizem autoridades.
Embora a heroína ainda seja misturada a outras substâncias antes de ser vendida nas ruas, os compradores geralmente obtêm um produto mais puro do que no passado, diz James Hunt, agente especial que dirige a divisão da DEA em Nova York. Enquanto a heroína dos anos 80 podia ter uma pureza de 5%, hoje não é incomum achar um papelote com uma droga 50% pura, o que a torna potencialmente letal, diz ele.
Além disso, a heroína é às vezes combinada com outras drogas perigosas, como o opioide sintético fentanil. Esta combinação está sendo responsabilizada pelo surto de mortes ocorrido nos últimos meses na costa leste dos EUA, incluindo 37 no Estado de Maryland e 22 na Pensilvânia.
Os usuários "pensam que estão recebendo uma dose normal de heroína", diz Thomas Carr, diretor da Área de Tráfico de Drogas de Alta Intensidade na região de Washington e Baltimore. "Em vez disso, eles estão recebendo algo que poderia matar um cavalo."
Os resultados da autópsia de Hoffman, realizada na segunda-feira, eram esperados a qualquer momento ontem. A polícia encontrou vários papelotes no seu apartamento em Nova York que continham o que parecia ser heroína.
O fornecimento de heroína em Nova York vem crescendo desde 2009, diz Bridget Brennan, uma promotora especial da cidade para a área de narcóticos. "Começamos a ver laboratórios que eram capazes de produzir centenas de milhares" de papelotes por dia, diz ela. A epidemia atual se equipara à dos anos 70 em dimensão, mas "a diferença é o novo usuário", acrescenta. "Esse novo usuário tende a ser mais jovem e mais afluente."
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
The Wall Street Journal
A morte do ator Philip Seymour Hoffman devido a uma aparente overdose de heroína assinala o recente ressurgimento da droga nos Estados Unidos, alimentado por um suprimento crescente vindo da América Latina e uma fiscalização maior dos narcóticos para uso medicinal — que dificulta o acesso a eles e empurra os viciados para as drogas ilegais.
O número de usuários de heroína nos EUA saltou quase 80% entre 2007 e 2012, para estimados 669.000, segundo pesquisas da Administração de Serviços de Saúde Mental e Abuso de Substâncias, a Samhsa, uma repartição do Departamento de Saúde e Serviços Humanos do país. O número anual de mortes por overdose atribuídas à heroína chegou a 3.094 em 2010 (ano mais recente para o qual há dados disponíveis), um aumento de 55% em relação a 2000, segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças.
Ao contrário da invasão da heroína ocorrida entre o fim dos anos 60 e o começo dos 80, que se concentrou nos centros urbanos, a epidemia atual está se alastrando pelas cidades menores e pelas áreas rurais. Num evento realizado em janeiro no Instituto Nacional de Abuso de Drogas, 17 entre 20 pesquisadores de todo o país relataram que a heroína era o seu maior problema emergente, diz James Hall, um epidemiologista do Centro de Pesquisa Aplicada sobre Uso de Substâncias e Disparidades de Saúde da Universidade Nova Southeastern, em Miami.
"A heroína não tem nenhum tipo de fronteira geográfica ou demográfica", disse Rusty Payne, um porta-voz da agência de combate às drogas dos EUA, a DEA, em Washington. "Ela atinge basicamente todos os segmentos da sociedade."
Um fator importante por trás do retorno da heroína são os viciados em analgésicos narcóticos que mudaram para a heroína à medida que os remédios se tornaram "caros demais ou menos acessíveis", diz Gil Kerlikowske, diretor do Escritório de Política Nacional de Controle de Drogas (ONDCP).
Cerca de 80% das pessoas que experimentam heroína pela primeira vez usaram analgésicos antes, segundo um relatório divulgado no ano passado pela Samhsa. Novos usuários geralmente começam fumando ou cheirando o pó da heroína e então passam para o uso intravenoso, o que acelera e aumenta a intensidade do estímulo.
Outro fator a considerar é que os produtores de heroína do México vêm ampliando sua produção nos últimos anos, dizem autoridades. Os traficantes estão cada vez mais distribuindo a heroína mexicana não apenas nas cidades do oeste dos EUA, onde a droga sempre esteve presente, mas também do leste, uma região antes dominada pela heroína colombiana.
As apreensões de heroína ao longo da fronteira entre EUA e México saltaram 232% entre 2008 e 2012, para 1.855 quilos, segundo dados da DEA.
A droga também está de modo geral se tornando mais potente, em parte devido a métodos de produção mais sofisticados, dizem autoridades.
Embora a heroína ainda seja misturada a outras substâncias antes de ser vendida nas ruas, os compradores geralmente obtêm um produto mais puro do que no passado, diz James Hunt, agente especial que dirige a divisão da DEA em Nova York. Enquanto a heroína dos anos 80 podia ter uma pureza de 5%, hoje não é incomum achar um papelote com uma droga 50% pura, o que a torna potencialmente letal, diz ele.
Além disso, a heroína é às vezes combinada com outras drogas perigosas, como o opioide sintético fentanil. Esta combinação está sendo responsabilizada pelo surto de mortes ocorrido nos últimos meses na costa leste dos EUA, incluindo 37 no Estado de Maryland e 22 na Pensilvânia.
Os usuários "pensam que estão recebendo uma dose normal de heroína", diz Thomas Carr, diretor da Área de Tráfico de Drogas de Alta Intensidade na região de Washington e Baltimore. "Em vez disso, eles estão recebendo algo que poderia matar um cavalo."
Os resultados da autópsia de Hoffman, realizada na segunda-feira, eram esperados a qualquer momento ontem. A polícia encontrou vários papelotes no seu apartamento em Nova York que continham o que parecia ser heroína.
O fornecimento de heroína em Nova York vem crescendo desde 2009, diz Bridget Brennan, uma promotora especial da cidade para a área de narcóticos. "Começamos a ver laboratórios que eram capazes de produzir centenas de milhares" de papelotes por dia, diz ela. A epidemia atual se equipara à dos anos 70 em dimensão, mas "a diferença é o novo usuário", acrescenta. "Esse novo usuário tende a ser mais jovem e mais afluente."
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Reflexão diária 06-02-2014
Reflexão diária 06-02-2014
Portanto, o Segundo Passo é o ponto de reagrupamento para todos nós. Sejamos agnósticos, ateus ou ex-crentes, podemos nos agrupar neste Passo.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
So por hoje 06-02...
Meditação do Dia
Quinta, 06 de Fevereiro de 2014
Eu não consigo - nós conseguimos
"Estávamos convencidos de que conseguiríamos resolver o problema sozinhos e prosseguimos pela vida nessa base. Os resultados foram desastrosos e, por fim, cada um de nós teve de admitir que a auto-suficiência era uma mentira." Texto Básico, p. 71
"Eu não consigo, mas nós conseguimos." Esta verdade simples mas profunda começa por aplicar-se à nossa primeira necessidade como membros de NA: Juntos conseguimos mantermo-nos limpos, mas quando nos isolamos estamos em má companhia. Para recuperarmos precisamos do apoio de outros adictos. A auto-suficiência retira-nos mais do que apenas a nossa capacidade de nos mantermos limpos. Com ou sem drogas, viver em vontade própria conduz inevitavelmente ao desastre. Dependemos de outras pessoas para tudo, desde bens e serviços, a amor e companhia. Todavia a vontade própria, põe-nos em constante, em constante conflito com essas mesmas pessoas. Para vivermos uma vida plena, precisamos de estar em harmonia com os outros. Nós não dependemos apenas de outros adictos e de outras pessoas da nossa comunidade. O poder não é uma característica humana, mas nós precisamos do poder para viver. Encontramo-lo num Poder superior a nós próprios, que nos dá a orientação e a força que nos falta, quando estamos sozinhos. Quando fingimos ser auto-suficientes, isolamo-nos da única fonte de poder capaz de guiar-nos eficazmente pela vida: o nosso Poder Superior. A auto-suficiência não funciona. Precisamos de outros adictos, precisamos de outras pessoas e, para vivermos plenamente, precisamos de um Poder superior a nós mesmos.
Só por hoje: Vou procurar o apoio de outros adictos em recuperação, a harmonia com os outros na minha comunidade, e o carinho do meu Poder Superior. Eu não consigo, mas nós conseguimos.
Só por hoje: Vou procurar o apoio de outros adictos em recuperação, a harmonia com os outros na minha comunidade, e o carinho do meu Poder Superior. Eu não consigo, mas nós conseguimos.
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Risco de derrame dobra na primeira hora após consumo de álcool
Risco de derrame dobra na primeira hora após consumo de álcool
Minha Vida
Na segunda hora, risco continua 60% maior do que o normal, diz estudo
O exagero no consumo de bebidas que contenham álcool como cerveja, vinho ou licor, pode dobrar o risco de derrame durante a primeira hora e continuar elevado depois de duas horas, de acordo com um estudo publicado no jornal Stroke. Os pesquisadores entrevistaram 390 pessoas três dias após elas terem um derrame.
O tipo mais comum de derrame, o acidente vascular cerebral (AVC), ocorreu quando o fluxo sanguíneo para o cérebro foi bloqueado por um coágulo. Pessoas que tiveram sua habilidade de falar prejudicada pelo derrame não foram incluídas nesse estudo. Durante a entrevista, 14 pessoas falaram que consumiram bebidas alcoólicas uma hora antes do derrame, 104 disseram que tinham bebido nas últimas 24 horas, e 248 disseram que tinham bebido no último ano.
O risco de AVC foi duas vezes mais alto durante a primeira hora depois de consumir álcool e continuou 60% maior do que o normal na segunda hora. É considerado elevado o consumo acima de 500 mililitros de cerveja ou 100 mililitros de vinho por dia.
O resultado da pesquisa se manteve igual mesmo após os cientistas levarem em conta outros fatores que aumentam a chance de problemas vasculares como diabetes, obesidade ou maus hábitos alimentares. Estudos anteriores já mostraram que um consumo moderado de álcool, 500 mililitros de cerveja ou 100 mililitros de vinho por dia, pode ser benéfico para a saúde, diminuindo o risco do desenvolvimento de doenças do coração.
Ainda não se sabe exatamente por que isso ocorre, mas o álcool pode aumentar a pressão sanguínea e ajudar na formação de um coágulo. "Essas mudanças acontecem rapidamente e podem ser as responsáveis pelo aumento da chance de ter uma hemorragia. Depois de algumas horas, as alterações causadas pelo álcool desaparecem", diz Murray A. Mitlleman, da Harvard Medical School, em Boston.
"Nós sabemos que, mesmo ocasionalmente, ter uma taxa alta de álcool na corrente sanguínea traz problemas para o corpo", diz Mitlleman. "Pessoas que consomem múltiplas doses de álcool por dia tem mais chances de ter problemas cardíacos, além de desenvolver outras complicações como câncer de mama e câncer de garganta."
O que se deve saber sobre derrames
Os derrames podem ocorrer como um ataque repentino, ou podem ser um processo de várias horas, com piora progressiva do paciente. Os coágulos sanguíneos (ou trombos) que causam o derrame podem ser dissolvidos ou desintegrados, para que o sangue volte a circular pelo cérebro.
Por isso, o socorro imediato pode significar a diferença entre um dano leve e uma incapacidade maior. Com o uso de medicamentos, stents e outras tecnologias, os médicos podem interromper o derrame antes que se espalhe e limitar bastante os danos. Os sintomas do derrame incluem:
- Dormência repentina, debilidade, paralisia do rosto, braço ou perna, normalmente em um lado do corpo
- Dificuldade repentina para falar ou entender uma conversação (afasia)
- Visão subitamente embaçada, dupla ou debilitada
- Vertigem, perda repentina de equilíbrio ou de coordenação.
- Dor de cabeça grave, súbita, sem explicação ou incomum, que pode vir acompanhada de rigidez do pescoço (torcicolo), dor facial, dor entre os olhos, vômito e consciência alterada
- Confusão ou problemas com a memória, orientação espacial ou percepção
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Minha Vida
Na segunda hora, risco continua 60% maior do que o normal, diz estudo
O exagero no consumo de bebidas que contenham álcool como cerveja, vinho ou licor, pode dobrar o risco de derrame durante a primeira hora e continuar elevado depois de duas horas, de acordo com um estudo publicado no jornal Stroke. Os pesquisadores entrevistaram 390 pessoas três dias após elas terem um derrame.
O tipo mais comum de derrame, o acidente vascular cerebral (AVC), ocorreu quando o fluxo sanguíneo para o cérebro foi bloqueado por um coágulo. Pessoas que tiveram sua habilidade de falar prejudicada pelo derrame não foram incluídas nesse estudo. Durante a entrevista, 14 pessoas falaram que consumiram bebidas alcoólicas uma hora antes do derrame, 104 disseram que tinham bebido nas últimas 24 horas, e 248 disseram que tinham bebido no último ano.
O risco de AVC foi duas vezes mais alto durante a primeira hora depois de consumir álcool e continuou 60% maior do que o normal na segunda hora. É considerado elevado o consumo acima de 500 mililitros de cerveja ou 100 mililitros de vinho por dia.
O resultado da pesquisa se manteve igual mesmo após os cientistas levarem em conta outros fatores que aumentam a chance de problemas vasculares como diabetes, obesidade ou maus hábitos alimentares. Estudos anteriores já mostraram que um consumo moderado de álcool, 500 mililitros de cerveja ou 100 mililitros de vinho por dia, pode ser benéfico para a saúde, diminuindo o risco do desenvolvimento de doenças do coração.
Ainda não se sabe exatamente por que isso ocorre, mas o álcool pode aumentar a pressão sanguínea e ajudar na formação de um coágulo. "Essas mudanças acontecem rapidamente e podem ser as responsáveis pelo aumento da chance de ter uma hemorragia. Depois de algumas horas, as alterações causadas pelo álcool desaparecem", diz Murray A. Mitlleman, da Harvard Medical School, em Boston.
"Nós sabemos que, mesmo ocasionalmente, ter uma taxa alta de álcool na corrente sanguínea traz problemas para o corpo", diz Mitlleman. "Pessoas que consomem múltiplas doses de álcool por dia tem mais chances de ter problemas cardíacos, além de desenvolver outras complicações como câncer de mama e câncer de garganta."
O que se deve saber sobre derrames
Os derrames podem ocorrer como um ataque repentino, ou podem ser um processo de várias horas, com piora progressiva do paciente. Os coágulos sanguíneos (ou trombos) que causam o derrame podem ser dissolvidos ou desintegrados, para que o sangue volte a circular pelo cérebro.
Por isso, o socorro imediato pode significar a diferença entre um dano leve e uma incapacidade maior. Com o uso de medicamentos, stents e outras tecnologias, os médicos podem interromper o derrame antes que se espalhe e limitar bastante os danos. Os sintomas do derrame incluem:
- Dormência repentina, debilidade, paralisia do rosto, braço ou perna, normalmente em um lado do corpo
- Dificuldade repentina para falar ou entender uma conversação (afasia)
- Visão subitamente embaçada, dupla ou debilitada
- Vertigem, perda repentina de equilíbrio ou de coordenação.
- Dor de cabeça grave, súbita, sem explicação ou incomum, que pode vir acompanhada de rigidez do pescoço (torcicolo), dor facial, dor entre os olhos, vômito e consciência alterada
- Confusão ou problemas com a memória, orientação espacial ou percepção
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Drogas ficaram mais potentes ao longo dos anos
Drogas ficaram mais potentes ao longo dos anos
O Globo
Cocaína, maconha e opiáceos foram afetados pela mudança de formulação em favor da conquista de mercado na década de 60 a maconha tinha 0,5% de THC, a substância psicoativa; atualmente esta concentração é de 5%
Não foi apenas o cigarro que se tornou mais potente e viciante ao longo das últimas décadas. Mudanças na formulação ou na tecnologia também afetaram outras drogas como maconha, cocaína e opiáceos (heroína), segundo estudo publicado na “British Medical Journal” no ano passado. A conquista de mercados é tida como o principal fator para estas transformações.
- Sem dúvida as drogas estão mais fortes. O crack não existia há 40 anos, a maconha era bem mais fraca e mesmo o álcool mudou. A tendência é com certeza torná-los mais eficientes e viciantes - afirmou Ronaldo Laranjeira, da Unifesp.
Um dos casos mais notórios é o da maconha, que recebeu um acréscimo significativo de tetrahidrocarbinol (THC), a substância psicoativa. Em média, na década de 60 ela tinha uma concentração de 0,5% de THC e atualmente é de 5%, dez vezes mais, segundo Laranjeira. Outros relatórios, como o do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), apontam para um aumento mais intenso nas últimas décadas: de 1,5% para 4% entre 1980 e 1990. Além disso, óleos com maconha regularizados nos EUA podem conter até 50% de THC.
- O mercado lá é mais dinâmico e está se diversificando - disse Laranjeira, que acrescentou: - Como no caso do cigarro, há aditivos. Plantadores de maconha costumam fazer xixi nela porque sabem que a ureia torna a droga mais forte.
Segundo o estudo britânico, enquanto o preço das drogas ilícitas despencou, a sua pureza aumentou entre 1990 e 2007. No caso da cocaína, mais de 60%. Há mais de três mil anos povos incas passaram a consumir folhas de coca para ter efeitos estimulantes. No final do século XIX, ela foi sintetizada. Freud chegou a fazer experimentos com a droga. De lá para cá, foi injetável, virou pó e virou base para a produção do crack, uma das drogas mais devastadoras e viciantes. Com o álcool, curiosamente, não foi tão diferente.
- O álcool só existia em forma fermentada, como vinho e cerveja, em que o teor de álcool não ultrapassava os 18%. No século XV, passou pelo primeiro processo de destilação, e no século XVII surgiu o gim, com teor alcoólico de mais de 40%. A partir daí aumentaram os problemas com a bebida.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
O Globo
Cocaína, maconha e opiáceos foram afetados pela mudança de formulação em favor da conquista de mercado na década de 60 a maconha tinha 0,5% de THC, a substância psicoativa; atualmente esta concentração é de 5%
Não foi apenas o cigarro que se tornou mais potente e viciante ao longo das últimas décadas. Mudanças na formulação ou na tecnologia também afetaram outras drogas como maconha, cocaína e opiáceos (heroína), segundo estudo publicado na “British Medical Journal” no ano passado. A conquista de mercados é tida como o principal fator para estas transformações.
- Sem dúvida as drogas estão mais fortes. O crack não existia há 40 anos, a maconha era bem mais fraca e mesmo o álcool mudou. A tendência é com certeza torná-los mais eficientes e viciantes - afirmou Ronaldo Laranjeira, da Unifesp.
Um dos casos mais notórios é o da maconha, que recebeu um acréscimo significativo de tetrahidrocarbinol (THC), a substância psicoativa. Em média, na década de 60 ela tinha uma concentração de 0,5% de THC e atualmente é de 5%, dez vezes mais, segundo Laranjeira. Outros relatórios, como o do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), apontam para um aumento mais intenso nas últimas décadas: de 1,5% para 4% entre 1980 e 1990. Além disso, óleos com maconha regularizados nos EUA podem conter até 50% de THC.
- O mercado lá é mais dinâmico e está se diversificando - disse Laranjeira, que acrescentou: - Como no caso do cigarro, há aditivos. Plantadores de maconha costumam fazer xixi nela porque sabem que a ureia torna a droga mais forte.
Segundo o estudo britânico, enquanto o preço das drogas ilícitas despencou, a sua pureza aumentou entre 1990 e 2007. No caso da cocaína, mais de 60%. Há mais de três mil anos povos incas passaram a consumir folhas de coca para ter efeitos estimulantes. No final do século XIX, ela foi sintetizada. Freud chegou a fazer experimentos com a droga. De lá para cá, foi injetável, virou pó e virou base para a produção do crack, uma das drogas mais devastadoras e viciantes. Com o álcool, curiosamente, não foi tão diferente.
- O álcool só existia em forma fermentada, como vinho e cerveja, em que o teor de álcool não ultrapassava os 18%. No século XV, passou pelo primeiro processo de destilação, e no século XVII surgiu o gim, com teor alcoólico de mais de 40%. A partir daí aumentaram os problemas com a bebida.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Consumo de álcool e gordura aumenta risco de câncer em brasileiras
Consumo de álcool e gordura aumenta risco de câncer em brasileiras
Midia News
Pesquisa promovida pela Fiocruz traça um panorama dos hábitos alimentares das brasileiras com mais de 35 anos e sugere mudanças na dieta diária
O consumo de álcool e de alimentos gordurosos – que tem aumentado entre as brasileiras – eleva os riscos para o desenvolvimento do câncer de mama. Pesquisa realizada na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) avaliou a correlação entre hábitos alimentares e o câncer, além de traçar o perfil alimentar das brasileiras com mais de 35 anos, possíveis alvos da doença.
Motivada pelo aumento do número de casos de câncer no Brasil e no mundo, Rita de Cássia Albuquerque decidiu estudar o tema durante o doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente da Ensp. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, só este ano, 580 mil novos casos da doença serão identificados no Brasil: 57 mil serão de câncer de mama. O tipo mais comum entre as mulheres ainda mata cerca de 13 mil ao ano.
Rita espera contribuir para a definição de políticas públicas de promoção à saúde que considerem esse cenário. “As elevadas incidência e mortalidade por câncer de mama no País justificam a implantação de estratégias efetivas de controle, que incluam ações de promoção à saúde, prevenção e detecção precoce, tratamento e cuidados paliativos. Conhecer aspectos dietéticos de grupos populacionais contribui para a melhor compreensão da relação entre hábitos alimentares e de estilo de vida”, diz.
Conheça a dieta anticâncer:
Abacate: rico em ácidos-graxos poli-insaturados e em vitaminas do grupo B, essenciais no combate ao câncer .
A pesquisadora acredita que a promoção da saúde é a maneira mais econômica de prevenir doenças crônicas, como o câncer. “As intervenções dietéticas têm impacto positivo nos desfechos de saúde em todo o ciclo da vida”, diz. Rita ressalta ainda que o governo precisa alertar a população para os riscos da má alimentação.
“A população brasileira está mudando seu consumo alimentar. Deixando de consumir alimentos típicos, como arroz, feijão e tubérculos, e consumindo muito sal, gordura e álcool. Esses alimentos podem desencadear muitas doenças crônicas, como o câncer. É preciso alertar a população”, afirma.
O estudo
Rita diz que a pesquisa foi desenhada para mostrar uma “fotografia”. Primeiro, a pesquisadora revisou as evidências científicas encontradas em trabalhos desenvolvidos em diferentes populações de todos os continentes do mundo sobre a relação entre padrões de consumo alimentar e câncer de mama.
Os padrões alimentares encontrados nas 26 pesquisas avaliadas por ela mostram que o consumo de vegetais, frutas, peixes, crustáceos, soja e derivados, azeite, frango e os hábitos típicos das regiões pesquisadas reduzem os riscos de desenvolver a doença. Por outro lado, o consumo de bebidas alcoólicas e comidas gordurosas aumentam os riscos.
Na sequência, a pesquisadora investigou os padrões de consumo alimentar das mulheres brasileiras com mais de 35 anos – possíveis alvos da doença – a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fez um levantamento sobre consumo alimentar individual com as famílias pesquisadas. As dietas relatadas por 8.325 mulheres foram analisadas.
Os padrões alimentares das brasileiras podem ser divididos em: tradicional brasileiro (composto por arroz, feijão, legumes e carnes vermelhas); lanches (pães, bolos e biscoitos, queijos gordos, carnes processadas, café e chá); gorduras e álcool (bebidas alcoólicas, refrigerantes, sanduíches, pizza, salgados e salgados fritos) e lacto-vegetariano (cereais matinais, laticínios e preparações à base de leite, leite desnatado e queijos magros, frutas, legumes e verduras).
Dividida a amostra, ela percebeu que 20% das mulheres da amostra têm como menor consumo médio o padrão tradicional brasileiro, que é o mais comum a apenas 10% delas. Outras 838 mulheres declararam um alto consumo de álcool e gorduras.
“Os resultados reforçam a importância da conservação de hábitos alimentares tradicionais, que estimulam o consumo de vegetais e frutas e desestimulam o consumo de alimentos gordurosos, ricos em açúcar e sal e o consumo de álcool”, diz.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Midia News
Pesquisa promovida pela Fiocruz traça um panorama dos hábitos alimentares das brasileiras com mais de 35 anos e sugere mudanças na dieta diária
O consumo de álcool e de alimentos gordurosos – que tem aumentado entre as brasileiras – eleva os riscos para o desenvolvimento do câncer de mama. Pesquisa realizada na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) avaliou a correlação entre hábitos alimentares e o câncer, além de traçar o perfil alimentar das brasileiras com mais de 35 anos, possíveis alvos da doença.
Motivada pelo aumento do número de casos de câncer no Brasil e no mundo, Rita de Cássia Albuquerque decidiu estudar o tema durante o doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente da Ensp. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, só este ano, 580 mil novos casos da doença serão identificados no Brasil: 57 mil serão de câncer de mama. O tipo mais comum entre as mulheres ainda mata cerca de 13 mil ao ano.
Rita espera contribuir para a definição de políticas públicas de promoção à saúde que considerem esse cenário. “As elevadas incidência e mortalidade por câncer de mama no País justificam a implantação de estratégias efetivas de controle, que incluam ações de promoção à saúde, prevenção e detecção precoce, tratamento e cuidados paliativos. Conhecer aspectos dietéticos de grupos populacionais contribui para a melhor compreensão da relação entre hábitos alimentares e de estilo de vida”, diz.
Conheça a dieta anticâncer:
Abacate: rico em ácidos-graxos poli-insaturados e em vitaminas do grupo B, essenciais no combate ao câncer .
A pesquisadora acredita que a promoção da saúde é a maneira mais econômica de prevenir doenças crônicas, como o câncer. “As intervenções dietéticas têm impacto positivo nos desfechos de saúde em todo o ciclo da vida”, diz. Rita ressalta ainda que o governo precisa alertar a população para os riscos da má alimentação.
“A população brasileira está mudando seu consumo alimentar. Deixando de consumir alimentos típicos, como arroz, feijão e tubérculos, e consumindo muito sal, gordura e álcool. Esses alimentos podem desencadear muitas doenças crônicas, como o câncer. É preciso alertar a população”, afirma.
O estudo
Rita diz que a pesquisa foi desenhada para mostrar uma “fotografia”. Primeiro, a pesquisadora revisou as evidências científicas encontradas em trabalhos desenvolvidos em diferentes populações de todos os continentes do mundo sobre a relação entre padrões de consumo alimentar e câncer de mama.
Os padrões alimentares encontrados nas 26 pesquisas avaliadas por ela mostram que o consumo de vegetais, frutas, peixes, crustáceos, soja e derivados, azeite, frango e os hábitos típicos das regiões pesquisadas reduzem os riscos de desenvolver a doença. Por outro lado, o consumo de bebidas alcoólicas e comidas gordurosas aumentam os riscos.
Na sequência, a pesquisadora investigou os padrões de consumo alimentar das mulheres brasileiras com mais de 35 anos – possíveis alvos da doença – a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fez um levantamento sobre consumo alimentar individual com as famílias pesquisadas. As dietas relatadas por 8.325 mulheres foram analisadas.
Os padrões alimentares das brasileiras podem ser divididos em: tradicional brasileiro (composto por arroz, feijão, legumes e carnes vermelhas); lanches (pães, bolos e biscoitos, queijos gordos, carnes processadas, café e chá); gorduras e álcool (bebidas alcoólicas, refrigerantes, sanduíches, pizza, salgados e salgados fritos) e lacto-vegetariano (cereais matinais, laticínios e preparações à base de leite, leite desnatado e queijos magros, frutas, legumes e verduras).
Dividida a amostra, ela percebeu que 20% das mulheres da amostra têm como menor consumo médio o padrão tradicional brasileiro, que é o mais comum a apenas 10% delas. Outras 838 mulheres declararam um alto consumo de álcool e gorduras.
“Os resultados reforçam a importância da conservação de hábitos alimentares tradicionais, que estimulam o consumo de vegetais e frutas e desestimulam o consumo de alimentos gordurosos, ricos em açúcar e sal e o consumo de álcool”, diz.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
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