sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O Guardião do Castelo

O Guardião do Castelo                                                      

Certo dia, num grande castelo com a morte do guardião foi preciso encontrar um substituto. O Grande Mestre convocou, então, todos os discípulos para determinar quem seria o novo sentinela. Com muita tranqüilidade, falou:
"Assumira o posto o primeiro que resolver o problema que vou apresentar".

Colocou uma mesinha magnífica no centro da enorme sala em que estavam reunidos e, em cima dela, pôs um vaso de porcelana muito raro, com uma rosa amarela de extraordinária beleza a enfeitá-lo e disse apenas: "- Aqui está o problema!"

Todos ficaram olhando a cena: o vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro. O que representaria?! O que fazer?!

Neste instante, um dos discípulos sacou a espada, olhou o Mestre, os companheiros, dirigiu-se ao centro da sala e ....ZAPT...destruiu tudo com um só golpe.

Tão logo o discípulo retornou ao seu lugar, o mestre disse: "-Você é o escolhido para ser o Novo Guardião do Castelo".

Moral da Historia:

Não importa qual o problema, nem que seja algo lindíssimo, se for um problema, precisa ser eliminado. Um problema é um problema.

Mesmo que seja um mulher sensacional, um homem maravilhoso ou um grande amor que acabou. Por mais lindo que seja, ou tenha sido, se não existir mais sentido em sua vida, tem que ser suprimido.

Muitas pessoas carregam a vida inteira o peso das coisas que foram importante no passado, mas que hoje somente ocupam um espaço em seus corações e mentes. Espaço indispensável para recriar a vida.

Existe um provérbio que diz: "Para beber vinho numa taça cheia de chá é necessário jogar o chá fora, para então, beber o vinho."

Limpe a sua vida, comece pelas gavetas, armários, até chegar as pessoas do passado que não fazem mais sentido estar ocupando espaço em seu coração neste momento. O passado serve de lição, como experiência, como referência, para ser lembrado, mas nunca para ser revivido. Use as experiências do passado no presente, para reconstruir o seu futuro.
Autor: Desconhecido

Álcool: um alerta para nossas comunidades

Álcool: um alerta para nossas comunidades                                                                                                 

A Tribuna
Nos anos 80, o Papa João Paulo II despertou uma questão mundial que afetava muitas pessoas direta e indiretamente: as drogas. E conclamou: "Toda a sociedade - pais, escolas, ambiente social, meios de comunicação, organismos internacionais - deve se empenhar para formar um mundo novo, com o rosto do homem e a educação para ser homem". Ainda lançou o desafio de lutar contra os flagelos da dependência química e do alcoolismo.

No dia 13 de fevereiro começa a "Semana Nacional de Combate ao Alcoolismo" e essas palavras de João Paulo II estão presentes nas vidas dos agentes da Pastoral da Sobriedade, pois acatamos a sua mensagem e lutamos em favor das pessoas acometidas pelo álcool e por outras drogas.

Somos cristãos católicos prestando um serviço ecumênico, pois o álcool e as demais drogas não têm religião, nem bandeiras e nem fronteiras. Somos um povo de Deus, que unidos em um só projeto restauramos vidas num trabalho que envolve o dependente, a família dele, a igreja e toda a sociedade.

Segundo estatísticas da Pastoral da Sobriedade Nacional, em 15 anos de trabalho com dependentes e familiares nos grupos de autoajuda (mais de 900 pelo Brasil), os atendimentos superaram os cinco milhões. Foi verificado que 22% dos atendimentos estavam ligados a usuários de álcool.

Em nossa diocese (Rondonópolis, Jaciara, Juscimeira, Pedra Preta, Campo Verde, São José do Povo, Itiquira e Chapada dos Guimarães), em 15 anos houve mais de 45 mil atendimentos, sendo 28,3% quanto ao álcool, 9,2% à maconha e 5,1% ao crack.

Os acidentes automobilísticos causados por bebidas alcoólicas matam milhares de pessoas no país. O álcool atinge grande parte dos funcionários das empresas, reduzindo em mais de 60% sua força produtiva e elevando a chance de acidentes de trabalho em 3,6 vezes, conforme a especialista em Saúde Pública Eliane Zingare.

Participamos da igreja, lutamos por trabalho honesto, família saudável e respeitamos a Deus. Mas isso é suficiente? Pode até ser, mas às vezes não, porque a omissão nos torna cúmplices deste sistema triste e violento que difunde o álcool e as outras drogas. Temos exemplos maravilhosos em Rondonópolis de cristãos compromissados. Com a graça de Deus, maturidade e perseverança de alguns padres e leigos, três paróquias aboliram o álcool dos eventos da igreja: Bom Pastor, São José Esposo e São Domingos Sávio.

O pároco José Eder, da Bom Pastor, começou a campanha nas festas religiosas em 2008 e em reuniões dos Conselhos Pastorais Paroquiais (CPPs). Numa assembleia em 2010, com 99% dos votos, ficou decidido que a Bom Pastor não teria mais eventos com bebida alcoólica. "A bebida não gera fraternidade, as pessoas não se confraternizam, não se integram. A igreja não pode ser incentivadora da bebida; deve ser testemunho da verdade", afirma o pároco.

O padre Aladim Loureiro, da São Domingos Sávio, lançou em reunião com os paroquianos o desafio de acabar com a bebida alcoólica nas comunidades e conseguiu adesão da maioria. Palavras do padre: "Muitas comunidades ainda têm a mentalidade que a bebida alcoólica gera lucro fácil e não pesam nas vidas ceifadas pelo álcool. Tenho presenciado depois da decisão famílias mais alegres e felizes em nossas festas".

O padre João Paulo, da São José Esposo, diz que enquanto vigário recebia muitos jovens que reclamavam dos pais alcoólatras. "Quando me tornei pároco comecei a trabalhar essa questão e na assembléia de 2009 ficou decidido com adesão de 99% dos membros que não teríamos mais bebidas alcoólicas em nossas confraternizações e festas do padroeiro. Hoje as festas são melhores e realmente limpas".

Temos muito trabalho pela frente, porque enfrentar tradições e costumes não é tarefa fácil. Mas quem conseguiu mudar esse cenário já colhe os frutos. Como ressalta o Papa Francisco, é preciso "enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança ao futuro".
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Cocaína pode aumentar risco de AVC nas 24 horas após o uso

Cocaína pode aumentar risco de AVC nas 24 horas após o uso                                                                                              

A cocaína aumenta muito o risco de acidente vascular cerebral isquêmico em adultos jovens nas 24 horas transcorridas após o uso, de acordo com a pesquisa apresentada na Conferência da Associação Internacional do AVC de 2014.

Acidentes vasculares cerebrais isquêmicos ocorrem quando um vaso sanguíneo que fornece sangue ao cérebro fica bloqueado, impedindo um fornecimento contínuo de sangue.

“Queríamos entender quais os fatores que contribuem para o risco de AVC em adultos jovens”, disse Yu- Ching Cheng, Ph.D., cientista pesquisador do Centro Médico dos Assuntos sobre os Veteranos de Baltimore e professor assistente de medicina na Escola de Medicina da Universidade de Maryland. "Esses fatores podem ser comportamentos pessoais, fatores médicos ou ambientais, ou fatores genéticos”.

“O uso de cocaína é um dos fatores de risco investigados e ficamos surpresos com quão forte é a associação entre cocaína e risco de AVC em jovens adultos. Descobrimos que o risco de derrame associado ao uso intenso de cocaína é muito maior do que alguns outros fatores de risco de AVC, como diabetes, hipertensão arterial e tabagismo”.

Os pesquisadores compararam 1.101 pessoas de 15 a 49 anos da área de Baltimore-Washington, que sofreram derrame entre 1991 e 2008, com 1.154 pessoas de idades similares da população em geral. Mais de um quarto das pessoas em ambos os grupos disseram que tinham uma história de uso de cocaína, sendo que os homens tinham duas vezes mais chances do que as mulheres de relatar o uso da droga.

Os pesquisadores descobriram que:

- Ter uma história de uso de cocaína não foi associado a acidente vascular cerebral isquêmico, independentemente do sexo ou etnia de uma pessoa, no entanto, o uso intenso de cocaína nas 24 horas anteriores ao acidente vascular cerebral foi fortemente associado ao aumento do risco de acidente vascular cerebral em diferentes etnias.

- Participantes tinham seis a sete vezes mais chances de sofrer um acidente vascular cerebral isquêmico em até 24 horas depois do uso de cocaína.

- Este risco elevado de derrame parece ser semelhante em caucasianos e em afro-americanos.

“A cocaína não apenas causa dependência, ela também pode levar a invalidez ou morte por acidente vascular cerebral”, disse Cheng. “Não há muitas exceções para a nossa crença de que cada jovem paciente de AVC deve ser avaliado para saber se houve abuso de drogas no momento da admissão hospitalar.

“Apesar do alto risco de acidente vascular cerebral associado ao uso intenso de cocaína, em nosso estudo, apenas cerca de um terço dos pacientes jovens com AVC fizeram exames toxicológicos durante a internação. Achamos que o percentual de uso de cocaína pode ser maior do que o já relatado”.
Autor:
OBID Fonte: Traduzido e adaptado de Medical News Today

Reflexão diária 14-02-2014

Reflexão diária 14-02-2014
 
Convença todas as pessoas do fato de que podem recuperar-se independentemente de qualquer outra pessoa. As únicas condições são: confiar em Deus e retificar seu passado.
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS
 
 
Tratar com as expectativas é um tópico frequente nas reuniões. Não é errado esperar o meu progresso, boas coisas da vida ou ainda um tratamento decente pelos outros. O mal está em desejar que minhas expectativas se tornem exigências. Eu me sentirei diminuído naquilo que desejo ser e as situações acontecerão de tal maneira que não me comprazerão, porque as pessoas algumas vezes irão me desapontar. A única questão é: "O que vou fazer a respeito?" Chafurdar em auto piedade ou raiva? Vingar-se ou tornar uma má situação ainda pior? Ou, confiar no poder de Deus para trazer bênçãos sobre a confusão na qual me encontro? Rogarei a Ele o que preciso aprender? Continuarei fazendo as coisas certas que sei como fazer, não importa o que aconteça? Terei tempo para compartilhar minha fé e bênçãos com os outros?

Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 14-02...

Meditação do Dia

Sexta, 14 de Fevereiro de 2014


Honestidade e espiritualidade
"O direito a um Deus da nossa concepção é total e irrefutável. Por termos este direito, é necessário que sejamos honestos acerca daquilo em que acreditamos, se quisermos crescer espiritualmente." Texto Básico, p. 30

Nas reuniões, durante o café, ou em conversa com o nosso padrinho ou madrinha, ouvimos os nossos amigos de NA falarem sobre o modo como concebem o seu Poder Superior. Seria fácil ir "atrás dos outros", adoptando a crença de outra pessoa, mas, tal como ninguém pode recuperar por nós, também a espiritualidade de alguém não pode substituir a nossa. Temos de procurar honestamente um entendimento de Deus que realmente funcione para nós. Muitos de nós começaram essa procura através da oração e da meditação, e continuaram com as experiências em recuperação. Terá havido momentos em que nos foi dado um poder maior do que o nosso para enfrentarmos os desafios da vida? Quando, em ocasiões conturbadas, procurámos calmamente uma direcção, será que a encontrámos? Que Poder é que julgamos que nos guiou e nos deu forças? Que Poder é que procuramos? Com as respostas a estas perguntas, iremos compreender o nosso Poder Superior suficientemente bem para que possamos sentir-nos seguros e confiantes ao pedir-lhe que cuide da nossa vontade e das nossas vidas. Um entendimento de Deus, que não seja verdadeiramente nosso, poderá resultar por algum tempo mas, a longo prazo, temos de chegar à nossa própria compreensão de um Poder Superior, pois é esse mesmo Poder que irá levar-nos através da nossa recuperação.

Só por hoje: Eu procuro um Poder superior a mim mesmo que possa ajudar-me a crescer espiritualmente. Hoje vou examinar honestamente as minhas crenças e chegar ao meu próprio entendimento de Deus.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Opções

Opções                                                      

Desejo primeiro que você ame, e que amando seja também amado. E se não for,seja breve em esquecer, e esquecendo, não guarde mágoa.

Desejo, pois, que não seja assim, mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos, que mesmo maus e inconsequentes, sejam corajosos e fiéis, e que pelo menos num deles você possa confiar sem duvidar.

E porque a vida é assim.

Desejo ainda que você tenha inimigos. Mas na medida exata para que, algumas vezes, você se interpele a respeito de suas próprias certezas. E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo, para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil, mas não insubstituível.

E que nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante, não com os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com os que erram muito e irremediavelmente, e fazendo bom uso dessa tolerância, você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você sendo jovem, não amadureça depressa demais. E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer. E que sendo velho, não se dedique ao desespero. Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e é preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal, que você seja triste, não o ano todo, mas apenas um dia. Mas que nesse dia descubra que o riso diário é bom, o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra, com o máximo de urgência, acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos, injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato, alimente um cuco e ouça o joão-de-barro erguer triunfante o seu canto matinal.

Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente, por mais minúscula que seja, e acompanhe o seu crescimento, para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore. Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez por ano coloque um pouco dele na sua frente e diga "Isso é meu", só para que fique bem claro quem é dono de quem. Desejo por fim que você sendo homem, tenha uma boa mulher, e que sendo mulher, tenha um bom homem.

E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes. E quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda haja amor para recomeçar. E se tudo isso acontecer, não tenho mais nada a te desejar.
Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br)

Anvisa quer mudar caixas de cigarros

Anvisa quer mudar caixas de cigarros                                                                                                 

Correio Braziliense
Assim como já é feito na Austrália, órgão propõe a adoção das carteiras genéricas para que as embalagens sejam menos atraentes, principalmente aos jovens. Especialistas preveem resistência no Congresso

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) levará ao Congresso Nacional um debate que vem ocorrendo em várias nações: a reformulação das caixas de cigarros. A intenção é que um projeto de lei proponha a implementação no Brasil das embalagens de cigarro genéricas. A ação faz parte de uma convenção da Organização Mundial da Saúde (OMS) para controle do tabaco. Desde dezembro de 2012, a proposta está em prática na Austrália. Lá, as embalagens têm a mesma forma, tamanho, modo de abertura, cor e fonte. As imagens e alertas contra o tabagismo prevalecem nas caixas, que apresentam apenas um pequeno espaço reservado ao nome da marca dos produtos.

A estratégia de tornar as embalagens menos atraentes pretende reduzir ainda mais o número de fumantes no país, que caiu pela metade nas últimas duas décadas. Hoje, cerca de 14% da população é tabagista, de acordo com o Ministério da Saúde. O diretor-presidente da Anvisa disse ao Correio que pediu à área técnica da agência que elabore um projeto de lei sobre o assunto para ser tratado no Congresso. "O que a gente deve fazer é levar o debate para as comissões relacionadas à saúde e à defesa do consumidor. E tratar do assunto tanto no Congresso como no governo com a expectativa de que seja apresentado um projeto que, na medida do possível, tramite em prioridade", afirma.

Segundo Barbano, a medida é eficiente. O diretor conta que a agência regulatória da Austrália elaborou um estudo mostrando redução de 10% no número de fumantes cerca de um ano após a medida ser adotada. Na opinião da coordenadora jurídica da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), Adriana Carvalho, a mudança na embalagem é importante ao passo que limita as possibilidades de propaganda. Ela lembra que no Brasil já é proibida a publicidade na mídia de massa, mas avalia que, com isso, a indústria do cigarro conseguiu se reiventar e tornar o maço uma forte forma de publicidade. "É uma estratégia de marketing para promover o consumo. As embalagens são mais atraentes, sedutoras. Algumas são vendidas com brindes", avalia.

Expectativa

Mas, assim como outras medidas contestadas pela indústria do tabaco, a embalagem genérica deve ser alvo de resistência. Para o secretário da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Romeu Schneider, a adoção das caixas possibilitará a multiplicação do mercado de cigarros ilegais. "Quem fornece para o mercado ilegal, que são nossos vizinhos, passará a fornecer as carteiras que existem hoje, com a atração para o consumidor, enfeitadas, com imagens bonitas e chamativas", disse. De acordo com Schneider, 185 mil famílias no país dependem da produção do tabaco.

A coordenadora da ACT aguarda muita relutância por parte das indústrias e de parlamentares, por isso, espera o empenho do governo em relação às embalagens genéricas. A especialista acredita que as medidas são importantes para evitar a atração de jovens pelo tabaco. Segundo dados da OMS, 90% das pessoas começam a fumar antes dos 19 anos. Estudo da ACT mostra que o Brasil gastou R$ 21 bilhões em 2011 no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro.

Barradas no caminho

Uma das medidas se refere à lei 12.546/11, que proíbe o fumo em locais fechados. A norma, que alterou uma lei de 1996, foi elaborada há dois anos, entretanto, ainda não teve esse ponto regulamentado. A outra medida, que proíbe aditivos de tabaco no cigarro, como os que conferem sabor ao produto, está suspensa por ação no Supremo Tribunal Federal. R$ 21 bilhões Valor gasto pelo país em 2011 no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Risco do tipo mais comum de câncer de mama elevado pelo cigarro

Risco do tipo mais comum de câncer de mama elevado pelo cigarro                                                                                              

O tabagismo é um conhecido fator de risco para o câncer de pulmão e também pode desencadear outros tumores, como os de boca, de estômago, de laringe e de pâncreas. Agora, uma nova pesquisa concluiu que o cigarro pode elevar as chances do tipo mais comum de câncer de mama em mulheres de até 44 anos.

Segundo o estudo, pacientes que fumam mais do que um maço de cigarro por dia há pelo menos dez anos têm um risco 60% maior de desenvolver a doença em comparação com aquelas quem fumam menos ou que não são fumantes.

Subtipos — O câncer de mama associado ao cigarro pela pesquisa é do tipo receptor de estrogênio positivo, cujo crescimento depende desse hormônio. O estudo não encontrou, porém, relação entre o tabagismo e um maior risco de câncer de mama triplo negativo, que é uma forma menos comum, porém mais agressiva da doença.

“Há cada vez mais evidências de que o câncer de mama é outro perigo associado ao cigarro”, diz Christopher Li, pesquisador do Centro para Pesquisa em Câncer Fred Hutchinson em Seattle, Estados Unidos, e coordenador do estudo. Segundo Li, porém, muitos trabalhos feitos com mulheres mais jovens tiveram resultados conflitantes ou então não especificaram quais tipos de tumores podem ser causados pelo tabagismo.

A pesquisa foi divulgada na edição deste mês do periódico Cancer, uma publicação da Sociedade Americana do Cancer. Os autores avaliaram dados de mulheres de 20 a 44 anos que haviam sido diagnosticadas com câncer de mama entre 2004 e 2010. Entre elas, 778 apresentaram tumores do tipo receptor de estrogênio positivo e 182 tiveram o câncer triplo negativo. A equipe comparou essas participantes com outras 938 livres da doença.

Os resultados também mostraram que as mulheres que fumavam há pelo menos 15 anos tiveram um risco 50% maior de desenvolver o câncer de mama do tipo receptor de estrogênio positivo em comparação com as que fumavam há menos tempo. “Há muitos compostos químicos no cigarro, e eles podem provocar diferentes efeitos capazes de levar à doença”, diz Christopher Li.
Autor:
OBID Fonte: Veja

Reflexão diária 13-02-2014

Reflexão diária 13-02-2014
 
Para o homem ou mulher intelectualmente auto-suficiente, muitos AAs podem dizer: "Sim, éramos como você - inteligentes demais para o nosso próprio bem... Secretamente, achávamos que poderíamos flutuar acima dos outros, somente com o poder da inteligência".
NA OPINIÃO DO BILL
 
 
Mesmo a mente mais brilhante não tem defesa contra a doença do alcoolismo. Não posso pensar em ser sóbrio à minha maneira. Tento lembrar-me que a inteligência é um atributo dado por Deus e que eu posso usar, é uma alegria - como ter talento para dançar ou desenhar ou ainda fazer um trabalho de carpintaria. Isto não me faz ser melhor do que qualquer um e, particularmente, não é ferramenta digna de confiança para recuperação. Para isto um Poder Superior a mim mesmo me devolverá a sanidade - não um alto Q.I. ou um diploma do colégio.

Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 13-02...

Meditação do Dia

Quinta, 13 de Fevereiro de 2014


As forças que unem
"Tudo correrá bem sempre que as forças que nos unem sejam maiores do que as que tentam separar-nos." Texto Básico, p. 68

Muitos de nós sentem que sem NA teriam certamente morrido da nossa doença. Por isso, a sua existência é o nosso cordão de segurança. No entanto, a desunião é um facto ocasional da vida de Narcóticos Anónimos; devemos aprender a responder de uma forma construtiva às influências destrutivas que por vezes surgem na nossa irmandade. Se decidirmos ser uma parte da solução, em vez de sermos parte do problema, estaremos então a seguir a direcção certa. A nossa recuperação pessoal e o crescimento de NA são proporcionais à manutenção de um ambiente de recuperação nas nossas reuniões. Será que estamos dispostos a ajudar o nosso grupo a lidar construtivamente com um conflito? Será que, como membros de um grupo, esforçamo-nos para ultrapassar as dificuldades aberta e honestamente, e com justiça? Será que procuramos promover o bem-estar comum de todos os membros em vez do nosso próprio bem-estar? E, como servidores de confiança, será que tomamos em consideração o efeito que as nossas acções podem ter nos recém-chegados? O serviço pode fazer emergir tanto o melhor como o pior em nós. Mas é geralmente através do serviço que começamos a entrar em contacto com os nossos defeitos de carácter mais fortes. Será que evitamos compromissos de serviço em vez de enfrentarmos aquilo que possamos descobrir sobre nós próprios? Se tivermos em mente a força dos laços que nos unem - a nossa recuperação da adicção activa - tudo irá correr bem.

Só por hoje: Vou esforçar-me por servir a nossa irmandade. Não vou ter medo de descobrir quem sou.
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Como se PREVENIR contra as drogas!!

Prevenção

Muito se tem feito nos últimos tempos para que as pessoas se previnam contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou ilegalmente, para que elas sejam usadas. O resultado final é que as pessoas estão consumindo cada vez mais drogas.
Usar drogas, significa em primeira instância, buscar prazer. É muito difícil lutar contra o prazer, porque foi ele que sempre norteou o comportamento dos seres vivos para se autopreservarem e perpetuarem sua espécie. A droga provoca o prazer que engana o organismo, que então passa a querê-lo mais, como se fosse bom. Mas o prazer provocado pela droga não é bom, porque ele mais destrói a vida do que ajuda na sobrevivência. A prevenção tem de mostrar a diferença que há entre o que é gostoso e o que é bom.
Todo usuário e principalmente sua família têm arcado com as consequências decorrentes desse tipo de busca de prazer.
Pela disposição de querer ajudar outras pessoas, parte da sociedade procura caminhos para previnir o maior mal evitável deste final de milênio.

Caminhos disponíveis

1. Do medo - Os jovens não se aproximarão das drogas se as temerem. Para se criar o medo, basta mostrar somente o lado negativo das drogas. Pode funcionar para crianças enquanto elas acreditarem no adultos.

2. Das informações científicas - Quanto mais alguém souber sobre as drogas, mais condições terá para decidir usá-las ou não. Uma informação pode ser trocada por outra mais convincente e que atenda aos interesses imediatos da pessoa.

3. Da legalidade - Não se deve usar drogas porque elas são ilegais. Mas e as drogas legais? E todas as substâncias adquiridas livremente que podem ser transformadas em drogas?

4. Do princípio moral - A droga fere os princípios éticos e morais. Esses valores entram em crise exatamente na juventude.

5. Do maior controle da vida dos jovens - Mais vigiados pelos pais e professores, os jovens teriam maiores dificuldades em se aproximar das drogas. Só que isso não é totalmente verdadeiro. Não adianta proteger quem não se defende.

6. Do afeto - Quem recebe muito amor não sente necessidade de drogas. Fica aleijado afetivamente que só recebe amor e não o retribui. Droga é usufruir prazer sem ter de devolver nada.

7. Da auto-estima - Quem tem boa auto-estima não engole qualquer "porcaria". Ocorre que algumas drogas não são consideradas "porcarias", mas "aditivos" para curtir melhor a vida.

8. Do esporte - Quem faz esporte não usa drogas. Não é isso o que a sociedade tem presenciado. Reis do esporte perdem sua majestade devido às drogas.

9. Da união dos vários caminhos - É um caminho composto de vários outros, cada qual com sua própria indicação. Cada jovem escolhe o mais adequado para si. Por enquanto, é o que tem dado os resultados mais satisfatórios.

10. Da Integração relacional - Contribuição para enriquecer o caminho 9. Nesse trajeto, o jovem é uma pessoa integrada consigo mesmo (corpo e psique), com as pessoas com as quais se relaciona (integração social) e com o ecossistema (ambiente), valorizando a disciplina, a gratidão, a religiosidade, a ética e a cidadania.
(Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição)

Programa Recomeço leva atendimento a familiares de dependentes químicos à periferia

Programa Recomeço leva atendimento a familiares de dependentes químicos à periferia                                                                                                 

G1
Grupo CVS, com 7.600 lojas no país, fez anúncio esta semana.

Uma das principais redes de farmácias dos Estados Unidos, com 7.600 lojas em todo o país, anunciou esta semana que vai deixar de vender cigarros, invocando a lógica e a saúde pública, uma decisão imediatamente comemorada pelo presidente americano, Barack Obama.

"Encerrar a venda de cigarros e outros produtos que contêm tabaco nas farmácias CVS é o que deve ser feito pelos nossos clientes e a nossa empresa com a finalidade de ajudar as pessoas a melhorar sua saúde", declarou Larry Merlo, presidente do grupo. "A venda de tabaco simplesmente não corresponde à nossa missão", que é melhorar a saúde dos americanos, acrescentou.

As farmácias americanas se parecem com pequenos supermercados, com uma parte reservada à venda de produtos com receita. Cosméticos, itens de papelaria e alimentação ocupam uma área maior. Ali costumam ser vendidos cigarros. Obama saudou calorosamente o anúncio da CVS.

"A decisão de hoje ajudará a avançar os esforços da minha administração para reduzir o número de mortes vinculadas ao tabagismo, o câncer e doenças cardíacas, assim como diminuir o custo dos serviços de saúde", disse em um comunicado.

Apesar de avanços ocorridos neste campo -- hoje 18% da população americana fuma, contra 42% em 1964 --, ainda morrem todos os anos cerca de 443 mil pessoas por doenças vinculadas ao tabagismo.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Pela 1ª vez, Curitiba zera número de crianças nascidas com o vírus HIV

Pela 1ª vez, Curitiba zera número de crianças nascidas com o vírus HIV                                                                                              

Pela primeira vez nos últimos 20 anos, Curitiba zerou o número de crianças nascidas com o vírus HIV, causador da Aids. Segundo a prefeitura, nenhum novo caso foi registrado na cidade ao longo de 2013.

Dados da Secretaria de Saúde de 1994 a 2013 mostraram oscilações na quantidade de casos, com índices altos em 1996 e 1998, seguido de queda e estabilidade na quantidade de infecções a partir de 2001 – até zerar no ano passado.

A redução das infecções se deve, em grande parte, a um maior acompanhamento médico e tratamento adequado das mães grávidas com o medicamento antirretroviral, o que permitiu o nascimento da criança com carga viral negativa, ou seja, livre da doença.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão do vírus de mãe para filho (denominada vertical) caiu 35% entre 2003 e 2012. A taxa de detecção no país há dois anos era de 3,4 para cada 100 mil habitantes. Em 2003, era de 5,1 para cada 100 mil habitantes.

Tratamento com antirretroviral na gravidez

De acordo com o médico infectologista José Luiz de Andrade Neto, professor dos cursos de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e da Universidade Federal do Paraná, para que a mulher portadora de HIV tenha um filho livre do vírus é preciso recorrer à inseminação artificial ou fertilização in vitro -- pela qual o óvulo é fertilizado fora do organismo da mulher antes de ser implantado no útero.

No caso de ambos serem soropositivos, é recomendada uma avaliação mais complexa para saber a possibilidade da gravidez, segundo o especialista. “É importante saber da infecção e tratá-la antes da gravidez, já que é alto o risco o bebê nascer com o vírus. Quanto mais tarde você começa com o medicamento [antirretroviral], maior o risco da criança ter o vírus”, explicou.

O médico, que também é consultor para Aids do Ministério da Saúde, disse que estudos realizados já apontaram a possibilidade da mulher com Aids praticamente zerar o risco de transmitir o vírus para o filho. Em contrapartida, quando as gestações não são assistidas, 30% das crianças nascem com a doença.

O especialista destaca a importância do pré-natal e a realização de exames para detectar não só o vírus da Aids, mas outras doenças sexualmente transmissíveis.

Se a mulher descobrir o HIV após constatar a gravidez, ela deve iniciar o tratamento imediatamente. A mãe soropositiva não poderá amamentar o filho no seio, já que existe a possibilidade de contágio pelo leite materno. Todo o tratamento para a Aids pode ser realizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Falta de diagnóstico na gravidez

A empregada doméstica M.D., de 49 anos, descobriu só ao longo de sua terceira gravidez que era portadora do vírus HIV. Moradora da capital paranaense, seus dois primeiros filhos nasceram com Aids por ela não ter sido diagnosticada com a doença nas gestações.

Ela lembra com angústia quando descobriu ser soropositiva quando aguardava o nascimento da filha caçula. “Me desesperei quando perguntei para a médica se poderia repetir o exame e se tinha chance de dar negativo. Ela disse que não tinha”, disse a mulher, que preferiu não se identificar.

A partir daquele dia, a doméstica iniciou o tratamento e, como ela diz, salvou a vida da filha mais nova. “Ela é muito inteligente e me ajuda aqui em casa”. Os filhos mais velhos também foram diagnosticados e já fazem o tratamento, assim como o pai dos filhos, com quem ela é casada até hoje.

Por conta das dificuldades que enfrentou, M.D. ajudou a fundar em Curitiba uma unidade da organização não-governamental Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids, que ajuda portadores do vírus e faz diversos trabalhos de conscientização pela cidade.

Sobre a gestação de mulheres com Aids, a curitibana avalia que com a evolução da medicina e a disseminação das informações é possível uma soropositiva ter filhos sem o vírus. “Não tenham medo”, recomenda.
Autor:
OBID Fonte: G1 PR

Reflexão diária 12-02-2014

Reflexão diária  12-02-2014
 
Egoísmo, egocentrismo! Acreditamos que esta é a fonte de nossos problemas.
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS
 
 
Como surpreende a revelação de que o mundo e tudo que ele contém, pode continuar muito bem com ou sem a minha participação! Que alívio saber que as pessoas, lugares e coisas estarão muito bem sem meu controle e direção. E como inexplicavelmente maravilhoso vir a acreditar que existe um Poder Superior a mim, separado e independentemente de mim mesmo. Acredito que o sentimento de separação que experimento entre eu e Deus um dia desaparecerá. Enquanto isso, a fé deve servir como estrada para o centro de minha vida.

Força, fé e esperança,
 Clayton Bernardes

Só por hoje 12-02...

Meditação do Dia

Quarta, 12 de Fevereiro de 2014


Viver no momento
"Lamentávamos o passado, receávamos o futuro, e não sentíamos grande entusiasmo pelo presente." Texto Básico, p. 8

Até termos vivido o processo de recuperação que se dá quando trabalhamos os Doze Passos, dificilmente encontraremos uma frase mais verdadeira do que a citação acima. A maioria de nós chegou a NA de cabeça baixa, com vergonha, a pensar no passado e a desejar poder voltar atrás e mudá-lo. As nossas fantasias e expectativas sobre o futuro podem ser tão exageradas que, logo num primeiro encontro com alguém, damos connosco a pensar qual o advogado que contrataríamos para um divórcio. Quase todas as experiências fazem com que recordemos algo do passado ou comecemos a projectar o futuro. De início, é difícil mantermo-nos no momento. Parece que os nossos pensamentos não param. Temos grande dificuldade em nos divertirmos. Cada vez que percebermos que os nossos pensamentos não estão centrados naquilo que esteja a acontecer no momento, podemos rezar e pedir a um Deus amantíssimo que nos ajude a sairmos de nós. Se lamentamos o passado, fazemos reparações ao vivermos hoje de modo diferente; se receamos o futuro, trabalhamos para vivermos hoje responsavelmente. Se cada vez que descobrirmos que não estamos a viver o presente praticarmos os passos e rezarmos, vamos reparar que isso já não irá acontecer com a mesma frequência que antes. A nossa fé irá ajudar-nos a viver só por hoje. Iremos ter horas, até mesmo dias, em que a nossa atenção está totalmente centrada no momento presente, e não num passado de que nos arrependamos, ou num futuro que receemos.

Só por hoje: Quando vivo plenamente cada momento, abro-me às alegrias que de outra forma me escapariam. Se estou com problemas, vou pedir ajuda a um Deus amantíssimo.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Pensem nisso!!!!!

... "A mais profunda raiz do fracasso em nossas vidas é pensar, Como sou inútil e fraco. É essencial pensar poderosa e firmemente, Eu consigo, sem ostentação ou preocupação."(Dalai Lama)

... "O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo."(Friedrich Nietzsche)
... "Uma pequena fé levará tua alma ao céu; uma grande fé trará o céu para sua alma."(Charles Spurgeon)
... "Se os homens tivessem dentro da alma a humildade e a gratidão, viveriam em perfeita paz."(Vicente Espinel)
... "O carinho é responsável por nove-décimos de qualquer felicidade sólida e durável existente em nossas vidas."(C. S. Lewis)
... "Quem tem uma batalha mais difícil do que aquele que se esforça para vencer a si mesmo?"(Tomás de Kempis)
... "A medida do amor é não ter medida."(Santo Agostinho)

Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes


Como e onde tratar adolescentes usuários de drogas?

Como e onde tratar adolescentes usuários de drogas?                                                                                              

UNIAD
Adolescentes usuários de drogas não são todos iguais. As drogas de abuso também não. Existe um sem-número de possibilidades de combinação entre os diversos indivíduos adolescentes e as diversas drogas de abuso e as formas de usá-las.

Entender essa diversidade de diagnóstico é fundamental para não incorrer no risco de ser simplista e ingênuo ao achar que existe um tipo de tratamento único que atenda a todos os perfis e subgrupos de usuários. Existe o grupo dos usuários experimentais; dos usuários frequentes; dos usuários que tiveram problemas social, familiar e educacional; dos que têm suporte familiar; dos que não têm nenhum suporte etc.

Portanto, o leitor deve desconfiar de qualquer política que se proponha a resolver o problema de uso de drogas com ações simples e únicas. É preciso formar uma rede de proteção e tratamento que atenda o adolescente de forma integral: saúde física, psíquica, educação e proteção social; de preferência que isso seja feito no mesmo espaço e de forma integrada. Não adianta planejar a psicoterapia em um lugar, com o médico em outro endereço, o esporte em outro bairro. A logística complicada piora a adesão e os resultados.

A meta deve ser abstinência. Não existem, até o momento, pesquisas que mostrem que qualquer quantidade de droga – de qualquer droga, mesmo álcool e tabaco – seja segura para a saúde do adolescente.

Qual é o tipo de equipamento de saúde existente no Brasil, hoje, com essas características? Nenhum.

Os Centros de Assistência Psicossocial (CAPS) se propõem a realizar a assistência de saúde e suporte social utilizando os recursos existentes na comunidade. Mas as conexões com os diversos serviços de saúde, lazer, educação e sociais são frágeis e de logística de difícil execução, senão impraticáveis, principalmente para aquele grupo de pacientes cujas famílias já estão desagregadas e a figura do cuidador é frágil ou ausente.

É preciso então inovar e pensar em outro modelo que complemente os serviços dos CAPS. Não que substitua, e sim que complemente. Mas não podemos criar um modelo com base apenas no que acreditamos ou confiando em uma lógica teórica e idealizada. É preciso investir em modelos que sejam custo-efetivos, isto é, que sejam testados na prática e comparados com outros modelos para determinar a efetividade. E esses serviços precisam ter um valor que possa ser custeado pela sociedade. De nada adianta um serviço efetivo que custe tão caro que seja inviável. Assim como nossa conta bancária, os recursos públicos também são finitos.

Nos próximos posts,vou discorrer aqui sobre alguns modelos inovadores para o tratamento de adolescentes que encontram base em evidências científicas.

Hoje gostaria apenas de lembrar que é preciso ter uma gama de serviços e/ou que esses serviços sejam o mais completos e abrangentes possível, já que existem vários subgrupos de adolescentes usuários de drogas. Vou ainda descrever os princípios científicos que qualquer serviço para tratar adolescentes deve possuir. Esses princípios foram escritos com base em inúmeras pesquisas científicas, pelo National Institute on Drug Abuse(NIDA), instituto americano que congrega hoje o maior número de pesquisadores em dependência química do mundo e reúne recursos financeiros alocados na ordem do que é gasto com todas as pesquisas em todas as áreas do conhecimento aqui no Brasil. São 13 princípios descritos a seguir.

Princípio 1: O uso de substâncias psicoativas na adolescência precisa ser identificado e tratado o mais rápido possível.

Princípio 2: Os adolescentes usuários de substâncias psicoativas podem se beneficiar de uma intervenção para o uso de drogas mesmo que eles não sejam dependentes ainda.

Princípio 3: Consultas de rotina podem ser boas oportunidades para rastrear o uso de drogas na adolescência.

Princípio 4: Intervenções judiciais e pressão familiar desempenham importante papel na admissão e na manutenção do adolescente no tratamento.

Princípio 5: O tratamento deve ser adaptado às necessidades específicas de cada adolescente. O tratamento deve ser individualizado e um plano deve ser traçado com base nas necessidades específicas. Alguns precisarão de monitoramento do uso de droga, outros não. Alguns precisarão de medicamentos, outros não, e assim por diante.

Princípio 6: O tratamento deve atender às necessidades integrais dos adolescentes, e não apenas ter foco no uso de substância. É preciso pensar em educação, tratamento familiar etc. Não adianta manter o adolescente internado em um hospital por seis meses sem escola, por exemplo.

Princípio 7: Terapia comportamental é eficaz no tratamento do uso de drogas na adolescência. Os adolescentes respondem bem aos incentivos motivacionais, principalmente os reforços positivos, que recompensam comportamentos positivos, como a abstinência.

Princípio 8: Incluir a família e a comunidade é um aspecto importante do tratamento. A família é responsável pelo adolescente. Não é possível transferir essa responsabilidade para o Estado, para o médico, para o psicólogo, para a escola ou para o professor. Mas a família às vezes adoece junto e precisa ser incentivada e ajudada para que possa cumprir a responsabilidade de cuidar de seus adolescentes e seguir as orientações dos profissionais.

Princípio 9: Para que o tratamento seja efetivo, é importante identificar e tratar quaisquer outras condições de saúde mental que os adolescentes possam ter. Uma avaliação médica é muito importante. Existem doenças que tratadas melhoram muito o prognóstico.

Princípio 10: Questões sensíveis, como violência, abuso e risco de suicídio, devem ser pesquisadas, identificadas e tratadas em todos os adolescentes usuários de substância.

Princípio 11: É importante monitorar o uso de drogas durante o tratamento de adolescentes. Existem testes rápidos de urina ou de fio de cabelo, que ajudam nesse monitoramento.

Princípio 12: Permanecer em tratamento por um período de tempo adequado e manter continuidade são aspectos importantes. O adolescente e a família precisam ser incentivados a se manter em tratamento. Tratamentos que não têm controles eficazes de frequência e busca ativa têm baixa adesão e falham.

Princípio 13: É importante realizar testes para doenças sexualmente transmissíveis, principalmente HIV, hepatite B e hepatite C.

Qualquer serviço precisa desses ingredientes básicos. Nas próximas semanas, prosseguiremos essa discussão aprofundando dois assuntos: os diversos subgrupos de adolescentes usuários de drogas e as possibilidades de serviços para tratá-los.

Dr. Cláudio Jerônimo da Silva – psiquiatra e Diretor Técnico do UNAD

No INSS, pedidos de auxílio-doença para usuários de drogas triplicam em oito anos

No INSS, pedidos de auxílio-doença para usuários de drogas triplicam em oito anos                                                                                              

O Globo
No mesmo período, o benefício concedido a viciados em cocaína e seus derivados, como crack e merla, também mais do que triplicou

Por anos, o eletricista Cléber Wilson do Prado Franchi, de 35 anos, conciliou a rotina de trabalho com o vício do álcool e da cocaína. Em 2011, um aumento no consumo das duas drogas levou o profissional a apresentar sintomas como perda de raciocínio e coordenação, e fez com que ele fosse demitido da multinacional onde trabalhava. Nessa época, ele ingeria três litros de álcool por dia e chegou a ter duas overdoses. Em busca de ajuda, internou-se em uma clínica de reabilitação e, desde 2012, recebe um auxílio-doença mensal no valor de R$ 1.500. Isso fez com que ele entrasse em uma estatística preocupante que vêm crescendo nos últimos anos. O consumo de drogas no Brasil não só cresce, como também afasta cada vez mais brasileiros do mercado de trabalho.

Nos últimos oito anos, o total de auxílios-doença relacionados à dependência química simultânea de múltiplas drogas teve um aumento de 256%, pulando de 7.296 para 26.040. No mesmo período, o benefício concedido a viciados em cocaína e seus derivados, como crack e merla, também mais do que triplicou. Passou de 2.434, em 2006, para 8.638, em 2013, num crescimento de 254%. O uso de maconha e haxixe resultou, por sua vez, em auxílio para 337 pessoas, em 2013, contra 275, há oito anos.

Os dados inéditos foram obtidos pelo GLOBO com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ao todo, nos últimos oito anos, a soma de auxílios-doença concedidos a usuários de drogas em geral, como maconha, cocaína, crack, álcool, fumo, alucinógenos e anfetaminas, passou de um milhão. Só em 2013, essa soma alcançou 143.451 usuários.

Segundo o INSS, o total gasto em 2013 com auxílios-doença relacionados a cocaína, crack e merla foi de R$ 9,1 milhões. Os benefícios pagos a usuários de mais de uma droga somaram R$ 26,2 milhões. E a cifra total, relativa a todas as drogas (incluindo álcool e fumo), chegou a R$ 162,5 milhões.

O auxílio-doença varia de R$ 724 a R$ 4.390,24, de acordo com o salário de contribuição do segurado. O valor mensal médio pago a um dependente químico de cocaína e seus derivados é de R$ 1.058, e a duração média de recebimento é de 76 dias.

Para ter direito, o segurado precisa de autorização de uma perícia médica e de atestados e exames que comprovem tanto a dependência química quanto a incapacidade para o trabalho.

O tempo de recebimento do benefício é determinado pelo perito.

Uso de cocaína cresce no Brasil

A presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), a psiquiatra Ana Cecilia Petta Roselli Marques, observou que, por conta do aumento do consumo de cocaína e crack, era esperado que houvesse um impacto também no mercado de trabalho brasileiro. A última edição do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), promovido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostrou que, entre 2006 e 2012, duplicou o consumo de cocaína e seus derivados no Brasil. A pesquisa mostrou ainda que um em cada cem adultos consumiu crack em 2012, o que faz do país o maior mercado mundial do entorpecente. Na avaliação da psiquiatra, o consumo da droga já se tornou epidemia.

— Era esperado que tivesse um impacto no mercado de trabalho do país, com repercussões, por exemplo, em auxílios-doença para cuidar da saúde. Por conta do uso, o trabalhador adoece cada vez mais cedo, principalmente do sistema cardiovascular. E há também a questão da mortalidade precoce. É uma epidemia, o que é visto pelo número de casos novos na população ao longo dos anos —explicou Ana Cecília.

No ano passado, apenas os estados de Alagoas, Roraima e Sergipe não tiveram aumento do número de auxílios-doença relacionados ao uso de drogas em relação a 2012. Em São Paulo, estado que historicamente concentra o maior número de beneficiados, o total de auxílios-doença passou de 41 mil para 42.649. Na sequência, estão Minas Gerais (de 18.527 para 20.411), Rio Grande do Sul (de 16.395 para 16.632), Santa Catarina (de 13.561 para 14.176) e Paraná (de 9.407 para 10.369).

O diretor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas (Inpad), o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, observa que o Brasil é um dos poucos países em que o consumo de crack e cocaína têm aumentado nos últimos anos.

— As pesquisas mostram que há, nos domicílios brasileiros, um milhão de usuários de crack e 2,6 milhões de usuários de cocaína. E uma parcela dessas pessoas trabalha. Então, não há dúvida de que tem um impacto no mercado de trabalho.

Em virtude do aumento da dependência química, o Ministério da Saúde informou que aumentará neste ano a capacidade de atendimento dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) 24 horas. Atualmente, o Brasil tem 47 unidades em funcionamento, com capacidade para 1,6 milhão de atendimentos por ano. O governo federal afirma que vai construir mais 132 unidades até o fim do ano, elevando a capacidade para 6,1 milhões de atendimentos anuais.

No Rio, concessão de benefício cresce 25% em um ano
No Rio de Janeiro, que historicamente é o sexto estado que mais concede auxílios-doença relativos a drogas, o pagamento do benefício cresceu 10% em 2013, passando de 6.577, em 2012, para 7.234. No mesmo período, a quantidade de benefícios concedidos a dependentes químicos de cocaína e crack teve um aumento de 25,2%, crescendo de 471 para 590.

No estado, sete de cada dez pacientes que procuram o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas da Uerj — uma das principais referências no assunto — são dependentes de crack. Em geral, eles têm a opção de aderir a um tratamento em um dos 27 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) existentes na capital fluminense. Os Caps são unidades especializadas em saúde mental e buscam a reinserção social dos indivíduos que padecem de transtornos mentais graves e persistentes. Eles estão abertos ao usuário que quiser ajuda, mas também recebe pessoas encaminhadas pela assistência social ou por ordem judicial.

Sua equipe é multidisciplinar e reúne médicos, assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras.

Mas os espaços para acolhida costumam ser pequenos para a demanda. Nesse cenário, sofrem até os bebês que são abandonados por mães viciadas em crack e superlotam os abrigos existentes.

Em 2013, em entrevista ao GLOBO, a juíza titular da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da capital, Ivone Ferreira Caetano, alertou que os abrigos oferecidos pela prefeitura tinham virado verdadeiros depósitos de crianças. Em resposta, a Secretaria municipal de Desenvolvimento Social informou que a “lotação da rede pública para crianças de zero a 4 anos estava diretamente ligada à diminuição da capacidade de atendimento em clínicas e abrigos particulares” e que o abrigo Ana Carolina, em Ramos, seria reaberto.

Para atuação policial nas cracolândias do Rio, o Ministério da Justiça encaminhou ao estado, em novembro, armamento de baixa letalidade. A polícia recebeu 250 kits com pistolas de eletrochoque e spray de pimenta.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Só po hoje 11-02....

Meditação do Dia

Terça, 11 de Fevereiro de 2014


De maldição a benção
"Com a recuperação fomos encontrando a gratidão ... Temos uma doença, mas é possível recuperar dela." Texto Básico, p. 9

A adicção ativa não era nenhuma festa; muitos de nós quase não saíram com vida. Mas lamentarmos a doença, queixando-nos daquilo que ela nos fez, e lamentando-nos pelas condições em que nos deixou - isso apenas nos mantém fechados na amargura e no ressentimento. O caminho para a liberdade e o crescimento espiritual começa onde acaba a amargura, com aceitação. Não queremos com isto negar o sofrimento que a adicção causou. No entanto, foi esta doença que nos trouxe para Narcóticos Anónimos; sem ela, não teríamos procurado, nem tão-pouco encontrado, a dádiva de recuperação. Ao isolar-nos, forçou-nos a procurar uma irmandade. Ao causar-nos sofrimento, deu-nos a experiência necessária para ajudarmos os outros, ajuda que mais ninguém está tão capacitada para dar. Ao deixar-nos de joelhos, a adicção deu-nos a oportunidade de nos rendermos aos cuidados de um Poder Superior amantíssimo. Não desejamos a ninguém a doença da adicção. Mas acontece que nós, adictos, já temos esta doença - mais ainda, sem esta doença provavelmente nunca teríamos embarcado na nossa viagem espiritual. Milhares de pessoas procuram durante toda a sua vida aquilo que nós encontrámos em Narcóticos Anónimos: uma irmandade, um propósito, e um contacto consciente com um Poder Superior. Hoje, estamos gratos por tudo aquilo que esta dádiva nos trouxe.

Só por hoje: Vou aceitar o fato de ter uma doença, e vou seguir a dádiva da minha recuperação.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Reflexão do dia 11 de Fevereiro

Reflexão do dia 11 de Fevereiro
OS LIMITES DA AUTO-CONFIANÇA
Perguntamos-nos por que os tínhamos ( os medos). Não foi por falta de auto-confiança?
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 88
 
 
Todos os meus defeitos de caráter me separam da vontade de Deus. Quando ignoro minha ligação com Ele, me encontro sozinho enfrentando o mundo e o meu alcoolismo e não me resta outro recurso senão a auto-confiança.
      Nunca achei segurança e felicidade através da teimosia, e o único resultado obtido é uma vida de medo e descontentamento. Deus fornece o caminho de volta para Ele e à sua dádiva de serenidade e conforto. Porém, primeiro devo estar disposto a conhecer meus medos e entender suas origens e poder sobre mim. Frequentemente peço a Deus para ajudar-me a entender como me separo Dele.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O dia mais belo...

O dia mais belo...                                                     



O dia mais belo?
HOJE
A coisa mais fácil?
ERRAR
O maior obstáculo?
O MEDO
O maior erro?
O ABANDONO
A raiz de todos os males?
O EGOíSMO
A distração mais bela?
O TRABALHO
A pior derrota?
O DESÂNIMO
Os melhores professores?
AS CRIANÇAS
A primeira necessidade?
COMUNICAR-SE
O que mais lhe faz feliz?
SER ÚTIL AOS DEMAIS
O maior mistério?
A MORTE
O pior defeito?
O MAU HUMOR
A pessoa mais perigosa?
A MENTIROSA
O sentimento mais ruim?
O RANCOR
O presente mais belo?
O PERDÃo
O mais imprescindível?
O LAR
A rota mais rápida?
O CAMINHO CERTO
A sensação mais agradável?
A PAZ INTERIOR
A proteção mais afetiva?
O SORRISO
O melhor remédio?
O OTIMISMO
A maior satisfação?
O DEVER CUMPRIDO
A força mais potente do mundo?
A FÉ
As pessoas mais necessárias?
OS PAIS
A mais bela de todas as coisas?
O AMOR

Madre Teresa de Calcutá
Fonte: Jornal Ação - Ano VII - nº 64

Saúde aumenta número de leitos para dependentes químicos no SUS

Saúde aumenta número de leitos para dependentes químicos no SUS                                                                                                 

Portal Brasil
Serão adicionados 27 leitos ao total oferecido pelos hospitais de referência. Além disso, dez unidades de acolhimento são autorizadas a prestar serviços

A Secretaria de Atenção à Saúde informa, por meio de duas portarias, o aumento do número de leitos disponíveis em hospitais de referência e na rede de atenção psicossocial para tratamento de dependentes químicos e pessoas com transtornos mentais pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

As portarias nº 76 e nº 80 foram publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira (6).

Ao todo, serão adicionados 27 leitos ao montante já existente. Os hospitais de referência relacionados estão situados nos estados de Minas Gerais (7) e Rio de Janeiro (2). Confira a relação de hospitais de referência.

A Secretaria também autorizou o funcionamento de dez unidades de acolhimento. As instituições serão administradas pelas cidades e estão localizadas nos estados de Sergipe (1), Ceará (8) e Minas Gerais (1). Confira as unidades de acolhimento da rede de atenção Psicossocial relacionadas

Fonte:site antidrogas.com.br

EUA inicia campanha para prevenir tabagismo entre jovens

EUA inicia campanha para prevenir tabagismo entre jovens                                                                                                


Exame
Governo lançou sua primeira campanha de educação para reduzir o consumo de tabaco entre jovens

O governo dos Estados Unidos lançou nesta terça-feira sua primeira campanha de educação para reduzir o consumo de tabaco entre jovens, pois o fumo é a principal causa prevenível de doenças, incapacidades e mortes no país.

A campanha, realizada pela Administração de Alimentos e Remédios (FDA), chamada "O verdadeiro custo", quer prevenir o consumo de tabaco entre os jovens e reduzir o número de adolescentes entre 12 e 17 anos que se tornam em fumantes frequentes.

Segundo a FDA, o consumo de cigarros e outros produtos derivados do tabaco causa mais de 480 mil mortes a cada ano e, todos os dias, mais de 3.200 jovens menores de 18 anos fumam o primeiro cigarro e mais de 700 se transformam em fumantes habituais antes de chegar a maioridade.

O esforço da educação pública está voltado para os cerca de dez milhões de jovens que nunca fumaram um cigarro, mas "podem considerar fazê-lo, e aos jovens que já experimentaram o cigarro e correm o risco de se transformar em fumantes frequentes", resaltou a agência.

A comissária do FDA, Margaret Hamburgo, disse que "a intervenção antecipada é crítica, já que quase nove em cada 10 fumantes frequentes adultos fumaram seu primeiro cigarro até os 18 anos".

E acrescentou que esta é "a primeira campanha educativa nacional de prevenção do tabagismo para os jovens" realizada nos EUA, para trazer à luz "os verdadeiros custos que mais preocupam estes jovens".

A campanha "O verdadeiro custo" emprega técnicas multimídia integrais, com depoimentos convincentes e imagens, com o objetivo de mudar as crenças e os comportamentos.

Uma estratégia da campanha dramatiza as consequências de fumar para a saúde, descrevendo graficamente algumas delas, como a perda dos dentes e o prejuízo para a pele, para demonstrar que cada cigarro vem acompanhado de um "custo" maior que o meramente financeiro.

Outro aspecto da campanha apresenta a dependência ao cigarro como "uma perda de controle, que rompe as crenças dos jovens que pensam que não ficarão viciados ou sentem que podem deixar o vício a qualquer momento", explicou a agência.

Os anúncios serão veiculados em mais de 200 mercados de todo os Estados Unidos, por 12 meses e a campanha custará mais de US$ 115 milhões, financiada com os impostos recolhidos da indústria do tabaco.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Reflexão diária 10-02-2014
 
Quando nos tornamos alcoólicos, abatidos por uma crise auto-imposta que não podíamos adiar ou evitar, tivemos que encarar, sem medo, a proposição de que Deus é tudo ou nada. Deus existe ou não existe. Qual seria a nossa opção?
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS
 
 
Hoje minha opção é Deus. Ele é tudo. Por isso sou realmente grato. Quando penso que estou dirigindo o espetáculo, estou bloqueando Deus em minha vida. Rogo para que possa lembrar-me disto quando permito a mim mesmo ser levado a erros pelo ego. A coisa mais importante é que hoje estou disposto a crescer espiritualmente e que Deus é tudo. Quando estava tentando parar de beber da minha maneira, nunca funcionou: com Deus e A.A. está funcionando. Isso parece ser um pensamento simples para um alcoólico complicado.

Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 10-02...

Meditação do Dia

Segunda, 10 de Fevereiro de 2014


Divertimento!
"Em recuperação as nossas noções de divertimento mudam." Texto Básico, p. 118

Em retrospectiva, muitos de nós apercebem-se de que, quando usavam, as suas ideias de divertimento eram algo estranhas. Alguns de nós arranjavam-se e iam para a discoteca. Dançávamos, bebíamos e tomávamos drogas até de madrugada. Mais do que uma vez, houve lutas que se tornaram violentas. Aquilo a que antes chamávamos divertimento, chamamos agora insanidade. Hoje, o nosso conceito de divertimento mudou. Divertimento é agora para nós um passeio junto ao mar a ver as crianças a brincar enquanto o sol se põe no horizonte. Divertimento é ir a um piquenique de NA ou a um espectáculo de comédia numa convenção de NA. Divertimento é arranjarmo-nos para ir ao jantar e não nos preocuparmos que haja insultos e violência. Pela graça de um Poder Superior e da Irmandade de Narcóticos Anónimos, as nossas ideias de divertimento mudaram radicalmente. Hoje, quando estamos acordados a ver o nascer do sol é geralmente porque nos deitámos cedo na noite anterior, e não por termos estado na discoteca até às seis da manhã, com os olhos inchados de uma noite de uso de drogas. E se isto fosse tudo aquilo que temos recebido de Narcóticos Anónimos, seria já suficiente.

Só por hoje: Vou divertir-me na minha recuperação.
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Salvar vidas é nossa vocação!!!

 
Nós da Clínica terapêutica Santa Edwiges, desejamos um ótimo final de semana!!!
 
 
 
Entre em contato com agente e nos ajude a salvar vidas !!!
 
 



   Força, fé e esperança,
     Clayton Bernardes
Coordenador terapêutico

Dois estudos mostram os artifícios da indústria para tornar os cigarros mais viciantes

Dois estudos mostram os artifícios da indústria para tornar os cigarros mais viciantes                                                                                              

O Globo
Com cigarros fabricados hoje, a nicotina chega mais rápido aos pulmões

O ator americano Eric Lawson morreu recentemente, aos 72 anos. Era jovem, atraente, trazia um aspecto viril e seguro quando, como um caubói, fumava tranquilamente o seu cigarro em anúncios da indústria de tabaco dos anos 70. Difícil resistir ao apelo. Mas anos depois, Lawson foi diagnosticado com uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPCO), ocasionada provavelmente por este hábito que, no passado, agregava tantos adjetivos ao seu usuário. Propagandas deste tipo hoje são proibidas, seus riscos à saúde se tornaram inquestionáveis. E mais uma coisa mudou desde este período: os cigarros atuais aumentam as chances de câncer de pulmão, DPCO e outras doenças, além de serem mais viciantes, segundo dois novos estudos americanos.

Um destes é o relatório do “Office of the Surgeon General”, órgão do governo americano, que traz uma revisão de sua primeira edição, de 1964, quando os efeitos nocivos do fumo estavam começando a ser revelados. Cinquenta anos depois, além de associar o hábito a uma série de doenças, ele acrescenta que os cigarros hoje são mais viciantes do que os das décadas anteriores. Não porque tenham mais nicotina, mas porque o seu design vem sendo aperfeiçoado com o objetivo de levar mais desta substância aos pulmões.

A nicotina é o principal agente do cigarro e é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma droga psicoativa que causa dependência. Ao ser inalada, chega em poucos segundos ao cérebro e age no sistema nervoso central. O relatório se baseou em documentos da indústria apresentados num tribunal de 2006 mostrando como os cigarros foram projetados para este fim. As táticas incluem projetar filtros mais eficientes, selecionar papéis para maximizar a ingestão de nicotina e adicionar produtos químicos para tornar o fumo menos pesado e mais fácil de inalar. Outro estudo recente da Universidade de Massachusetts, publicado na revista “Nicotine and Tobacco Research” analisou marcas vendidas nos Estados Unidos entre 1998 e 2012. Ele mostrou que embora a quantidade de nicotina tenha se estabilizado neste período, a capacidade do cigarro de levar a substância aos pulmões do fumante aumentou em até 15%. O menor nível foi de 1,65 miligrama por cigarro em 1999, e o mais alto, de 1,89 miligrama, em 2011.

- Pelo menos com relação à recepção de nicotina, nossos resultados vão contra o argumento das indústrias de cigarro, que dizem estar estudando formas de garantir um cigarro menos prejudicial - observou, em entrevista ao GLOBO por e-mail, Wenjun Li, professor do setor de Medicina Preventiva e Comportamental da universidade e autor do estudo. A Souza Cruz, empresa brasileira de cigarro, ressalta que o estudo extrapola a realidade do país, uma vez que marcas e metodologias são distintas.

Disse ainda que há mais de dez anos a Anvisa exige que fabricantes informem os valores de nicotina, além das características físicas dos papéis e do filtro dos cigarros, tais como composição, permeabilidade e gramatura dos papéis, ventilação do filtro e etc. Cigarro ‘aperfeiçoado’ pela indústria Não é a primeira vez, no entanto, que este debate é suscitado.

Uma pesquisa de uma década atrás feita pela Escola de Medicina de Harvard mostrou que o avanço no mecanismo do cigarro havia levado ao aumento da inalação da substância em 11% em produtos fabricados entre 1997 e 2005, uma média de 1,6% ao ano. - O investimento que se faz na tecnologia do produto é muito grande e ocorre há muito tempo. O cigarro parece apenas uma porção de tabaco enrolado em papel, mas é mais sofisticado do que uma Ferrari - comenta Paula Johns, diretora-executiva da ONG Aliança de Controle do Tabagismo (ACT).

- Inclusive quando houve a primeira inciativa da FDA (agência reguladora de remédios dos EUA) de limitar as emissões de alcatrão, nicotina e outros aditivos, mais tarde foi descoberto que isto não significava nada, porque havia outras formas de otimizar a liberação de nicotina. Segundo Paula, “não existe um cigarro menos perigoso”. Ela cita estatísticas de que nove em cada dez pessoas que fumam se tornam dependentes, uma proporção inversa ao álcool, e o maior índice de vício entre todas as drogas. Uma história que se tornou famosa, aliás, e rendeu até o prêmio Pulitzer de Jornalismo de 1996 ao “Wall Street Journal”, é a de que os produtores evitavam elevar o conteúdo de nicotina nos cigarros, mas usavam produtos químicos, em especial a amônia, para aumentar a potência da substância inalada.

Cigarros com amônia, desta forma, liberavam mais nicotina, mas tinham a mesma quantidade química que outros produtos sem o aditivo. Interferência parecida com a que foi apontada nos estudos recém-divulgados, e que, na verdade, vêm ocorrendo desde o início da industrialização do tabaco, segundo Ronaldo Laranjeira, professor de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

- Há mais de um século, o tabaco era mascado ou fumado na forma de cigarro de palha. O consumo era pequeno e o impacto, restrito. O grande avanço veio com a industrialização do cigarro, quando a absorção ficou mais eficiente. E a indústria vem aperfeiçoando no ultimo século o produto no sentido de causar mais dependência - alerta. Debate sobre maior controle do cigarro Nos EUA, estas notícias levantaram a discussão sobre uma maior regulação da indústria por parte do governo. Mas, para Laranjeira, focar no controle do tabagismo pode trazer melhores resultados:

- O governo não consegue controlar o mercado lícito, nem ilícito. Intensificar políticas para reduzir o fumo seria uma ação mais sensata.

Já Paula defende a adoção de medidas de controle, como a proibição de aditivos dos cigarros (cuja resolução da Anvisa entrou ano passado em vigor) e restrições à propaganda e ao uso.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Oficializar maconha é abrir fábrica de esquizofrênicos, diz psiquiatra

Oficializar maconha é abrir fábrica de esquizofrênicos, diz psiquiatra                                                                                              


UOL


Se o Brasil seguir a tendência de outros países e oficializar a indústria da maconha, nós teremos "uma fábrica de esquizofrênicos". A opinião é do psiquiatra Valentim Gentil Filho, professor titular da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), convidado desta segunda-feira (4) do programa Roda Viva, apresentado ao vivo na TV Cultura e reproduzido pelo UOL.

Para o psiquiatra, considerado um dos mais influentes do país, a sociedade tem sido conivente e omissa em relação à droga, e os riscos provocados por ela não têm sido bem divulgados. Gentil Filho contou no programa que, segundo estudos bem fundamentados, a maconha aumenta em 310% o risco de esquizofrenia quando consumida uma vez por semana na adolescência. E trata-se de uma doença incurável: "O esquizofrênico pode ter uma vida praticamente normal, mas sempre há uma sequela".

O psiquiatra sugeriu que, assim como pais permitem que seus filhos consumam álcool em festas, a informação distorcida de que maconha não faz mal fará com que eles deixem os jovens fumarem em casa. E o problema é que, nos adolescentes, que estão em uma fase de "poda" natural do cérebro para a entrada na idade adulta, a droga é especialmente prejudicial.

O professor também fez críticas à chamada luta antimanicomial, que fez o Brasil fechar milhares de leitos psiquiátricos sem proporcionar alternativas. Ele ressaltou que o atual modelo dos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) não tem como substituir o atendimento ambulatorial e as internações psiquiátricas. Para Gentil Filho, não se trata de abandonar os pacientes em manicômios, mas garantir o tratamento em fase aguda. Ele reforçou que, atualmente, só um terço dos pacientes psiquiátricos diagnosticados recebe tratamento.

Para o psiquiatra, tanto a luta antimanicomial quanto a vinda de cubanos (pelo programa Mais Médicos) fazem parte de uma visão mais ampla que a medicina, de uma mentalidade que persiste no Ministério da Saúde e tem raízes político-ideológicas. Na prática, segundo ele, o que acontece é que há um número absurdo de pessoas com transtornos graves nas ruas, rejeitadas por hospitais e por outras instituições. "Há uma desassistência fenomenal e nós temos recursos terapêuticos", lamentou.

Depressão e pânico

O convidado do Roda Viva também falou sobre o aumento no diagnóstico de depressão, que para ele é fruto de diversos fatores, como a ampliação dos conceitos sobre a doença e a descoberta de novas moléculas que se mostram mais eficazes que o placebo. Ao falar de outros transtornos que têm sido mais frequentes, ele também mencionou a síndrome do pânico. Entre as possíveis causas desse aumento, de acordo com o especialista, estão o maior consumo de estimulantes, cafeína e medicamentos com ação no sistema nervoso e atitudes como a privação de sono, capazes de deflagrar crises. Mas ele pondera que o estresse não é algo novo na humanidade, assim como os transtornos mentais. "Eu prefiro viver hoje do que nos tempos bíblicos", ironizou.

O programa apresentado pelo jornalista Augusto Nunes e a bancada de entrevistadores contou com Fernanda Bassette (repórter de saúde do jornal O Estado de São Paulo), Ulisses Capozzoli (editor-chefe da Revista Scientific American Brasil), Paulo Saldiva (professor titular da Faculdade de Medicina da USP, especialista em poluição atmosférica), Aureliano Biancarelli (jornalista da área de saúde) e Luciana Saddi (psicanalista, escritora e blogueira da Folha de São Paulo). O Roda Viva ainda teve a participação do cartunista Paulo Caruso.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Só por hoje 08-02...

Meditação do Dia

Sábado, 08 de Fevereiro de 2014


O que é um padrinho ou madrinha?
"...sabemos que podemos ir ter com o nosso padrinho ou madrinha, mas é nossa a responsabilidade de entrar em contacto com ele ou ela nessas alturas." IP n° II, O apadrinhamento

O que é um padrinho ou madrinha? Nós sabemos; é aquela pessoa simpática com quem fomos beber um café depois da nossa primeira reunião. Essa alma generosa que continua a partilhar gratuitamente a sua experiência em recuperação. Aquele que continua a surpreender-nos com uma incrível percepção dos nossos defeitos de carácter. Aquele que está sempre a lembrar-nos de acabar o Quarto Passo, que escuta o nosso Quinto Passo, e que não diz a ninguém o quanto somos estranhos. É muito fácil começarmos a tomar tudo isto por garantido, uma vez que nos habituamos a ter alguém com quem podemos contar. Pode acontecer que percamos a cabeça e digamos a nós próprios: "Telefono ao meu padrinho mais logo, agora tenho de arrumar a casa, ir às compras, ir atrás daquela beleza..." E assim acabamos em sarilhos, sem percebermos bem onde falhámos. O nosso padrinho ou madrinha não consegue ler as nossas mentes. Somos nos que temos de os procurar e pedir ajuda. Ou porque precisamos de ajuda com os nossos passos, ou de um inventário à nossa realidade para nos ajudar a endireitar o nosso pensamento distorcido, ou apenas de um amigo, somos nós quem tem de estender a mão. Os padrinhos são carinhosos, sábios, pessoas maravilhosas, e a sua experiência em recuperação é nossa - tudo o que temos a fazer é pedir.

Só por hoje: Estou grato pelo tempo, amor e experiência que o meu padrinho ou madrinha partilhou comigo. Hoje vou telefonar-lhe.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Amigo

Amigo                                                      

Um filho perguntou a mãe:
- Mãe, posso ir no hospital ver meu amigo?
Ele está doente! A mãe responde com uma pergunta:
- Claro, mas o que ele tem?

O filho com a cabeça baixa, diz:
- Tumor no cérebro.
A mãe furiosa diz:
- E você quer ir lá pra quê? Vê-lo morrer?

O filho lhe dá as costas e vai...
Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar... dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!

A mãe com raiva:
- E agora?! Tá feliz?! Valeu a pena ter visto aquela cena?!

Uma última lágrima caiu de seus olhos e acompanhado de um sorriso,
ele disse:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer...
"EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ VIRIA!"

Fique com Deus!!

Fonte:(Autorizado por www.netmarkt.com.br)

Como e onde tratar adolescentes usuários de drogas?

Como e onde tratar adolescentes usuários de drogas?                                                                                              

UNIAD
Adolescentes usuários de drogas não são todos iguais. As drogas de abuso também não. Existe um sem-número de possibilidades de combinação entre os diversos indivíduos adolescentes e as diversas drogas de abuso e as formas de usá-las.

Entender essa diversidade de diagnóstico é fundamental para não incorrer no risco de ser simplista e ingênuo ao achar que existe um tipo de tratamento único que atenda a todos os perfis e subgrupos de usuários. Existe o grupo dos usuários experimentais; dos usuários frequentes; dos usuários que tiveram problemas social, familiar e educacional; dos que têm suporte familiar; dos que não têm nenhum suporte etc.

Portanto, o leitor deve desconfiar de qualquer política que se proponha a resolver o problema de uso de drogas com ações simples e únicas. É preciso formar uma rede de proteção e tratamento que atenda o adolescente de forma integral: saúde física, psíquica, educação e proteção social; de preferência que isso seja feito no mesmo espaço e de forma integrada. Não adianta planejar a psicoterapia em um lugar, com o médico em outro endereço, o esporte em outro bairro. A logística complicada piora a adesão e os resultados.

A meta deve ser abstinência. Não existem, até o momento, pesquisas que mostrem que qualquer quantidade de droga – de qualquer droga, mesmo álcool e tabaco – seja segura para a saúde do adolescente.

Qual é o tipo de equipamento de saúde existente no Brasil, hoje, com essas características? Nenhum.

Os Centros de Assistência Psicossocial (CAPS) se propõem a realizar a assistência de saúde e suporte social utilizando os recursos existentes na comunidade. Mas as conexões com os diversos serviços de saúde, lazer, educação e sociais são frágeis e de logística de difícil execução, senão impraticáveis, principalmente para aquele grupo de pacientes cujas famílias já estão desagregadas e a figura do cuidador é frágil ou ausente.

É preciso então inovar e pensar em outro modelo que complemente os serviços dos CAPS. Não que substitua, e sim que complemente. Mas não podemos criar um modelo com base apenas no que acreditamos ou confiando em uma lógica teórica e idealizada. É preciso investir em modelos que sejam custo-efetivos, isto é, que sejam testados na prática e comparados com outros modelos para determinar a efetividade. E esses serviços precisam ter um valor que possa ser custeado pela sociedade. De nada adianta um serviço efetivo que custe tão caro que seja inviável. Assim como nossa conta bancária, os recursos públicos também são finitos.

Nos próximos posts,vou discorrer aqui sobre alguns modelos inovadores para o tratamento de adolescentes que encontram base em evidências científicas.

Hoje gostaria apenas de lembrar que é preciso ter uma gama de serviços e/ou que esses serviços sejam o mais completos e abrangentes possível, já que existem vários subgrupos de adolescentes usuários de drogas. Vou ainda descrever os princípios científicos que qualquer serviço para tratar adolescentes deve possuir. Esses princípios foram escritos com base em inúmeras pesquisas científicas, pelo National Institute on Drug Abuse(NIDA), instituto americano que congrega hoje o maior número de pesquisadores em dependência química do mundo e reúne recursos financeiros alocados na ordem do que é gasto com todas as pesquisas em todas as áreas do conhecimento aqui no Brasil. São 13 princípios descritos a seguir.

Princípio 1: O uso de substâncias psicoativas na adolescência precisa ser identificado e tratado o mais rápido possível.

Princípio 2: Os adolescentes usuários de substâncias psicoativas podem se beneficiar de uma intervenção para o uso de drogas mesmo que eles não sejam dependentes ainda.

Princípio 3: Consultas de rotina podem ser boas oportunidades para rastrear o uso de drogas na adolescência.

Princípio 4: Intervenções judiciais e pressão familiar desempenham importante papel na admissão e na manutenção do adolescente no tratamento.

Princípio 5: O tratamento deve ser adaptado às necessidades específicas de cada adolescente. O tratamento deve ser individualizado e um plano deve ser traçado com base nas necessidades específicas. Alguns precisarão de monitoramento do uso de droga, outros não. Alguns precisarão de medicamentos, outros não, e assim por diante.

Princípio 6: O tratamento deve atender às necessidades integrais dos adolescentes, e não apenas ter foco no uso de substância. É preciso pensar em educação, tratamento familiar etc. Não adianta manter o adolescente internado em um hospital por seis meses sem escola, por exemplo.

Princípio 7: Terapia comportamental é eficaz no tratamento do uso de drogas na adolescência. Os adolescentes respondem bem aos incentivos motivacionais, principalmente os reforços positivos, que recompensam comportamentos positivos, como a abstinência.

Princípio 8: Incluir a família e a comunidade é um aspecto importante do tratamento. A família é responsável pelo adolescente. Não é possível transferir essa responsabilidade para o Estado, para o médico, para o psicólogo, para a escola ou para o professor. Mas a família às vezes adoece junto e precisa ser incentivada e ajudada para que possa cumprir a responsabilidade de cuidar de seus adolescentes e seguir as orientações dos profissionais.

Princípio 9: Para que o tratamento seja efetivo, é importante identificar e tratar quaisquer outras condições de saúde mental que os adolescentes possam ter. Uma avaliação médica é muito importante. Existem doenças que tratadas melhoram muito o prognóstico.

Princípio 10: Questões sensíveis, como violência, abuso e risco de suicídio, devem ser pesquisadas, identificadas e tratadas em todos os adolescentes usuários de substância.

Princípio 11: É importante monitorar o uso de drogas durante o tratamento de adolescentes. Existem testes rápidos de urina ou de fio de cabelo, que ajudam nesse monitoramento.

Princípio 12: Permanecer em tratamento por um período de tempo adequado e manter continuidade são aspectos importantes. O adolescente e a família precisam ser incentivados a se manter em tratamento. Tratamentos que não têm controles eficazes de frequência e busca ativa têm baixa adesão e falham.

Princípio 13: É importante realizar testes para doenças sexualmente transmissíveis, principalmente HIV, hepatite B e hepatite C.

Qualquer serviço precisa desses ingredientes básicos. Nas próximas semanas, prosseguiremos essa discussão aprofundando dois assuntos: os diversos subgrupos de adolescentes usuários de drogas e as possibilidades de serviços para tratá-los.

Dr. Cláudio Jerônimo da Silva – psiquiatra e Diretor Técnico do UNAD

Pediatras intensificam campanhas de prevenção e combate ao uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas

Pediatras intensificam campanhas de prevenção e combate ao uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas                                                                                                 

Surgiu.com
Com todas estas estatísticas, não é mais possível permanecer passivo assistindo o perigo cada vez mais próximo de crianças e adolescentes

Mais de 6 milhões de usuários de tabaco morrem ao dia em todo o mundo. No Brasil, cerca de 10% da população é fumante. O consumo de álcool e drogas ilícitas também ocupa lugar de destaque na imprensa: a ingestão de bebidas alcoólicas cresceu 31,1% no Brasil em seis anos, e já somos o maior mercado mundial de crack.

Com todas estas estatísticas, não é mais possível permanecer passivo assistindo o perigo cada vez mais próximo de crianças e adolescentes. Para a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), profissionais de saúde podem e devem fazer frente a esta preocupante realidade.

Segundo o dr. João Coriolano Rego Barros, segundo vice-presidente da SPSP e coordenador do Grupo de Prevenção e Combate ao Uso de Álcool, Tabaco e Drogas por Crianças e Adolescentes, o primeiro grande passo dessa luta é envolver o maior número de profissionais ligados aos cuidados de crianças e adolescentes, oferecendo a eles conhecimentos e atualização profissional suficientes para se aprofundar nesse luta.

Um dos projetos da SPSP com este propósito inclui a criação de um grupo de estudo voltado ao aprofundamento dos conhecimentos relativos às causas e consequências do uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas.

“É preciso oferecer mais informações aos especialistas sobre este assunto, pois esse conhecimento não faz parte da formação geral do pediatra. Este fato acaba dificultando o reconhecimento do problema durante uma consulta rotineira. Com o devido treinamento, será possível orientar os pediatras sobre a correta abordagem do assunto junto à criança, adolescente e família, reconhecendo o eventual uso de algum destas substâncias”, explica.

Diversos departamentos científicos da Sociedade já vêm sendo convidados a participar deste projeto, como os de Adolescência, Bioética, Emergências, Neonatologia, Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários, Pediatria Legal, Saúde Escolar, Saúde Mental e Segurança da Criança e do Adolescente, além da Diretoria de Relações Comunitárias.

Iniciativas de sucesso
Já estão instaladas no país diversas campanhas e projetos em prol da conscientização e combate ao uso de drogas e álcool, especialmente entre os mais jovens.

Um deles é o Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD, uma adaptação brasileira do programa norte-americano Drug Abuse Resistence Education (DARE), surgido em 1983.

O programa brasileiro foi implantado em 1992, pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, e hoje leva policiais militares às salas de aula de escolas públicas e privadas, para orientação e esclarecimento de dúvidas das crianças. Como resultado, um alto índice de satisfação entre alunos, pais e professores.

Este tipo de iniciativa é uma grande aliada no combate a tais substancias e deve ser incentivada, afirma o dr. Coriolano.

Prevenção
De acordo com o dr. Mário Roberto Hirschheimer, presidente da SPSP, como para qualquer doença, a prevenção é a melhor abordagem. Isso inclui o uso de álcool, tabaco e drogas.

“Procurar identificar os fatores predisponentes a esse agravo é um dos grandes desafios desse grupo, visando desenvolver ações e campanhas, com comprometimento dos profissionais que atuam com crianças e adolescentes e das famílias, antes que o mal ocorra.”

Alguns destes fatores estão sendo identificados, como o uso de álcool e drogas durante a gestação, a interrupção precoce do aleitamento materno e o enfraquecimento dos papéis e valores familiares de dar afeto, carinho e atenção que resulta em negligência no cuidar, educar e civilizar os filhos, explica o especialista.

“Também pretendemos estabelecer parcerias com Universidades, Secretarias e afins do Governo do Estado e dos Municípios, Ministério Público e Coordenadoria da Infância e Juventude da Justiça, buscando trilhar um caminho conjunto”, revela o dr. Coriolano.

“Projetos como este não são colocados em prática se não houver a união de diversas instituições. Assim, também buscamos colaboração e apoio de diversos setores da sociedade civil organizada para agregar valor à nossa causa, por meio da união de esforços.”
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)