segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Livro destaca a combinação nociva entre o uso de drogas e o comportamento sexual

Livro destaca a combinação nociva entre o uso de drogas e o comportamento sexual                                                                                             

Saúde Plena
As disfunções sexuais também podem ser desencadeadas pelo uso crônico de substâncias psicoativas

Duas fontes de prazer que combinadas podem insuflar a dor. Sexo e drogas estão fortemente associados. Podem levar à iniciação sexual precoce, ao comportamento sexual de risco, a uma gravidez indesejada e até a violência sexual. As disfunções sexuais também podem ser desencadeadas pelo uso crônico de substâncias psicoativas: são mais comuns em dependentes químicos que na população geral.

Um dos pilares da qualidade de vida, espera-se que a maioria das pessoas tenha vida sexual saudável e satisfatória sem drogas. Os aspectos que envolvem essa perigosa combinação entre drogas e comportamento sexual, principalmente entre adultos jovens e adolescentes, é um dos temas abordados no recém-lançado livro Sexualidade: do prazer ao sofrer, da Editora Roca, organizado por Alessandra Diehl e Denise Leite Vieira.

Entre outros assuntos, elas mostram de que forma drogas como álcool e maconha têm efeitos mistos, interferindo na relação estímulo/percepção/reação sexual. Segundo a psiquiatra Alessandra Diehl, colaboradora da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (Uniad) do Instituto Nacional de Políticas do Álcool e Drogas (Inpad), as drogas podem interferir em qualquer estágio do ciclo de resposta sexual humano: desde o desejo até a resolução.

O Ecstasy, por exemplo, ganhou as festas na década de 1980 com a promessa de aumentar o interesse sexual, assim como a sensação de proximidade e intimidade com terceiros. Muitos usuários dizem sentir vontade de tocar as pessoas e que o efeito é mais sensorial que propriamente sexual. No entanto, há evidência científica de aumento de risco de sexo desprotegido e maior número de parcerias sexuais na vigência do uso.

Também há quem acredite que a maconha tenha capacidade de aumentar a libido, prolongar o orgasmo e favorecer o encontro sexual. “Não se sabe ao certo se esses efeitos seriam dose-dependentes ou não, ou seja, quanto maior o consumo, maior o efeito. Tudo indica que deve existir algo complicado nessa relação, apesar das polêmicas e controvérsias entre os apaixonados pela erva, que a glorificam”, explica a estudiosa.

Pesquisadores ainda estão em busca de respostas para entender o real papel da maconha na esfera sexual. Mas os poucos estudos disponíveis revelam que existe associação do uso da droga e aumento do número de parcerias sexuais, dificuldade de atingir o orgasmo para os homens e dificuldades de ereção. Outros estudos têm apontado desenvolvimento de infertilidade em ambos os gêneros.

LÍCITAS
Mas o comprometimento na sexualidade pode estar bem mais próximo. Já está comprovado que o cigarro leva à disfunção sexual em homens. As mulheres podem ter os mesmos efeitos. Já o álcool causa diminuição da libido e, em longo prazo, disfunção sexual, embora tenha efeito no processo de desinibição quando utilizado em baixas doses, às vezes facilitando o encontro sexual.

“O álcool tem efeitos tóxicos diretos sobre os testículos e ovários, além do fígado. Ele aumenta o catabolismo de testosterona e sua transformação em estrogênio, levando a disfunções sexuais após exposição e abuso crônico. Nas mulheres, pode interferir na lubrificação vaginal e na capacidade de atingir o orgasmo. A ação depressora do álcool também pode causar sonolência e diminuir o desejo sexual.”

MITO OU VERDADE?

MITO: O uso de estimulantes sexuais por indivíduos sem disfunção erétil não causa nada.
Jovens saudáveis têm feito uso recreativo de medicamentos para tratamento da disfunção erétil. Combinados com outras drogas, como Ecstasy, a tentativa é aumentar a autoconfiança, prolongar a excitação e melhorar o desempenho sexual. Acredita-se que isso pode provocar arritmias e quadros semelhantes a uma crise de pânico.

VERDADE: Cocaína em dose baixa pode aumentar tesão.
A cocaína talvez seja a droga mais emblemática na questão da sexualidade, pois os efeitos na atividade sexual são dose- dependentes e podem tanto gerar aumento do prazer e da intensidade do orgasmo quanto piorar o desempenho sexual. Os efeitos agudos da cocaína são estimulantes, mas a longo prazo ela provoca disfunções sexuais.

VERDADE: GHB é a droga do estupro.
Muitos tratam o gamahidroxibutirato (GHB) como ´rape drugs`, ou seja, uma droga do estupro por ser facilmente colocada em bebidas e utilizada para atos criminosos. Mas o uso do GHB também pode ser motivado, principalmente em homens, pelos seus efeitos de relaxamento, aumento da libido e da sonolência.

MITO: O Crystal não é uma droga perigosa com relação ao sexo.
O abuso de metanfetamina – Crystal, Meth ou Tina – tem gerado preocupações clínicas e psicológicas, especialmente entre homens que fazem sexo com homens. Intercurso anal desprotegido e compartilhamento de seringas, que expõem as pessoas ao risco de HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis, podem ocorrer por influência dessa droga.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Reflexão do dia 5 de Agosto

Reflexão do dia 5 de Agosto
 
      
ouvindo atentamente
Com que persistência apregoamos nosso direito de decidir sozinhos o que pensaremos e como agiremos.
OS DOZE PASSOS E AS DOZES TRADIÇÕES PG. 31
 
 
 
      Se aceito e atuo pelos conselhos daqueles que têm feito o programa funcionar para si, tenho chance para superar os limites do passado. Alguns problemas se reduzirão a nada. enquanto outros podem requerer uma ação paciente e bem pensada. Ouvindo atentamente quando os outros compartilham, pode-se desenvolver a intuição para tratar os problemas que surgem inesperadamente, Normalmente é melhor para mim evitar ações impetuosas. Assistir a uma reunião ou falar com um membro de A.A., geralmente reduz a tensão o bastante para trazer alívio a um sofredor desesperado como eu. Compartilhando problemas nas reuniões com outros alcoólicos com os quais me relaciono, ou em particular com meu padrinho, posso mudar aspectos das posições nas quais me encontro. Defeitos de caráter são identificados e começo a ver como eles trabalham contra mim. Quando coloco minha fé no poder espiritual do programa, quando confio em que outros me ensinem o que preciso fazer para ter uma vida melhor, descubro que posso confiar em mim mesmo para fazer o que é necessário.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 05-08...

Meditação do Dia

Segunda, 05 de Agosto de 2013


A forma dos nossos pensamentos
Ao moldarmos os nossos pensamentos segundo ideais espirituais, somos libertos, para nos tornarmos aquilo que queremos ser." Texto Básico, p. 117

A adicção moldou os nossos pensamentos à sua própria maneira. Não importa quais fossem, eles acabaram deformados pela nossa doença, assim que ela tomou o controle pleno das nossas vidas. A nossa obsessão com drogas, bem como connosco próprios, moldou o nosso estado de espírito, as nossas acções, e a própria forma das nossas vidas. Cada um dos ideais espirituais do nosso programa serve para endireitar uma ou outra das distorções do nosso pensamento que se desenvolveram durante a nossa adicção activa. A negação é contrabalançada pela admissão, os segredos pela honestidade, o isolamento pela irmandade, e o desespero pela fé num Poder Superior amantíssimo. Os ideais espirituais que encontramos em recuperação estão a restaurar a forma dos nossos pensamentos e das nossas vidas à sua condição natural. E qual é essa "condição natural"? Trata-se da condição que procuramos verdadeiramente para nós próprios, um reflexo dos nossos sonhos mais elevados. Como é que sabemos isso? Porque os nossos pensamentos estão a ser moldados em recuperação pelos ideais espirituais que encontramos na relação que desenvolvemos com o Deus que viemos a compreender em NA. Já não é mais a adicção a moldar os nossos pensamentos. Hoje, as nossas vidas estão a ser moldadas pela nossa recuperação e pelo nosso Poder Superior.

Só por hoje: Vou deixar que ideais espirituais moldem os meus pensamentos. Vou assim descobrir a forma do meu próprio Poder Superior.
 
Força, fé e esperança,
Clayton  Bernardes

domingo, 4 de agosto de 2013

Reflexão do dia 4 de Agosto

Reflexão do dia 4 de Agosto
 
 
sementes da fé
A fé é absolutamente necessária, porém a fé isolada não basta para nosso propósito. Porque podemos ter fé e ao mesmo tempo deixar Deus fora de nossas vidas.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES PG. 29
 
 
 
Quando criança sempre questionava a existência de Deus. Para um "pensador científico" como eu, nenhuma resposta resistia a uma dissecação completa, até que uma mulher muito paciente finalmente me disse: "você precisa ter fé".
Com esta simples declaração, as sementes de minha recuperação foram plantadas.
Hoje, quando pratico minha recuperação aparando as ervas daninhas do alcoolismo - lentamente estou deixando essas antigas sementes de fé crescer e florescer. Cada dia de recuperação, de ardente jardinagem, se integra mais em minha vida o Poder Superior de meu entendimento. Meu Deus tem estado sempre comigo através da fé, mas é de minha responsabilidade ter a disposição para aceitar a Sua presença.
Peço a Deus para me conceder a disposição para fazer a Sua vontade.
 
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

Só por hoje 04-08...

Meditação do Dia

Domingo, 04 de Agosto de 2013


Quando é que um segredo não é um segredo?
"Os adictos tendem a viver vidas secretas. ... É um alívio enorme livrarmo-nos de todos os nossos segredos e partilharmos o peso do nosso passado." Texto Básico, p. 38

Já ouvimos dizer que "somos tão doentes quanto os nossos segredos". O que é que mantemos em segredo, e porquê? Mantemos em segredo aquilo que nos envergonha. Podemos agarrar-nos a essas coisas por não querermos entregá-las. Mas se há coisas que nos envergonham, será que não estaríamos mais à vontade se nos livrássemos delas? Alguns de nós agarram-se por outros motivos às coisas que os envergonham. Não é que não queiramos ver-nos livres delas; é mais porque achamos que não vamos conseguir. Elas perseguiram-nos durante tanto tempo, e tantas vezes tentámos livrar-nos delas, que desistimos de ter qualquer esperança de alívio. Mas elas continuam a envergonhar-nos, e mesmo assim mantemo-las em segredo. Precisamos de nos lembrar de quem somos: adictos em recuperação. Nós, que durante tanto tempo tentámos manter o nosso uso de drogas em segredo, encontramo-nos livres da obsessão e da compulsão para usar. Embora muitos de nós tenham gostado de usar até ao fim, nem por isso deixáram de querer recuperar. Não aguentávamos o preço que o nosso uso nos impunha. Quando admitimos a nossa impotência e procurámos a ajuda de outros, o peso do nosso segredo foi aliviado. O mesmo princípio aplica-se a quaisquer segredos que possam pesar-nos. Sim, somos tão doentes quanto os nossos segredos. Só quando os nossos segredos deixarem de ser segredos é que poderemos começar a sentir o alívio daquilo que nos envergonha.

Só por hoje: Os meus segredos só me manterão doente enquanto eu os mantiver secretos. Hoje vou falar com o meu padrinho ou madrinha acerca dos meus segredos.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Drogas são as responsáveis pela maioria das mortes em Nova Serrana

Drogas são as responsáveis pela maioria das mortes em Nova Serrana                                                                                                

G1
De janeiro ao começo de julho deste ano 19 pessoas foram assassinadas.
A maior parte dos crimes foi cometido por pessoas de outras cidades.

O mais recente relatório da Delegacia da Polícia Civil sobre o número de homicídios em Nova Serrana mostra que de janeiro até o dia 15 de julho deste ano 19 pessoas foram assassinadas na cidade. Desse total de mortes, a maioria das vítimas tinha envolvimento com drogas, segundo a delegada Elenita Batista Lopes. “Adolescentes e jovens são assassinados diariamente e as informações repassadas à polícia por familiares, vizinhos e outras testemunhas são de que tinham envolvimento com droga”, afirmou.

A delegada disse, ainda, que o alto índice de criminadade em Nova Serrana pode estar ligado ao grande número de migrantes na cidade, já que milhares de pessoas saem anualmente de regiões pobres como o Norte do estado e o Nordeste do país, em busca de oportunidades de trabalho no setor calçadista, que conta hoje com mais de 380 empresas no ramo, segundo o Sindicato Intermunicipal da Indústria do Calçado de Nova Serrana (Sindinova). “O índice de violência está atrelado a esse fluxo de migrantes, pois muitas vezes vêm sozinhos para trabalhar e constatamos que ao perder o vínculo familiar e frequentar grupos da cidade, acabam se tornando vulneráveis e, infelizmente, muitos de fato acabaram se envolvendo no mundo do crime”, disse.

A socióloga Batistina Corgozinho concordou com a opinião da delegada e afirmou que essa população flutuante no município acarreta um problema de planejamento do município em áreas como a segurança, por exemplo. "Além de não terem vínculos familiares, essas pessoas saem de uma situação de muita pobreza e de um ambiente social marcado por muita violência. E às vezes trazem consigo essas questões, que acabam sendo culturais e se envolvem com o crime, que dá uma vida fácil. Além disso, como são muitos migrantes, traçar paralelos e planejar ações, se torna uma tarefa difícil, pois não se sabe a real população da cidade, é preciso números para se planejar", refletiu.

“Com certeza é difícil fazer planejamentos, inclusive de segurança. Não sabemos com que população estamos lidando", reforçou a delegada.

Maioria de presos não são de Nova Serrana

De acordo com o diretor geral do Presídio de Nova Serrana, Gilmar Oliveira, na cidade há 179 presos, mais de 100 são de outras cidades. "Com certeza a maioria deles é de fora, são migrantes. A segurança de Nova Serrana é um desafio para as autoridas em geral, com certeza o assunto é preciso ser tratado com atenção", afirmou.

No mês passado, o chefe da Polícia Civil no estado, Cylton Brandão, afirmou durante uma reunião da Cúpula da Defesa Social, que um dos maiores problemas, que acarretam crimes contra a vida é o envolvimento dos jovens com o tráfico de drogas. A reunião foi realizada para discutir estratégias para combater a criminalidade na região. Nessa ocasião ele ressaltou que órgãos de inteligência da Polícia Civil já estão trabalhando com estratégias de combate ao crime. “Temos ação e planejamento para o combate mais eficaz ao tráfico de drogas. É um trabalho que já está sendo desenvolvido pela Polícia Civil, principalmente pelos órgãos de inteligência”. afirmou.

Ainda durante o encontro, o Secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, anunciou novidades para o Centro-Oeste. “De imediato temos condição de implantar o Batalhão. No ano que vem os efetivos da Polícia Civil serão suficientes para a implantação da Delegacia Regional. Uma outra medida importante para Nova Serrana é a implantação do Presídio”, afirmou.

O secretário de comunicação do município, Lázaro Camilo, comentou sobre a importância do Batalhão no município. "Com a implantação do Batalhão aqui na cidade, acredito que a tendência será melhorar, com certeza, esse alto índice de violência. Teremos um contingente melhor, mais militares nas ruas e isso desestimula a ação de criminosos”, ressaltou.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Tabagismo mata cerca de 350 pessoas por dia em nosso país

Tabagismo mata cerca de 350 pessoas por dia em nosso país                                                                                             

O cigarro é um dos produtos de consumo mais lucrativos no mundo. Os fabricantes ostentam uma clientela fiel e leal. O único problema é que seus melhores clientes morrem um a um. São também os únicos produtos legais que causam dependência a maioria dos consumidores e muitas vezes, o matam. Porém, a venda acarreta grandes lucros para a indústria do tabaco, mas enormes prejuízos para os consumidores.

Um estudo realizado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) revela que o Brasil gasta em torno de R$ 21 bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro. O estudo demonstra ainda que o tabagismo é responsável por 13% das mortes no país. São 130 mil óbitos anuais, ou seja, cerca de 350 por dia. Dados do Ministério da Saúde indicam que a fumaça do cigarro reúne cerce de 4.700 substâncias tóxicas diferentes, muitas delas cancerígenas.

Mesmo sendo de conhecimento dos consumidores do cigarro, sobre os riscos de doenças que podem levar a morte, os usuários não se intimidam e continuam fazendo uso do tabaco, ignorando a propaganda que trás nas carteiras, fotos de pessoas em estágios terminais e com diversos tipos de câncer e pulmões doentes.

Há um ano, o trabalhador rural José Carlos Souza Santos, 52 anos, descobriu um caroço embaixo da língua. Ao procurar um especialista, o médico pediu exames com urgências e foi diagnosticado um câncer avançado que já tomava a garganta. “A primeira pergunta que o médico fez foi: Você é fumante há quanto tempo? Hoje vejo o mal que o cigarro fez na minha vida. A gente nunca acha que vamos ser surpreendido com uma doença dessa. Se tivesse uma nova oportunidade, nunca fumava em minha vida”, ressaltou.

José Carlos fumava desde a adolescência. Quando não tinha dinheiro para comprar o cigarro industrializado, ele usava o cigarro feito com fumo de rolo. Ele já passou por duas cirurgias, perdeu parte da língua e fala e se alimenta com dificuldades. Há quinze dias, foi surpreendido com a notícia de que o câncer havia voltado, porém, os médicos disseram que não podem fazer mais nada. Hoje, ele se encontra desenganado pela medicina, fazendo uso apenas de morfina para amenizar a dor causada pela doença.

O pneumologista Francisco Hora Fontes explica que o tabagismo é uma doença crônica, causada pela dependência do tabaco, e que os produtos derivados do tabaco, especialmente os cigarros, são feitos para criar e manter dependência química nos consumidores. Francisco disse que há uma série de doenças que podem ser desencadeadas pela dependência do cigarro, como acidente vascular cerebral, trombose, enfisema pulmonar, infarto, cânceres na boca, língua, pulmão, mama, bexiga dentre outros. “Em geral, o cigarro é uma fonte inesgotável de doenças causado pelos fumantes ativo e passivo”, completou.

Dependente precisa buscar ajuda

O médico ainda acrescentou que a dependência maior do cigarro é por causa do uso da nicotina. “A nicotina é um artefato para que os indivíduos criem dependência, pois ela age no cérebro dando ao indivíduo sensação de prazer e relaxamento. É como se fosse um antidepressivo, se não fizesse mal, seria uma droga excelente, mas a nicotina mata. Ela entope as artérias que consequentemente, acarreta em mortes”.

O dependente em cigarro precisa contar com muito esforço e apoio médico para deixar a dependência. Segundo Francisco Fontes, não é fácil o indivíduo deixar o cigarro da noite para o dia.

“Devido à dependência, o fumante precisa buscar ajuda de remédios e psicológica para se livrar do tabaco. Hoje, temos vários hospitais conveniados com o SUS que prestam todo atendimento aos indivíduos que querem deixar o cigarro”, ressaltou o médico.

Desde 2011, acender um cigarro no restaurante, na padaria e no bar passou a ser proibido, graças à lei federal que proíbe o fumo em ambientes fechados. Nos consultórios e hospitais, a percepção dos médicos é a de que essa proibição está surtindo efeito, com a diminuição de pessoas que faziam uso do cigarro. Conforme Francisco Fontes, se comparado a outras épocas, hoje o número de fumantes no Brasil diminuiu 50%, graças a campanhas antitabagismo.

Dez mil mortes por dia é o número de óbitos registrados em decorrência ao consumo de cigarro em todo planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde. O estudo indica ainda que o tabaco é a principal causa de morte no mundo, seguida pelo álcool e pela inalação indireta do fumo, ou seja, que atinge aquele indivíduo que não fuma, mas convive com fumantes.

Apesar dos números alarmantes, o Ministério da Saúde destaca Salvador como uma das capitais brasileiras com o menor índice de fumantes, com uma incidência de 9%, ficando atrás apenas de Maceió, com população de 8% de fumantes. O baixo consumo de tabaco na capital baiana é o resultado do intenso trabalho realizado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) que em 2006 implantou o Programa Municipal de Controle do Tabagismo, que somente no ano passado tratou mais de 800 pacientes nas unidades de referência de sua rede.
Autor:
OBID Fonte: Portal do Coração