domingo, 4 de agosto de 2013

Só por hoje 04-08...

Meditação do Dia

Domingo, 04 de Agosto de 2013


Quando é que um segredo não é um segredo?
"Os adictos tendem a viver vidas secretas. ... É um alívio enorme livrarmo-nos de todos os nossos segredos e partilharmos o peso do nosso passado." Texto Básico, p. 38

Já ouvimos dizer que "somos tão doentes quanto os nossos segredos". O que é que mantemos em segredo, e porquê? Mantemos em segredo aquilo que nos envergonha. Podemos agarrar-nos a essas coisas por não querermos entregá-las. Mas se há coisas que nos envergonham, será que não estaríamos mais à vontade se nos livrássemos delas? Alguns de nós agarram-se por outros motivos às coisas que os envergonham. Não é que não queiramos ver-nos livres delas; é mais porque achamos que não vamos conseguir. Elas perseguiram-nos durante tanto tempo, e tantas vezes tentámos livrar-nos delas, que desistimos de ter qualquer esperança de alívio. Mas elas continuam a envergonhar-nos, e mesmo assim mantemo-las em segredo. Precisamos de nos lembrar de quem somos: adictos em recuperação. Nós, que durante tanto tempo tentámos manter o nosso uso de drogas em segredo, encontramo-nos livres da obsessão e da compulsão para usar. Embora muitos de nós tenham gostado de usar até ao fim, nem por isso deixáram de querer recuperar. Não aguentávamos o preço que o nosso uso nos impunha. Quando admitimos a nossa impotência e procurámos a ajuda de outros, o peso do nosso segredo foi aliviado. O mesmo princípio aplica-se a quaisquer segredos que possam pesar-nos. Sim, somos tão doentes quanto os nossos segredos. Só quando os nossos segredos deixarem de ser segredos é que poderemos começar a sentir o alívio daquilo que nos envergonha.

Só por hoje: Os meus segredos só me manterão doente enquanto eu os mantiver secretos. Hoje vou falar com o meu padrinho ou madrinha acerca dos meus segredos.
 
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

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