domingo, 6 de dezembro de 2015

Prevenção de recaídas



O consumo de álcool é um hábito milenar e cultural entre diversos povos. Uma pequena parcela dos consumidores pode desenvolver transtornos por uso de álcool, inclusive com síndrome de dependência ou alcoolismo e consequentes danos sociais e à saúde. Para esses indivíduos, é importante aderir a uma longa jornada de tratamento, com muita determinação, ajuda profissional e apoio de familiares e amigos.

O tratamento para pessoas com transtornos por uso de álcool é um processo delicado e contínuo e, muitas vezes acontecem recaídas, especialmente no primeiro ano de tratamento. Para garantir melhores resultados, é necessário trabalhar para que o paciente se mantenha motivado, com persistência, determinação, que tenha incentivo e apoio por parte da família e de amigos para então enfrentar o momento de recaída e se reestabelecer no tratamento o mais rápido possível.

Quando a recaída acontece, o paciente não deve se sentir envergonhado ou fracassado; é preciso compreender que ela será contemplada pelo tratamento, e que quanto mais curta e menos intensa ela for, menores os danos.

Nesse sentido, é importante compreender a dependência do álcool como doença crônica, assim como diabetes, hipertensão ou asma, doenças que acompanham o indivíduo durante muitos anos, com momentos de melhora e piora dos sintomas, para as quais existem tratamentos efetivos quando feitos de forma continuada. Assim, é essencial perceber as recaídas como parte do curso natural do transtorno por uso de álcool, para que sejam vistas como momentos de aprender sobre as dificuldades do indivíduo, avaliar a presença de fatores estressores e reavaliar as estratégias terapêuticas.

Para transtornos por uso de álcool, indica-se acompanhamento psicológico e psiquiátrico, e muitas vezes o uso de medicamentos poderá colaborar na prevenção de recaídas. Terapias comportamentais, como a técnica de Mindfulness (para saber mais, clique aqui), podem ser ferramentas úteis especialmente no monitoramento e enfrentamento do desconforto associado à fissura e a sensações subjetivas desagradáveis, como estresse, angústia ou ansiedade.

Outro ponto importante na prevenção é auxiliar na recuperação de forma integrada, buscando uma vida equilibrada, com a criação de hábitos saudáveis, estruturação familiar, psicológica, boas condições de moradia e emprego, construção de sólido círculo social para apoio, estabelecimento de metas alcançáveis e aprendizado para evitar situações que sejam motivos para recaídas em cada caso particular. Datas festivas, como Carnaval, Natal e Ano Novo, também merecem avaliação cuidadosa para instrumentalizar o indivíduo para lidar com as pressões sociais ao consumo de álcool, além de serem datas potencialmente difíceis para quem tem situações de conflito familiar. As chances de recaídas são maiores nestes períodos, quando o uso do álcool é cultural e socialmente mais aceito e há maior oferta de bebidas. Portanto, quem sofre de dependência alcoólica, ou está sob tratamento para esse transtorno, deve ter cuidado redobrado e não sentir vergonha em recusar quando alguém oferecer alguma bebida alcoólica, nem que seja somente para brindar.

Sabemos que o paciente é, em última instância, o responsável pelo seu tratamento. Entretanto, é necessário reconhecer a relevância que o apoio de amigos e familiares pode exercer na motivação do indivíduo para superar seus anseios e conseguir aderir a um tratamento a longo prazo. Pode ser útil para os envolvidos com o indivíduo, buscar ajuda profissional, considerando as dificuldades que comumente acontecem para lidar com a doença crônica chamada alcoolismo.
Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

CONHEÇA MAIS SOBRE O CRACK E SEUS DEVASTADORES MALES...

Crack

Leva 10 segundos para fazer o efeito, gerando euforia e excitação; respiração e batimentos cardíacos acelerados, seguido de depressão, delírio e "fissura" por novas doses. "Crack" refere-se à forma não salgada da cocaína isolada numa solução de água, depois de um tratamento de sal dissolvido em água com bicarbonato de sódio. Os pedaços grossos secos têm algumas impurezas e também contêm bicarbonato. Os últimos estouram ou racham (crack) como diz o nome.
Cinco a sete vezes mais potente do que a cocaína, o crack é também mais cruel e mortífero do que ela. Possui um poder avassalador para desestruturar a personalidade, agindo em prazo muito curto e criando enorme dependência psicológica. Assim como a cocaína, não causa dependência física, o corpo não sinaliza a carência da droga.
As primeiras sensações são de euforia, brilho e bem-estar, descritas como o estalo, um relâmpago, o "tuim", na linguagem dos usuários. Na segunda vez, elas já não aparecem. Logo os neurônios são lesados e o coração entra em descompasso (de 180 a 240 batimentos por minuto). Há risco de hemorragia cerebral, fissura, alucinações, delírios, convulsão, infarto agudo e morte.
O pulmão se fragmenta. Problemas respiratórios como congestão nasal, tosse insistente e expectoração de mucos negros indicam os danos sofridos.
Dores de cabeça, tonturas e desmaios, tremores, magreza, transpiração, palidez e nervosismo atormentam o craqueiro. Outros sinais importantes são euforia, desinibição, agitação psicomotora, taquicardia, dilatação das pupilas, aumento de pressão arterial e transpiração intensa. São comuns queimaduras nos lábios, na língua e no rosto pela proximidade da chama do isqueiro no cachimbo, no qual a pedra é fumada.
O crack induz a abortos e nascimentos prematuros. Os bebês sobreviventes apresentam cérebro menor e choram de dor quando tocados ou expostos à luz. Demoram mais para falar, andar e ir ao banheiro sozinhos e têm imensa dificuldade de aprendizado.

O caminho da droga no organismo

Do cachimbo ao cérebro

1. O crack é queimado e sua fumaça aspirada passa pelos alvéolos pulmonares
2. Via alvéolos o crack cai na circulação e atinge o cérebro
3. No sistema nervoso central, a droga age diretamente sobre os neurônios. O crack bloqueia a recaptura do neurotransmissor dopamina, mantendo a substância química por mais tempo nos espaços sinápticos. Com isso as atividades motoras e sensoriais são superestimuladas. A droga aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca. Há risco de convulsão, infarto e derrame cerebral
4. O crack é distribuído pelo organismo por meio da circulação sanguínea
5. No fígado, ele é metabolizado
6. A droga é eliminada pela urina

Ação no sistema nervoso

Em uma pessoa normal, os impulsos nervosos são convertidos em neurotransmissores, como a dopamina (1), e liberados nos espaços sinápticos. Uma vez passada a informação, a substância é recapturada (2). Nos usuários de crack, esse mecanismo encontra-se alterado.
A droga (3) subverte o mecanismo natural de recaptação da substância nas fendas sinápticas. Bloqueado esse processo, ocorre uma concentração anormal de dopamina na fenda (4), superestimulando os receptores musculares - daí a sensação de euforia e poder provocada pela droga. A alegria, entretanto, dura pouco. Os receptores ajustam-se às necessidades do sistema nervoso. Ao perceber que existem demasiados receptores na sinapse, eles são reduzidos. Com isso as sinapses tornam-se lentas, comprometendo as atividades cerebrais e corporais

O crack nasceu nos guetos pobres das metrópoles, levando crianças de rua ao vício fácil e a morte rápida. Agora chega à classe média, aumentando seu rastro de destruição

Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição
Fonte: Globo Ciência/1996 Ano 5 nº 58

Status do consumo de álcool nas Américas

  


A Organização Panamericana de Saúde (OPAS, o escritório regional da Organização Mundial da Saúde – OMS, para as Américas) divulgou em julho de 2015 o relatório “Status do consumo de álcool nas Américas”, que examinou os padrões e consequências do uso de álcool nos 36 países da região.

Com dados de 2010 a 2012, corresponde a um primeiro desdobramento do relatório lançado em 2014 pela OMS, que reforça a meta voluntária de redução do consumo nocivo* em 10% até o ano de 2025 (para saber mais, clique aqui). Destacou-se a necessidade de novas e mais amplas pesquisas epidemiológicas nacionais consistentes, tendo em vista que a falta de dados oficiais de qualidade é o principal fator limitante do levantamento adequado da questão.

Perfil de consumo

O consumo de álcool na região das Américas é maior do que a média mundial. A frequência do Beber Pesado Episódico** (BPE, também chamado neste relatório de “episódios de consumo excessivo”) nas Américas é de 1 em cada 5 bebedores (22%), enquanto a média mundial é de 16%. Em especial, nos últimos cinco anos houve aumento expressivo do BPE: as mulheres aumentaram de 4,6 a 13% e homens de 17,9 para 29,4%.

Notam-se ainda grandes diferenças entre os gêneros nos países americanos em termos de consumo de álcool. Por exemplo, as mulheres chilenas praticamente não incorrem em episódios de consumo excessivo (0,1%), enquanto entre homens a frequência é de 13,5%. Na Guatemala, por exemplo, homens bebem até 15 vezes mais que mulheres, enquanto no Brasil essa diferença é de 3 vezes.

Com relação aos tipos de bebida, a cerveja é a bebida de preferência nas Américas, ainda que em alguns países caribenhos predomine destilados e em países como Argentina, Chile e Uruguai predomine o vinho.

Álcool e saúde

O uso nocivo de álcool contribui para desenvolvimento de mais de 200 doenças, incluindo lesões, alguns tipos de câncer, infecções - como HIV - e transtornos mentais. É ainda o principal fator associado aos índices de incapacidade e morte entre pessoas de 15 a 49 anos no mundo. Nas Américas, complicações ligadas ao consumo de álcool foram responsáveis por cerca de 300 mil mortes em 2012, das quais 80 mil podem ser diretamente atribuíveis ao uso nocivo de tal substância. Ainda que muitas condições estejam relacionadas ao uso pesado e prolongado, até 35% das mortes e incapacidades têm relação com efeitos agudos do uso excessivo, principalmente acidentes e lesões.

Em 2010, as três principais causas de adoecimento relacionadas ao álcool foram cirrose hepática, transtornos por uso de álcool (TUA) (para saber mais, clique aqui) e violência interpessoal. A cirrose foi a principal complicação para ambos os gêneros e os homens tendem a sofrer mais lesões e acidentes. A frequência de TUA nas Américas é relativamente alta quando comparada às demais regiões, sendo equivalente a 9% para homens (atrás apenas dos europeus) e 3,2% para as mulheres (maior que nas demais regiões do mundo).

O Brasil está em 3º lugar no índice de mortalidade atribuível ao álcool entre homens (74 por 100 mil habitantes) e em 11º lugar entre mulheres (12 por 100 mil habitantes). Quando comparados os resultados de 1990 e 2010, nota-se diminuição do índice de mortalidade para mulheres, de aproximadamente 6%, e aumento de aproximadamente 23% para homens. O relatório destaca que, embora tenha ocorrido redução na mortalidade relacionada ao álcool em quase todos os países que compõem a região das Américas, a maior parte das mortes acontece na faixa dos 30 a 59 anos, período em que é esperada maior produtividade pessoal e profissional dos indivíduos.

Juventude

Sabe-se que o consumo de álcool por adolescentes, além de prejudicar a formação do cérebro, aumenta o risco de consequências negativas como gravidez precoce e indesejada, violência, e acidentes. Quanto mais cedo ocorre o primeiro contato com uso de álcool, maiores os riscos de problemas. Por exemplo, consumir a primeira dose antes dos 15 anos aumenta em cinco vezes o risco de desenvolvimento de dependência e em sete vezes o risco de se envolver em acidentes de trânsito ou luta física. Preocupa o fato de que em muitos países americanos a maior parte dos jovens consome a primeira dose aos 14 anos.

Em 2010, cerca de 14 mil mortes de jovens com menos de 19 anos foram atribuídas ao álcool. O Brasil apresenta, entre os países das Américas, o maior índice de mortes relacionadas ao consumo de álcool por adolescentes com idade entre 15 e 19 anos, seguido por Guatemala e Venezuela. Constatou-se que os jovens das Américas costumam ingerir uma ou duas doses a mais por ocasião quando comparado aos adultos. Mais de 60% dos adolescentes homens em sete países (inclusive o Brasil) apresentaram perfil de BPE. Já para adolescentes mulheres os valores são menores; porém ainda elevados em alguns países, chegando ao máximo de 40% no Canadá. A frequência de BPE entre adolescentes na região das Américas só fica atrás da Europa, tanto para mulheres (7,1% versus 22%) como para homens (29,3% versus 40%).

Mulheres

O consumo de álcool pelas mulheres tem crescido em vários países e vem se aproximando ao dos homens, que historicamente sempre foi maior. Sabe-se que as mulheres tendem a apresentar problemas sociais e de saúde ligados ao consumo de álcool com doses menores, pois fisiologicamente são mais vulneráveis, fato que levanta uma série de preocupações tendo em vista esta mudança no perfil das consumidoras de álcool. Como mencionado no tópico Álcool e Saúde, o índice de TUA entre mulheres americanas é maior que no resto do mundo.

Perfil socioeconômico

O perfil socioeconômico da região das Américas é bastante heterogêneo, o que dificulta estudos comparativos entre os países. Apesar disso, constatou-se que em países de menor renda o álcool tem maior impacto negativo na saúde, mesmo se em intensidade semelhante a outros países mais ricos, diferença atribuída ao menor acesso aos serviços de saúde e a estratégias de prevenção com grupos de maior risco.

Povos indígenas

Povos indígenas são muito presentes nos países americanos, representando 13% da população, e são mais vulneráveis às consequências negativas do álcool por questões socioeconômico-culturais. Apesar de escassos, os dados referentes a essa população mostram maior risco para desenvolvimento de TUA, depressão, suicidalidade e outras complicações relacionadas ao álcool.

Álcool e direção

A combinação de álcool e direção é uma das principais causas de morte em jovens no mundo. A criação de limites de concentração sanguínea de álcool máxima permitida é considerada outra medida efetiva para redução do número de acidentes no trânsito.

No Brasil, a mudança da legislação relacionada ao beber e dirigir vem ocorrendo desde 1998 (para saber mais, clique aqui). Atualmente, nosso país é um dos 25 do mundo que estabeleceram a tolerância zero para o consumo de álcool por motoristas e um dos 130 que usam o etilômetro (teste do “bafômetro”) como forma de monitoramento do cumprimento da lei. Alguns países da América ainda não têm limites estabelecidos (Bolivia, Paraguai e alguns caribenhos) e 5 possuem limite acima de 0,04 g/dL, o que é considerado alto por já ser capaz de impactar o risco de acidente.

Apesar das blitz policiais aleatórias serem consideradas custo-efetivas e colaborarem na diminuição de acidentes relacionados ao álcool, sua frequência e formas de execução são fatores essenciais para exercerem tal papel protetor. Assim sendo, o que se observa é que quando não há continuidade nas medidas fiscalizadoras, o impacto na redução de mortes viárias tende a desaparecer, apesar da existência de leis. Segundo este relatório da OPAS, o Brasil ainda apresenta altos índices de morte no trânsito, a despeito da implementação das medidas restritivas ao consumo de álcool por condutores (para saber mais, clique aqui).

*Consumo nocivo é definido pela OMS como aquele capaz de gerar algum problema social e/ou de saúde ao indivíduo e/ou a terceiros.

**O beber pesado episódico (BPE) é definido pela OMS como a ingestão de 60 g ou mais de álcool (cerca de 5-6 doses) em uma única ocasião nos últimos 30 dias. É um padrão de consumo que expõe o indivíduo a um maior risco para danos sociais e de saúde, como prejuízos nas atividades acadêmicas e laborais, envolvimento em relações sexuais desprotegidas ou não consensuais, brigas e violência, acidentes automotivos, entre outros.
Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool

Jovens dos países mais pobres são mais vulneráveis à propaganda de cigarro

Jovens dos países mais pobres são mais vulneráveis à propaganda de cigarro   

Agência Brasil - Da Agência Lusa
Os jovens dos países mais pobres são mais vulneráveis à publicidade das empresas fabricantes de cigarro e correm o risco de ser fumantes prematuros, alerta hoje (1º) estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em geral, os produtores de cigarros expõem a população dos países com menos recursos econômicos a uma publicidade mais intensa e agressiva do que a dos que vivem em países com um nível de vida superior, acrescenta o relatório.

O estudo, que começou em 2005, é o primeiro a comparar os níveis de publicidade das empresas em 16 países.

A data de início do estudo coincide com a entrada em vigor da Convenção-Marco sobre o Tabaco, que, entre outros aspectos, inclui controle rigoroso da publicidade de cigarros.

Os dados mostram que apesar das proibições, a publicidade continuar a ser um aspecto fundamental na adesão de novos fumantes.

Os anúncios dirigem-se especialmente aos jovens, pois está demonstrado que se forem submetidos a uma maior publicidade, começam a fumar antes e continuam a fazê-lo quando adultos.

Uma maneira de atrair consumidores mais jovens é a forma como se vende o produto. Segundo o relatório, nos países mais pobres mais de 64% das lojas selecionadas vendem cigarro avulso, muito acima dos quase 03% de estabelecimentos que o fazem nos países desenvolvidos.

Essa fórmula de venda permite que as crianças e os adolescentes comprem o produto mais barato, já que, muitas vezes, não podem comprar um maço completo.

O relatório destaca ainda uma queda na venda de tabaco nos países desenvolvidos. Entre 2009 e 2012, observou-se que as nações mais pobres têm 81 vezes mais publicidade nas ruas que as mais avançadas.

Os peritos da OMS alertam que a publicidade é uma “ameaça iminente”.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Reflexão 02/12/15

SERENIDADE

02-12-2015
Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes Passos...
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES
À medida que continuei indo às reuniões e praticando os Passos, algo começou a me acontecer. Me sentia confuso porque não estava seguro do que estava sentido, e então percebi que estava sentido serenidade. Era uma sensação agradável mas, de onde vinha? Então percebi que ele tinha vindo "... como resultado destes Passos".
O programa pode não ser sempre fácil de praticar, mas precisei reconhecer que minha serenidade veio após praticar os Passos. Quando pratico os Passos em tudo que faço e os aplico em todos o meus negócios, descubro que estou acordado para Deus, para os outros e para mim mesmo. O despertar espiritual que desfruto como resultado de trabalhar os Passos, é a consciência de que eu não estou mais sozinho.

Saiba sobre a cocaína e seus males...

Cocaína 

É uma das drogas ilegais mais consumidas no mundo.
A cocaína é um psicotrópico, pois age no Sistema Nervoso Central, isto é, sua atuação é no cérebro e na medula espinhal, exatamente nos órgãos que comandam os pensamentos e as ações das pessoas.
Há dois tipos de envenenamento pela cocaína: um caracterizado pelo colapso circulatório e, o outro, pela intoxicação do Sistema Nervoso Central - o cérebro, que é o órgão da mente.
A respiração, primeiro é estimulada e, depois decai. A morte advém devido ao colapso cardíaco.
As alucinações cocaínicas são terríveis: no início, um pouco de prazer, mas com o decorrer do tempo, o usuário pode ouvir zumbidos de insetos, queixando-se de desagradável cheiro de carrapatos; sente pequenos animais imaginários, como vermes e piolho, rastejando embaixo de sua pele, e as coceiras ou comichões quase o levam à loucura. Nos casos agudos de intoxicação, pode haver perfuração do septo nasal, quando a droga é aspirada ou friccionada nas narinas; e queda dos dentes, quando a fricção for nas gengivas.
A maneira como a cocaína é usada pode ter influência nos efeitos. Quanto mais rápido a cocaína é absorvida e enviada para o cérebro, maior será a euforia experimentada. O reforço do próprio uso e a possibilidade de efeitos colaterais também são maiores.

Mascar folhas de cocaína devagar e continuamente. As folhas de coca apresentam apenas o equivalente a 1% do seu peso de cocaína, portanto são engolidas quantidades relativamente pequenas ao mascar. Estes fatores contribuem para manter níveis baixos de cocaína no sangue e, portanto, significamente menos euforia do que a obtida com a cocaína através de outras formas.

A cocaína extraída das folhas e purificada como um sal (hidroclorido). Nesta forma, a cocaína pode ser absorvida por inalação e pode ser injetada. A inalação (cheirar) produz níveis rápidos e também declives rápidos. Os níveis de cocaína no cérebro, suficientes para surtir efeitos, são atingidos de 3 a 5 minutos. Os efeitos da injeção intravenosa são ainda mais rápidos, menos de um minuto.

Fumar produz efeitos em um tempo mais curto ainda do que o da injeção intravenosa, normalmente abaixo de 10 segundos. Duas formas de base para a cocaína têm sido usadas para fumar - "freebase" e "crack". Estas formas são quimicamente idênticas, mas são preparadas de forma diferente. "Freebase" refere-se a base isolada em éter depois de tratada com sal dissolvido em água com amônia. O éter é evaporada para obter uma droga muito pura e sólida. "Crack" refere-se à forma não salgada da cocaína isolada numa solução de água, depois de um tratamento de sal dissolvido em água com bicarbonato de sódio. Os pedaços grossos secos têm algumas impurezas e também contêm bicarbonato. Os últimos estouram ou racham (crack) como diz o nome.
( Fonte: Como agem as drogas, Gesina L. Longenecker,PH.D. Quark books. Ilustrações de Nelson W.Hee)

Tempo Necessário para alcançar o cérebro através de formas comuns de dependência
Fumar6-8 segundos
Injeção intravenosa10-20 segundos
Cheirar3-5 minutos
Mascar produz um nível mais baixo e estável da droga

Cocaína na gravidez causa perda de neurônios em cérebro de bebêSegundo um estudo publicado no Journal of Comparative Neurology, o uso de cocaína durante a gravidez pode resultar na perda de mais de metade dos neurônios do córtex cerebral dos bebês. Os cientistas estudaram os cérebros de macacos rhesus, mas acadêmicos acreditam que a descoberta pode ter implicações para os seres humanos, no que se refere aos reais danos fisiológicos para o cérebro do bebê associados ao uso de cocaína pela mãe durante a gravidez. Metade dos oito macacos usados nos experimentos nasceu de mães que consumiram 20mg/Kg de cocaína por dia durante o segundo trimestre de gravidez. A outra metade não recebeu cocaína, mas teve alimentação e cuidados pré-natais similares. O estudo mostrou que o córtex cerebral dos macacos nascidos de mães que usaram a droga tinha cerca de 60% menos neurônios e era cerca de 20% menor do que aqueles do grupo controle. "Esse é o primeiro estudo que mostra claramente a possibilidade da cocaína afetar a estrutura cerebral. Ele mostra que isso pode ocorrer", disse Michael Lidow, do Programa de Neurociência da Universidade de Maryland, um dos autores do trabalho.

Fonte: site antidrogas.com.br

O Usuário e o Traficante



Folha de São Paulo - UOL
Dr. Dáuzio Varella
Quem usa trafica, mesmo que não se considere traficante. O usuário que nunca comprou ou cedeu droga ilícita para um amigo, que atire a primeira pedra.

Nesta coluna, sempre defendi a definição de critérios objetivos que permitam separar usuários de traficantes profissionais. Sem essa distinção, a decisão de prender ou soltar fica a critério do policial que faz a apreensão na rua, ocorrência sujeita a arbitrariedades, preconceitos sociorraciais e corrupção.

Promulgada em 2006, a lei que permitiria distinguir usuários daqueles que os exploram é vaga e imprecisa. Como consequência, pune com rigor os mais pobres, os negros e as mulheres, como demonstra a socióloga Juliana Carlos numa pesquisa recém-publicada pelo International Drug Policy Consortium, com sede em Londres.

A partir de um levantamento do Instituto Sou da Paz, a socióloga coletou os dados de 1.040 pessoas (88% homens) presas em flagrante por tráfico no Estado de São Paulo, num período de três meses (1 de abril a 30 junho de 2011).

Eram réus primários 52% dos homens e 62% das mulheres. O número de prisões efetuadas dentro de casa, sem ordem judicial, foi duas vezes maior no caso das mulheres.

As quantidades de maconha apreendidas variaram de 0,1 g a 242 kg; as de cocaína ficaram entre 0,2 g e 49,8 kg; e as de crack entre 0,1 g e 65,9 kg.

Os motivos para dar voz de prisão a pessoas flagradas com menos de um grama de maconha ou crack são desconhecidos. Na maioria das vezes, as únicas testemunhas da abordagem foram os próprios policiais; civis testemunharam apenas 22,5% dos casos.

Na cena do flagrante, o poder do policial é absoluto: se considerar que a quantidade apreendida é para uso pessoal, o suspeito será liberado sem formalidades; caso contrário, será preso, processado e condenado a penas que podem ir de 5 a 15 anos, de acordo com o Código Penal Brasileiro.

Outros países aplicam critérios mais objetivos, estabelecidos com base na quantidade apreendida. É permitida a posse de até 25 g de maconha em Portugal, 15 g na Austrália, 28 g nos Estados Unidos, 10 g no Paraguai, 5g no México, 200 g na Espanha. Em relação à cocaína, Portugal, Índia e Paraguai, permitem até 2 g; Holanda e Rússia até 0,5 g, Espanha até 7,5 g.

Se adotássemos as leis da Holanda, Bélgica, México ou Rússia, 9% das 1.040 pessoas presas na amostra estudada por Juliana Carlos não teriam ido para a cadeia. Em caso da adoção dos números australianos, permaneceriam em liberdade 41%; se fossem as leis espanholas, 69%.

Em 2011, ano em que a pesquisa foi realizada, a população carcerária do Estado de São Paulo era de 180 mil pessoas, das quais 52 mil cumpriam pena por tráfico.

Usando as estimativas mais conservadoras, se os dados obtidos no inquérito publicado valessem para a população inteira, teríamos deixado de aprisionar 9% (4.700 pessoas) dos que foram presos por porte de maconha e 22% (11.500) daqueles detidos com cocaína.

A autora conclui: "O ideal seria que a distinção entre usuários e traficantes fosse feita caso a caso, levando em conta todas as especificidades e circunstâncias. Entretanto, como esta publicação deixa claro, a aplicação apenas de critérios subjetivos num país marcado por desigualdades sociais e econômicas tão profundas, não resultou em aplicação justa e adequada da lei, conduziu à imposição de sentenças desproporcionais e ao aumento do número de prisões por pequenas contravenções".

Esse estudo é publicado em momento oportuno. O STF está prestes a julgar o recurso que propõe considerar inconstitucional o artigo que criminaliza o porte de drogas para uso pessoal.

Um levantamento realizado em 2012, entre brasileiros com mais de 18 anos, mostrou que 2,5% haviam fumado maconha nos últimos 12 meses, 1,7% consumido cocaína e 0,7% fumado crack, no mesmo período. Entre 2005 a 2012, o número de prisioneiros cumprindo sentenças por tráfico aumentou 320%.

Já está mais do que na hora de pensar o que a sociedade ganha ao trancafiar mulheres e homens surpreendidos com pequenas quantidades de droga.

Quanto custa manter tanta gente enjaulada? Quais as consequências de expor pequenos contraventores ao contato com facções criminosas organizadas?
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas


Fotos da Palestra de prevenção e combate ao uso de Drogas na Cidade Veríssimo...

Levando informação aos jovens da cidade de Veríssimo na E. E. Geraldino Rodrigues da cunha...









terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Reflexão do dia 1 de Dezembro


PASSOS "SUGERIDOS"
Nosso Décimo Segundo Passo também diz que, como resultado da prática de todos os Passos, cada um de nós foi descobrindo algo que se pode chamar de "despertar espiritual"... O meio de que A.A. dispões em nosso preparo para a recepção desta dádiva está na prática dos Doze Passos de nosso programa.

OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES PG. 94 95


Eu lembro da resposta do meu padrinho quando lhe falei que os Passos eram "sugeridos". Ele replicou que eles são sugeridos da mesma maneira que, se você saltar de um avião com um pára-quedas, é "sugerido" que você puxe a corda para abri-lo e salvar a sua vida. Ele mostrou-me que era "sugerido"que eu praticasse os Doze Passos se quisesse salvar a minha vida. Assim eu tento me lembrar diariamente que tenho todo um programa de recuperação baseado em todos os Doze Passos "sugeridos".

Drogas - uma prisão voluntária



Analisando um recurso da Defensoria Pública do estado de São Paulo, nossa Suprema Corte iniciou a votação que decidirá se o porte de drogas para consumo deve ser descriminalizado. A justificativa recursal é centrada no argumento de que o Estado não pode proibir o indivíduo de usar ou fazer algo que prejudique somente ele.

Na leitura dos votos proferidos até agora, nota-se claramente a divergência de pensamentos. O relator Gilmar Mendes votou no sentido de descriminalizar o porte para uso, seja qual for a droga. Já o ministro Edson Fachim decidiu que somente a maconha estaria livre da tipificação criminal. O magistrado Luís Roberto Barroso foi além; sustentou no voto o porte legal da maconha e seu plantio com fins de uso próprio – é difícil uma previsão do resultado final.

Os defensores alegam que em outros países o porte para uso foi liberado; portanto, devemos seguir o mesmo rumo. Isto não é parâmetro para justificar uma decisão de fortíssimo impacto na vida dos brasileiros. A nossa realidade social está anos-luz distante da Holanda, que já começa a revisar/endurecer sua abertura sobre as drogas. No Colorado (EUA), os acidentes de trânsito aumentaram com a liberação. Aqui não conseguimos sequer tratar os drogados – imagina isto sem rédeas.

Qual a quantidade máxima de substância alucinógena que o contaminado pode inalar/injetar e não ser incomodado por ninguém? Exemplo: se estiver trabalhando, dirigindo um carro ou mesmo pilotando um avião? Quem vai medir isto? Estudos científicos de credibilidade atestam que a fumaça desta erva marijuana é prejudicial nos chamados fumantes passivos. A saúde dos demais indivíduos não conta? Olhar para um viciado vai ser discriminação?

Aprendi em algum lugar que o juiz não é somente um intérprete da lei, mas também o julgador que enxerga os fins sociais que a ela se aplicam, maiormente diante de uma decisão que pode tornar pior ainda o sanatório das drogas no Brasil. Vamos ser legalistas, mas ainda é tempo de enxergar um pouco mais.

Fonte:
Walter Filho
walterfilhop@hotmail.com
Promotor de justiça 

O blog responde as perguntas dos leitores...

o que é o ´boa noite Cinderela`?

O boa noite cinderela, também conhecido por “rape drugs” (drogas de estupro), é o nome dado a um golpe no qual um sujeito, geralmente simpático e de boa aparência coloca um coquetel de drogas, como o ácido gama-hidroxibutírico, juntamente à bebida de outra pessoa.

Encontradas, geralmente, na forma de comprimidos ou gotas; tais drogas depressoras do sistema nervoso centrall, ao serem ministradas juntamente com bebidas alcoólicas, alteram o nível de consciência, por até três dias, deixando a vítima vulnerável o suficiente para ser roubada e/ou violentada. Além disso, podem causar intoxicação ou morte por desidratação.

Por se dissolverem facilmente; e serem incolores e inodoras, identificar um copo que recebeu tais doses é tarefa quase impossível.

De ocorrência relativamente frequente, este golpe ocorre geralmente em festas, boates, bares e praia; fornecendo como efeitos iniciais os mesmos que o álcool proporciona. Em um segundo momento, o indivíduo sente-se sonolento e com dificuldades de reagir a ameaças físicas e/ou psicológicas, obedecendo basicamente a todos os comandos ditados pelo golpista.

Devido ao constrangimento das vítimas e também à falta de clareza quanto à sucessão dos fatos, poucas são as pessoas que registram queixas relacionadas a este golpe em delegacias de polícia. Assim, as estatísticas são subestimadas, e a ação da polícia é restrita.

Para evitar ser vítima deste tipo de crime, tenha cautela: não leve desconhecidos até sua casa, não aceite bebidas de estranhos, e não descuide de seu copo!
Por Mariana Araguaia,Graduada em Biologia
Fonte:Brasil Escola

Fumar crack na gravidez prejudica o bebê?

Sim. A gestante ao fumar crack aumenta o risco de aborto. Para o bebê, o crack pode causar má formação, baixo peso ao nascer; e, na infância, o aumento do risco de morte súbita, alterações do comportamento e atraso no desenvolvimento.
Importante: o crack passa pelo leite materno.
Fonte:Crack, é possível vencer


O que é Cirrose Hepática Alcoólica?

Forma severa da doença alcoólica do fígado, pode ser definida anatomicamente como um processo difuso de fibrose e formação de nódulos, acompanhando-se freqüentemente de necrose hepatocelular.. Ela ocorre predominantemente entre os 40-60 anos de idade, após pelo menos 10 anos de uso prejudicial de álcool. Os sintomas de sua manifestação se caracterizam por ascite (acúmulo de líquido na cavidade abdominal), hipertensão porta acompanhada de esplenomegalia (aumento do baço), insuficiência renal devida à insuficiência hepática (síndrome hepatorrenal), confusão mental (um dos principais sintomas da encefalopatia hepática) ou hepatoma (câncer de fígado). Em alguns casos, para confirmar o diagnóstico de hepatopatia alcoólica, o médico realiza uma biópsia hepática, procedimento no qual uma agulha oca é inserida através da pele e é coletado uma pequena amostra de tecido para exame microscópico. Nos indivíduos com hepatopatia alcoólica, os resultados das provas de função hepática podem ser normais ou anormais. No entanto, o nível sangüíneo da gama-glutamil transpeptidase (uma enzima hepática), pode estar especialmente elevado nos indivíduos que consomem álcool de modo abusivo. Além disso, os eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias) do indivíduo tendem a ser maiores que o normal, um sinal revelador. A concentração de plaquetas no sangue pode estar baixa.
Fonte: CISA

Fotos da palestra sobre Dependência Química no Codau ( Companhia de águas de Uberaba)...





 Momento importante de prevenção e informação aos trabalhadores dessa gloriosa cia. de Uberaba

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Reflexão 26/11/15

OS RISCOS DA PUBLICIDADE
Pessoas que simbolizam causas e idéias preenchem uma profunda necessidade humana. Nós de A.A. não colocamos dúvida quanto a isso. Mas somos obrigados a reconhecer o fato de que permanecer exposto à curiosidade pública é arriscado, particularmente no nosso caso.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES PG. 164




Como alcoólico recuperado, devo fazer um esforço para colocar em prática os princípios do programa de A.A., que são baseados em honestidade, verdade e humildade. Quando bebia, estava constantemente querendo ser o centro de atenção. Agora que estou consciente de meus erros e de minha anterior falta de integridade, não seria honesto procurar prestígio, mesmo com o propósito justificável de promover a mensagem de recuperação de A.A. Não é muito mais valiosa a publicidade que está centrada em torno da Irmandade e os milagres que ela produz? Por que não deixar as pessoas à nossa volta, apreciar por si mesmas as mudanças que A.A. nos trouxe? Esta será a melhor recomendação para a Irmandade que qualquer um pode fazer.

Abuso do álcool, ao longo dos anos, lesiona o fígado



 

Cirrose alcoólica interna 7 por dia em SP
Mais de 80% dos pacientes hospitalizados na rede pública pela doença são homens
Do R7

A cada dia, em média, sete pessoas são internadas vítimas de cirrose alcoólica em hospitais públicos do Estado de São Paulo. É o que aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados de 2014. No ano passado, houve 2.649 internações em hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde) paulista por cirrose alcoólica, das quais 86% foram de pacientes do sexo masculino. Do total de internações, 35% (ou uma a cada três) foram de pessoas com idades entre 50 e 59 anos.

O abuso do álcool, ao longo dos anos, lesiona o fígado, causando inflamação crônica e fibrose, alerta o hepatologista Carlos Baía e coordenador de transplantes de fígado do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo.

— Quando a fibrose é muito extensa, as cicatrizes das lesões levam à cirrose. Nestes casos, a grave condição da cirrose leva o paciente a necessitar de transplante.

O médico explica que nem todos que fazem uso de bebida alcoólica desenvolvem cirrose. A medicina ainda não conseguiu identificar porque pessoas que bebem relativamente pouco podem desenvolver a doença. 

— O consumo diário de bebidas alcoólicas não dá oportunidade para o fígado se restaurar, causando maior prejuízo ao organismo.

O alcoolismo é uma doença crônica que atinge mais homens do que mulheres em todo o mundo. A dependência do álcool ocorre quando existe uma busca compulsiva e incontrolável da bebida.

O tratamento contra dependência em álcool é oferecido pela rede pública por meio dos Caps Ad (Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) municipais
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

Saiba mais sobre a Maconha, seus males , como identificar se seu filho está usando, entre outras informações...

Maconha

É a droga de entrada para consumo das outras drogas. Barata e de fácil acesso, o seu uso continuado interfere na aprendizagem, memorização e na fertilidade. É uma combinação de flores e folhas da planta conhecida como Cannabis sativa, e pode ser verde, marrom ou cinza.
Causa vermelhidão nos olhos, boca seca, taquicardia; angústia e medo para uns, calma e relaxamento para outros.
Vício mundial, a maconha é usada comendo-a, mascando-a, fumando-a; aspirando-a sob a forma de rapé, ou engolindo-a. 
No Brasil, ela é mais usada e, seu emprego é mais comum sob a forma de "cigarros", que apresentam vários nomes, como: fininho, baseado, dólar, beck e pacau. 
Há cachimbos especiais para fumantes, e são conhecidos, em alguns países como "josie" e, outros, "narguilé". 
Existe um cachimbo que filtra a fumaça com água que é conhecido em inglês como "bong". Algumas pessoas misturam a maconha com a comida e também é usada em forma de chá.
A maconha é considerada um alucinógeno, isto é, faz o cérebro funcionar de forma desconcertante e fora do normal e seu princípio ativo é o delta nove tetrahidrocanabinol (THC). O THC produz vários efeitos: avermelhamento da conjuntiva dos olhos (olhos injetados), redução da imunidade pela queda dos glóbulos brancos, sinusite crônica, faringite , constrição das vias aéreas, atua sobre o equilíbrio, movimentos e memória.
A potência da droga é medida de acordo com a quantidade média de THC encontrada nas amostras de maconha confiscadas pelas agências policiais.
· A maconha comum contem uma média de 3% de THC.
· A variedade “sinsemilla” (sem semente, que só contem botões e as flores da planta fêmea) tem uma média de 7.5% de THC, mas pode chegar a ter até 24%.
· O haxixe (a resina gomosa das flores das plantas fêmeas) tem uma média de 3.6%,mas pode chegar a ter até 28%.
· A maconha cultivada por hidroponia, conhecida popularmente como SKANK pode ter até 35% de THC.
· O óleo de haxixe, um líquido resinoso e espesso que se destila do haxixe, tem em média de 16% de THC, mas pode chegar a ter até 43%.
Não cria a dependência física, mas a psicológica. Dependendo da personalidade do usuário, pode ser brutal; logo se retirada imediatamente, a saúde não correrá nenhum risco, porém, a força de vontade do paciente tem de ser grande, exatamente para vencer sua necessidade psíquica de buscar a maconha.
(Fonte: Como agem as drogas, Gesina L. Longenecker,PH.D. Quark books. Ilustrações de Nelson W.Hee)

Como posso saber se meu filho está usando a maconha?
Existem certos sintomas que podem ser percebidos. Aqueles que estão drogados com maconha podem:
· Parecer estar meio tonto e com alguma dificuldade para caminhar;
· Parecer estar rindo exageradamente ou sem nenhuma razão ;
· Olhos vermelhos e irritados; e
· Dificuldade para lembrar como as coisas aconteceram. 
Quando desaparecem os primeiros efeitos, depois de algumas horas, a pessoa pode sentir muito sono.
Ainda que seja difícil distinguir nos adolescentes, os pais têm atentos para mudanças no comportamento deles.
Devem tentar perceber se seu filho se afasta de todos, se está deprimido, se tem fadiga, se não cuida de sua aparência pessoal, se é hostil, ou se suas relações com familiares e amigos se deterioraram.
Também pode haver mudanças no desempenho acadêmico, ausência escolar, menor interesse pelo esporte e por outras atividades favoritas, ou modificação nos hábitos alimentícios ou no sono. Tudo isto pode indicar o uso de drogas, ainda que não em todos os casos.

Os pais também devem estar pendentes de:
· Coisas que possam indicar o uso de drogas, como cachimbos, ou papéis para enrolar cigarros;
· O cheiro da roupa;
· O uso de incenso e desodorante de ambiente;
· O uso de colírios para os olhos;
· Que haja roupa, posters, jóias, etc., que promovam o uso das drogas;
· Aumento do apetite (doces);
· Distúrbios na percepção do tempo e do espaço;
· Anhedonia - perda de prazer nas atividades comuns;

Como abordar um usuário de maconha?
Não é com uma bronca ou com agressão que se aborda um dependente. Realismo e objetividade são fundamentais. Neste momento, o usuário necessita encarar os seus limites, conhecer as regras, os horários, as tarefas e seus deveres para com sua família, que tem um papel importantíssimo. O aconselhamento familiar esclarece e auxilia na melhor maneira de lidar com o usuário, que precisa querer receber ajuda. Caso isso não ocorra, não force uma situação. Mas, lembre-se: uma boa conversa e uma atitude amiga, certamente, poderão salvar uma vida.

O que acontece depois que a pessoa fuma maconha?Quase imediatamente depois de inalar a maconha, a pessoa pode sentir, intoxicação,boca seca, batidas aceleradas do coração, dificuldades na coordenação do movimento e do equilíbrio, e reações ou reflexos lentos. Os vasos sangüíneos dos olhos se expandem,por isso ficam avermelhados.
Em algumas pessoas, a maconha aumenta a pressão sangüínea e pode até duplicar o ritmo cardíaco. Este efeito pode acentuar-se quando se mistura outras drogas com a maconha; algo sobre o qual nem sempre o fumante pode ter certeza do que é. Depois de 2 ou 3 horas, a pessoa pode sentir muito sono.

O que acontece no organismoA substância ativa da planta, o THC, age no cérebro em 20 minutos
1.
 Após ser tragada, a droga leva aos pulmões toxinas como o alcatrão, que prejudicam o aparelho respiratório, e o THC, que segue para a circulação sanguínea
2. Parte do THC chega ao estômago, fígado e depois aos rins e é eliminada pela urina
2a. Outra parte chega ao baço; acredita-se que nele o THC reduza a produção de linfócitos e enfraqueça o sistema de defesa do organismo
2b. Há pesquisas que apontam redução pelo THC dos níveis do hormônio sexual masculino testosterona, podendo provocar infertilidade temporária
3. No cérebro, entre as várias substâncias conhecidas como receptores, existe uma que é ativada pelo THC
3a. No cerebelo, que regula o equilíbrio, postura e coordenação motora, o THC provoca letargia, redução no controle dos movimentos e desorientação espacial e temporal
3b. No hipocampo, o THC reduz a atividade de neurônios relacionados à memória de curto prazo
3c. No córtex cerebral, que regula a percepção pelos sentidos, o THC pode promover alterações transitórias nas sensações pelo tato, visão e audição
4. O THC estimula também o aumento da produção de serotonina, substância que promove sensação de prazer

Por quanto tempo a maconha permanece no corpo?
A substância THC na maconha é absorvida pelos tecidos gordurosos de vários órgãos do corpo, onde são armazenados. Geralmente podemos encontrar restos de THC nos exames regulares de urina até vários dias depois da pessoas ter fumado maconha. Contudo, no caso das pessoas que fumam muita maconha (fumantes crônicos), podemos encontrar restos da substância, inclusive várias semanas depois de ter  parado de usar a droga.



Skank :
A Supermaconha


Cannabis sativa é a espécie da maconha mais difundida no mundo, embora outras espécies do mesmo gênero - a Cannabis indica ou a ruderalis, por exemplo - também sejam utilizadas na fabricação da droga. O skank é uma variação genética, produzida em laboratório, da planta da maconha, que cresce mais rapidamente e pode, portanto, ser cultivada em estufas (mais escondida da fiscalização). Sua principal característica é o fato de conter uma quantidade até sete vezes maior de THC (a substância ativa) do que a maconha comum.

Fonte site antidrogas.com.br