Os modelos utilizados para a compreensão do suicídio, no geral, assumem que as relações entre este comportamento e seus fatores causais não variam de acordo com a idade. Como alternativa a esta compreensão, o modelo conceptual da psicopatologia do desenvolvimento permite a investigação de como e se a relação entre o suicídio e o consumo de álcool varia através das faixas etárias durante a vida das pessoas.
As informações utilizadas nesta pesquisa foram coletadas entre 1216 estudantes de segundo-grau de escolas públicas da cidade de Búfalo, estado de Nova York, EUA.
Os autores concluíram que a associação entre o consumo excessivo de álcool e o suicídio não é exclusiva e nem se constitui numa relação de causalidade linear e direta. Outros fatores, como dificuldades emocionais, beber para lidar com emoções desagradáveis e stress, fraco suporte familiar e porcentagem alta de amigos que usam álcool, também exercem influência importante nesta associação. A presença destes fatores influencia o desenvolvimento de depressão, experimentar situações estressantes e beber de maneira prejudicial, que por sua vez, são preditores do suicídio.
Os cientistas ponderam, ainda, que o consumo de álcool deve ser considerado um fator de risco geral para o suicídio, contrariamente ao beber até embriagar-se, que deve ser considerado um fator de risco específico, tanto para as tentativas de suicídio, quanto para as mortes por suicídio.
Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool
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