domingo, 15 de novembro de 2015
66% dos mexicanos rejeitam descriminalização da maconha, diz pesquisa
Yahoo Notícias - AFP
Cerca de 66% dos mexicanos não concordam com a descriminalização da maconha, e 63% quer que o tema seja debatido - é o que mostra uma pesquisa publicada nesta terça-feira pelo jornal local El Universal.
Do total de entrevistados, 32% é a favor da descriminalização, enquanto 2% preferiu não responder à pergunta.
A pesquisa foi feita entre 6 e 7 de novembro, dois dias após uma decisão da Suprema Corte de Justiça que autorizou que quatro pessoas cultivem a erva para consumo recreativo.
Segundo a pesquisa, 60% dos entrevistados é contra a decisão da corte.
O presidente Enrique Peña Nieto anunciou na segunda-feira uma ampla consulta e um debate aberto entre especialistas, sociólogos, médicos e associações que são a favor e contra a descriminalização da maconha para chegar com uma postura como país.
Peña Nieto disse que pessoalmente está em desacordo com a possível legalização do consumo de maconha no país, por considerar que pode levar ao uso de drogas mais fortes.
Um grupo de três profissionais bem-sucedidos e uma ativista social, que disseram não afeitos ao consumo de maconha, iniciaram em 2013 uma estratégia judicial para poder obter essa decisão com o objetivo final de detonar um debate no Congresso.
Estes quatro ativistas, que em alguns casos perderam parentes próximos em assassinatos relacionados com o crime organizado, disseram que querem derrubar a violência que assola o México derivada da guerra contra as drogas - que deixou cerca de 100.000 mortos e desaparecidos desde 2006.
Com a decisão do Supremo Tribunal, tornaram-se os primeiros quatro mexicanos autorizados a fumar maconha para fins recreativos.
No entanto, entre os pesquisados, 63% acreditam que os problemas de violência e impunidade no país não diminuirão com uma possível descriminalização da maconha.
Em contraste, 79% concordam com a legalização da erva para fins medicinais.
Graças à decisão de outro tribunal em outubro passado Grace, uma menina de 8 que sofre de uma forma grave de epilepsia, tornou-se a primeira pessoa autorizada no país a importar um medicamento produzido a partir de maconha e controla o terrível sofrendo ataques diários.
Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário