segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Bombeiros terão aula para identificar dependência química na tropa do RJ



Alagoas 24 horas
Corporação criou grupo para tratar dependentes na corporação. Ao menos cinco especialistas serão responsáveis pelo atendimento clínico.

As drogas sintéticas são aquelas produzidas a partir de uma ou várias substâncias químicas psicoativas. Há ainda as chamadas semissintéticas, feitas a partir de drogas naturais quimicamente alteradas em laboratórios. Segundo o Relatório Mundial de Drogas de 2015, levantamento do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), em 2014 um total de 541 novas substâncias psicoativas foram catalogadas.

As legal highs são fármacos criados ou modificados em laboratórios a partir de alterações na estrutura molecular de substâncias ilegais, que reproduzem os efeitos das drogas comum, sem perder os efeitos psicotrópicos. O problema é que esses compostos não são listados como produtos controlados pela lei, facilitando o acesso dos usuários.

Embora muitos acreditem que essas drogas viciem menos e provoquem menos danos aos usuários, o que se vê são efeitos tão devastadores quanto o de outras drogas pesadas.

Em relação às drogas, o aumento de consumo é sempre relacionado ao aumento do tráfico. Enquanto existir demanda, vai existir o comércio ilegal.

A forma de combate tradicional do comércio ilegal de drogas como a cocaína ou o crack é geralmente pela repressão policial e a prisão dos envolvidos.

Mas o combate às novas drogas sintéticas enfrenta novos obstáculos. O principal é a produção de substâncias a partir de componentes químicos legais. As catinonas sintéticas, na forma de sais de banho, usam o rótulo de agrotóxico e repelente para burlar a lei.

Por serem feitas em laboratórios clandestinos (geralmente em países como a China e a Índia) e misturadas a substâncias que não são enquadradas como entorpecentes é difícil fiscalizar a sua venda e rastrear a existência de substâncias a olho nu.

Soma-se a isso o fato de algumas destas drogas nem serem detectadas em exames toxicológicos e nem serem conhecidas por pesquisadores. Ao aparecer em exames como a urina e sangue, fica difícil estudar todos os seus efeitos na saúde do usuário.

A grande preocupação é que não exista na rede pública de saúde nenhum programa específico para o tratamento dos transtornos gerados por esse tipo de consumo.

Uma alternativa para o combate a esses narcóticos é a proibição da venda de substâncias químicas que fazem parte da fórmula de sintéticos.

Recentemente, diversos estados dos EUA baniram substâncias recorrentes nas novas drogas, como a mefedrona e o CP-47 497. No Brasil, algumas destas drogas já estão na lista de substâncias proibidas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Mas os traficantes parecem estar sempre a um passo à frente. Quando uma substância é proibida, outro novo componente parece surgir e criar novas variações de drogas do composto original.

Outro problema é a ineficiência do Estado em recuperar o dependente químico e oferecer o tratamento ambulatorial e psicológico. As ações de políticas públicas não conseguem ser realizadas na mesma velocidade em que a droga se propaga.

Na era das drogas de laboratório, basta uma nova combinação para uma nova droga chegar ao mercado.

Usar drogas significa em primeira instância, buscar prazer. É muito difícil lutar contra o prazer, porque foi ele que sempre norteou o comportamento dos seres vivos para se auto preservarem e perpetuarem sua espécie. A droga provoca o prazer que engana o organismo, que então passa a querê-lo mais, como se fosse bom. Mas o prazer provocado pela droga não é bom, porque ele mais destrói a vida do que ajuda na sobrevivência.

A prevenção tem de mostrar a diferença que há entre o que é gostoso e o que é bom.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Nenhum comentário:

Postar um comentário