domingo, 28 de abril de 2013

Estudo aponta que sabor da cerveja faz as pessoas beberem mais

Estudo aponta que sabor da cerveja faz as pessoas beberem mais 

Um estudo realizado pela Universidade de Indiana, nos EUA, apontou que o sabor da cerveja libera uma substância química - a dopamina - no cérebro que faz com que as pessoas queiram beber mais.

Segundo a pesquisa, o gosto da cerveja - mesmo sem qualquer efeito de álcool(o cidadão está sóbrio) - pode desencadear a produção de dopamina no cérebro mais do que outras bebidas. Além disso, pessoas com histórico familiar de alcoolismo também apresentaram níveis mais altos de dopamina.

O Dr. David Kareken, vice-diretor do Centro de Pesquisa de Álcool Indiana, comentou o resultado do estudo. "Nós acreditamos que este é o primeiro experimento em seres humanos para mostrar que o sabor de uma bebida alcoólica sozinha, sem qualquer efeito inebriante do álcool, pode provocar esta atividade da dopamina nos centros de recompensa do cérebro", disse.

O estudo mapeou os cérebros de 49 homens, depois de beber cerveja e ingerir uma bebida esportiva. Os resultados revelaram atividade significativamente com mais dopamina no gosto de cerveja do que no isotônico.

Os participantes também disseram que desejavam a cerveja depois de provar uma pequena amostra e não tiveram a mesma resposta com a bebida esportiva. Cada homem foi submetido a 15 ml de sua cerveja preferida por 15 minutos, para que eles não sentissem os efeitos do álcool.

Devido aos resultados, Dai Stephens, professor de psicologia experimental da Universidade de Sussex, descreveu o estudo como "uma primeira demonstração convincente em humanos que o sabor de uma bebida tem tais efeitos sobre o cérebro" e acrescentou: "Enquanto sugestivo, as conclusões não podem com certeza serem atribuídas ao condicionamento. No entanto, em maior quantidade, o estudo também sugere que nem todos os bebedores de cerveja mostrem o mesmo efeito"

Peter Anderson, professor do uso da substância, política e prática, da Universidade de Newcastle, acrescentou: "É sabido que todos os tipos de gostos, incluindo sabor, cheiro, imagens e hábitos levam ao desejo de beber.

"Esse desejo muitas vezes parece ser dependente da dose - onde sente-se mais desejo quando o consumo médio é maior. Este trabalho demonstra que o gosto só tem impacto sobre as funções cerebrais associadas com o desejo. Isto não é surpreendente - se com os aumentos de desejo, ele tem de ter impacto sobre as funções cerebrais".

"No que diz respeito ao efeito de histórico familiar, isso é muito difícil de avaliar e saber o que isso significa, pois não podemos ter a exatidão de um efeito o quão forte ele pode ser", completou.

David Linden, professor de neurociência translacional, Cardiff University, disse ainda que: "Estamos muito longe de compreender os processos biológicos que contribuem para o risco de abuso de álcool".

E acrescentou: "O abuso do álcool é um importante problema de saúde pública, e que seria de grande interesse para ter marcadores de predisposição ao consumo problemático para permitir uma intervenção precoce. Porém, os efeitos apresentados são pequenos e os resultados devem ser considerados como preliminares", concluiu.

O estudo, realizado pelo Dr. Brandon Oberlin e outros cinco da Escola de Medicina da Universidade de Indiana, foi publicado na revista Neuropsychopharmacology.
Autor:
OBID Fonte: Daily Mail



Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
 

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