terça-feira, 18 de junho de 2013

Fumar causa pelo menos 14 tipos de câncer; campanha pede políticas públicas mais eficazes

Fumar causa pelo menos 14 tipos de câncer; campanha pede políticas públicas mais eficazes                                                                                             

Viva Mais
Um único cigarro possui mais de 4 mil substâncias tóxicas, das quais 60 são comprovadamente cancerígenas, causando pelo menos 14 tipos diferentes de câncer.

Comemora-se sempre na data de 31 de maio, o Dia Mundial sem Tabaco. A data, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), traz o tema “Proibição de publicidade, promoção e patrocínio do tabaco” na campanha deste ano. No Brasil, a Lei 12.546 de dezembro de 2011 ampliou para os locais de venda a restrição da propaganda de produtos do segmento, que já existia desde 2000 nos meios de comunicação (jornais, televisão, rádio). O patrocínio de eventos culturais e esportivos também está proibido.

A psicóloga Ilana Pinsky é uma das responsáveis pelo projeto “Publicidade de Tabaco no Ponto de Venda”, promovido pela Associação Brasileira do Estudo do Álcool e outras Drogas (ABEAD). “Iniciativas como essa estão alinhadas com o nosso objetivo, que é participar efetivamente da discussão e elaboração de políticas públicas de prevenção e tratamento do uso de tabaco”, enfatiza.

De acordo com Ilana, existem diversas pesquisas comprovando que a publicidade é, de fato, percebida pelos adolescentes e contribuem para a construção cognitiva acerca de determinada marca. “Especialmente quando os maços de cigarro estão dispostos ao lado de doces, balas e revistas. A exposição estratégica torna o ambiente amigável à iniciação e ajuda a normalizar o produto perante os jovens”, ressalta.
A idade média de iniciação é de 15 anos, e 90% dos tabagistas começam a fumar antes dos 19. A especialista em tabagismo da ABEAD, Sabrina Presman, explica que o uso do tabaco envolve três tipos de dependências: física, psicológica e comportamental. “Existem diversos métodos para deixar de fumar. O importante é procurar um especialista para encontrar a melhor maneira para abandonar o cigarro”.

Os processos variam desde parada abrupta até a gradual, que reduz o número de cigarros por dia. “Vários fatores influenciam na escolha do método, como motivação, receios e sintomas de ansiedade. O mais importante é a pessoa marcar uma data para que seja seu primeiro dia de ex-fumante”, conta a psicóloga.

Sabrina ainda alerta sobre o cigarro eletrônico, produto que tem a comercialização proibida no Brasil. “Apesar de os fabricantes informarem que a fumaça emitida pelo aparelho é apenas vapor d’água, o cartucho interno contém nicotina, substância que causa dependência”, explica.

A Anvisa se baseou na falta de evidências de que o dispositivo eletrônico tenha alguma utilidade no processo de cessação do tabagismo. Além disso, se apoiou na constatação da agência americana que regula drogas, alimentos e tabacos, de que o produto contém substâncias cancerígenas e nicotina, embora ainda não se saiba exatamente quanto desses compostos é absorvido. “Definitivamente, não é um tratamento para deixar de fumar”, finaliza Sabrina.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

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