Quando
estamos em processo de recuperação, pensamos que tudo que queremos e
acreditamos irá acontecer porque estamos fazendo tudo que o programa nos sugere
para uma recuperação plena, e então acreditamos que a partir dessa tal
recuperação tudo será diferente, ou seja, teremos tudo em nossas mãos.
Só que
esquecemos que antes do processo de recuperação nuca tivemos nada em nossas
mãos e não dávamos valor em nada e em ninguém que estava a nossa volta. Tínhamos
o dom de fazer sofrer todos que estavam mais próximos e quando nos falavam de
DEUS a primeira coisa que fazíamos era ironizar as pessoas e o próprio DEUS.
Ao passar por esse tratamento que nos trará a
recuperação, começamos a cobrar das pessoas mais atenção, respeito, achando que
todos têm a obrigação de nos entender ou que todas as portas se abram como se
fossemos as melhores pessoas do mundo.
Não somos as
melhores e nem as piores pessoas do mundo, somos pessoas como outra qualquer
que tem problemas e frustrações, alegrias e tristezas, mas temos um problema a
mais que é a ADICÇÃO, que nos limita em algumas ações e por essa limitação
devemos estar mais atentos e vigilantes com algumas situações a nossa volta que
poderá nos levar a velha vida de desleixo e descaso.
Temos que
lutar por vaga de emprego, vaga na faculdade, provar a todo o momento que não
estamos mentindo, lidar com desconfiança e cobrança além da cota, mas, tudo
isso é reflexo das atitudes passadas.
São nessas
horas que o equilíbrio e a serenidade que buscamos em recuperação devem ser colocados
em prática.
É importante
saber que nada virá como prêmio por causa de nossa recuperação, talvez tenhamos
certa dificuldade com alguns assuntos ou de nos deparar com alguma situação
incomoda, mas, essas coisas fazem parte de nossas vidas.
Não podemos
esperar somente as coisas boas que a vida pode nos proporcionar, até porque a
vida não é feita só de coisas boas, temos que estar atentos às dificuldades e
supera-las cada uma há seu tempo. A humildade é fundamental para esse processo
porque nos fará querer algo menor e se por ventura algo maior vier estaremos
preparados a não nos envaidecer e não voltarmos a ser os mesmos de antes.
Força, fé e
esperança,
Clayton
Bernardes.
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