quarta-feira, 31 de julho de 2013

Câncer de fígado provoca alto índice de mortalidade

Câncer de fígado provoca alto índice de mortalidade                                                                                             

Em Tempo Online
O consumo de álcool associado às formas crônicas das hepatites dos tipos B e C está diretamente relacionado ao câncer de fígado, doença que, embora não apresente grande número de casos no Amazonas, tem registrado alto índice de mortalidade na região.

Conforme dados da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), que possui um ambulatório específico para este tipo de neoplasia maligna, só em 2012, 98 pessoas morreram vítimas da doença no Estado.

A FCecon, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Susam), é o hospital de referência na Amazônia Ocidental no tratamento no câncer. Segundo um de seus médicos, o especialista em tumores de fígado Sidney Chalub, a maioria dos pacientes que dá entrada no hospital tem mais de 40 anos e apresenta o estágio avançado da doença, já que este tipo de câncer possui uma evolução relativamente rápida frente aos demais.

Por isso a preocupação em informar à população sobre os principais métodos de prevenção da hepatite e da cirrose hepática, doenças consideradas as principais causadoras do câncer de fígado. Ele ressalta que as hepatites são classificadas da seguinte forma: tipo A - transmitida pela ingestão de alimentos ou de água contaminados por materiais fecais contendo o vírus -, que não resulta em câncer; tipo C - pode ser transmitido por contato sanguíneo - e tipo B, transmitida a partir do contato sexual sem proteção. Estes dois últimos tipos, se não tratados adequadamente, podem evoluir para uma neoplasia maligna.

De acordo com o especialista, o uso do preservativo durante o ato sexual e evitar compartilhar agulhas e seringas, além de imunizar-se com as três doses da vacina contra a hepatite – necessária apenas uma vez na vida -, são as melhores formas de evitar a doença. Chalub esclarece que, mesmo o simples contato de feridas entre duas pessoas pode ser fator de alto risco para a aquisição do vírus da hepatite, o qual pode evoluir, futuramente, para um câncer.

“Para uma pessoa que não tem hepatite, as chances são quase nulas de desenvolver um câncer de fígado, a não ser quando é portador de cirrose ou tem contato com substâncias cancerígenas. Mas os grandes vilões são os vírus da hepatite B e C. O consumo de álcool também pode acelerar o processo de desenvolvimento do câncer”, ressalta. Ele destaca que o câncer na sua fase inicial não apresenta sintomas. No estágio mais avançado, no entanto, nota-se o escurecimento da urina, febre e dores nas regiões da barriga e costas.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

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