Secretarias se unem no combate às drogas
Prefeitura Municipal de Curitiba
Oferecer formação continuada aos servidores que atuam nas linhas de
frente do município nas áreas de prevenção e tratamento, como
professores e profissionais da saúde, foi uma das ações propostas na
tarde desta segunda-feira (11) pelo Comitê Gestor da Política Pública
sobre Drogas. A reunião foi realizada na sede da Secretaria Municipal da
Defesa Social.
Além de representantes das secretarias Antidrogas e da Defesa Social, o
comitê conta com a participação de profissionais das áreas de Ação
Social, Saúde e Educação, além de Esportes, Mulher, Cultura e
Comunicação. “O assunto é multidisciplinar, daí a necessidade de
envolver diversos organismos públicos”, afirma o diretor do departamento
de Prevenção e Reinserção Social da Secretaria Antidrogas Municipal
(SAM), Diogo Busse.
“Até hoje, cada secretaria fazia ações isoladas, não havia uma
articulação sobre isso no município”, comenta Busse. Gerenciar ações
conjuntas entre as secretarias será um dos papeis do comitê, que tem
como foco principal de trabalho fortalecer o tripé: prevenção,
tratamento e reinserção.
“Neste momento, estamos traçando o diagnóstico da dependência química em
Curitiba”, explica Busse. Segundo ele, até 2010 havia uma concentração
do problema na área central, mas hoje o consumo, especialmente de crack,
está disseminado pelas regiões periféricas da cidade. “O que é muito
preocupante”, diz o diretor.
A partir do diagnóstico, o plano municipal de políticas públicas sobre
drogas será efetivamente estabelecido. Embora várias ações já estejam
sendo executadas, o pacote de políticas públicas para a área será
lançado em 26 de junho, Dia Mundial do Combate às Drogas.
“As drogas, em especial o crack, são hoje a origem da maioria dos
problemas existentes na sociedade, o que vai da saúde pública à educação
e segurança”, comenta a presidente da FAS, Marcia Oleskovicz Fruet.
“Por isso o seu combate e prevenção é nossa prioridade máxima”,
completou.
Também participaram da reunião a Secretaria Municipal da Educação,
Roberlayne Roballo, o diretor de assistência à saúde da Secretaria
Municipal da Saúde, Marcelo Kimati e o superintendente da Secretaria
Municipal da Defesa Social, Osires Pontoni Klamas, entre outras
autoridades.
Informação
Além de ações na área de prevenção às drogas, os participantes do comitê
discutiram a criação de um padrão de atendimento e de um fluxo
informacional em relação a cada usuário atendido, o que ainda não existe
no município. “Isso inclui um acompanhamento pós das pessoas atendidas,
com foco na reinserção”, explica Busse.
Na área de prevenção, terão continuidade ações como o Papo Legal, que
durante o ano letivo percorre as escolas de Curitiba com palestras de
prevenção, e a Caravana do Bem. “Esses programas estão passando por uma
readequação para melhor atender as necessidades do município, mas serão
mantidos”, informa Busse.
Para fortalecer o enfrentamento às drogas, o comitê tem ainda propostas
de aumentar a oferta de opções de esporte e lazer às crianças e
adolescentes, através de uma integração maior das ações da Antidrogas
com a Fundação Cultural de Curitiba e com a Secretaria Municipal de
Esporte, Lazer e Juventude (Smelj).
Segundo Busse, os projetos Mães Contra o Crack e Prevenção às Drogas na
Rede Municipal de Ensino, ambos com recursos do governo federal
garantidos, também farão parte do cronograma de ações imediatas. “Eles
terão início efetivamente agora”, afirma Busse.
Com recursos da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas, o Mães
Contra o Crack prevê a ação de 100 mães em toda a cidade, sendo dez por
regional, incluindo a região do Tatuquara. As mulheres atuam como
multiplicadoras na prevenção ao uso do crack e no encaminhamento dos
dependentes ao tratamento e a programas de apoio da Prefeitura.
A partir da seleção, a Antidrogas capacita as mulheres para que
reconheçam o problema, saibam o que é a droga e os efeitos dela e a
forma de abordagem. O conteúdo segue o curso da secretaria de formação
de multiplicadores. Após o treinamento, as mães selecionadas vão atuar
junto a comunidades de risco da cidade.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Frça, fé e esperança,
Clayton Bernardes
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