Licenças por uso de drogas sobem 8%
Metro Brasília
Saúde. Em 2012, 46,8 mil brasileiros pediram licença do trabalho para tratar vício. Álcool responde por 81% dos afastamentos
O uso de álcool e drogas afastou 46,8 mil brasileiros do trabalho para tratamento médico no ano passado. Isso significa que são 122 afastamentos por dia - ou cinco por hora, aproximadamente. O número é 8% superior aos 43,5 mil pedidos de 2011.
No ranking das substâncias que mais causam afastamento de profissionais no país, o álcool aparece disparado em primeiro lugar, sendo responsável por 81% das licenças concedidas pela Previdência Social. A conta inclui também pessoas que utilizam álcool com outras drogas. Em segundo lugar vem a cocaína, que responde por 17,2% dos afastamentos.
Embora a parcela de trabalhadores afastados por uso de maconha seja menos expressivo - 0,7% -, a diretora da Abead (Associação Brasileira de Estudo do Álcool e Outras Drogas) Carla Bicca afirma que o risco dessas pessoas serem demitidas é maior. “Por causa da falta de atenção em suas tarefas, as chances de demissão sobem pelo menos 50%”, afirma.
Para a psiquiatra do Cisa (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool) Camila Magalhães o vínculo trabalhista depois do tratamento facilita na recuperação. “A possibilidade de recaída é 40% maior quando a pessoa abandona o trabalho para se tratar”, afirma.
No Brasil, de acordo com estimativa da Abead, 10% da população (cerca de 19 milhões) são dependentes de álcool, 6% são usuários de maconha e 4% usam cocaína regularmente.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes
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