UM BREVE CONSELHO
Há um ditado popular que diz: “Cabeça vazia, oficina do
Diabo!” Essa afirmação aponta para a emergência ou invasão de desejos,
vontades, pensamentos e atitudes pouco nobres. No universo da adicção, existe
uma outra expressão que se assemelha a esta: “ A mente, mente!”
Grande parte das recaídas, parecem estar associadas à falta
de entendimento desse mecanismo psíquico. A pessoa num processo de recuperação
sente a falsa sensação de controle de si mesma e por diversas vezes se coloca
em situações de perigo eminente. O cotidiano do tratamento aponta para os
riscos que se corre e também convoca os participantes do grupo
a exercitarem o que sinaliza a literatura e os doze passos.
Receio que esteja sendo diretivo nessa reflexão, porem o
faço, em razão das inúmeras queixas que acolho dos residentes, e por entender
que as armadilhas da doença patrocinadas por uma mente que manipula ocasione
quedas desastrosas.
Compreendo que não existe uma receita para a erradicação
dessa conduta inadequada, no entanto, existe um caminho construído que tem se
mostrado eficiente, a vigilância. É justamente a postura vigilante frente aos
disfarces do desejo e as armadilhas de uma “mente que mente” será possível
estabelecer a cultura da sobriedade.
Padre Otair Cardoso.
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