terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Mudança dos velhos hábitos...

8. A MUDANÇA DOS VELHOS HÁBITOS

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Determinados horários, lugares e atividades habituais associados com a
bebida ficaram intrinsecamente ligados às nossas vidas. Assim como a
fadiga, a solidão, a raiva e a alegria excessivas, estes velhos hábitos
podem vir a constituir-se em perigosas armadilhas à nossa sobriedade.

Assim que largamos o álcool, muitos de nós julgamos útil rever os hábitos
que envolviam o nosso beber e, sempre que possível, mudar uma porção de
coisinhas relacionadas a ele.

Para ilustrar: muitos de nós que costumávamos começar o dia com um trago
no banheiro (para clarear a vista), vamos direto, agora, para a cozinha,
em busca de um café. Alguns de nós mudamos a ordem das coisas que fazíamos
ao iniciar o dia, como comer antes de tomar banho ou vestir-se e
vice-versa.

Uma nova marca de pasta de dente ou um anti-séptico bucal diferente
(cuidado com qualquer conteúdo alcoólico!) ofereceu-nos um sabor inusitado
no começo do dia. Experimentamos fazer um pouco de ginástica ou
entregar-nos a alguns momentos tranqüilos de contemplação ou meditação
antes de entrar na rotina diária de trabalho.

Muitos de nós também aprendemos a experimentar um caminho novo ao sair de
casa pela manhã, não passando por aquele costumeiro “posto de
abastecimento”. Alguns mudaram do carro para o trem, do metrô para a
bicicleta, do ônibus para a caminhada. Outros escolheram uma condução
diferente.

Quer bebêssemos no bar da esquina ou na estação de trem; no engenho de
aguardente da redondeza ou na cozinha; no clube ou na garagem, cada um de
nós sabe indicar com a maior exatidão seu local favorito para tomar umas e
outras. Quer fôssemos um porrista ocasional ou um bebericador de vinho de
todas as horas, cada um sabe por si mesmo que dias, horas e ocasiões se
relacionaram mais freqüentemente à própria bebedeira.

Descobrimos um dado interessante: quando se quer mesmo não beber, é
proveitoso mudar de rotina, invertendo a posição das peças.
Cont...
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( Livro - Viver Sóbrio )
 Força, fé e esperança,
Clayton Bernardes

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